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domingo, 30 de setembro de 2018

ENVELHECER É INEVITAVEL, MAS PERDER OS DENTES É UMA ESCOLHA


Os cuidados com a saúde bucal devem ser um processo continuo, inclusive na melhor idade


Envelhecer, é um processo natural e com o avançar da idade, algumas coisas mudam no nosso corpo e também nos nossos dentes. Associar a terceira idade com o uso de dentaduras, não é correto. “Muitas pessoas pensam que quando envelhecer, consequentemente ficarão sem dentes; mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Dá para chegar na terceira idade sem deixar nenhum dente pelo caminho” – explica Helio Cano, cirurgião dentista e diretor clínico da Prez Odonto. Afinal, com uma alimentação saudável, uma boa rotina de higiene bucal e idas regulares ao dentista, pode-se garantir a saúde dos dentes por toda vida

De fato, existem condições que acometem principalmente os idosos, como a xerostomia (popularmente conhecida como boca seca). Geralmente, o idoso faz o uso continuo de alguns medicamentos e isso pode contribuir para essa condição. “A baixa produção do líquido salivar, pode prejudicar os dentes, afinal a saliva contém enzimas digestivas e anticorpos, evitando o acúmulo de bactérias e cáries, além de ser responsável por proteger toda a região e manter a temperatura ideal. Aumentar a quantidade de água ingerida, pode amenizar os sintomas e ajudar no tratamento”- pontua.

Devemos lembrar também dos cuidados com as próteses dentarias. Deve-se escová-las fora da boca (no caso de dentaduras e próteses móveis) com uma escova adequada - existem escovas apropriadas para este fim.  Outro problema que ganha destaque na terceira idade é a sensibilidade. Com o passar dos anos, a gengiva costuma se retrair e isso pode causar a exposição das raízes de alguns dentes, tornando-se sensíveis. “Nos casos de sensibilidade, o ideal é procurar um especialista, já que isso pode ser indício de algo mais sério”. 

 Para garantir dentes fortes e saudáveis em qualquer idade, a escovação deve ser feita todos os dias, principalmente após as refeições (café da manhã, almoço e janta), com uma escova de dentes de cerdas macias (para evitar lesões nas gengivas), pasta de dente com flúor e principalmente, fazendo o uso do fio dental. “Um grande desafio é fazer com que o idoso use o fio dental. Por ele exigir tempo e paciência, muitas vezes é deixado de lado” – finaliza.

Quer saber mais sobre o tema? Helio Cano, é especialista em prótese e reabilitação oral. Cirurgião dentista e membro da ADA (American Dental Association), possui pós-graduação em implante, odontologia estética e lentes de contato. 





Prez Odonto 

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sábado, 29 de setembro de 2018

Dia Mundial do Coração: saiba como se prevenir de doenças cardiovasculares


Especialista ressalta que alimentação saudável, avaliações médicas regulares e exercícios físicos são ótimas opções para evitar doenças cardíacas


De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Estima-se que cerca de 17 milhões de pessoas sofrem de problemas no coração. No Brasil, 300 mil pessoas têm infarto todos os anos, sendo que em 30% dos casos o ataque cardíaco é fatal, segundo o Ministério da Saúde.

Com o intuito de prevenir a população contra estas doenças, a dra. Nádia Carnieto, cardiologista da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) dá algumas dicas importantes. “Com a prevenção podemos evitar complicações indesejáveis como infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças da aorta, derrame cerebral, arritmias e até mesmo o óbito”, ressalta.

A profissional também afirma que o colesterol elevado pode acarretar no acúmulo de gordura nas artérias do coração. “Este processo é gradativo até que ocorra um infarto. Trata-se de um vilão silencioso”, afirma a médica.

Os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares seriam diabetes, hipertensão arterial sistêmica, sedentarismo, colesterol alto, obesidade, histórico familiar de doença arterial coronária, tabagismo e estresse. “É recomendável que o paciente sem fator de risco ou sintoma realize o check-up aos 35 anos. Caso tenha algum fator de risco ou mais, deve fazer o mais precoce possível. É importante procurar um cardiologista para ter conhecimento dos seus fatores de risco e dar continuidade a sua prevenção”, reforça a profissional.

Confira abaixo as principais dicas da especialista para evitar doenças cardíacas:

  • Evite o consumo de bebidas alcóolicas e sal em excesso;

  • Abra mão de dietas ricas em gorduras e carboidratos e invista em uma alimentação saudável e balanceada;

  • Faça atividades físicas com orientação médica. É recomendado que o paciente faça uma avaliação cardiológica antes de iniciar atividades físicas, principalmente se for sedentário;

  • Evite o tabagismo.




FIDI





Testes

Dia Mundial do Idoso


Mais exercícios, menos medicamentos: as particularidades do tratamento do diabetes na terceira idade
Brasil tem mais de 4,3 milhões de idosos com a doença


Dados da International Diabetes Federation (IDF) colocam o Brasil como a quarta nação do mundo em número de pessoas com diabetes – 13 milhões de pacientes. Destes, grande parte já está na terceira idade, faixa que pede cuidados especiais no manejo da doença, a fim de atingir as metas de controle metabólico e preservação arterial e de massa corporal. Para se ter uma ideia, de acordo com levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), quase um terço das pessoas com diabetes têm mais de 65 anos.

Primeiramente, é necessário considerar que o idoso já está mais predisposto a complicações cardiovasculares. Além disso, está mais sujeito a ser poli medicado e ter perdas funcionais e cognitivas, que se somam a problemas como depressão, quedas e fraturas, incontinência urinária e dores crônicas. Ou seja, a atenção a esta população deve ser diferenciada e respeitar todas essas condições na hora de pensar a estratégia para tratamento do diabetes.

João Salles, médico endocrinologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, esclarece que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose e, por isso, é fundamental atentar-se às questões que tangem o acompanhamento comportamental e nutricional. O especialista, que também é coordenador do Departamento de Diabetes no Idoso da SBD, afirma ainda que o diabetes tipo 2 está ligado ao envelhecimento, ao sedentarismo e à obesidade. “Estes dois últimos fatores podem ser potencializados com o avançar da idade – por isso, o controle da doença passa pela prática de atividades físicas regularmente e pela dieta saudável e equilibrada”.


Corpo em movimento para a produção de insulina não parar!

Uma das razões para o aumento da incidência de diabetes na terceira idade é a diminuição da produção de insulina, hormônio responsável por manter a glicose dentro das células. Logo, sua falta acarreta em mais açúcar na corrente sanguínea e na sobrecarga do pâncreas. Além disso, é nessa fase da vida em que há redução da prática de exercícios, já que se observa diminuição da massa muscular, a sarcopenia.

“Os músculos consomem glicose e contribuem para regular os níveis dela no sangue. Com a sarcopenia e a falta de exercícios, cresce a massa gorda: mais gordura, maior resistência à insulina. Esse quadro abre espaço não só para o surgimento do diabetes tipo 2, mas, também, para suas complicações”, avalia Salles.

O médico da SBD também indica a prática de atividades aeróbicas, como caminhada, e de resistência, por exemplo, a musculação. “Mas, é claro, sem descuidar do cardápio! Em geral, nessa fase ingerem-se menos fontes de proteínas e mais de carboidratos – até por serem mais fáceis de mastigar. Assim, durante o acompanhamento nutricional, é fundamental manter uma dieta rica em fibras e proteínas, reservando a qualidade na nutrição”.

Estilo de vida saudável é um mecanismo de prevenção e de controle do diabetes, inclusive passível de ser prescrito no consultório médico. Soma-se também à realização de exames para checar o bom funcionamento dos olhos, rins e coração. Além disso, os índices glicêmicos devem sempre ser monitorados, para que não haja hipoglicemia. “Os quadros de hipoglicemia podem ser revertidos rapidamente – os sinais de alerta são escurecimento da visão, suor excessivo, fome, arritmia e tremores”, comenta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.


Cuidado com a medicação!

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomenda, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários. Considerando tal indicação, Salles afirma que é importante manter-se atualizado acerca das alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e evitar suas complicações.

“Conhecimento e acesso aos tratamentos adequados são fundamentais para cuidar da doença no idoso e aumentar sua expectativa e qualidade de vida. Principalmente, na terceira idade devemos avaliar e respeitar toda a amplitude do paciente na hora de tomarmos decisões clínicas”, conclui o especialista.






SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

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