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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

De mau hálito a dentes amarelados: especialista explica como acabar com os vilões da boca


Dentista Juliana Kruel da Crie Odontologia explica as causas, sintomas e os possíveis tratamentos


Pode parecer até ditado antigo, mas nunca deixou de ser verdade: o sorriso é e sempre será o nosso cartão de visitas. Porém, há alguns problemas que são considerados eternos vilões da boca e acabam sendo recorrentes na vida de muitas pessoas. "Mau hálito, tártaro, cáries e dentes amarelados são comuns e a atenção deve ser redobrada. Em todos os casos, a ida ao consultório do dentista é fundamental e deve ser frequente, para evitar consequências mais graves", orienta a dentista Juliana Kruel, da Crie Odontologia.


Conheça os 4 principais vilões da boca:


Mau hálito: a dentista explica que o mau hálito pode ser derivado da cavidade oral (má higienização, cáries e próteses mal adaptadas), ou do próprio sistema gastrointestinal. "É necessária uma consulta com o cirurgião dentista para saber se a cavidade está saudável, sem cáries, se o paciente está higienizando da forma correta, e aí será avaliado o grau. Mas, para prevenção e tratamento, o ideal é sempre higienizar bem os dentes e a língua e ir ao dentista regulamente", afirma.


Tártaro: o tártaro é também conhecido como cálculo dental, e nada mais é que a placa bacteriana mineralizada, ou seja, não é possível removê-la em casa apenas na profilaxia com o cirurgião dentista. As causas comuns são alimentação inadequada, higienização incorreta ou a falta dela. Além da limpeza no consultório, pode também ser indicado uma raspagem, dependendo do grau. "A prevenção é realizada através da escovação e fio dental regulamente com a movimentação correta", esclarece Kruel.


Cáries: a cárie é ocasionada pelo processo de desmineralização do elemento dental, que tem como principais fatores: acúmulo de placa bacteriana, alimentação inadequada e imunidade baixa. Se o problema estiver em um estágio inicial, o tratamento é a aplicação de flúor aliada à higienização. "Caso a cárie esteja em processo intermediário é necessária uma restauração do dente, e há casos em que o problema está tão avançado que é necessário fazer o tratamento endodôntico e próteses", afirma a especialista.


Dentes amarelados: consumo de alimentos e determinadas bebidas, medicamentos e hábitos como tabagismo são causas comuns para a presença de manchas e/ou escurecimento nos dentes. Para a dentista Juliana Kruel, o melhor tratamento é o clareamento dental, um processo estético realizado pelo cirurgião dentista onde é aplicado um produto sobre os dentes que clareia a coloração dos mesmos. Existe o caseiro, em que, como o próprio nome diz, o paciente vai aplicar o produto em casa com a orientação do dentista. E o de consultório (a laser), em que o dentista aplica um laser sobre os dentes do paciente, que sai do consultório com o tratamento finalizado.



Superbactéria da gonorreia pode tornar-se intratável


Médicos e pesquisados tentam conter a disseminação da doença sexualmente transmissível com novos antibióticos, testes e prevenção


O Ministério da Saúde estima que 500 mil pessoas sejam infectadas anualmente por gonorreia no país. No mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são cerca de 78 milhões pacientes com a doença.

Esses números podem crescer ainda mais se não houver um combate efetivo a uma superbactéria da gonorreia que está tornando a doença praticamente intratável.

“A primeira superbactéria da gonorreia foi descoberta em 2007. Ela foi encontrada principalmente na faringe dos infectados que faziam sexo oral. Mas, atualmente, sabe-se que também infecta os órgãos genitais”, esclarece o presidente da Comissão Nacional Especializa de Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO, José Eleutério Júnior.

Ele ressalta que as bactérias transmitidas pelo sexo oral são mais resistentes aos antibióticos do que aquelas que não estão na cavidade oral. Registra ainda que não existe explicação para essa diferença.

Segundo Eleutério, o Brasil não possui nenhum episódio notificado de gonorreia causada pela superbactéria, mas esse fato não indica que a doença ainda não chegou por aqui.

“Provavelmente existem casos no País, mas infelizmente as notificações não estão sendo feitas. A doença foi encontrada na Europa, na Ásia, na Oceania, e nos EUA; dificilmente não teremos gente atingida”.

O quadro clínico é basicamente o mesmo tanto para os infectados pela bactéria da gonorreia quanto para aqueles que estão com a superbactéria.

“O problema é que na mulher, na maioria das vezes, a gonorreia é assintomática. Só é detectada quando aparecerem as complicações como doença inflamatória pélvica, problemas de infertilidade ou aborto. Já os homens têm uretrite e secreção expelida pelo pênis”.

Para combater a superbactéria estão sendo testados novos medicamentos. Alguns deles podem ser aprovados em um futuro próximo.

“É importante encontrar os casos da superbactéria e tentar tratar para evitar transmissão. Nos países desenvolvidos, as pessoas que viajam para o exterior são aconselhadas a fazer testes para detectar a doença e evitar as complicações decorrentes, que podem ser sérias”, destaca José Eleutério.

A única forma de prevenir a doença é usando preservativo em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral.

“Não existe vacina para a gonorreia e o tratamento precoce diminui possibilidades de problemas. A bactéria resistente corresponde a 5% dos episódios. Mas se não tratar, a tendência é que esses números cresçam. Usamos os antibióticos para combater várias enfermidades. A questão é que se utilizado de forma errada, com dose inadequada, acaba tornando as bactérias mais resistentes.”


Medicamentos imunobiológicos revolucionam tratamento para doenças dermatológicas


Em evento na capital gaúcha, especialistas apresentaram benefícios e indicações para o uso dos remédios


Considerados o futuro da medicina para o tratamento de pacientes imunodeprimidos, intolerantes aos medicamentos comuns ou pessoas expostas de forma involuntária a agentes infecciosos, os imunobiológicos têm oferecido alternativas para diferentes áreas médicas. Na dermatologia, os remédios mudam radicalmente a forma de tratar a psoríase e também já têm mostrado resultados efetivos para outras patologias dermatológicas. Este foi o tema central do 1o Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) promoveu, na sexta-feira (17/08), no campus da Unisinos em Porto Alegre (RS).

- Acreditamos que os imunobiológicos são uma opção excelente para a psoríase, mas também passam a ser uma opção para outras doenças dermatológicas difíceis de tratar. Este encontro teve como objetivo esclarecer seus benefícios e incentivar os dermatologistas gaúchos a estudarem mais ainda este método que veio para ficar – afirmou a presidente da SBD-RS, Clarissa Prati.

O evento contou com quatro painéis. Ministrada por Anber Tanaka, a primeira palestra ofereceu uma exposição geral sobre os imunobiológicos na especialidade.

- Essas medicações conseguem agir em órgãos específicos. Também apresentam melhor eficácia e controle da doença. Têm mostrado dados seguros e sólidos que garantem tranquilidade no seu manejo – declarou Tanaka.

Ao defender que o dermatologista assuma o papel de tratar cada vez melhor o seu paciente, Lincoln Fabricio apresentou os tratamentos mais indicados para pacientes com psoríase.

- Pessoas que apresentam uma doença grave de pele também têm um impacto negativo na sua vida social. Devido ao seu aspecto físico, a psoríase faz com que cada vez mais o paciente se isole. A pele é o maior órgão de comunicação humana e paciente sofre quando ela é comprometida – explanou Fabricio.

De acordo com Daniel Nunes, outro palestrante do Simpósio, a psoríase é tratada, geralmente, com três medicamentos, que apresentam eficácia menor, permitindo até 75% de melhora. Já os remédios imunobiológicos podem garantir o desaparecimento dos sintomas de forma integral.

- Infelizmente, ainda usamos inicialmente a opção mais convencional, pois o acesso é facilitado pela rede pública de saúde. No entanto, é provável que no próximo ano saia o novo tratamento da psoríase que inclua a medicação imunobiológica. Talvez não contemple todos os tipos que podem ser utilizados, mas já será um avanço – explicou Nunes.

Devido ao alto custo, os remédios imunobiológicos para uso dermatológico ainda podem ser adquiridos somente por via judicial ou em casos comprovados de reumatologia. Desta forma, o tema ainda exige amplo debate dos especialistas. Para André Carvalho, este ser o assunto central do Simpósio é muito representativo.

- É importante falar sobre estes remédios. Normalmente usamos para psoríase, mas existem outras doenças como urticária, dermatite atópica, melanoma e doenças inflamatórias – destacou Carvalho.

O Simpósio ocorre às vésperas da 2a Jornada Multisserviços, também promovida pela SBD-RS, no sábado (18/08), no Campus da Unisinos em Porto Alegre (Avenida Doutor Nilo Peçanha, 1600, bairro Bela Vista). A programação inicia às 8h30min e oferece sete blocos temáticos.





Francine Malessa


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