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domingo, 28 de junho de 2020

E O SETOR PRIVADO QUE SE DANE!


        O STF, na última quarta-feira (24/06), firmou convicção em favor do emprego público como ideal projeto de vida dos brasileiros. Seria essa uma espécie de "interpretação conforme a Constituição" do disposto em seu art. 3º, inciso III, que trata da redução das desigualdades sociais?

        Até onde me lembro, sempre foi assim. Na minha infância, toda mãe amorosa, todo pai zeloso sonhava com um bom emprego público para o futuro de seus pimpolhos. Lembro que lá na minha Santana do Livramento, as referências eram o Banco do Brasil, a carreira militar, fiscal da receita. Não sei se essas posições ainda se mantêm cobiçadas. O que sim, sei, é que quanto mais a atividade privada patina em meio às sucessivas crises da economia ao longo das últimas décadas, maior a atração pelos concursos e mais aumenta a população concurseira. Estima-se que, todo ano, cerca de 10 milhões de brasileiros busquem a rede de ensino que opera com foco nesse atraente mercado.

        Jovens habitualmente pouco ou nada ligados ao estudo no sistema formal, público ou privado, ao ambicionarem um cargo acessível por concurso, passam a queimar pestanas que cruzaram intactas e dispensadas de maior esforço todos os anos anteriores.

        O lado bom dessa história é que, aprovado ou não, o concurseiro vai aprender com esforço próprio um pouco mais do que trazia como patrimônio de conhecimento após encerrar seu mal aproveitado ciclo escolar. O lado ruim é o desestímulo para a atividade privada. Impossível recusar o fascínio de uma vida sob a proteção do Estado, a subsistência garantida do ato de nomeação ao túmulo. Estabilidade e segurança nessas proporções não costumam ser disponíveis na atividade autônoma ou no setor produtivo da economia.

        Voltemos, então, à recente decisão do STF. Na crise que a covid-19 fez desabar sobre a economia brasileira, empregos viram pó e postos de trabalho, fumaça. Para alimentar a esperança de não voltar ao envio de currículos, às ruas e às entrevistas, trabalhadores concordam com reduzir seus salários e suas jornadas. De algum jeito, que provavelmente lhes vai demandar angustiantes e longos ajustes no orçamento familiar, colaboram com sua quota de sacrifício para que os tutores da pandemia não acabem de vez com seu posto de trabalho.

        Já no que concerne ao setor público, o STF (aquele das lagostas e vinhos premiados), por "sólida" convicção de 6x5 em ambos os casos, decidiu que os repasses do Executivo aos outros poderes não devem ser reduzidos em caso de frustração de receita, nem podem os governantes diminuir vencimentos de servidores para compatibilizar sua despesa ao caixa, conforme impõe a responsabilidade fiscal. Conclui-se daí que esta é uma crendice, atingível por feitiços, artes ocultas ou milagres.

        Não é sensato, nem soa como democrático que, num julgamento desempatado por um único voto e sendo parte interessada, o STF (elite do setor público) derrube decisões tomadas pela maioria dos quase 600 congressistas. Esse é mais um primor da Carta de 1988, que não impõe um número mínimo de votos para que o STF revogue decisões do Congresso.





Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sábado, 27 de junho de 2020

EM DIA DE PACIFICAÇÃO, TRÊS TORPEDOS DISPARADOS POR MINISTROS DO STF CONTRA O PRESIDENTE.


        Durante quase toda minha vida ouvi a frase: "Não existe opinião pública; o que existe é opinião publicada". Dela fiz uso, muitas vezes, para mostrar que a imprensa costumava atribuir à sociedade, como conteúdo de produção própria, ideias e opiniões cuidadosamente cultivadas no que ela, imprensa, disponibilizava.

        Nos anos mais recentes, a popularização da Internet, dos smart phones e das redes sociais abriu um amplo espaço para as fontes de opinião se expandirem em crescimento exponencial e em diversidade tal que, pela primeira vez na história, se pode falar sobre opinião pública como algo diversificado e democratizado.

        O leitor destas linhas sabe. Nossa mídia vem seguindo uma estratégia que, embora tendo Bolsonaro como alvo aparente de suas matérias, visa, com efeito, restaurar seu antigo plantio e supremacia contra as opiniões de conservadores e liberais. Durante sucessivas décadas essas duas palavras eram usadas para injuriar pensadores, políticos, professores. Bolsonaro é, apenas, o alvo fácil para esse ataque a um público cuja opinião precisa sucumbir, novamente, no obscurantismo do movimento revolucionário, "autorrotulado" progressista, que dominou a política e a cultura brasileira com os péssimos resultados ainda hoje se fazendo conhecidos... graças às redes sociais.

        Os jornais desta manhã (26/06) trazem a notícia de que o presidente da República discursou ontem no Palácio do Planalto, em presença do ministro Dias Toffoli do STF e falou em colaboração e harmonia entre os poderes de Estado. Do que li, colhi a impressão de que o presidente recuava de sua atitude até então belicosa para ir ao encontro da conduta fidalga dos demais poderes... No entanto, pasmem os leitores, ontem mesmo, em entrevista à CNN, o ministro Gilmar Mendes, com sua habitual falta de compostura (um defeito que a mídia só vê em Bolsonaro) fez piadinha dizendo que as milícias do Rio podem emprestar um soldado e um cabo"... (1). Também ontem, ao ser eleito para presidir o STF a partir de 10 de setembro, o ministro Luiz Fux afirmou sua disposição de manter o STF "no mais alto patamar das instituições brasileiras" (2). Na véspera, em entrevista ao UOL, a ministra Cármen Lúcia, falando do que não entende, havia afirmado: "Acho difícil superar a pandemia com esse desgoverno" (3).

        Diante desses três fatos pergunto se você, leitor, viu na grande imprensa alguma repercussão a essas frases que jamais seriam ouvidas de ministros que respeitassem sua função e poder, zelosos pela harmonia imposta pela Constituição? Desde quando ministros do STF estão liberados para fazer piadas maliciosas carregadas de intenções políticas? Desde quando um futuro presidente da Corte pode se comprometer com elevar seu poder acima das demais instituições, quando a CF diz que os poderes são independentes e harmônicos, sem que um se sobreponha aos outros? Desde quando uma ministra se permite fazer crítica política frontal, sem cabimento nem fundamento, como a formulada pela ministra Cármen Lúcia?

Quanta irresponsabilidade numa missão de tamanha responsabilidade! Tudo isso num intervalo de umas poucas horas, provavelmente em dia de folga dos loquazes ministros Alexandre de Moraes e Celso de Mello, muito mais useiros e vezeiros nesse tipo de manifestação de agravo ao Poder Executivo. Quanta parcialidade no comportamento da imprensa! Ah, se fossem ditos do presidente, ou de alguém a ele ligado!







Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


Covid-19 pode forçar a derrubada do teto de gastos públicos, reforma tributária e a criação de novo imposto no Brasil


O advogado tributarista e consultor Eliézer Marins avalia os impactos da pandemia do novo coronavírus na economia e revela que existe a possibilidade de novos impostos, reexame de isenções e de uma reforma tributária para mitigar os efeitos da crise econômica e da queda brusca no PIB e na arrecadação.


A pandemia da Covid-19 causou grandes alterações, algumas delas bastante radicais, em políticas públicas e expôs o abismo da desigualdade social de forma muito explícita, mostrando a necessidade de amparo por parte do Estado para garantir liquidez ao sistema financeiro e manter os negócios minimamente em funcionamento, assim como para apoiar trabalhadores informais e pessoas vulneráveis. No entanto, como dinheiro não se cria do nada, em algum momento, alguém precisará pagar a conta por todo o assistencialismo necessário durante esta crise.

O advogado tributarista e consultor Eliézer Marins, CEO da Marins Consultoria, aponta que devido à pandemia o Estado precisou tomar medidas que irão, em um futuro não tão distante, acarretar em aumento de impostos e detonar o teto de gastos público do governo: “Cálculos da IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão vinculado ao Senado Federal, mostram que os gastos do governo com os desdobramentos da pandemia e seu enfrentamento devem superar os R$ 600 bilhões este ano, o que é equivalente a quase 9% do PIB brasileiro. Considerando perdas de receitas e outros eventos, a IFI projeta déficit primário de R$ 877 bilhões para este ano, representando 12,7%.Logo, todo esse financiamento inevitavelmente resultará em aumento da dívida pública e pode dar adeus por ora aos limites impostos pela PEC do teto de gastos e endividamento público.” 


Queda brusca do PIB e aumento elevado do endividamento público em 2020


Desenhado para conter o exorbitante crescimento dos gastos públicos, o mecanismo do teto de gastos determina que as despesas públicas não podem aumentar mais do que a inflação do ano anterior. Pela regra do teto, toda vez que a economia crescesse, os gastos públicos deveriam encolher em relação ao PIB. No entanto, na prática, isto se mostra inviável neste momento, onde o Banco Central espera uma queda no PIB para 2020 de 6,4% e um aumento dos pedidos de empréstimos em quase 8%: “Vivemos em um país em que vigora um sistema tributário que cobra mais impostos de quem tem menor capacidade de contribuir, contudo se afinal o teto de gastos se mostrar insustentável, o aumento dos gastos públicos para enfrentar a pandemia tende a acelerar uma reforma tributária, que está sendo proposta há algum tempo e pode ser enviada para apreciação até agosto deste ano, já que entre renúncias fiscais, isenções, abatimentos e taxação mais leve sobre renda e patrimônio do que sobre consumo, no Brasil, quem pode menos paga mais imposto do que quem pode mais.”


Compensação dos gastos com a pandemia com novos impostos

Embora diversos países do mundo estejam adotando medidas para postergar a cobrança de impostos durante a pandemia, no Brasil a situação não parece ser uma opção. Além disso, está em aberto a possibilidade da criação de um novo imposto para custear os gastos com a covid-19: “As propostas em debate convergem para a sugestão de cortes em abatimentos de despesas e criação de um novo imposto, assim como novas alíquotas para rendas superiores no Imposto de Renda, incluem tributar lucros e dividendos, hoje isentos, e elevar a taxação de patrimônio e riqueza. Devem ser feitos o reexame das renúncias fiscais. O governo Bolsonaro, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na linha frente, alegam que não pretendem ir por este caminho, mas pode ser inevitável se seguirmos neste estado de emergência. ”



Como fugir de embates e polêmicas virtuais? Tati Sincera fala sobre o excesso de 'opinião para tudo' na web e a importância em repensar conteúdos


"Escolher não falar sobre algum tema não significa negar a importância e nem a gravidade do assunto, apenas quer dizer que os temas em alta na mídia não qualificam alguém para falar deles", diz a influenciadora digital, que usa a internet para um ativismo bem-humorado do desenvolvimento pessoal.


É preciso ter opinião para tudo nas redes sociais? Esta pergunta assombra boa parte dos influenciadores digitais ou qualquer usuário com um perfil na web. Nem sempre acender discussões ou criar polêmicas pode ser algo positivo. Pensando no assunto, a influenciadora digital Tati Sincera, que usa a internet para um ativismo bem-humorado do desenvolvimento pessoal, listou algumas dicas que todos deveriam pensar e seguir antes de sair opinando e polemizando na web. Ela ressalta a importância de se questionar sobre o sentido de “gritar no barulho” sem ter base teórica, histórica ou experiência sobre o assunto.

Somos bombardeados por informações e opiniões de todos os lados o tempo todo. Isso mais confunde do que ajuda. Quando escolhemos não falar de qualquer assunto, não negamos a importância e nem a gravidade do tema. Não acho positivo assumir o papel de 'agente no caos'”, destaca Tati, que completa: “Não quero que as pessoas baseiem suas ideias nas minhas. O ideal é que as pessoas se capacitem para formar suas próprias opiniões e percepções. E, se por um acaso, eu tenha a mesma estrutura de pensamento de meus seguidores, ótimo, se não, tudo bem também.”

Tati lembra que não apenas “influenciadores digitais com muitos seguidores” são afetados quando dão opiniões de tudo, mas todos nós. Uma opinião política pode afetar a relação no trabalho, com os chefes e colegas, e um embate por conta de uma bandeira ou outra pode vir carregado de desinformação, prejudicando muito mais do que ajudando e orientando seus seguidores.

Nunca se sinta pressionado a justificar, explicar, ou se posicionar por coisas que, em poucos dias, serão reveladas pela realidade diária e não por frases soltas ou cheias de efeitos, que impressionam ou decepcionam quem alcança. Cuidado quando ouvir que você 'precisa' se posicionar, que 'tem' que fazer comunidade e que 'precisa' ter uma causa. Se você é referência em uma área, você já é naturalmente posicionado porque formou uma comunidade e vive por uma causa. Quem te conhece sabe disso e não vai te cobrar, nem pode.”

A ativista bem-humorada do desenvolvimento pessoal cita ainda o caso de influenciadores digitais que levantam bandeiras e temas polêmicos sem profundidade de causa, porque muitos estão fazendo isso apelas pela autopromoção. Tati Sincera foge disso: “Tenho muito medo de ganhar seguidores pela fragilidade do momento com discursos que as preencha num momento assim. Não quero ser um formador de opinião que fala aqui o que o outro quer ouvir, mas sim por toda a minha trajetória. Um formador de opinião tem base para sustentar aquilo que ele é especialista e não para falar de tudo que está em pauta na mídia.”

Veja mais dicas de Tati Sincera para fugir de embates desnecessários na web:


1) Falar sobre política vale a pena? - Se você não é um especialista político e nem está concorrendo a nenhum cargo político, não. Política é algo bem delicado, ainda mais no momento em que estamos vivendo. A desinformação e as ‘fake news’ estão a solta. Não é melhor deixar que especialistas no assunto passem as orientações? Assim você evita entrar em conflitos que podem te afetar diretamente, como por exemplo com colegas de trabalho e familiares. Caso você queira muito falar sobre política, um grande conselho: estude antes. E muito. Política não é fácil.


2) Repensar sobre desafios ou hashtags da moda – Mais uma vez vale se questionar: Esse desafio ou essa hashtag me representa? Eu domino esse assunto? É o assunto que está no meu lugar de fala? Existem muitas hashtags que podem vir carregadas de informações e muitas vezes desconhecemos todo o significado dela. Aderir a temas só porque estão na moda é muito delicado.


3) Não cair na cobrança de outros influenciadores - Influenciador que cobra posicionamento de outros influenciadores não entende o principal: os seguidores do seu colega não são os seus. Você não pode definir o que ele fala, faz ou entrega de conteúdo para o público dele. O relacionamento estabelecido entre você e seus pares não compete a outro.


4) E a cobrança dos seguidores? - Um seguidor real tem total abertura para 'pedir' (não cobrar) uma opinião de seus influenciadores sobre qualquer tema. Ele deve estar aberto a ouvir o que de fato a pessoa pensa sobre o tema, e não apenas para ver se a pessoa pensa como ele. O influenciador pode ou não responder, depende se ele se sente confortável e habilitado para fazer tal coisa.


5) Cabeça quente pode dar ruim! - Responder sobre qualquer assunto de cabeça quente nunca é uma boa ideia. Se o assunto for polêmico então, pior ainda. Por isso, caso seja provocado sobre algum tema, seja nos comentários, mensagens ou em marcações, espere o melhor momento para responder. Respire. E, se sentir necessidade, estude sobre tal tema para saber exatamente como passar a melhor informação. Evite entrar em embates virtuais de graça para não perder a razão.





Tati Sincera


5àsec ensina como limpar os tênis utilizando a máquina de lavar


Especialista em cuidados têxteis da 5àsec explica cuidados para limpeza de calçados


Uma das principais perguntas que ainda pairam no ar é: posso lavar o tênis na máquina de lavar? Há alguns anos a resposta seria não, mas hoje grandes marcas vêm fabricando calçados que podem ser limpos neste tipo de equipamento doméstico, levando em consideração alguns cuidados. É claro que excluímos desta lista tênis em couro ou camurça, que precisam de tratamentos especiais, ou até mesmo os infantis que contam com luzes de LED. Pensando em como solucionar esta questão, principalmente em tempos de pandemia, separamos dicas importantes da especialista em cuidados têxteis da 5àsec, Marinês Cassiano.

O primeiro passo é olhar a etiqueta do tênis e verificar se está liberada a limpeza em máquinas de lavar. Feito isso, é importante retirar os cadarços e as palmilhas, que são lavadas separadamente. Você pode utilizar detergente ou sabonete neutro, e limpar os itens com o auxílio de uma escovinha com cerdas macias. Se os cadarços forem brancos e estiverem muito encardidos, vale a pena deixar de molho por uma hora em alvejantes não clorados. Em seguida, estenda para secar a sombra. “É importante não colocar os cadarços e principalmente as palmilhas na máquina, pois podem ser danificados com certa facilidade”, revela Marinês Cassiano.

O próximo passo então é separar os tênis coloridos dos brancos, assim como fazemos com as peças de vestuário. Antes de colocar na máquina, vale a pena utilizar a mesma escova com cerdas macias para remover o excesso de sujeira, utilizando água e detergente ou sabão neutro. Para não prejudicar o tecido e a costura, o indicado é colocar os tênis em sacos de proteção ou até mesmo dentro de uma fronha, sempre com a língua para fora. “A recomendação é que os tênis sejam lavados com água fria, pois a água quente pode deformá-los. Mas você não pode colocar apenas tais itens na máquina. Opte por peças da mesma cor, que não sejam tão delicadas e nem tão pesadas. Neste caso, jeans podem ser uma ótima opção. Além disso, é essencial colocar no ciclo de lavagem delicada. Após a lavagem, você pode tirar o excesso de água com uma toalha branca seca”, revela a especialista da 5àsec.

Vale lembrar que centrifugar está liberado, mas utilizar a secadora não. O calor da máquina pode danificar e deformar o calçado, dependendo do tipo de tecido em que foi fabricado. O ideal é planejar a limpeza dos tênis com antecedência e sem pressa, já que dependendo das condições climáticas, pode ser que eles levem dias para secar. Para finalizar, coloque para secar na sombra. “Em caso de calçados com detalhes em pedraria, bordado, apliques ou logos impressos ou não costurados, a recomendação é que sejam enviados a uma lavanderia especializada que saberá como efetuar a limpeza da peça da melhor maneira possível, sem prejudicar o tecido e os adereços”, explica Marinês Cassiano.






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Dicas para deixar a casa aconchegante e funcional neste inverno


 Conheça alguns produtos indispensáveis para o conforto térmico


Estamos no outono e já sentindo um frio considerável, principalmente nos períodos da manhã e noite. O inverno está batendo à porta e começa oficialmente no dia 20 de junho, mas a grande diferença para este ano, com certeza, é a situação atípica que estamos vivendo, de enfrentamento à pandemia de coronavírus. 

Por conta do inverno, já existe uma tendência de procurarmos ficar protegidos em casa. Esse ano, em particular, devido às medidas de isolamento social, adotadas para conter o novo Coronavírus, a tendência passa a ser certeza. Outra questão que deve nos manter mais caseiros é que o inverno pode ser um agravante para a infecção pelo vírus, primeiro porque as pessoas acabam se mantendo mais em ambientes fechados, pouco arejados, e segundo porque o ar frio causa irritação nasal e das vias aéreas, o que torna as pessoas mais suscetíveis à infecção. É por tudo isso que, mais do que em qualquer outro inverno, é preciso preparar a casa para que ela esteja o mais aconchegante e funcional possível para ser um local prazeroso de estar.

Veja abaixo dicas da Astra, marca que produz vários itens que proporcionam conforto térmico: 


Mantenha-se agasalhado  

Muito embora a nossa vontade no inverno seja manter a casa toda fechada para nos sentirmos mais aquecidos, em tempos de Coronavírus isso não é aconselhável. Para evitar a infecção pelo vírus, se faz necessário o mínimo de ar circulando pela residência, para que ele seja renovado e leve as partículas embora. Então, se agasalhe bem para poder manter o ar circulando. 


Itens aconchegantes 

Há pequenos itens que, apesar de não serem essenciais, oferecem sensação de conforto e aconchego para casa no inverno, como velas e incensos, por exemplo. Outros, como edredons e cobertores quentes e macios, são mais necessários, e você pode aproveitar e abusar deles para deixar a cama aconchegante. Na sala de estar, vale deixar à disposição mantas no sofá para a hora de assistir um filme, ler um livro e afins. É o momento também de esticar aquele tapete de trama mais alta e macia, que ficou guardado durante o verão.


Itens funcionais 

Outros produtos, ainda mais funcionais, requerem um pouco mais de atenção dos moradores, que precisam verificar as condições da instalação elétrica e espaço disponível para um bom funcionamento dos itens. Entre eles estão:

Duchas elétricas ─ A hora do banho é um dos momentos mais difíceis durante o inverno, por isso procure pela melhor ducha elétrica para o inverno ou verifique se a sua está adequada. 

Torneiras elétricas ─ Difícil encarar a água gelada para lavar a louça nessa época do ano; ter uma torneira com água aquecida na cozinha é uma grande vantagem. 

Toalheiros aquecidos ─ Sair do banho e se enxugar com uma toalha seca e quentinha? Com um toalheiro aquecido isso é possível. Por deixar as toalhas mais secas, reduz a proliferação de fungos e ácaros, eliminando o mau cheiro.
Além destes produtos funcionais citados acima, a Astra fábrica outros itens como: aquecedores a gás, piso aquecido e desembaçador de espelhos, que podem assegurar o bem-estar de toda a família no inverno ou em regiões onde o frio se faz presente quase o ano todo.




Astra S/A Indústria e Comércio


Inverno: saiba os cuidados com as peças que são tendências na estação



Montar looks para a estação mais fria não é uma tarefa fácil, ainda mais quando as peças sempre apresentam novos conceitos, proporcionando uma variedade em seu uso. Um exemplo disso é a sobreposição de roupas, que já se tornou tendência no vestuário.

Além dessa diversidade, o conforto segue como ponto principal para garantir não só a elegância, mas também o bem-estar. Alinhado ao conforto estão os cuidados com as peças de roupa, para não danificar as fibras, a fim de que durem por muitas estações e permaneçam íntegras por mais tempo. Algumas dicas simples para manter a qualidade das peças são suficientes.


Nunca sai de moda. As peças de couro são sempre ótimas opções para se manter aquecido e com estilo. “Para que as peças não percam sua estrutura e o couro não craquele, vale utilizar um pano macio umedecido somente com água (sem nenhum tipo de produto químico) para limpar a parte interna da roupa. Isso eliminará qualquer resíduo. Para a parte externa, o ideal é utilizar um limpador de couro com um pano, exercendo movimentos suaves para retirar a sujeira”, descreve Ricardo Monteiro, especialista em higienização da Quality Lavanderia.


Novidade. Os puffer jackets chegaram e conquistaram os vestuários feminino e masculino. Além das jaquetas ao estilo convencional, os coletes também são destaque. Apesar da aparência volumosa, pode ser utilizada como uma peça básica na composição ou até mesmo a peça chave no look, tudo depende do estilo e cor escolhida. Por serem de nylon, exigem um cuidado especial para a higienização; por isso, sempre leia as descrições da etiqueta. Neste caso, a melhor forma de limpeza é pelo sistema Wet Cleaning ou a seco. “O principal benefício destes processos de limpeza é manter as fibras íntegras, diminuindo o desgaste das peças ou até o encolhimento das mesmas, preservando as fibras e as cores por mais tempo. É um tipo de limpeza que diminui o desgaste do tecido durante os processos de lavagem e aumenta sua vida útil”, comenta Monteiro.


Pés aquecidos. Não podemos nos esquecer dos itens que mantêm os pés longe do frio, especialmente as botas, calçado muito usado nesta época. Independente do material, é válido sempre limpar com um pano úmido para tirar os resíduos leves e passar graxa caso seja de couro liso. Para limpeza profunda, até para evitar mau cheiro, os cuidados de especialistas em lavanderias profissionais são os mais adequados. Dessa forma, realiza-se a higienização de acordo com o tipo de material, sem danificar o calçado.


Meia-calça. Peça curinga no guarda-roupa feminino, a meia-calça compõe os looks com vestidos, saias e até mesmo shorts. Cria um visual desde casual até corporativo, dependendo da composição das roupas. O cuidado primordial é na hora de lavar a peça: por serem finas e delicadas, o cuidado para não rasgar a meia-calça, além de evitar as bolinhas, é grande. “Lave separada das demais peças, utilizando detergente neutro”, ressalta Monteiro.


Jeans. Do básico ao sofisticado, o bom e velho jeans nunca sai de moda e é fundamental em qualquer armário, pois agrega estilo ao look, sejam com casacos, suéteres, botas ou tênis. Mas, se engana quem pensa que basta colocar o jeans na máquina e a peça estará limpa. Cada tipo de jeans indica um cuidado ao lavar, principalmente os que contêm pedrarias. Em caso de manchas, vale utilizar solventes na região, deixar de molho e lavar normalmente.

“Esses cuidados são para a limpeza feita em casa, mas indico que a higienização mais completa seja realizada em lavanderia. Os cuidados em lavanderias profissionais podem proporcionar um aumento em até 40% na durabilidade das roupas. Principalmente para as roupas de inverno, no qual o tecido às vezes é mais pesado, como os casados, ou requer um pouco mais de cuidado, como os puffer jackets, o apoio de especialistas em limpeza de roupas é primordial”, finaliza Monteiro.





Quality Lavanderia



5 dicas de como aquecer o lar no inverno


Ambiente 
Divulgação


Com a chegada do inverno, algumas atitudes podem ser tomadas para proteger a casa do clima frio dos próximos meses, deixando o lar mais e aquecido, auxiliando também a passar o isolamento social em casa com mais conforto.

A Lívia Chervezan, coordenadora de mercado de organização da casa da Telhanorte apresenta dicas simples de pequenas reformas e produtos acessíveis que podem deixar o lar com sensação térmica aconchegante e agradável, confira:


Abuse das cores quentes

No inverno a dica é aproveitar as cores quentes, seja em acessórios decorativos ou tintas, como os tons de mostarda, chocolate e cereja. Nos acessórios vale de tudo, almofadas, capas de sofá, mantas, tapetes e cortinas.


Escolha das cortinas e tapetes

Dois itens que possuem materiais diversos, que adaptam o uso tanto para estações mais quentes ou frias. Sobre a escolha das cortinas, é ideal a utilização de cortinas duplas ou produzidas em materiais pesados, que impedem a passagem do ar gelado para o interior da casa.

Já os tapetes, atuam para impedir o contato com a superfície fria nessa época do ano. Por isso, para os quartos e salas, opte pelos felpudos. Já para os banheiros, escolha os antiderrapantes e para a cozinha, os de fibra sintética são mais aconselháveis, pois não criam umidade e são fáceis de limpar em casa de gorduras.


Para melhorar a sensação térmica da casa

Os aquecedores, lareiras artificiais, abajures e velas também deixam a casa confortável do ponto de vista térmico, além de dar um toque especial na decoração. Luminárias e abajures também podem ser incluídos na decoração como uma alternativa para o aquecimento nas noites de inverno.


Cuidado no banheiro

No banheiro, como citamos, os tapetes antiderrapantes com base de borracha podem torná-lo mais aconchegante. O chuveiro elétrico é uma boa opção, pois permite infinitas regulagens de temperaturas, tornando o banho mais relaxante e confortável, isso sem falar do aquecimento instantâneo da água, sem jatos gelados e, consequentemente, sem desperdício.


O que é possível adaptar na cozinha para o inverno?

Para a cozinha é possível optar pelas torneiras elétricas, que podem ser facilmente instaladas e possuem um preço acessível, ou misturadores com aquecedor a gás ou elétrico, que são úteis tanto no inverno como no verão, além de possuírem um design mais arrojado e moderno.





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8 dicas para começar uma pintura perfeita em casa

A mudança de cor de uma parede é o suficiente para renovar quartos, cozinhas, salas e banheiros. E escolher o tom utilizado em cada espaço e pintar, acredite, pode ser mais fácil do que você imagina. Se a ideia é trazer conforto, estabilidade e resistência, as cores neutras inspiradas na natureza, disponíveis na paleta Refúgio da coleção Colormix 2020, transmitem esse ar de maturidade, consciência e responsabilidade. Já os tons mais quentes encontrados na seleção Diversão, estimulam transformações, vitalidade e ousadia. E os mais claros, presentes na paleta Mantra, remetem a ambientes agradáveis, tranquilos e relaxantes.

O aconselhamento especializado sobre cores, acabamentos, tipos de rolos e pincéis também são essencial para preparar a parede no começo da pintura. A preparação do cômodo antes do início do projeto não apenas facilita a pintura, como também protege a sua casa de respingos ou derramamentos desnecessários. Além da metragem do espaço, escolha do tom e de uma boa tinta e materiais como panos, fita adesiva, lixa com granulometria de 150 a 180, bandeja de pintura e lona ajudam a garantir uma parede perfeita em casa.

Para renovar a decoração dos ambientes sem gastar muito ou investir em grandes reformas, a especialista em cor e tintas, Patrícia Fecci, gerente de marketing para serviços de Cor & Design das tintas Sherwin-Williams preparou um "Faça Você Mesmo", com oito dicas de como começar uma pintura sem erros e sujeira.

Passo a passo

• No intuito de evitar manchas de tinta em tomadas e nos objetos de decoração do ambiente remova cortinas, quadros, espelhos, tapetes e se possível às placas de cobertura dos interruptores.

• Antes de começar a pintura mova todos os móveis para o centro do cômodo ecubra todos os móveis com um panos ou lona para protege-los de respingos de tinta.

• Para não manchar o rodapé da casa o cubra com plástico e cole fita adesiva.

• Enrole o plástico em volta das luminárias e use fita adesiva para cobrir qualquer objeto que você não possa remover.

• Abra uma janela ou porta para garantir uma boa ventilação, facilitando que a tinta seque mais rápida, auxiliando a remoção de odores indesejados.

• Limpe a superfície a ser pintada conforme necessário.

• As lacunas entre paredes, tetos, sancas e outros acabamentos internos podem ser preenchidas com fita adesiva.

• Cuidado: Ao usar tinta base solvente, mantenha a tinta longe do calor, faíscas e chamas vivas. Não fume. Apague todas as chamas, luzes piloto e aquecedores. Desligue fogões, ferramentas elétricas, aparelhos e outras fontes de ignição elétrica. Enquanto estiver pintando e até que todos os vapores acabem, mantenha a área bem ventilada.





Sherwin-Williams
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Vai comprar o primeiro barco?

Confira 7 dicas sobre o que observar na hora de escolher o primeiro modelo de embarcação de lazer


Com diversos modelos e tamanhos disponíveis no mercado, além de preços para variadas classes sociais, o barco está ganhando mais espaço no Brasil. Em tempos de pandemia, é considerado um lazer seguro e privativo. Atualmente, segundo dados da Acobar (Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Seus Implementos), o país conta com uma frota em torno de 700 mil barcos. Clima apropriado para navegação, mais de 8,5 mil km de costa e 60 mil km de vias navegáveis interiores, como lagos e rios, além do crescimento da infraestrutura de marinas e iates clubes contribuem para o desenvolvimento náutico.

Mas, na hora de escolher o primeiro barco é que aparecem as dúvidas. Qual é o melhor modelo e o que precisa ser levado em consideração para não errar na compra? Allan Cechelero, diretor da Triton Yachts, fabricante brasileira com mais de 20 anos de experiência no ramo náutico, explica que não existe regra específica para adquirir o primeiro barco, mas é preciso avaliar cada perfil e objetivos do cliente.


Confira 7 dicas para escolher o primeiro barco, conforme orientações do fabricante nacional Triton Yachts.


 

1.            Analise o fabricante, mão de obra especializada e assistência técnica

Antes de escolher o modelo de barco é importante decidir por um estaleiro com tradição, estrutura e experiência no mercado. Isso garante mais segurança e suporte ao comprador, além da qualidade e garantia técnica do produto. Afinal, a mão de obra da náutica é muito específica.


2.            Identifique o perfil de navegador - esportes, passeios rápidos ou pernoite

“É importante identificar qual é o sonho do futuro navegador, se ele deseja ter um barco para a prática de esportes náuticos, para passear com amigos, estar com a família ou pernoitar. Tudo isso influenciará na hora de decidir o modelo. A Triton, por exemplo, tem modelos variados para diversos perfis, desde pequenas embarcações de 23 pés até iates de 52 pés, e conta com uma equipe especializada para dar todo o suporte e consultoria necessária durante este processo”, diz Cechelero.

Um dos modelos de maior sucesso do estaleiro, escolhido muitas vezes como primeiro barco, é a Triton 300 Sport, de 30 pés (9,20 metros de comprimento), que chama atenção pelo bom desempenho, além de ótimo espaço interno e design esportivo e arrojado.



3.            Analise a depreciação do barco

A avaliação da marca no mercado é um ponto a ser reforçado. Possivelmente, após o primeiro barco, a pessoa futuramente fará um upgrade para um segundo. Portanto, o produto precisa ter boa avaliação e aceitação. “Os barcos da Triton Yachts são uns dos mais bem avaliados no mercado na hora da troca”, afirma o executivo.


4.            Leve em conta a navegação e o conforto

Assim como um carro, para quem vai comprar o primeiro barco, a dica é obter as orientações detalhadas com o revendedor ou profissionais do mercado, consultar informações em canais especializados e até pessoas que já possuem embarcações. Se possível, também navegar em um barco.

“A navegação é um conjunto que compreende o processo construtivo do barco, sua laminação, combinada com a tecnologia e motorização empregada. Das embarcações Triton, os modelos Triton 250, Triton 275 e Triton 300 são ótimas opções para o primeiro barco, porque combinam conforto, design, desempenho e economia”, indica o fabricante.



5.            Proa aberta ou fechada
O layout da proa é um fator a ser considerado na hora da compra e a opção vai variar dependendo do gosto, das necessidades e do perfil do comprador. Nesse caso, a parte frontal do barco pode ter uma área de convivência aberta com sofás ou pode ser fechada, com uma pequena cabine.

Um dos diferenciais das lanchas da marca Triton é que mesmo as embarcações menores com proa aberta já contam com banheiro, grande comodidade durante os passeios.


6.            Tipo de motor

Para o fabricante Triton Yachts, o motor centro-rabeta, que fica na área central do barco em uma casa de máquinas protegida, é o mais indicado para o comprador de primeira viagem, especialmente para quem busca por embarcações para descanso, lazer e passeios em família ou com amigos. A razão é que esse tipo de motor permite aproveitar mais a estrutura externa da lancha, incorporando uma plataforma de popa (parte traseira do barco) para banhos de mar e de sol, além de espaço gourmet para churrascos. Também tem a questão do conforto acústico, que significa menos barulho. Além disso, as novas tecnologias são bastante seguras e de fácil manutenção.


7.            Opções de personalização

O barco é um sonho. Portanto, é importante que o fabricante dê a abertura para personalizar o modelo escolhido conforme o desejo do proprietário. A Triton Yachts, por exemplo, conta com um departamento para personalização desde a pintura até detalhes de estofamentos, mobiliário, acessórios, decoração e por vezes até no projeto. Todo o processo é feito com acompanhamento e auxílio de especialistas na área náutica.

“Acima de tudo, a experiência da navegação é algo maravilhoso e esperamos que cada vez mais pessoas ingressem no mercado náutico. Além disso, em um momento desafiador como o atual, o barco é um lugar seguro para se estar com a família e também uma opção diferenciada de lazer já que nos leva a lugares belíssimos”, conclui o diretor da Triton Yachts.




Triton Yachts
http://tritonyachts.com.br
www.parquehansen.com.br 

Desmatamento em Goiás traz impactos de Norte a Sul do país



Além da rica biodiversidade, o Cerrado é berço de importantes nascentes que abastecem rios que percorrem outras regiões do Brasil, fornecendo água para o consumo e para a agricultura


Em ação realizada nesta semana, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás identificou a degradação de áreas nativas do Cerrado, totalizando 2,5 mil hectares desmatados no município de Cavalcante, localizado na região da Chapada dos Veadeiros, uma das áreas com maior biodiversidade do mundo. Ao menos 29 áreas legalmente protegidas, públicas e privadas, compõem a região, o que faz da localidade um espaço estratégico para a conservação do Cerrado, que somente em 2019 perdeu quase 410 mil hectares de vegetação nativa, conforme dados do MapBiomas publicado em maio deste ano.

“A identificação de áreas de desmatamento sem a devida autorização reforça a importância de protegermos esse que é um dos mais ameaçados biomas brasileiros. Cada vez mais precisamos mostrar para a sociedade a importância do Cerrado e a necessidade de conservá-lo”, afirma Marion Silva, coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, lembrando que o Cerrado possui a flora mais rica entre as savanas do mundo, com mais de 7 mil espécies.

Um estudo do Instituto Sociedade, População e Natureza destaca que a biodiversidade do Cerrado garante a subsistência de milhões de agricultores familiares, comunidades tradicionais e povos indígenas. Do ponto de vista hidrológico, a existência do Pantanal, a maior planície alagada do mundo, depende justamente da água que flui do Cerrado, enquanto praticamente todos os afluentes do sul do Rio Amazonas têm origem na região. “Além disso, para grande parte do sul do Brasil, o Cerrado fornece água para o consumo e para a agricultura, através de escoamento superficial, recarga de água subterrânea e fluxos atmosféricos de vapor de água. O Cerrado também possui grandes quantidades de carbono armazenados em suas florestas, incluindo as raízes profundas que as árvores das florestas precisam para sobreviver à longa temporada seca”, detalha o relatório, evidenciando que a influência do bioma vai muito além do Centro-Oeste brasileiro.

Declarado patrimônio natural da humanidade em 2001, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros tem 240 mil hectares e conta com 60% de seu território dentro do município de Cavalcante, ajudando a promover o turismo ecológico na região. O interesse de turistas nacionais e internacionais pelo parque movimenta a economia local, estimulando a visitação de outros pontos turísticos e fortalecendo negócios, como hotéis e restaurantes.

Espécies importantes da biodiversidade nacional estão presentes na área, como o tamanduá-bandeira e a onça-pintada. É também no município que fica o maior quilombo do país, o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, que mantém identidade e cultura próprias, muitas vezes ameaçadas pelas ações de madeireiros, grileiros e garimpeiros ilegais. No começo do mês, outra ação de fiscalização identificou área de quase mil hectares desmatados justamente no território quilombola.

“Embora seja um município pequeno em termos populacionais, Cavalcante é essencial para a conservação da vida silvestre e do ambiente nativo que existe em todo o Cerrado. A cidade tem potencial para se beneficiar do ecoturismo e é preciso que a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil organizada desenvolvam ações para mostrar que toda essa biodiversidade, boa parte que só existe ali, é essencial para o desenvolvimento econômico e social”, diz Marion.

A Fundação Grupo Boticário, desde maio de 2009, adquiriu e mantém a Reserva Natural Serra do Tombador, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) destinada exclusivamente à conservação da natureza e a pesquisas científicas sobre a biodiversidade local e o fogo, considerado uma das maiores ameaças do Cerrado. A reserva possui área de 8,9 mil hectares e nela somam-se mais de 435 espécies de plantas, 51 espécies de mamíferos, 228 de aves, 56 de répteis e 35 de anfíbios.

Foto: Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO). Crédito: José Paiva



Sobre a Fundação Grupo Boticário
Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já doou mais de R$ 80 milhões para mais de 1.600 iniciativas dedicadas à causa da conservação em todo o País. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.


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