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quarta-feira, 27 de março de 2019

12 orientações para economizar durante a Páscoa


A Páscoa está chegando e mais uma vez os preços devem subir. Segundo cálculos da Associação Paulista de Supermercados (Apas), os ovos de chocolate ficarão 5% mais caros neste ano. Mas ainda é possível se programar, e economizar na compra de ovos de Páscoa e também na ceia, conforme sinaliza o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.

"É muito comum nesta época as pessoas agirem por impulso e consequentemente prejudicar suas finanças ao longo de todo o ano. É preciso planejamento e consciência. Contudo, o segredo que sempre repito às pessoas é paciência e organização. Sabendo os valores que pode gastar é possível economizar. Porém, são necessárias estratégias, com base nisso foram pensadas em ações inteligentes sobre o tema.

Para economizar com ovos de Páscoa:

1- Compare

Observe quanto custa uma barra de chocolate e um ovo de Páscoa, ambos da mesma marca, avaliando a quantidade de produto que vem em cada um. A diferença, dependendo do caso, pode superar 400%, o que é uma quantia significativa até mesmo na compra de apenas uma unidade, quanto mais na compra de vários. 

 
2- Pense

Agir por impulso é algo que pode levar ao comprometimento das finanças, portanto reflita sobre a importância de comprar algo caro, perecível e que representa apenas uma única data do ano. Caso a intenção seja comprar e presentar toda a família, procure ser consciente e buscar alternativas mais econômicas. 


3- Priorize

Por mais que haja vontade de presentear a todos, priorize as pessoas mais próximas e que dão mais valor aos doces – afinal, não são todos. O acúmulo de chocolates pode gerar desperdício, não apenas de dinheiro, mas também de alimentos. Considere priorizar as crianças, que criam mais expectativas em relação a data. 


4- Negocie

Se desejar comprar itens de marcas específicas tendo dinheiro para isso, ótimo. Mas lembre-se que é sempre válido negociar, especialmente se for pagar à vista e comprar em grandes quantidades. Pesquise preços em diversos estabelecimentos, opte pelo que oferecer menores valores e melhores condições de pagamento e peça desconto. 


5- Substitua

Considere trocar os ovos de marca por caseiros, que também possuem boa qualidade e não carregam o “status” da marca, que tanto encarece o produto. Muitas pessoas se dedicam à produção de chocolates caseiros na Páscoa, portanto aproveite a oportunidade para economizar e valorizar o trabalho de seus conhecidos. 


6- Simplifique

É possível fazer algo coletivo também, por exemplo, uma cesta com chocolates para pessoas que moram na mesma casa. Sairá bem mais em conta. É importante lembrar que chocolate em demasia não faz bem para a saúde, portanto evite o consumo exacerbado. Lembre-se, o sentido da Páscoa é algo bem mais complexo e espiritual. 


Para economizar na ceia de Páscoa:

7- Não tenha pressa

O movimento no comércio pode ser grande nos dias que antecedem a Páscoa, portanto vá às compras com paciência e tranquilidade, pois a pressa para ir embora pode te levar a pagar mais caro;


8- Seja consciente

Verifique o número de pessoas e controle para que a “mesa farta” não vire um festival de sobras e desperdício;

9- Saiba onde comprar

Para ter itens mais frescos e baratos, vá a feiras livres de seu bairro. Para comprar itens em grande quantidade, como carnes e bebidas, vá a mercados atacadistas e aproveite as promoções;


10- Faça boas escolhas

Troque alimentos e bebidas caros e importados por itens nacionais e mais baratos, sem perder no sabor ou na qualidade;


11- Compartilhe

Divida as despesas entre familiares e amigos para que os anfitriões não precisem arcar com tudo sozinhos. Cada um pode levar um prato ou uma bebida – além de ficar leve para o bolso, aumenta a diversidade de pratos saborosos na refeição;


12- Pague à vista

Evite pagar alimentos e bebidas no cartão de crédito ou fazendo parcelamentos.



O fato, a notícia e a análise


Dois fatores, entre outros, contribuem sobremaneira para a situação atual no mundo das informações e das opiniões: o tamanho da população mundial (7,65 bilhões de habitantes) e a explosão das novas tecnologias e dos novos meios de comunicação. Desde o surgimento da impressão em papel, após a invenção da prensa móvel por Gutemberg em 1440, passando pelo rádio e pela televisão, o mundo vem presenciando rápida expansão nas inovações tecnológicas e na variedade de veículos de divulgação de texto, som e imagem, desembocando nos atuais meios via computador, telefonia celular, internet, redes sociais etc.

A facilidade com que tudo é fotografado, filmado, gravado, divulgado e analisado em tempo real, aliada à multiplicidade de meios e canais, sobretudo após o aparecimento das redes sociais, mudou a lógica da relação entre o fato, a notícia, a opinião e a percepção popular do que acontece em todos os campos da natureza e da vida humana. Sem o predomínio de um único meio e sem monopólio de qualquer veículo, as relações entre o fato, a notícia, a análise e a percepção popular vêm mudando radicalmente, o que impõe atualização dos padrões de ação sobre toda essa cadeia.

Assim, desafios novos se impõem para os veículos de comunicação e os comunicadores. Entenda-se por “comunicador” qualquer pessoa que se expresse por algum veículo. Pode ser um jornalista, um cientista, um professor, um escritor, um intelectual, enfim, qualquer um que tenha acesso a um público distante de seus olhos. Um fato acontece e a informação é divulgada, com ou sem análise, opinião e interpretação segundo as crenças e conhecimentos do intérprete. No mais das vezes, ao fato e às informações objetivas seguem-se análises, opiniões, interpretações e previsões, tanto por jornalistas quanto por políticos, especialistas ou mero opinante público.

Atualmente, parece terem mais chance de atrair público e garantir seu nicho os veículos, os jornalistas e os comunicadores que deixarem claras suas crenças, sua ideologia e sua linha de pensamento. Tendem ao prejuízo e ao descrédito os que se dizem isentos e não influenciados por suas crenças, opção política e ideologia. Ninguém é totalmente isento em relação ao mundo, aos fatos, às ideias e aos  acontecimentos. Logo, sobretudo na análise e opinião sobre os fatos, para além de seus aspectos meramente materiais e objetivos, é melhor para os veículos e os comunicadores que tentem convencer pela lógica de seus argumentos e extensão de seus conhecimentos, deixando claro quais suas crenças e seu lado.

No Brasil, órgãos de imprensa e profissionais da comunicação que tentaram convencer de sua total isenção começaram a cair no descrédito, a perder prestígio e, por consequência, a perder clientes. Admitir, em seu espaço, as  ideias contrárias é uma atitude inteligente e necessária, pois o conhecimento cresce diante do confronto de hipóteses. Isso é outra coisa, e é bom. Esse processo foi acelerado pelo surgimento de enorme variedade de canais de comunicação, especialmente as redes sociais, propiciado pela explosão de novas tecnologias e muitas inovações.

Novos desafios aí estão. O modo de enfrentá-los exige, de saída, conhecê-los. O inventor, futurista e escritor Buckminster Fuller (1895-1983) nos disse: “Você não pode desviar-se de coisas que não vê movendo-se em sua direção”. O melhor é procurar ver e entender os novos tempos e, depois, adaptar-se para sobreviver.





José Pio Martins - economista, é reitor da Universidade Positivo.



Crescimento da Judicialização na Saúde: qual a solução?


Já são décadas de crescimento das ações e processos judiciais em que os pacientes acionam o Poder Judiciário para ter o direito e o acesso aos serviços de saúde no Brasil. Os tribunais passaram a ser uma extensão dos balcões de atendimento dos hospitais, clínicas e operadoras de saúde, uma porta de acesso quase sem barreiras. O custo da Judicialização para o país é estimado em R$ 10 bilhões por ano, quase 10% do valor total dos recursos disponibilizados para a área.

Recente relatório encomendada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Poder Judiciário apontou um crescimento de aproximadamente 130% nas demandas de primeira instância entre 2008 e 2017. A pesquisa, realizada com base em dados da Lei de Acesso à Informação, identificou 498.715 processos em primeira instância, distribuídos entre 17 justiças estaduais e 277.411 processos de segunda instância, distribuídos entre 15 tribunais estaduais. Na segunda instância, houve um salto de 2.969 processos em 2008 para mais de 20 mil em 2017.

Problemas com os convênios foram a maior causa (30,3%) dos pedidos de processos relacionados ao assunto no país. Outros assuntos levados ao Judiciário foram:  pedidos de seguro em saúde (21,1%), saúde pública (11,7%), tratamento médico-hospitalar ou fornecimento de medicamentos (7,8%) e fornecimento de medicamentos (5,6%). Na segunda instância, planos de saúde respondem por 38,4% e seguro, por 24,7%. Na primeira instância, são saúde pública (23%), planos de saúde (22,8%) e seguro (14%).

O estudo também revelou que, em São Paulo, 82% dos processos se referem a planos de saúde, tendo distribuído 116.518 casos nessa categoria. Já no Rio de Janeiro, saúde pública é o principal entrave, com 35% dos casos. Em Minas Gerais, a maior demanda judicial é pelo acesso ao tratamento médico-hospitalar ou fornecimento de medicamentos, com 21%. E, em Santa Catarina, o tema mais recorrente, com 28% dos casos, é o acesso aos medicamentos.

Segundo dados apresentados pelo CNJ, o caso de maior relevo é o que envolve órteses e próteses, citados em mais de 108 mil decisões de tutela antecipada em uma amostra de 188 mil. Claro que o valor de órteses e próteses e o caráter de urgência algumas vezes associado à sua utilização explicariam o elevado número de pedido de liminares; no entanto, chama atenção o fato de muitos profissionais da saúde ganham mais pela indicação de certas marcas e tipos desses materiais cirúrgicos.

Independentemente dos pedidos irreais que alguns pacientes demandam ao Judiciário, esses números constatam que a saúde no Brasil sofre os efeitos de uma má gestão política, econômica e administrativa. É preciso mais que do que ações pontuais para que se resolva ou, pelo menos, amenize a situação atual. 

Não se pode olvidar que há também uma cultura de favorecimento diretamente ao médico, seja por meio da prescrição de medicamentos desnecessários com incentivos financeiros por fornecedores e laboratórios, seja por honorários profissionais que o médico irá receber pelo procedimento. Tem-se assistido ao desmanche de quadrilhas formados por profissionais da saúde com escopo de fraudar o sistema de saúde quer público que privado, por exemplo, ao prescrever medicamentos pela marca, em vez de indicar apenas o princípio ativo.

O cenário é crítico e o sistema de saúde está à beira de um colapso. Os pacientes brasileiros sofrem com a falta de leitos, de atendimento de qualidade, com equipamentos decentes para exames e diagnósticos, com o tempo de espera para cirurgias e procedimentos, com a distribuição e o preço de medicamentos. Sem esquecer que a falta de políticas de promoção à saúde, tal como tratamento de água e saneamento básico colaboram para a indústria da doença.

A judicialização no setor é um problema crônico, que parece um caminho sem fim. Há mais de uma década discute-se a possibilidade de uma força-tarefa entre os operadores do Direito e os profissionais da saúde para se resolver esta questão. Entretanto, enquanto a política do Governo Federal não fizer sua parte, com ações, mudanças de gestão, previsões de gastos e uma atenção especial aos hospitais públicos, o Judiciário continuará servindo como porta de acesso àqueles que conseguem pagar advogados para ter privilégios ou para serem colocados à frente nas filas de espera para os diversos procedimentos da no SUS.

A cultura do cidadão de entender a saúde como um direito de todos, de forma a que não se poderá suprir apenas os interesses individuais também é essencial. Aquele que usa seu plano de saúde para exames desnecessários ou judicializa para procedimentos e medicamentos que nem sequer utiliza também colabora para o caos na saúde.

O Judiciário, por sua vez, tem buscado formas de tornar mais rápidas e adequadas às decisões, por exemplo, o CNJ propõe aos magistrados julgadores que se utilizem dos NATs (Núcleos de Apoio Técnico), os quais disponibilizam fundamentos técnicos para auxiliar os juízes na tomada de decisões das demandas relacionadas à saúde.  Mister que sempre esteja presente o fundamento de que os recursos financeiros para a saúde são findos, isso em qualquer parte do mundo.

Enquanto o Ministério da Saúde e o Palácio do Planalto não fizerem sua parte, com ações, mudanças de gestão, previsões de gastos e uma atenção especial aos hospitais públicos, o Judiciário continuará servindo como porta de acesso àqueles que conseguem pagar advogados para ter privilégios ou para serem colocados à frente nas filas de espera para os diversos procedimentos da rede SUS.






Sandra Franco - consultora jurídica especializada em direito médico e da saúde, doutoranda em Saúde Pública, presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) e membro do Comitê de Ética para pesquisa em seres humanos da UNESP (SJC) e presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde –drasandra@sfranconsultoria.com.br


Estudo aponta que deficiência de magnésio piora sintomas de desatenção e hiperatividade



O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) afeta
cerca de 5 a 10% das crianças e adolescentes e traz sérios prejuízos na vida social, familiar e escolar


Nos últimos anos os pesquisadores avaliaram uma série de fatores que poderiam estar envolvidos no TDAH, além daqueles já estabelecidos, como a genética e o ambiente. Um deles é o desequilíbrio de nutrientes essenciais na dieta, como o magnésio, mineral que ganhou destaque nos estudos sobre o transtorno.

Isto porque o magnésio participa de mais de 300 reações metabólicas do organismo, sendo essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso central (SNC).

A novidade é que uma meta-análise publicada este ano, no jornal científico Psychiatry Research Neuroimaging, comprovou que crianças e adolescentes com o diagnóstico de TDAH apresentam níveis abaixo do esperado de magnésio quando comparados a quem não tem o transtorno.

Opinião da Especialista
Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, a deficiência de magnésio está associada a distúrbios na capacidade cognitiva que podem levar a sintomas como cansaço, falta de concentração, nervosismo, alterações de humor e aumento da agressividade.

“Uma vez que grande parte destes sintomas são manifestações comuns nos quadros de TDAH, este estudo corroborou a hipótese já levantada por outras pesquisas, que apontaram uma possível relação com níveis abaixo do esperado do magnésio em pacientes com o transtorno”.

Suplementação pode ser um recurso terapêutico adicional
Para Dra. Andrea, o estudo foi muito importante na medida em que oferece ao médico mais um recurso terapêutico,  como a suplementação com magnésio para amenizar os sintomas do TDAH.

“É comum que as medicações para o transtorno, quando necessárias, tirem o apetite. Assim, podem ocorrer deficiências importantes de vitaminas e minerais,devido a uma alimentação mais desbalanceada”, reforça a neuropediatra. Alguns estudos clínicos mostraram que para alguns pacientes a suplementação com zinco, ferro, magnésio e vitamina D podem melhorar os sinais e sintomas do TDAH.

“As pesquisam e a prática clínica nos mostram que há uma melhora da atenção, da hiperatividade e da impulsividade com o uso de certos suplementos de vitaminas e minerais, principalmente os produtos que contêm magnésio. Assim, essa meta-análise corroborou aquilo que já vivenciamos no dia a dia”, comenta Dra. Andrea.


Magnésio: o melhor amigo do SNC

O magnésio desempenha um papel importante nos processos neuronais bioquímicos e fisiológicos. “Ele induz a apoptose das células nervosas (morte programada), controlando a ação do glutamato, principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central. O papel do glutamato é fundamental para a cognição, memória, movimento e sensações”, cita Dra. Andrea.

Outra função do magnésio é contribuir na conversão dos ácidos graxos essenciais, como o ômega-6 e ômega-3, fundamentais para o bom funcionamento do cérebro. A deficiência de alguns ácidos graxos também está implicada na piora hiperatividade.

Por fim, Dra. Andrea reforça que os suplementos devem ser prescritos pelo médico, pois quando em excesso, o magnésio também pode ser prejudicial, assim como outras vitaminas e minerais. Além disto, nem todos os pacientes apresentam níveis abaixo do esperado.

"É importante que os pais conversem com o médico para solicitar exames que mostrarão se há ou não deficiência de vitaminas e minerais. A prescrição, portanto, deve ser feita com base as evidências dos resultados dos exames e no quadro clínico", encerra a neuropediatra.




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