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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Superbactéria da gonorreia pode tornar-se intratável


Médicos e pesquisados tentam conter a disseminação da doença sexualmente transmissível com novos antibióticos, testes e prevenção


O Ministério da Saúde estima que 500 mil pessoas sejam infectadas anualmente por gonorreia no país. No mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são cerca de 78 milhões pacientes com a doença.

Esses números podem crescer ainda mais se não houver um combate efetivo a uma superbactéria da gonorreia que está tornando a doença praticamente intratável.

“A primeira superbactéria da gonorreia foi descoberta em 2007. Ela foi encontrada principalmente na faringe dos infectados que faziam sexo oral. Mas, atualmente, sabe-se que também infecta os órgãos genitais”, esclarece o presidente da Comissão Nacional Especializa de Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO, José Eleutério Júnior.

Ele ressalta que as bactérias transmitidas pelo sexo oral são mais resistentes aos antibióticos do que aquelas que não estão na cavidade oral. Registra ainda que não existe explicação para essa diferença.

Segundo Eleutério, o Brasil não possui nenhum episódio notificado de gonorreia causada pela superbactéria, mas esse fato não indica que a doença ainda não chegou por aqui.

“Provavelmente existem casos no País, mas infelizmente as notificações não estão sendo feitas. A doença foi encontrada na Europa, na Ásia, na Oceania, e nos EUA; dificilmente não teremos gente atingida”.

O quadro clínico é basicamente o mesmo tanto para os infectados pela bactéria da gonorreia quanto para aqueles que estão com a superbactéria.

“O problema é que na mulher, na maioria das vezes, a gonorreia é assintomática. Só é detectada quando aparecerem as complicações como doença inflamatória pélvica, problemas de infertilidade ou aborto. Já os homens têm uretrite e secreção expelida pelo pênis”.

Para combater a superbactéria estão sendo testados novos medicamentos. Alguns deles podem ser aprovados em um futuro próximo.

“É importante encontrar os casos da superbactéria e tentar tratar para evitar transmissão. Nos países desenvolvidos, as pessoas que viajam para o exterior são aconselhadas a fazer testes para detectar a doença e evitar as complicações decorrentes, que podem ser sérias”, destaca José Eleutério.

A única forma de prevenir a doença é usando preservativo em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral.

“Não existe vacina para a gonorreia e o tratamento precoce diminui possibilidades de problemas. A bactéria resistente corresponde a 5% dos episódios. Mas se não tratar, a tendência é que esses números cresçam. Usamos os antibióticos para combater várias enfermidades. A questão é que se utilizado de forma errada, com dose inadequada, acaba tornando as bactérias mais resistentes.”


Medicamentos imunobiológicos revolucionam tratamento para doenças dermatológicas


Em evento na capital gaúcha, especialistas apresentaram benefícios e indicações para o uso dos remédios


Considerados o futuro da medicina para o tratamento de pacientes imunodeprimidos, intolerantes aos medicamentos comuns ou pessoas expostas de forma involuntária a agentes infecciosos, os imunobiológicos têm oferecido alternativas para diferentes áreas médicas. Na dermatologia, os remédios mudam radicalmente a forma de tratar a psoríase e também já têm mostrado resultados efetivos para outras patologias dermatológicas. Este foi o tema central do 1o Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) promoveu, na sexta-feira (17/08), no campus da Unisinos em Porto Alegre (RS).

- Acreditamos que os imunobiológicos são uma opção excelente para a psoríase, mas também passam a ser uma opção para outras doenças dermatológicas difíceis de tratar. Este encontro teve como objetivo esclarecer seus benefícios e incentivar os dermatologistas gaúchos a estudarem mais ainda este método que veio para ficar – afirmou a presidente da SBD-RS, Clarissa Prati.

O evento contou com quatro painéis. Ministrada por Anber Tanaka, a primeira palestra ofereceu uma exposição geral sobre os imunobiológicos na especialidade.

- Essas medicações conseguem agir em órgãos específicos. Também apresentam melhor eficácia e controle da doença. Têm mostrado dados seguros e sólidos que garantem tranquilidade no seu manejo – declarou Tanaka.

Ao defender que o dermatologista assuma o papel de tratar cada vez melhor o seu paciente, Lincoln Fabricio apresentou os tratamentos mais indicados para pacientes com psoríase.

- Pessoas que apresentam uma doença grave de pele também têm um impacto negativo na sua vida social. Devido ao seu aspecto físico, a psoríase faz com que cada vez mais o paciente se isole. A pele é o maior órgão de comunicação humana e paciente sofre quando ela é comprometida – explanou Fabricio.

De acordo com Daniel Nunes, outro palestrante do Simpósio, a psoríase é tratada, geralmente, com três medicamentos, que apresentam eficácia menor, permitindo até 75% de melhora. Já os remédios imunobiológicos podem garantir o desaparecimento dos sintomas de forma integral.

- Infelizmente, ainda usamos inicialmente a opção mais convencional, pois o acesso é facilitado pela rede pública de saúde. No entanto, é provável que no próximo ano saia o novo tratamento da psoríase que inclua a medicação imunobiológica. Talvez não contemple todos os tipos que podem ser utilizados, mas já será um avanço – explicou Nunes.

Devido ao alto custo, os remédios imunobiológicos para uso dermatológico ainda podem ser adquiridos somente por via judicial ou em casos comprovados de reumatologia. Desta forma, o tema ainda exige amplo debate dos especialistas. Para André Carvalho, este ser o assunto central do Simpósio é muito representativo.

- É importante falar sobre estes remédios. Normalmente usamos para psoríase, mas existem outras doenças como urticária, dermatite atópica, melanoma e doenças inflamatórias – destacou Carvalho.

O Simpósio ocorre às vésperas da 2a Jornada Multisserviços, também promovida pela SBD-RS, no sábado (18/08), no Campus da Unisinos em Porto Alegre (Avenida Doutor Nilo Peçanha, 1600, bairro Bela Vista). A programação inicia às 8h30min e oferece sete blocos temáticos.





Francine Malessa


4 passos para as escolas desenvolverem as habilidades socioemocionais dos alunos


O Governo Federal já instituiu: à partir de 2020, todas as escolas terão que desenvolver as habilidades socioemocionais das crianças


Parece longínquo, porém estamos falando em um período de um ano e meio. De acordo com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) todas as escolas do Brasil terão que preparar os seus estudantes a terem empatia, tomar decisões sábias, e lidar com as suas próprias emoções.

Quanto de nós, na nossa formação estudantil, pensávamos no uso daquelas informações que nos eram passadas para o futuro? Por exemplo: quando vou usar geometria na minha vida? Ou para que farei uso da Química na minha vida profissional? Esses pensamentos norteiam a mente dos jovens até hoje, porém muitas escolas já incluíram na sua grade curricular o ensino mais ativo, prático, fazendo com que esse aluno(a) enxergue a utilidade dessas matérias para o seu futuro.

Todavia, enquanto estamos mais avançados em deixar transparente para os nossos adolescentes a importância dos conteúdos das salas de aula, esquecemos de um item importante na formação deles como cidadãos: a capacidade de lidar com as suas emoções e ter controle das próprias ações. Engana-se quem acha que essas capacidades devem ser desenvolvidas apenas pelos pais e psicólogos. A criança tem contato com a escola desde os 5 anos de idade até os 17\18 anos Ou seja, período de formação como ser humano. Nesse tempo, o indivíduo está fortalecendo seus valores, criando relacionamentos, e vendo suas limitações e fortalezas.

Assim, nessa época em que frequentará a escola, formará um reflexo do que esse indivíduo será como profissional. O Governo Brasileiro entendeu isso e por isso incluiu na sua base curricular o papel dos professores, pais, e dirigentes escolares de ensinarem os pequenos e os jovens a lidarem consigo mesmos e assim conseguirem ouvir o outro, se colocar no lugar, e ter autocontrole.


Mas, como treinar os docentes e tornar o ambiente escolar favorável para um ensino diferente? Ou seja, despertar essas habilidades socioemocionais nos pequenos?

Na rede educacional, Minds English School, há cerca de 5.000 alunos no Kids e o CEO e psicólogo, Augusto Jimenez, colocou em prática, desde 2017, esse ensino emocional. Seguem os 4 passos adotados nas 70 escolas de inglês:


1) Treine os seus docentes

Como a Minds trabalha em um sistema de franquia coloquei em prática a forma de ensino multiplicador. Ou seja, cada fraqueado fez um treinamento intensivo de como ensinar inglês aos pequenos e adolescentes despertando a capacidade cognitiva deles no convívio em sociedade. Isso faz com que aumente a empatia e despertem nesse estudante a habilidade de gerenciar as suas próprias emoções. Esses franqueados repassaram esse conteúdo aos seus docentes e desde então conseguimos alinhar a mesma forma de ensino nas 5 regiões do país.


2) Aumente a atratividade da escola para os pais

A escola é uma extensão do convívio das crianças. Assim, trazer os pais para dentro da instituição de ensino aproximando os valores educacionais dos valores dos pais fará com que esse aluno(a) seja assistido e ouvido em todas as esferas sociais. É necessário que os pais também entendam que podem aprender a lidar com as suas emoções, gerenciar conflitos, e tomar decisões responsáveis para si e para os pequenos. Na Minds temos reuniões periódicas com os pais e responsáveis. Trocamos experiência, entendemos como esse aluno está na sua escola regular, e como o ensino do inglês pode ajudá-lo a enxergar uma nova cultura e uma nova forma de ver o mundo.


3) Participação escolar ativa

É importante promover debates entre os alunos. Para esses aprenderem a ouvir, escutar, e ceder quando necessário. Ações assim diminuem o Bullying e desenvolve cidadãos melhores. Saber conviver com o diferente e apoiar essa diversidade é papel de todas as instituições de ensino. Desde a Faculdade a cursos livres, como o nosso de inglês.


4) Trace objetivos com os alunos


A forma de ensino receptiva em que um professor fala e os demais ouvintes apenas concordam já foi comprovada ser ineficaz. Gerando apenas memorização e não absorção na prática e conhecimento a longo prazo. Quando os objetivos são alinhados com os estudantes fica mais fácil promover um ensino mais ativo, proativo e prático. Assim, antes de estabelecer o conteúdo programático, ouça os estudantes, entenda o que os motiva, e adapte o que será ensinado em uma forma lúdica e ao encontro da realidade na sua sala de aula.

"Com essas ações, esperamos colher no futuro profissionais mais capacitados, cidadãos mais conscientes e principalmente adultos mais felizes", finaliza Augusto Jimenez, CEO e psicólogo da rede educacional Minds Idiomas.



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