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terça-feira, 3 de abril de 2018

Relação entre médico e paciente oncológico pode ser determinante no combate ao Linfoma de Hodgkin


De acordo com especialista, pacientes onco hematológicos podem sofrer impactos psicológicos ao serem diagnosticados, com desenvolvimento de ansiedade e depressão
 

A medicina sempre foi conhecida como uma das ciências mais humanizadas1. Exatamente por isso, reconhecer a dimensão desse atendimento passa a ser cada vez mais necessário, principalmente quando se trata de doenças como o câncer. O papel do médico vai além do diagnóstico e acompanhamento de um tratamento, levando em consideração que a informação clara e o olhar para o lado emocional dos pacientes pode ser um grande aliado no combate à doença.

Imagine, então, no caso do linfoma de Hodgkin (LH), um câncer hematológico raro que incide principalmente na população entre 15 e 40 anos2. Qual a importância da figura do médico nesse momento?

De acordo com Dr. Guilherme Perini, médico hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo, pacientes mais jovens e em idade fértil, como mostra a incidência no caso deste linfoma, podem ter ainda mais dificuldade em receber a notícia. “Cerca de 70%3 da população ainda não sabe o que são os linfomas, assim, é compreensível que inicialmente o diagnóstico seja mais impactante” justifica.

Ainda segundo o Dr. Guilherme, alguns estudos mostram o impacto de pacientes ao saber que têm câncer. “Um estudo brasileiro evidenciou que pacientes onco hematológicos apresentaram impacto psicológico ao serem diagnosticados, com desenvolvimento de ansiedade e depressão. Essa é apenas mais uma evidência do que costumo ver no consultório sobre a necessidade de uma maior conscientização sobre o câncer”.

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer com estimativa de 2.5302 novos casos em 2018 no Brasil e, pelo número baixo de casos, o conhecimento é ainda mais limitado: “poucas pessoas sabem dos seus altos índices de cura e muito menos dos avanços no portfólio de tratamentos, como, por exemplo, a chegada da terapia-alvo no Brasil”, pontua Dr. Guilherme. Hoje em dia, sua taxa de cura chega a 80%3 ainda nas primeiras linhas de tratamento e, ainda assim, outros 20% ainda tem opções promissoras, como com o brentuximabe vedotina, princípio ativo da terapia-alvo, entre outros.

A humanização em oncologia é uma realidade e tem se tornado fundamental para os pacientes, já que o tratamento tem uma carga alta tanto física quanto psicológica. Dr. Guilherme comenta ainda a responsabilidade de acolhimento pela equipe médica, sendo o diálogo uma ferramenta essencial. “Falar a respeito e divulgar mais informações sobre as doenças são maneiras de amparar pessoas com LH e, dessa forma, todos nós podemos contribuir. A proximidade e a confiança que se criam entre médico e paciente oncológico é talvez a parte mais bonita desta área da medicina”, finaliza o médico.

Para compreender mais sobre a doença, confira o infográfico abaixo (também disponível em alta resolução):

 


 





Takeda Oncologia 


Referências
1. Órgão Oficial do Centro de Estudos – Departamento de Psiquiatria [Internet]. [cited 2018 feb 20]. Available from: http://www2.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/especial02a.htm
2. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva [Internet] [cited 2018 feb 20] Available from: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_hodgkin   
3. Associação Brasileira de Hematologia e Terapia Celular [Internet]. [cited 2018 feb 20] Available from: http://www.abhh.org.br/imprensa/abhh-esclarece-linfoma-de-hodgkin-e-altamente-tratavel-e-curavel-2/

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