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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

DENGUE: País já está em alerta e você?



Autoridades no Brasil estão em alerta por causa dos registros de casos de dengue em 2020. Isso porque foram notificados 94.149 ocorrências suspeitas da doença somente nos dois primeiros meses do ano, além de 14 mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde.

Sobre as incidências prováveis, houve um aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano passado. Naquela época, cinco mortes haviam sido registradas.

A dengue foi considerada pelos órgãos públicos como uma endemia diante do cenário atual, uma vez que é uma doença infecciosa com incidência significativa em território brasileiro. Saiba mais:

Dengue pode matar!!!

Os 14 óbitos por dengue em 2020 foram registrados nos seguintes locais:

Mato Grosso do Sul: 4
Paraná: 3
Acre: 2
São Paulo: 2
Distrito Federal: 2
Minas Gerais: 1

Outros 62 falecimentos seguem em investigação. Além disso, Acre, Mato Grosso do Sul e Paraná se encontram em estado de alerta.

Na terça-feira (18), a Secretaria de Saúde do Paraná divulgou uma nota atualizada com 26.692 casos notificados e 23 mortes somente na região. Porém, as informações ainda não foram confirmadas pelo Ministério da Saúde.

Além disso, a taxa de mortalidade pela doença tem crescido. Em 2019, foram registrados 754 óbitos por dengue em todo o país ao longo do ano. O número é bastante superior aos de anos anteriores: em 2018, foram 155 óbitos; enquanto que, em 2017, foram 185 falecimentos.

Ano Número de mortes por dengue
2019 754 mortes
2018 155 mortes
2017 185 mortes

Por que a dengue voltou a se espalhar

Ainda não foram definidas oficialmente as causas que levaram os casos de dengue a crescerem tanto a partir de 2019.

Contudo, muito se tem falado sobre um novo subtipo do vírus da dengue: o vírus 2, que tem ocasionado a dengue hemorrágica - tipo mais grave da doença, que leva o paciente rapidamente a óbito após o aparecimento dos primeiros sintomas

Além disso, houve um grande reporte de casos no Brasil de pessoas que já foram infectadas anteriormente pela dengue e voltaram a apresentar a doença. Pesquisas indicam que a segunda infecção pela patologia tende a ser muito mais grave do que a primeira, tendo um menor espaço de tempo entre os primeiros sintomas e o óbito.

Como se prevenir da dengue

Por enquanto, a vacina contra dengue continua em fase final de testes no Brasil, mas ainda não há previsão para fornecimento gratuito. Dessa forma, o método mais eficaz de evitar a doença é acabar com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus.

Para isso, algumas medidas são indispensáveis, como:

Evite o acúmulo de água em pneus velhos, garrafas e potes;
Lave as vasilhas de seus animais de estimação regularmente;
Mantenha a caixa d'água e piscinas cobertas;
Coloque telas em portas e janelas;
Aplique areia em vasos de plantas;
Descarte corretamente seu lixo;
Mantenha latas de lixo sempre bem tampadas;
Coloque desinfetante nos ralos de cozinhas e banheiros;
Limpe as calhas com frequência;
Utilize inseticidas e larvicidas;
Use repelentes, principalmente durante viagens ou em locais com muitos insetos.

Outras dicas para se proteger contra a dengue

Saiba diferenciar a dengue, chikungunya e o zika vírus https://www.minhavida.com.br/saude/materias/20445-dengue-zika-virus-e-chikungunya-conheca-as-diferencas-e-semelhancas

Veja o exame capaz de detectar a dengue em estágio inicial https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18357-exame-de-pcr-para-dengue

Entenda com detalhes como ocorre a transmissão da dengue https://www.minhavida.com.br/saude/materias/17711-transmissao-da-dengue-acabe-com-todas-as-duvidas
Os boletins da Vigilância Epidemiológica de Ubatuba saem toda terça e quinta-feira.
Acompanhe:
https://www.ubatuba.sp.gov.br/administracao-direta/sms/vigilancia-em-saude/

Dra. Erica Mantelli fala sobre DST’s e como se proteger no Carnaval



Durante o Carnaval 2020, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), por meio Coordenação Estadual de IST/Aids e Hepatites Virais, vai trabalhar com a conscientização do público jovem em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis. De acordo com Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro e setembro de 2019, foram notificados 1.137 casos de HIV no Estado, em jovens e adultos. O maior número de casos notificados é de pessoas na faixa de idade entre 20 e 24 anos, totalizando 295 casos. Em segundo lugar vem a faixa etária de 25 a 29 anos, com 244 notificações, seguida da faixa de 30 a 34 anos, com 166 casos notificados.

Carnaval é sinônimo de festa, diversão e muita paquera. Não é à toa que nessa época do ano existem diversas campanhas para o uso de preservativos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são contabilizados no mundo mais de 1 milhão de casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos. E essas doenças estão em alta no Brasil, segundo dados coletados pelo Ministério da Saúde.

A sífilis é o caso mais gritante: foram 158 mil notificações da doença em 2018, levando a uma taxa de 75,8 casos para cada 100 mil habitantes — em 2017, eram 59,1 casos/100 mil habitantes.

De 2008 até 2018 o Brasil registrou quase 633 mil casos dessas infecções, só no ano passado foram cerca de 43 mil, somadas as hepatites A, B C e D. Dados do Unaids, programa das Nações Unidas especializado na epidemia, indicam que o Brasil apresentou aumento de 21% no número de novos casos de infecções por HIV de 2010 a 2018.

De acordo com a ginecologista e sexóloga Dra. Erica Mantelli, muitas pessoas ficam mais vulneráveis nesse período e acabam não pensando nas consequências de uma relação sexual sem proteção. “Muitas vezes, o próprio portador desconhece que tem a doença e acaba contaminando as outras. Temos que colocar na cabeça que não podemos enxergar quem tem alguma disfunção somente pelo rosto”, alerta.

Cada DST conta com um quadro clínico diferente. Algumas têm tratamentos, enquanto outras ainda não encontraram a cura. Dentre as mais conhecidas estão: AIDS, gonorreia, sífilis e herpes. “Destas quatro, a AIDS é a única que não tem cura. No entanto, apesar das outras DSTs serem tratadas, se estiverem num quadro avançado, isso pode provocar problemas mais sérios. ”, ressaltou a ginecologista.

A principal maneira de se evitar as DSTs é o uso de preservativos. “Independentemente do parceiro (a) afirmar que não está infectado, a utilização de camisinha é indispensável principalmente nesta época do ano. É importante também realizar exames periódicos com o objetivo de assegurar que não foi contaminado, afinal, não é de imediato que os sintomas das doenças aparecem. ”, conclui.




Dra. Erica Mantelli - ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute). Site: http://ericamantelli.com.br
Instagram: @ericamantelli


Carnaval: não é não!


 Especialistas dão dicas de onde denunciar e como se proteger na maior festa brasileira 


Desde 2019, o assédio no Carnaval tem o respaldo da Constituição Federal, ou seja, há um ano é tratado como crime no Brasil. Antes, por causa da imprecisão na lei entre estupro e importunação ofensiva, abusos como beijos roubados e toques inapropriados não tinham punição. De acordo a advogada especialista em direito penal Hanna Gomes, solucionar o problema não é uma tarefa fácil, mas, agora, com a alteração do Código Penal a mulher tem um respaldo maior em relação aos atos libidinosos comumente praticados na maior festa brasileira. 

“Antes, atos contra a mulher, que violavam a liberdade sexual, não tinham previsão legislativa específica, que as protegessem de determinadas condutas. Agora, com a vigência da  Lei de Importunação Sexual, o agressor pode ser penalizado com 1 a 5 anos de prisão”, explica a especialista. 

Na avaliação da advogada, neste período, os casos de assédio se amplificam, e mesmo com a lei sancionada, ainda é um caminho longo, pois não é sempre que as vítimas denunciam. Dessa forma, os números divulgados não refletem a realidade. “Muitas vezes, por causa da multidão, fica difícil identificar o agressor, o que dificulta o registro do boletim de ocorrência”, afirma Hanna. 


O que é considerado importunação sexual?

Segundo a especialista em direito penal, são todos os atos não consentidos: passada de mão, principalmente em seios, nádegas, vagina, pênis, coxas. O beijo roubado e a “encoxada” também são considerados criminalmente. 

 “Para fazer a denúncia é importante que a vítima reúna todos as informações possíveis para levar à polícia, principalmente uma testemunha que possa contribuir para a apuração dos fatos" ressalta.


Como se proteger?  

O especialista em segurança pública Leonardo Sant’Anna dá dicas para para evitar que novas vítimas entrem nas estatísticas. Os pontos abaixo fazem com que esse tipo de crime seja muito mais difícil de acontecer:

  • Não confie na sorte, confie no triângulo. Conheça o TRIÂNGULO DO CRIME, que é composto por 3 itens: o agressor, a vítima e a oportunidade. Tirando a oportunidade dessa equação, você reduz muito as chances de sucesso do agressor. Como? Previna-se. Estar consciente da importância da prevenção é fundamental para isso. 
  • Vai ter um encontro no carnaval ? Compartilhe com alguém de sua confiança. É legal que alguém saiba onde você pode ser localizada. 
  • Sua bebida, sua responsabilidade, OK? Está com o Crush? Ótimo. Mas não descuide de seu copo. O golpe Boa Noite Cinderela precisa exatamente desses ingredientes para funcionar: confiança além da medida e um copo.
  • Use um acompanhamento virtual gratuito. Está indo ou retornando de um bloquinho ou festa de carnaval. Compartilhe seu itinerário com alguém usando a função do WhatsApp que dá, em tempo real, todo o seu caminho de ida ou de volta. Se tiver IPhone, o aplicativo Amigos também te dá essa possibilidade.
  • Pratique o SDS. Estou falando do Solidariedade da Segurança. Isso nada mais é do que ver alguém sendo ou prestes a ser vítima e simplesmente ajudar. Não estou falando de se envolver e ficar vulnerável.Só ajudar. Olhar os detalhes das roupas de um possível agressor, ligar para o 190 quando perceber algo estranho ou, caso o fato tenha acontecido, ligar no 197 (disque denúncia da Polícia Civil) podem lhe tornar uma heroína/herói anônimo. E a sensação é indescritível. 
“Tornar as mulheres mais seguras e menos vulneráveis é uma ferramenta fantástica de empoderamento”, conclui o especialista. 


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