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sábado, 13 de agosto de 2022

5 dicas valiosas para equilibrar a saúde mental

Crédito: canva
 Dr. Sérgio Rocha, psiquiatra e Diretor Técnico da Clínica Revitalis, listou atitudes simples do nosso dia a dia que podem contribuir para uma saúde mental forte, além de prevenir transtornos mais sérios


Diversos fatores do dia a dia afetam o nosso humor, e algumas atitudes relativamente simples podem contribuir para o equilíbrio da saúde mental. Uma pessoa que pratica atividades físicas regulares, por exemplo, está prevenindo desde o mau humor até o surgimento de doenças mais sérias, como a depressão, que atinge mais de 20 milhões de pessoas só no Brasil, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), e aumenta a cada ano. 

De acordo com o Dr. Sérgio Rocha, psiquiatra e Diretor Técnico da Clínica Revitalis, uma pessoa pode prevenir alguns tipos de transtornos inserindo algumas atividades na rotina, como caminhar, se alimentar bem e dormir. “É claro que é uma forma de prevenção, e isso significa diminuir as chances de desenvolver quadros psíquicos, mas existem outros fatores que podem desencadear esses transtornos”, afirma ele. 

Pensando nisso, o psiquiatra listou cinco dicas que podem contribuir para o bem-estar, proporcionando o equilíbrio da saúde mental e, consequentemente, prevenindo problemas maiores e de mais difícil tratamento no futuro. Confira:

 

Terapia 

Fazer psicoterapia é uma “arma” muito importante quando falamos de saúde mental. A grande questão é que a maioria das pessoas só procura ajuda quando já têm um problema, e isso fica claro com o resultado de uma pesquisa recente do Instituto FSB, encomendada pela SulAmérica, que indica que 60% dos brasileiros que fazem terapia começaram durante a pandemia - ou seja, quando se viram diante de uma situação desafiadora para todos. 

De acordo com Rocha, cuidar da saúde mental antes de ter algum transtorno, como forma preventiva, é o ideal. “O tratamento de saúde mental não é limitado a um evento, é um trabalho contínuo, e equilibrá-la durante a vida pode fazer diferença lá na frente”, recomenda o especialista. 

 

Atividade física 

Cada vez está mais claro que a prática regular de exercícios físicos contribui para uma vida mais saudável, de diversas formas. As pessoas que se exercitam têm menos chances de desenvolver, por exemplo, a depressão e transtornos de ansiedade, que são os mais comuns na atualidade. 

“O hábito de realizar atividades físicas - como caminhar, correr ou diversos outros esportes - é fundamental para equilibrar a saúde mental, além de ser também muito importante para o bem estar de maneira geral”, comenta o especialista. “Muito se fala sobre os riscos do sedentarismo para o desenvolvimento de hipertensão, diabetes e doenças do coração, mas é importante ter em mente que os riscos para o desenvolvimento de doenças mentais também existem”, alerta o dr. Rocha.

 

Alimentação 

Comer bem e equilibrar suas refeições ao longo do dia também é uma maneira de cuidar da saúde mental. Uma pessoa que se alimenta mal não está contribuindo para a saúde de uma forma geral. Aliar uma boa alimentação com outros fatores, tais como exercício, aumenta a sensação de bem-estar. 

“A alimentação está totalmente ligada a outros hábitos saudáveis, como a própria qualidade do sono, a ingestão de água, etc. Os cuidados nunca são únicos, são em várias frentes, por isso a abordagem deve ser integrada”, recomenda o psiquiatra.

 

Meditação 

Os benefícios da meditação são inúmeros: redução de estresse, diminuição de sintomas depressivos e ansiosos, melhoria da memória e da qualidade do sono, redução de vícios e compulsões, além de benefícios em relação a doenças crônicas. 

“Tudo isso está direta ou indiretamente ligado à saúde mental e, por isso, a prática da meditação é uma ótima alternativa para o bem-estar”, afirma o Dr. Rocha.

 

Descanso 

Tanto a insônia quanto o excesso de sono podem contribuir para o surgimento de algum tipo de doença psíquica, como a ansiedade e até mesmo transtornos por abuso de alguma substância. 

“A boa saúde depende diretamente do sono de qualidade, e é por isso que é necessário descansar. Dormir muito ou ter insônia com muita frequência vai diminuir o bem-estar da pessoa, além de poder ser um sinal de que a pessoa esteja com algum transtorno”, afirma o psiquiatra. 

Segundo ele, dormir uma média de 8 horas por noite é o ideal para que a pessoa acorde disposta para realizar todas as suas tarefas do dia, e tenha boa qualidade de vida, em todos os aspectos.

 

Clínica Revitalis  

Dr. Sérgio Rocha - Médico especialista em Psiquiatria, fez residência médica pela Marinha em 2006. Em 2007 fez pós graduação latu sensu em Psiquiatria pela PUC-Rio, sendo convidado em 2009 para ser professor de psicofarmacologia e coordenador da pós-graduação em Psiquiatria da PUC-Rio, atuando assim até 2017. Também é mestre em Neurociências pela IAEU, BAR -- Espanha (2015), especialista em Dependência Química pela UNIFESP (2017) e pós graduado em Psicopatologia Fenomenologica pela Santa Case de São Paulo (2019). Atuou na Clínica Revitalis como Diretor Técnico desde sua fundação em 2013.


Cuidadores de idosos: confira dicas para ajudar na escolha do profissional

Freepik

A expectativa de vida dos brasileiros, segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentou nos últimos anos. Com esse aumento, a procura por serviços que garantem melhor qualidade de vida e assistência necessária para os idosos também cresceu, fazendo com que os profissionais especializados na área sejam cada vez mais requisitados. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, nos últimos 10 anos o número de profissionais que atuam na área teve aumento de 500% no país.

Alguns cuidados devem ser tomados na escolha desses cuidadores. Janaína Rosa, coordenadora técnica da Home Angels, maior rede de cuidadores de pessoas supervisionadas da América Latina, listou algumas dicas que podem ajudar no processo de seleção do profissional que mais se enquadra nas necessidades de cada idoso. 


Comprovação do curso de cuidador

Um dos primeiros passos é se certificar da qualificação profissional do candidato. Algumas habilidades são essenciais e, embora ele não precise ter formação técnica ou superior em enfermagem, é recomendado que tenha frequentado um curso profissionalizante na área de cuidados com idosos. “Esse tipo de especialização ensina práticas para gestão de medicamentos, técnicas de cuidado com higiene, mudanças de comportamentos e cuidados com alimentação”, explica Janaína. 


Experiência na área

Por ser um trabalho de contato constante com o idoso, a experiência prévia na área é fundamental e faz toda diferença na contratação. “Um profissional capacitado e com experiência garante ao idoso uma melhor qualidade de vida, pois saberá como se comportar em variadas situações  que fazem parte da rotina de cuidados com o idoso, bem como gerenciá-las de forma segura”, aponta Rosa. 


Boa comunicação e habilidades criativas

Certificar que o cuidador apresenta habilidades comunicativas também é importante. Isso porque o profissional será o contato direto com o idoso na maior parte do tempo e será o responsável por estimulá-lo a ter mais autonomia e enfrentar as dificuldades que podem ter no dia-a-dia. Boa comunicação e criatividade são, portanto, fundamentais para desenvolver atividades que ajudem o idoso a passar com leveza por essa etapa da vida. 


Contratação de empresa especializada

Uma das opções mais procuradas por famílias é a contratação de empresas especializadas. “Além de seguro e contar com profissionais altamente capacitados, a empresa elimina uma série de demandas burocráticas, já que se responsabiliza pela contratação do profissional. Assegura também supervisões constantes para manutenção da qualidade do serviço prestado, gerenciamento de escalas, reposição em casos de faltas e seleção de perfil capacitado para a necessidade do familiar”, conclui Janaína.

 



Home Angels

https://www.homeangels.com.br/

  

Dia dos Pais: psicóloga explica a importância da figura paterna para o ser humano

freepik
A presença e uma relação saudável com a figura paterna é muito importante para o desenvolvimento do indivíduo
 

Quem é o seu herói? Essa pergunta, na maioria das vezes, é respondida por grande parte das pessoas como “meu pai”, “meu padrasto”, “meu avô”, ou indicando uma figura paterna que teve grande importância na vida do indivíduo, aquela pessoa que estava ao lado em momentos bons -- e principalmente nos difíceis, transmitindo segurança. 

Segundo a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Angelita Devequi Rodrigues Traldi, o indivíduo precisa crescer e se desenvolver tendo uma figura paterna por perto para que se torne um adulto saudável no aspecto emocional. Com as novas e diversas composições familiares, essa figura pode ser o pai, padrasto, tio, avô, familiar ou outro indivíduo que ocupe tal lugar.

“Depois da figura materna, a figura paterna costuma ser o segundo vínculo do bebê com o mundo, assim que ele nasce. Para a maioria de nós, o pai geralmente está associado com a proteção, enquanto a mãe simboliza o cuidado. Juntos na criação dos filhos, a autoridade do pai ajuda a criança a desenvolver confiança e independência, e muitos estudos apontam que a falta da figura paterna pode desencadear ao jovem e ao adulto problemas emocionais e cognitivos, além de dificuldades de relacionamento com amigos, familiares e cônjuges, refletindo em diversas áreas da vida social, do trabalho ao amor”, explica a coordenadora. 

A seguir, a especialista aponta alguns caminhos para que a paternidade seja exercida de forma saudável, criando vínculos afetivos tanto para os filhos quanto para os pais.
 

INFÂNCIA
 

A mulher, geralmente, costuma ser a figura mais presente nos primeiros meses de vida das crianças, até por conta da amamentação e dos cuidados com o bebê. Mas os pais podem e devem ser mais participativos nessa fase, compartilhando tarefas como trocar fraldas, ninar e incentivar a criança em brincadeiras. Tais atitudes criarão vínculos afetivos e confiança entre pai e filho que poderão acompanhar os dois por toda a vida, tornando a convivência dos dois mais prazerosa. 

“Com o passar do tempo e o crescimento da criança, a participação do pai em atividades marcantes para o indivíduo também é importante, como reuniões de pais e apresentações na escola, o primeiro dente que cai e as muitas quedas de bicicleta até que se aprenda a andar. Tudo isso contribui para um adulto mais confiante no futuro”, diz.
 

ADOLESCÊNCIA
 

A adolescência é um dos períodos mais turbulentos do ser humano. O corpo e os hormônios estão em verdadeira ebulição e é nesta fase que algumas preocupações começam a rondar a nossa mente... o que fazer da vida, qual profissão seguir, que caminho tomar? 

“Nesta fase, os filhos adolescentes costumam buscar um modelo e exemplo a ser seguido, e a figura paterna pode contribuir e muito para que o jovem tome as melhores decisões. O pai, junto com a mãe, geralmente é associado àquela pessoa que vai ‘sentir orgulho’ de nós, ter apoio e acolhimento é muito importante. Por isso, os pais devem praticar a escuta e a compreensão dos filhos”.
 

VIDA ADULTA
 

Na fase adulta, a relação entre pai e filhos costuma estar mais madura, afinal de contas, são dois adultos conscientes de si e de sua história, tendo uma comunicação mais livre, com franqueza sobre os sentimentos, compartilhando os problemas de contas e a criação dos filhos/netos. Na fase adulta, o pai é aquele porto seguro, a ‘volta para casa’, a figura que sempre buscamos quando estamos aflitos e que nos retorna à sensação de pertencer a um lugar. 

“A convivência entre os seres humanos nem sempre é tranquila, e sempre pode haver problemas de relacionamento entre pais e filhos, afinal de contas são dois universos distintos coexistindo. De qualquer forma, deve sempre prevalecer o amor e a compreensão, para que essa relação seja saudável e construtiva para ambos”, acrescenta Angelita.



Anhanguera

https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/


Kroton

www.kroton.com.br


Dia dos Pais: entenda o que é preciso saber sobre a paternidade na terceira idade

Roberta França explica a importância de cuidar da saúde da próstata

 

Com o exemplo de muitos famosos, alguns homens estão preferindo ser pais novamente após os 60 anos, ou até mesmo ter o primeiro filho nessa idade. Alguns motivos são um novo casamento ou o desejo de aproveitar melhor a paternidade, e como há essa possibilidade, uma vez que são capazes de produzir espermatozoides saudáveis ao longo de toda vida, é importante estar atento a alguns cuidados. 

Um dos motivos que pode dificultar esse sonho é o câncer de próstata, o segundo mais comum entre o sexo masculino, no Brasil, de acordo com o Inca. Por isso, segundo Roberta França, médica geriatra e psiquiatra, do Grupo Said, empresa de cuidados de idosos, é fundamental que esse grupo seja cada vez mais proativo em relação aos exames e consultas de prevenção, pois uma de suas consequências se não tratadas com antecedência, é a infertilidade. 

“Além disso, ao passar com o médico urologista é interessante deixar claro seus objetivos, ou seja, avisá-lo do desejo de ser pai, para que tudo seja feito dentro dessa expectativa e caso haja uma anomalia, o que pode ser feito para preservar a fertilidade masculina”, explica Roberta. 

Outro ponto importante a se destacar são os riscos que ser pai após os 60 anos pode ocasionar no bebê, uma vez que estudos, em 2016 e mais recentemente em 2018, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicados no periódico científico BMJ, reforçaram que a idade paterna avançada afeta todo o espectro da fertilidade masculina e mais, pode levar a taxas mais altas de doenças congênitas, distúrbios psiquiátricos e até câncer em filhos. 

“Diante disso, além dos cuidados com o homem durante o período pré-gravidez e durante as tentativas, é importante que depois do nascimento de um bebê, fruto de uma relação com um pai já na terceira idade, haja um acompanhamento periódico e constante, para sempre estar ciente da saúde dessa criança”, conta a médica. 

Roberta ainda finaliza afirmando que a conversa entre o casal é essencial, para que sejam discutidas todas essas possibilidades e questões, para que não haja surpresas. Assim, será possível lidar com as situações e decidir o que é melhor para todos.

SAID RJ


Misofonia - Sons que perturbam e afetam o emocional

Psicanalista lembra que sintomas podem aparecer na infância e se agravar na vida adulta

 

Todo mundo, em algum momento da vida, já se irritou com alguns sons específicos, como: clique de caneta, som de teclado, barulho de mastigação, buzinas de carros, músicas, respiração alta, barulhos de beijos, som de ingestão de água, ronco, salto alto no assoalho, latido de cachorro, mascar de chicletes, torneira pingando, som repetitivo de alguém balançando as pernas, entre outros. Quem nunca? 

Principalmente quando estamos em um momento de estresse ou cansaço excessivo. Mas, para alguns a hipersensibilidade a determinados tipos de barulhos é incontrolável e ocorre a qualquer momento, independente do humor, gerando muito mais que um simples incômodo. Desencadeando diversas sensações perturbadoras. É o que chamamos de Misofonia, sensibilidade seletiva do som.

Uma síndrome neuro-comportamental que gera a intolerância patológica aos barulhos, de forma crônica e intensa e causando reações emocionais desagradáveis. 

As causas ainda não são totalmente esclarecidas. Entretanto, a misofonia pode ocorrer devido a uma hipersensibilidade entre a parte do cérebro que processa os sons e a que os identificam.  

E, normalmente, quem sofre com esse caos sonoro é classificado como uma pessoa louca, intolerante, antipática, estressada ou mal-humorada, por não ter o controle absoluto das suas reações quando exposta a determinados tipos de sons. 

Também entendido como um distúrbio neurológico, audiológico ou psiquiátrico, o sofrimento psíquico presente na intolerância ou na aversão aos sons específicos, geram gatilhos e uma reatividade emocional negativa, como: irritação, raiva e ansiedade. Diante destes sintomas, o misofônico (pessoa que sofre com o problema) fica tão irritado que chega a se isolar, ter problemas profissionais e até agredir os outros por tamanha cólera. Por estar sempre em busca da diminuição de seu desconforto auditivo. 

Os sintomas costumam aparecer na infância e podem se agravar na vida adulta. Desta forma, se faz necessário um diagnóstico precoce com uma equipe multidisciplinar composta por um otorrinolaringologista, um psicólogo, um neurologista ou um psiquiatra, para que possam controlar essa exposição e acompanhar a melhora da doença em todos os seus aspectos clínicos. 

Afinal, sem o tratamento adequado, a piora é gradativa e a pessoa fica propensa a acumular sons irritantes. Apesar da misofonia não ter cura, existe tratamento conservador para amenizar os sintomas. Um deles é a terapia cognitiva condicional que auxilia no controle e na aceitação desta condição, sem que afete os relacionamentos e a relação do indivíduo com o ambiente. 

Portanto, só quem convive com a misofonia sabe o quão difícil é essa convivência. Como é complicado ser julgado ou incompreendido pelo outro e carregar uma culpa por ser o único a não tolerar algo que para os outros é tão comum e, muitas vezes, até perceptível. 

Diante destes fatos, o único refúgio que o misofônico encontra é se isolar, se afastar das pessoas por não se sentir acolhido, exatamente para não incomodar com suas reclamações constantes. Já que, para a maioria, tudo não passa de chatice, rabugice, frescura ou mi-mi-mi-mi. 

E assim, concluímos que, mais uma vez, a falta de conhecimento pode vir a gerar incompreensão e julgamentos desnecessários. Fato é que, esse distúrbio não é loucura. É uma condição especial de saúde mais comum do que se imagina. 

E se você sente algo parecido ou conhece alguém que sofre com esses sintomas recorrentes e intensos, fique atento. É hora de procurar ajuda.

 

Dra. Andréa Ladislau -   Psicanalista


Dia dos Pais: entenda como a constelação familiar pode ajudar nos relacionamentos entre pais e filhos

Especialista Marcel Scalcko explica como a técnica já ajudou mais de 5 mil pessoas
 

Com a proximidade do Dia dos Pais, muitos brasileiros passam por reflexões sobre o significado da paternidade. Isso porque, segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-brasil), em 2021, foram registradas 163.895 crianças sem pai no país. Para ajudar na alienação ou ausência parental e também a solucionar conflitos entre pais e filhos, muitas famílias estão recorrendo as constelações familiares. “É uma prática diferente das terapias tradicionais, que ajuda a resolver conflitos, de ordem pessoal, profissional e até de saúde. O trabalho é realizado em uma única sessão e pode trazer qualidade de vida para a pessoa e para todo o sistema familiar”, explica Marcel Scalcko, especialista na área e que já ajudou mais de 5 mil pessoas com a técnica. 

Em 2018, o Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu a Constelação nas Práticas Integrativas e Complementares (PICS). Contudo, muitos ainda desconhecem a prática e os benefícios que essa abordagem alternativa gera nos relacionamentos familiares. Além da saúde pública, o poder judiciário também reconheceu a importância da Constelação Familiar, que vem sendo adotada para resolver conflitos em 16 estados do Brasil. 

A prática, também conhecida como Constelação Sistêmica, foi criada pelo Alemão Bert Hellinger, em 1978, e é baseada nas 3 Ordens do Amor: Hierarquia, Pertencimento e Equilíbrio. De acordo com o especialista Marcel Scalcko, quando essas leis são desrespeitadas, a vida fica em desequilíbrio. A constelação pode ser realizada em grupo (workshop) ou individualmente. Uma constelação se dá através da reunião do constelador, do paciente e de um grupo de pessoas que são convidadas a representar membros da sua família, de forma figurativa. 

“Qualquer questão que tenha acontecido com os nossos antepassados, vai impactar toda a descendência dessa família, caso fique oculto. Recebemos muitos casos conflitantes de pais e filhos. O Brasil é um país sem pais. São sessões emocionantes. Há pessoas que chegam para sessão e dizem que não falam com o pai há anos. Uma semana depois, me ligam e contam que fizeram as pazes. Isso porque a pessoa entendeu e fez valer as ordens do amor. Através da dinâmica, ela equacionou algo dentro dela, em relação ao sistema familiar e só assim pode fazer as pazes com o pai”, esclarece Scalcko. 

A mineira Fábia Pires procurou a constelação familiar, porque não aceitava a sua escolha para o pai de sua filha. “Na representação, eu entendi que a medida que eu julgava a minha própria decisão, eu afastava a minha filha de mim e não somente do pai. Com a dinâmica, foi possível olhar para esse pai com mais amor e carinho e perceber que ele era o melhor pai que a minha filha poderia ter. Até que consegui harmonizar a relação entre eu, ele e minha filha”, comenta a paciente.

 

Divulgação


Ela conta, também, que foi provocada para olhar a relação com o seu próprio e como enxergava essa paternidade. “Foi um momento de despertar, não apenas da paternidade do pai da minha filha com ela, mas também do meu pai comigo. Foi uma experiência incrível, bem dolorosa, mas bem conduzida”, finaliza Fabia.


Segundo o constelador Marcel Scalcko, os temas que mais aparecem na terapia alternativa são: desequilíbrio financeiro, falta de um parceiro, desarmonia na família, dilemas na carreira, conflitos nos relacionamentos de casal. “Os resultados variam de pessoa para pessoa. A compreensão do descumprimento das ordens do amor acontece no evento. O tempo que a pessoa vai demandar para se submeter, respeitar e se alinhar as ordens do amor, vai depender de cada um. Há pessoas que resistem, outras que se rendem”, comenta o especialista
 

Conheça as três leis da vida na Constelação Familiar:
 

1. Lei da ordem ou da hierarquia -- “Existe uma ordem de chegada e os mais velhos, que chegaram primeiro, possuem certos privilégios em relação aos mais novos. Porém, quem chega antes também tem mais responsabilidades com relação a quem veio depois. Por outro lado, quem vem depois deve respeito e honra a quem chegou antes”. Marcel explica que se há um conflito entre pai e mãe, por exemplo, o filho não pode entrar no meio para apaziguar ou defender um dos lados. Caso contrário, ele sai do lugar de filho e toma o partido por um dos pais. Dessa forma, ele estaria descumprindo a lei da ordem.
 

2. Lei do pertencimento: “Ninguém pode ser excluído do sistema familiar. Um exemplo de exclusão seria uma mãe que sofreu um aborto e depois teve um filho. Esse filho não é o primogênito. O filho que nasceu e morreu é o primeiro. Isso não pode ficar oculto ou passar despercebido. Caso contrário, essa família estaria excluindo a primeira criança e consequentemente desrespeitando a lei do pertencimento, ensina o constelador.
 

3. Lei do equilíbrio: “Fala sobre a troca, o ato de dar e receber. Para as nossas relações funcionarem, nós devemos manter o equilíbrio entre dar e receber. Por exemplo: quando ambas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um é capaz”, acrescenta o especialista.
 


Marcel Scalcko - bacharel em Administração e Direto, com pós-graduação em Administração de Marketing. É fundador e CEO do Grupo Scalco, empresa de consultoria em gestão para alta performance e de treinamentos comportamentais. Scalcko é treinador comportamental há mais de 25 anos e já assistiu mais de 110 mil pessoas com suas metodologias próprias, como o Programa de Gestão para Alta Performance (G.A.P) e as Leis da Vida - uma abordagem de desenvolvimento humano que é apresentada pelo autor no seu best-seller “As 9 leis inegociáveis da vida”.

5 gatilhos que as redes sociais podem causar

Comparação, ansiedade, depressão e fingir ter uma vida perfeita são alguns dos malefícios que a era digital pode trazer; o psicólogo e professor, Luiz Mafle, esclarece o que as redes sociais podem causar nas pessoas


 

Não é novidade que, ao passar dos anos, as redes sociais têm crescido cada vez mais e se tornado parte da vida dos brasileiros. Para se ter ideia, de acordo com um estudo divulgado pela plataforma Cupom Válido, que reuniu dados da Hootsuite e WeAreSocial, o Brasil é o terceiro país no mundo que mais usa redes sociais. Além disso, a TIC Domicílios 2020, pesquisa que estuda o uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) nas residências brasileiras, apontou que cerca de 81% da população acima de 10 anos de idade no país usam a internet. São números como esses que mostram o motivo das redes sociais terem se tornado formadores de opinião e gostos para muitas pessoas. 

 

A verdade é que, com o passar do tempo, as redes sociais começaram a transformar as relações entre as pessoas - seja online ou na vida real. “As redes sociais sofreram muitas mudanças nos últimos anos. Inicialmente, elas serviam apenas para a comunicação entre as pessoas, mas descobriram nela uma grande fonte de renda. Assim, a ideia começou a ser fazer com que se passe o máximo de tempo possível diante da tela para o consumo de propaganda. Para isso, desenvolveram a estratégia dos algoritmos, likes e engajamentos, que ativam o mecanismo de recompensa em nosso cérebro. Por conta do impulso constante para checar se recebemos uma mensagem, nos sentimos desconfortáveis e impelidos a olhar a todo instante o celular”, explica o psicólogo Luiz Mafle, professor de Psicologia e Doutor em Psicologia pela PUC Minas e Universidade de Genebra.

 

Um ponto importante a ser analisado nessa era das redes é que têm aparecido cada vez mais novos influenciadores, de diversos assuntos, que começam a ganhar a vida através da internet. “É bom entendermos que, se alguém está ganhando dinheiro com uma moda hoje, se a pessoa for tentar copiar, ela já estará ultrapassada, não atingindo o mesmo resultado. Mas acredito que não podemos negar as possibilidades que as redes sociais oferecem. Ali se tem todo o conhecimento disponível e muitos deles podem realmente trazer benefícios e progressos na vida. O problema é que muitas formas de ganhos oferecidos são aquelas que não deixam o que em economia se chama de lastro. Ou seja, recurso que dê um valor real para as coisas, algo físico que sirva de garantia. A maioria é volátil e dentro de um jogo, que como sabemos, só alguns ganham”, entende. 

 

Abaixo, o psicólogo listou alguns gatilhos que podem ser causados por conta da relação que as pessoas têm com as redes sociais. Confira:

 

1. Comparação com a vida perfeita 

“Como somos levados a ver a vida dos outros a todo instante, vendendo uma rotina de realização e felicidade constante, comparamos com as nossas vidas e nos sentimos piores, por não conseguirmos determinados status sociais ou alegria sem fim. Nesse processo de comparação, somos acometidos por pensamentos de desvalorização e tentamos buscar soluções (nas próprias mídias sociais) para solucionar os problemas que elas estão gerando. Nesse looping, vamos aumentando a nossa ansiedade, por um lado, sentindo-se insuficientes e, por outro, por não darmos conta de atingir a suposta felicidade que os outros nos apresentam”, explica o psicólogo.

 

2. Vício nas redes sociais 

“Difícil dizer de alguém que não sofra os efeitos do vício em redes sociais, devido ao efeito da dopamina, estruturado pelos desenvolvedores dos softwares e dos algoritmos. No documentário ‘o Dilema das Redes’, por exemplo, os próprios desenvolvedores se tornaram vítimas das suas criações. O que podemos pensar é em uma redução de danos no momento, ou seja, estipular horário para uso do celular, se mantendo longe dele nos momentos de desuso e retirando as notificações. Isso porque, o hábito e a facilidade de acesso ao celular, fazem com que o acionemos com mais frequência. Se o alcance ficar mais difícil, tendemos a pensar mais se iremos buscá-lo ou não”, complementa.

 

3. Cyberbullying  

“Algumas pesquisas mostram que o uso da comunicação via internet reduz a empatia entre as pessoas, pois não se tem o contato direto com a pessoa, não percebendo a reação emocional que a pessoa tem ao receber a mensagem. Normalmente, quando expostos ao sofrimento que a pessoa sentiu, a pessoa que realizou a agressão tende a se arrepender por esse mecanismo de empatia. Por conta desta falta de percepção da reação do outro, o cyberbullying se torna mais fácil de se realizar e por conta do volume de mensagens negativas que se pode receber, os efeitos também são potencializados. E esse volume ainda pode ser maior devido ao efeito manada, pois para se sentir incluído, o ser-humano tende a repetir o comportamento do grupo”, diz Luiz.

 

4. Comparação em relação a corpos 

“É inevitável vermos pessoas mais bonitas ou com corpos mais definidos que os nossos. E isso não é um problema. Só que, quando vemos demais, ou consumimos em excesso essas imagens, a nossa mente incorpora essa imagem como padrão, como uma verdade a ser imitada. Ao passar por esse processo, passamos a nos comparar e nesta hora, nos sentimos inferiores. Um processo de desintoxicação destas imagens ajuda, evitando personagens que apresentam esse padrão de beleza, e vendo mais as pessoas reais ao seu entorno, no trabalho, na escola, nos espaços públicos, etc. Depois de algum tempo, a nossa cognição se adapta e a comparação se mostra menos nociva”, alerta o psicólogo.

 

5. Ansiedade e depressão

O que se vive na rede social é apenas parte da nossa personalidade que apresentamos ali. Contudo, para os influenciadores, isso é a principal, ou a única, fonte de renda. E este é um trabalho que mescla profundamente a profissão e a vida pessoal. Nesse processo, o que acontece é que a pessoa se identifica apenas com essa parte da vida, que precisa mostrar. Como a alegria vende mais que a tristeza, ela precisa se mostrar feliz, mesmo quando isso não é verdade. Neste momento ela está negando parte da sua própria personalidade, o que é uma agressão contra si mesma. Uma reação da nossa mente, nesta hora, são esses sintomas patológicos, que só são superados, quando podemos viver, mais livremente, todas as emoções, como a alegria, a tristeza, a raiva e o medo”, completa Luiz Mafle.

 

 

Luiz Mafle - psicólogo Junguiano, professor de Psicologia e Doutor em Psicologia pela PUC Minas e Universidade de Genebra, mentor. Ele realiza cursos, psicoterapia e supervisão. Ele faz parte da International Association for Analytical Psychology - IAAP. É diretor do Instituto C.G. Jung MG, uma instituição de formação e desenvolvimento de analistas, filiada à Associação Junguiana do Brasil – AJB e à International Association for Analytical Psychology – IAAP. O ICGJMG oferece o Curso de Formação de Analistas para psicólogos e médicos, além de um programa interdisciplinar, aberto ao público.

Mistérios do Cérebro – O que você vê é invenção do seu cérebro!

O nosso cérebro é um dos órgãos do corpo humano mais complexos, sua capacidade de armazenamento é enorme e ainda muitas coisas são misteriosas para a ciência

 

Para te contar sobre alguns mistérios do cérebro, o Super Cérebro preparou uma série de curiosidades sobre essa máquina que chamamos de mente! 

Um estudo realizado pela Universidade de Washington retratou que se nossos olhos fossem uma câmera, ela teria 341,5 megapixels. Segundo o estudo, conseguimos enxergar 154 unidades mínimas, ou seja, essas unidades podem ser comparadas a pixels. 

Entretanto, os olhos só conseguem captar imagens em uma área minúscula. A fóvea é uma pequena abertura localizada no meio da nossa retina e possui 1 milímetro de diâmetro. 

Esse local contém apenas 7 megapixels, o que não nos permite ter uma imagem realmente nítida das coisas. Mas então? Como enxergamos tão bem? Acontece que por nosso olhar estar sempre em movimento, a fóvea captura diversos pedaços de imagens e encaixa todos eles montando uma só. 

Cada imagem dessa é capturada há cada 0,2 milésimos de segundos e conforme vamos movimentando nossos olhos, perdemos 0,1 milésimo de segundo de informações sobre o ambiente. Resultado, somando todos os segundos, sendo eles 150 mil por dia, ficamos “cegos” cerca de 4 horas por dia. 

Por nosso cérebro funcionar assim como uma máquina, não percebemos que ele acaba preenchendo os vazios com outras imagens como em um filme. Atividades que estimulam o cérebro e trabalham memória e foco nos permitem prestar mais atenção no que enxergamos e vivenciamos. 

Desenvolva as habilidades cognitivas e turbine seu cérebro com o método Super Cérebro! Agende sua aula gratuita!

 

CIEE prevê crescimento de 13,3% no número de estagiários em 2022

Levantamento inédito apontou que mais de 707 mil estudantes do País estudam e trabalham

 

O Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE apresentou estudo inédito a respeito dos estagiários brasileiros. O levantamento, encomendado à consultoria Tendências, prevê alta de 13,3% no número de estagiários até o fim de 2022, puxado principalmente pelas vagas represadas durante a pandemia causada pela Covid-19. 

A projeção para 2023 também é de crescimento, mas com menor fôlego, cerca de 8,3%. Para Humberto Casagrande, CEO do CIEE, o aumento real do número de vagas será apenas a partir de 2024, já que mesmo com as previsões de crescimento, o número de estagiários não chegam ao mesmo patamar do nível pré-pandemia. 

De acordo com Lucas Assis, analista da consultoria Tendências, o contágio econômico da crise sanitária foi mais intenso na população jovem. “A empregabilidade dos jovens brasileiros foi desproporcionalmente afetada. Os primeiros anos de estágio são essenciais. Quem começa em crise começa com uma desvantagem duradoura”, conta. 

Segundo o levantamento, atualmente o País conta com um contingente de 707.903 estagiários, e a concentração está no Sudeste, principalmente na cidade de São Paulo. Seguido pela região Nordeste. Para chegar nesse índice, foi desenvolvida uma metodologia capaz de identificar o estagiário dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a PNAD.

 

Renda familiar 

Ainda de acordo com o estudo, ao menos 40,4% dos estagiários estão concentrados nas classes D/E, com renda mensal domiciliar até R$3 mil, já os estudantes da classe C, com orçamento familiar de até R$7,2 mil, representam 37,7% dos estudantes. 

Segundo Mônica Vargas, superintendente Nacional de Operações e Atendimento do CIEE, ao observar o cenário histórico essa sempre foi uma tendência, mas em 2021 esse percentual aumentou. “Esses jovens buscam oportunidade de estágio não só como fonte de inserção no mundo do trabalho para conhecimento e bagagem prática, mas também para colaborar na renda familiar”, afirma.


CIEE

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D. Pedro I e a paternidade: uma faceta que intriga historiadores

Imperador com fama de mulherengo deixou dezenas de filhos de mães diferentes e número exato de herdeiros é desconhecido entre estudiosos

 

 

O primeiro imperador brasileiro teve oficialmente dois casamentos, com D. Maria Leopoldina e D. Amélia, e dessas uniões foram gerados nove filhos. Extraoficialmente a quantidade precisa de herdeiros é um enigma, pois especulações a partir de relatos da época levam a crer que D. Pedro I teve filhos com pelo menos 20 mulheres distintas e nem todos foram considerados legítimos. Em 1823 chegou a ter três descendentes, cada qual de uma mãe diferente: D. Leopoldina; Domitila de Castro, a Marquesa de Santos; e a irmã dela, Maria Benedicta.


Diante do desafio, o historiador Bruno Antunes de Cerqueira resolveu classificar os filhos entre legítimos (gerados nos casamentos oficiais), legitimados (aqueles reconhecidos em testamento) e ilegítimos. Por não haver um número exato de herdeiros, Cerqueira considera difícil detalhar a árvore de descendência do imperador brasileiro. Pelos estudos e relatos conhecidos, ele estima que o número de descendentes de todos os filhos de D. Pedro I pode chegar a cinco mil pessoas. Encontre detalhes dessa história na Agenda Bonifácio.

 

Acontece agora 

 

Agenda Bonifácio - plataforma online de programação cultural e conteúdos ligados ao Bicentenário da Independência do Brasil, criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Organização Social Amigos da Arte.  O nome faz referência a José Bonifácio de Andrada e Silva, um dos personagens mais importantes da Independência, com atuação nos campos da arte, da ciência e da política. 

Plural como quem lhe dá o nome, a plataforma apresenta dados históricos desde 1500, entrevistas, curiosidades, notícias, releituras de fatos marcantes, além de falar de personagens pouco lembrados no processo histórico dessa época. Viva e colaborativa, a Agenda Bonifácio possibilita a divulgação de eventos em âmbito nacional relacionados ao tema. Para compartilhar informações e divulgar seu evento, basta acessar o formulário ou escrever para contato@agendabonifacio.com.br 

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Especialista destaca importância da fase pré-contratual para sucesso na compra de um imóvel na planta


Comprar na planta ou em construção tem como grande vantagem possibilitar adquirir um imóvel por um preço mais baixo que se pagaria por um já pronto. Mas essa operação requer muita cautela, pois o investimento pode se tornar uma dor de cabeça se a obra atrasar ou até mesmo não for entregue. Por isso, é essencial ter atenção a uma série de fatores antes de fechar a compra.

Primeiramente, é necessário entender se o empreendimento está devidamente regularizado em termos documentais, conforme alerta o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa. “Todo empreendimento imobiliário deve, inicialmente, respeitar a norma contida no artigo 32 da Lei 4.951/64, cabendo destaque para a obrigação do empreendedor em registrar, previamente ao lançamento do empreendimento, título de propriedade do terreno, certidões negativas, memorial descritivo e minuta da futura convenção de condomínio. Além destes, que devem ser registrados em cartório, o empreendedor deve ter o alvará de construção e também um engenheiro responsável pela obra.”

Certificado, então, que o empreendimento está devidamente registrado e que detém a autorização da municipalidade para a construção, aí a busca deverá passar pela qualidade e compromisso do construtor. “Neste ponto, é importante que o comprador faça buscas sobre a reputação da empresa, em especial quanto ao compromisso de entregar o empreendimento no prazo acordado com seus clientes, a qualidade da construção para evitar problemas com vícios construtivo logo após a entrega e também a relação de pós venda, já que nenhum negócio é infalível de ter problema”, acrescenta o advogado.

Passada a fase pré-contratual, preparatória ou preventiva ao negócio e estando tudo ok, é hora de analisar o contrato de compra e venda. Neste momento, é necessário buscar o auxílio de um advogado especialista em direito imobiliário para entender os direitos e obrigações que envolvem o contrato. “Deve-se ficar atento ao prazo para entrega da unidade, à forma de pagamento, correção das parcelas e do saldo devedor da compra, se há possibilidade de financiamento antes da entrega das chaves, quais as cláusulas penais para o caso de rescisão contratual, quais as penalidades para o caso de atraso na entrega das chaves, dentre outras questões comuns de um contrato de compra e venda”, destaca Vinícius Costa.

Por fim, mas não menos importante, se a alternativa ao negócio for a rescisão, o comprador deve lembrar que a Lei 13.786/2018 regulamentou a rescisão dos contratos de compra e venda e não é nada benéfica aos compradores.

 

Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH


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