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terça-feira, 31 de março de 2020

CORONAVÍRUS - Antimaláricos podem prejudicar a visão


Cloroquina e hidroxicloroquina formam depósitos nos olhos que causam maculopatia tóxica. Entenda


A recente divulgação de um estudo francês que aponta os antimaláricos, cloroquina e hidroxicloroquina, como opções baratas e rápidas para combater o novo coronavírus (Sars-Cov-2) pode criar outros problemas de saúde. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a toxidade desses medicamentos para o sistema ocular é conhecida há anos. Um relatório da AAO (Academia Americana de Oftalmologia) mostra que tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina podem causar maculopatia tóxica.  A doença, explica, é uma alteração na mácula, porção central da retina responsável pela visão de detalhes e provoca uma deficiência visual que não tem cura.

O especialista afirma que o relatório da AAO revela que a maculopatia tóxica acontece entre pessoas que usam antimaláricos por anos para tratar doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide, entre outras. “O risco depende da dose. Só é considerado baixo para a saúde ocular quando a dosagem é de 5mg/quilo/dia”, salienta. O problema, ressalta, é que embora o tratamento da COVID-19 com antimaláricos seja de apenas 6 dias, a dose recomendada chega a ser 25 vezes mais alta.


Sem sintomas

Até agora não há relatos de alterações na mácula dos pacientes que usaram cloroquina ou hidroxicloroquina associada ao antibiótico, azitromicina, para tratar a COVID-19. Não quer dizer que o uso seja seguro. Queiroz Neto explica que no início a maculopatia não altera o teste de acuidade visual, visão de cores ou o exame de fundo de olho. Quem faz uso contínuo desses medicamentos, ressalta, é submetido periodicamente ao exame de campo visual estático com estímulo vermelho, angiografia para avaliar o fluxo sanguíneo da retina e testes eletrofisiológicos que detectam a doença antes de surgirem sintomas.
Por isso, por prevenção, o especialista recomenda a quem correu à farmácia e tomou cloroquina ou hidroxicloroquina por conta própria consultar um oftalmologista, mesmo que não esteja percebendo alteração na visão.

O oftalmologista afirma que na Medicina só são aceitas soluções que garantam segurança pelo rigor científico. O estudo francês coordenado por um dos mais respeitados infectologistas do mundo, Didier Raould, que associou cloroquina ou hidroxicloroquina com o antibiótico azitromicina para combater a COVID-19 foi testada em um grupo de apenas 20 pessoas e não seguiu todos os protocolos científicos. Por isso, gerou críticas entre cientistas.

Queiroz Neto ressalta que o uso de medicamentos já existentes para novas finalidades é uma prática antiga na Medicina. Um exemplo bastante popular na Oftalmologia, comenta, é o colírio de atropina, originalmente indicado para dilatação de pupila nos exames oftalmológicos que vem sendo usado com relativo sucesso em vários países para barrar a evolução da miopia em crianças. 
O estudo com antimaláricos para combater a COVID-19 obteve sucesso em 70% dos participantes. O consumo por conta própria disparou e fez os remédios desaparecerem nas farmácias. Para frear a automedicação a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passou a exigir apresentação de receita médica na compra.


Campanha global

Ninguém duvida da urgência em disponibilizar terapias seguras para combater a pandemia de COVID-2019 que avança no mundo todo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) está anunciando a campanha global, Solidarity, em que vai testar duas diferentes classes de medicamentos para combater o novo coronavírus.  Os medicamentos inclusos nesta campanha são:

   Antimaláricoscloroquina e hidroxicloroquina que podem ter resultado em 60 dias com indicação de dosagem segura e contraindicações que devem incluir doenças cardíacas, hipertensão arterial e insuficiência renal.

   Antirretrovirais  Entre os medicamentos a OMS destaca o ritonavir e lopinavir indicados para controlar o vírus da aids. Isso porque, inibem enzimas e o novo coronavírus depende de enzimas para se multiplicar.

Na mesma classe o interferon beta que é usado no combate à hepatite C e demostrou bom controle da epidemia da síndrome respiratória aguda causada pelo coronavírus (Sars-Cov) em 2002.

Outro antirretroviral que será testado pela OMS na Solidarity é o Remdesivir que foi desenvolvido para controlar o ebola no ano passado.

Por enquanto não existe um medicamento para o novo coronavírus. Por isso a dica de Queiroz Neto é manter a alimentação e sono equilibrados para fortalecer o sistema imunológico.


Prótese de tornozelo é alternativa para não perder o movimento da articulação


Ainda pouco conhecido e utilizado, procedimento chega a Minas Gerais pelas mãos dos especialistas em Medicina e Cirurgia do pé e do Tornozelo Tiago Baumfeld e Daniel Baumfeld


Responsável por uma série de movimentos complexos, inclusive possibilitando o caminhar, o tornozelo está em constante movimento e suporta elevadas cargas contínuas diariamente. Mesmo estabilizado por um forte sistema de ligamentos, essa articulação sofre com diversos tipos de lesões: luxações, entorses e fraturas que podem levar a fortes dores e perda de função. Uma das doenças mais graves associadas ao tornozelo é a artrose; um desgaste da articulação, que acontece de forma progressiva e, muitas vezes, leva a perda ou séria limitação dos movimentos do pé.

A solução mais conhecida para o tratamento dessa condição é a artrodese, um procedimento que consiste na fusão da articulação com a consequente perda dos movimentos. Para mudar esse cenário, a “artroplastia total do tornozelo” ou prótese de tornozelo, surge como esperança para os pacientes com artrose ou desgaste na articulação, sendo a preservação da mobilidade do tornozelo e preservação das outras articulações no longo prazo o grande salto de qualidade para os pacientes. O procedimento, que já é realizado há muitos anos nos grandes centros da Europa e dos Estados Unidos, está agora disponível também no Brasil e chega a Minas Gerais com o pioneirismo dos irmãos Baumfeld.

A artroplastia total de tornozelo é um procedimento cirúrgico para substituir, remodelar ou realinhar uma articulação. É uma cirurgia eletiva (não emergencial) que tem por objetivo aliviar a dor, restaurar a mobilidade e a capacidade funcional da articulação lesionada. A recuperação dos pacientes que realizam o procedimento pode demorar um pouco, mas a intenção é proporcionar que os pacientes voltem a caminhar naturalmente”, enfatiza o ortopedista Daniel Baumfeld, especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e do Tornozelo e pioneiro da técnica em MG.

A artrose do tornozelo é uma doença silenciosa e que limita a vida de quem é acometido, prejudicando a mobilidade e gerando dores intensas. Além de essencial para poder caminhar, a articulação contribuir para a correta postura, juntamente com joelhos e quadril.

A introdução de excelentes implantes no mercado brasileiro nos últimos anos possibilitou que a prótese de tornozelo também seja uma realidade no país. Se bem indicado e implantado, esse procedimento possibilita redução da dor, melhora no padrão de caminhada, manutenção de movimento e proporciona melhora na qualidade de vida dos pacientes”, afirma o ortopedista Tiago Baumfeld, especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e do Tornozelo e também pioneiro da técnica em MG. 


QUEM MAIS SOFRE COM A ARTROSE?

Em estado saudável, as cartilagens facilitam o movimento das articulações e amortecem os impactos. A artrose é um sinal de desgaste destas superfícies articulares. As estatísticas apontam que a artrose do tornozelo acomete mais comumente pessoas jovens, em período de vida mais ativo. A doença no tornozelo é causada por razões pós-traumáticas, fraturas, luxações e lesões de ligamentos, geralmente comuns em pessoas entre 30 e 50 anos.


QUEM PODE OPTAR PELA ARTROPLASTIA?

Obviamente, toda cirurgia tem especificidades e benefícios. Somente ortopedistas capacitados poderão avaliar individualmente a melhor indicação.





Dr. Tiago Baumfeld e Dr. Daniel Baumfeld - Irmãos, Especialistas em Medicina e Cirurgia do Pé e do Tornozelo. Em busca sempre pela Medicina de Excelência.

Coronavírus: pacientes em hemodiálise e transplantados são os principais grupos de riscos no Brasil


Fundação Pró-Renal reforça os cuidados com estes pacientes; Paraná tem mais de 1.300 pessoas na fila de espera por um transplante de rim


Ficar em casa não é opção para quem está em tratamento de hemodiálise. Para manter o corpo funcionando, é necessário se deslocar, pelo menos, três vezes por semana, até uma clínica para realizar o tratamento, que dura em torno de três a quatro horas. Considerados de alto risco em tempos da COVID-19, o Coronavírus, os cuidados básicos com a higiene são fundamentais para que estes pacientes não sejam infectados.

A Fundação Pró-Renal, que assiste mais de 800 pacientes renais crônicos das clínicas conveniadas, alerta que o risco de contaminação e piora no tratamento é extremamente preocupante para este grupo, que pode apresentar o quadro mais grave do contágio do vírus. São pacientes que perderam a função renal devido a outras doenças associadas à doença renal: diabetes, hipertensão, obesidade ou, ainda, histórico familiar de doença renal ou cardiovascular. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mais de 37 mil pessoas estão na lista de transplante no Brasil, sendo 25 mil por um rim. No Paraná, mais de 1.300 pessoas ainda estão na fila de espera aguardando um rim para o transplante. 

Outros grupos de riscos que também podem ser afetados gravemente incluem hipertensos, transplantados, doentes crônicos, obesos, fumantes, diabéticos e idosos.“Estamos recomendando que medidas de isolamento social sejam obedecidas pela população. Nossos pacientes em hemodiálise precisam vir até as clinicas três vezes para a manutenção da vida”, afirma Marcelo Mazza, médico nefrologista da Fundação Pró-Renal e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).  

De acordo com o médico, quem faz hemodiálise não tem a opção de ficar em casa para realizar o tratamento, apenas àqueles que já realizam a diálise peritoneal, que é uma terapia realizada diariamente na casa do paciente com insuficiência renal. “Quem está em diálise peritoneal tem a vantagem de estar em casa. Hoje, com a liberação da telemedicina pelo Conselho Federal de Medicina, muito das dúvidas que podem acontecer em relação ao tratamento, que não necessitem de deslocamento, estes pacientes tem mais vantagens”, afirma.

Mas o medo ronda quem está nos grupos de riscos e precisa sair de casa para realizar o tratamento. Com Doença Renal Crônica (DRC), Edna Aparecida Nunes, paciente da Pró-Renal, diz que está redobrando os cuidados diários e pede que a população colabore e fique em casa para evitar a proliferação da doença, que pode ser mortal para quem está em tratamento ou na fila de espera por um transplante de rim. “Saio da clínica, chego em casa e troco de roupa. Tomo banho e passo álcool em gel. Não deixo pessoas estranhas entrarem em minha casa e meus filhos, quando chegam da rua, vão direto para o chuveiro”, comenta.


Cuidados com a higiene x Coronavírus

A COVID-19 é transmitido por gotículas de saliva, espirro, tosse ou catarro que podem ser repassados por toque ou aperto de mão, objetos ou superfícies contaminadas pelo infectado.  

O Ministério da Saúde recomenda lavar as mãos frequentemente com água e sabão, por pelo menos 20 segundos, ou usar desinfetante para as mãos à base de álcool 70%, quando a primeira opção não for possível. Outras formas de se proteger é evitar tocas nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, evitar contato com pessoas doentes, usar lenço de papel para cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar e descarta-lo no lixo. Não compartilhe copos, talheres e objetos de uso pessoal.


O que fazer em caso de contaminação?

"No caso do indivíduo adquirir a infecção e ter sinais como febre, tosse e falta de ar, ele deve procurar imediatamente assistência médica e lá busquem as orientações necessárias", afirma Mazza, médico da Pró-Renal, que complementa que pacientes idosos, obesos e diabéticos tem uma evolução pior da doença, "apesar dos jovens não estarem imunes à contaminação", alerta. Pacientes em tratamento de diálise deve informar imediatamente à sua equipe de saúde para orientações.





Pró-Renal
Redes Sociais: @fundacaoprorenal


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