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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Sociedade de Pediatria defende direito da criança ser atendida pelo médico pediatra


Médicos pediatras alertam para perigo à saúde infantil com a implantação de protocolo de enfermagem para Unidades Básicas de Saúde


A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) posicionou-se de forma absolutamente contrária a implantação do Protocolo de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde (APS) – Saúde da Criança. A proposta foi feita pela Secretaria de Saúde de Porto Alegre. Pela medida, estariam sendo feitas atribuições exclusivas de médicos, como pediatras, por exemplo, para profissionais que não são médicos.

- Se for realizada uma pesquisa com os pais, temos a convicção de que a imensa maioria gostaria que seu filho fosse atendido por um pediatra. A criança tem o direito de ser atendido pelo médico e o médico da criança, é o pediatra – afirma o médico da Sociedade de Pediatria do RS, Silvio Baptista.

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul encaminhará nos próximos dias uma consulta ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), sobre a legalidade da medida, pois no entendimento da SPRS, contraria a Lei do Ato Médico. O problema é que pelo protocolo proposto, os enfermeiros estariam fazendo diagnóstico e tratamento de doenças, o que é vetado pela legislação.

- No documento que contém aproximadamente vinte páginas consta que o profissional não médico faria consultas de puericultura (revisão) e até acompanhamento de doenças, vindo apenas a encaminhar para o médico pediatra, quando houver suspeita de doença, ou seja, o médico passa a depender do diagnóstico da enfermeira. Essa prática não pode ser comparada a proposição de três anos de Residência que está em fase de implantação – completa.

O médico ressalta, ainda, que a decisão de encaminhar ou não o paciente para o médico, designada a outros profissionais, é negar o direito da criança de consultar com especialistas da área.





Marcelo Matusiak


Dia Mundial do Cérebro


Federação Mundial de Neurologia faz alerta internacional sobre a poluição do ar

Efeito dos poluentes na atmosfera é aumento no número de casos de doenças importantes, como AVC



A Federação Mundial de Neurologia (WFN) destaca o Dia Mundial do Cérebro, sempre em 22 de julho. Neste 2018, enfatizará os prejuízos da poluição do ar à saúde, por intermédio da campanha “Ar limpo para a saúde do cérebro”.

Nos últimos anos, cientistas confirmaram que os poluentes entram no corpo através dos tratos respiratório e alimentar, causando respostas inflamatórias subliminares e atingindo o cérebro através da corrente sanguínea ou do sistema respiratório superior. O dano resultante à microbiota intestinal também pode ter um impacto no cérebro

O estudo Global Burden of Disease, realizado em 188 países, conclui que o ar poluído é responsável por 30% dos casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral). Por essa razão, a WFN decidiu selecionar a pauta para ser debatida em todo o mundo no Dia Mundial do Cérebro.

“No Brasil, temos cerca de 220 mil novos casos de AVC por ano. Do total, aproximadamente 90 mil vão a óbito, 20% ficam com sequelas graves e outros 20%, sequelas moderadas”, informa o diretor científico da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), o neurologista Rubens Gagliardi. Ele explica também que o ar poluído aumenta a pressão arterial, “que é a principal causa do AVC”.

A poluição também aumenta a agregação plaquetária e diminui a oxigenação do cérebro: “A pesquisa de risco de AVC é importantíssima, pois o AVC mata e incapacita, mas pode ser prevenido”.

A prevenção primária do AVC é feita fundamentalmente combatendo os fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias, colesterol, tabagismo, sedentarismo.

“Recentemente, estudos mostraram que a poluição atmosférica é um fator de risco para o AVC e para as doenças vasculares, assim como a Doença de Parkinson e de Alzheimer. Então é primordial o combate à poluição dentro de um programa de redução do AVC”, ressalta o neurologista.

Os poluentes presentes no ar vêm aumentando os problemas de saúde da população. Estimativas atribuem 9 milhões de mortes anuais aos problemas causados pela contaminação.

Alguns poluentes causam severos efeitos em todos os cantos do planeta, sendo que a lista dos danos ao homem é imensa. Entre elas, os pesquisadores incluem aumento da pressão arterial, cardiopatias, danos às células cerebrais e até envelhecimento das células.

Outras pesquisas apontam que a poluição é um complicador para o autismo, os transtornos de déficit de atenção em crianças, a demência e o desenvolvimento da doença de Parkinson, embora dados científicos ainda não estejam disponíveis.

Para evitar os malefícios causados pela poluição do ar, é necessário que governos e população mudem os hábitos, estimulem a mudança de comportamento e invistam na limpeza da atmosfera, pois os impactos ambientais causados pelo homem geram consequências mundiais para saúde pública.

Daí a relevância de estratégias e políticas públicas para reduzir a poluição e, por consequência, evitar uma série de doenças graves que atingem povos.
 

Confira abaixo uma das peças da campanha internacional:


Ginecologista afirma: Emoções da mãe podem ser trabalhadas para gerar seres humanos mais equilibrados


 Bebês geniais são formados no útero


A forma como cada um de nós responde aos estímulos da vida diária não está relacionada exclusivamente aos ensinamentos recebidos dos pais, parentes e amigos ou às situações em que somos protagonistas ou coadjuvantes. É muito anterior a isso. De acordo com o ginecologista, obstetra e autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”, Domingos Mantelli, a formação emocional e racional começa no útero das mães.

“As emoções maternas podem afetar o inconsciente fetal em formação e gerar doenças físicas e emocionais após o nascimento. Por exemplo, em um estresse muito grande na gravidez, a mãe libera uma série de hormônios: adrenalina, noradrenalina e cortisol, que se eleva. Esses hormônios vão mexer com a arquitetura cerebral do bebê em formação e a chance dessa criança, na vida adulta, ser depressiva é quatro vezes maior. O risco de nascer com autismo ou esquizofrenia é o dobro”, aponta o especialista.

O contrário também é verdadeiro. Se a mãe tiver o correto preparo, será capaz de criar crianças e adultos mais tranquilos e equilibrados, racionalmente e emocionalmente. “Quando a gente fala em pré-natal, a gente pensa em exames. Quando a gente fala em bebê genial, a gente está pensando em emoções, infelizmente a parte em que o médico não tem controle. Por isso, é importante que a mulher conheça os problemas que pode gerar e as técnicas para amenizar tudo isso”, argumenta Mantelli.

O desenvolvimento de seres humanos melhores, segundo o ginecologista, também envolve o parto. “É preciso mudar a forma de trazer os bebês ao mundo, independente de ser normal ou cesariana. Dá, inclusive, para humanizar uma cesariana e fazer com que ela seja tão emocionante, tão gostosa e os pais aproveitem tanto quanto um parto normal, interagindo, com silêncio na sala de parto, fazendo com que o bebê nasça com a voz do pai, sem luz em cima do bebê, com a música ambiente que a mãe, de repente, utilizou para fazer um relaxamento na gravidez”, explica o obstetra.





Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra, com formação em neurolinguística e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.


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