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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Endometriose está entre as 20 piores dores do mundo


De 30 a 40% das mulheres com endometriose podem apresentar infertilidade e entre elas, 50% têm endometriose

A dor crônica é um dos maiores sintomas para quem vive com a endometriose. Entre as dores que se dividem entre abdominais, nas costas, nas pernas, fadiga, períodos menstruais doloridos e até dores de cabeça, a doença é um problema comum normalmente diagnosticada entre 25 e 35 anos, mas que muitas vezes já começa alguns meses após o início da primeira menstruação. A medica ginecologista e obstetra Dra Kelly Alessandra comenta as causas, consequências e o tratamento.
“A endometriose é uma condição na qual o endométrio (mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo – por isso causa tantas dores em diferentes regiões do corpo”, explica a médica.
Normalmente causada por fatores hereditários – aumentado em seis vezes mais em casos na família, outros possíveis fatores de risco também podem causar a endometriose. São eles: menstruar muito cedo, nunca ter tido filhos, apresentar ciclos menstruais frequentes e que duram mais de sete dias ou anormalidades no útero.
Para identificar a doença Dra Kelly avisa que há alguns sintomas que merecem atenção: dor intensa durante a menstruação, dores durante a relação sexual, dor ao urinar ou evacuar e infertilidade. “Depois de detectado o problema, alguns exames podem ajudar a fechar o diagnóstico e mesmo sendo classificada em superficial ou profunda endometriose tem tratamento que pode ser feito com a ajuda de medicamentos ou de cirurgia”, garante a médica.






Dra Kelly Alessandra da Silva Tavares - Médica ginecologista e obstetra com pós graduação em nutrologia com enfoque na saúde da mulher em todas as fases da vida, promove a orientação sobre hábitos saudáveis de vida, prevenção de doenças, seguimento de rotina ginecológica e pré natal. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) em 2004 com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição em 2007. Especialista em Endoscopia Ginecológica pela FEBRASGO/AMB em 2009 e mestre em Ciências da Saúde em 2016 e pós graduanda em nutrologia pela Associação Brasileira (ABRAN).

Falta de acesso para usuários de planos de saúde bate recorde histórico. No SUS, internar paciente virou missão impossível para o médico


 Pesquisas Datafolha

A Associação Paulista de Medicina, por intermédio do Datafolha, realizou entre abril e julho de 2018 duas pesquisas conhecer melhor os problemas enfrentados por pacientes e médicos na relação com os planos de saúde e no SUS.

Os dados apontam dificuldade gigantesca para o acesso à assistência, além de obstáculos de toda a ordem para a realização de exames laboratoriais, cirurgias e internações.
Pesquisa população

Captar a opinião dos cidadãos usuários sobre o atendimento de planos ou seguros de saúde do Estado de São Paulo foi o objetivo da pesquisa número 1. As entrevistas foram realizadas de 25 de abril a 2 de maio, para uma amostra total de 836 pessoas, com 18 anos ou mais de todas as classes econômicas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Só para ter uma ideia de grandeza numérica, a população adulta   do estado hoje é de 34,5 milhões (fonte IBGE). Os usuários de planos de saúde são aproximadamente 40% deste universo, ou seja, 13,7 milhões. A pesquisa ouviu aqueles que utilizaram a rede suplementar nos últimos 24 meses: 11,2 milhões de pacientes.

O índice de usuários com algum problema na utilização dos serviços teve um salto estrondoso. Cresceu 25%, passando de 77%, em 2012, para 96% atualmente. Isso significa que as dificuldades com os planos de saúde praticamente são universais, pois beiram os 100%.

Outra vez uma ideia de grandeza: enfrentarem problemas 10,8 milhões de pessoas, entre 11,2 milhões dos utilizaram a rede suplementar nos últimos 24 meses.

Consultas médicas e exames diagnósticos foram os serviços mais usados pela população. Em todos eles, o índice de problemas aumentou de seis anos para cá, em especial no pronto atendimento (pronto socorros).

Nas consultas médicas, as dificuldades passaram de 64%, em 2012, para 76% agora. Para um paciente conseguir exames e diagnósticos, está virando milagre. As queixas aumentaram em quase 50%, pulando de 40% para 72% no período. No pronto atendimento, 8 em cada 10 pacientes de planos de saúde que utilizaram serviços enfrentaram algum um tipo de problema.


De 2012 para 2018 também ficou mais difícil liberar uma guia junto aos planos de saúde, o que pode ser indicativo da criação de barreiras. Neste quesito, as dificuldades eram relatadas por 59% há seis anos e atualmente por 71%.

Por falta de opções/dificuldades para o atendimento nos planos de saúde, os usuários, mesmo pagando altas mensalidades, vêm sendo empurrados para o SUS ou para o atendimento particular.

Há seis anos, 15% engrossavam as estatísticas dos que se viam obrigados a buscar tratamento na rede pública. Hoje, são 19%. Já aqueles que tiveram de recorrer a serviços particulares, por absoluta falta de opção do sistema suplementar, aumentaram em mais de 100%: eram 9% em 2012 e são 19% em 2018.

A pesquisa 1 Datafolha-APM também aponta que os usuários desconhecem os prazos máximos para atendimento estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. 

Aqui fica evidente que a ANS não tem cumprido adequadamente seu papel de órgão regulador.


Outra percepção importante dos pacientes é a de que as empresas dificultam a realização de procedimentos de custo maior, colocam restrições ao trabalho dos médicos, inclusive pressionando-os a antecipar altas (reduzir tempo de internação), postergam a autorização de exames e procedimentos, além de não cumprir todas as regras do contrato.



Pesquisa médicos
 
A segunda pesquisa Datafolha-APM tem como público-alvo os médicos. Foi realizada entre 12 de junho e 2 de julho, para levantar a percepção dos profissionais quanto aos planos de saúde e a assistência na rede pública (SUS). A amostra total é de 615 entrevistas no Estado de São Paulo, a margem de erro, de 4 pontos percentuais.

Nove em cada dez médicos (90%) declaram que há interferência das empresas da área suplementar no exercício da medicina. Seis em cada dez apontam restrições quanto à solicitação de exames para o diagnóstico e alternativas de tratamento. Ficam evidentes também entraves para a prescrição de medicamentos de alto custo, tempo de internação e de pós-operatório, entre outros.

Sessenta por cento dos entrevistados trabalham no Sistema Único de Saúde. Só 2 entre cada 10 declaram conseguir internar um paciente com facilidade. Quanto ao tempo para internação, há queixas de 9 entre cada dez.

Oitenta e cinco porcento dos médicos que atendem SUS não vêm facilidade para obter uma sala de cirurgia. Dificuldade excessiva é relatada por 91%. Também são 9 em cada 10 profissionais os que apontam que o SUS não possui equipamentos adequados para exames e diagnósticos.

Mais um dado alarmante: cerca de 7 entre 10 médicos (64%) já sofreram algum tipo de agressão no exercício da medicina. O mais grave é que 12% denunciam que já foram vítimas de agressão física, como tapas, chutes e socos.


Saiba como a respiração errada prejudica a saúde bucal durante os dias mais secos

Dentista Mariana Barros explica que mau hábito afeta desde o alinhamento dos dentes até a perda óssea


Com o tempo mais seco há uma dificuldade maior da dispersão da poluição do ar, resíduos de veículos e poeira, o que provoca um ressecamento da mucosa das vias aéreas. Esse processo facilita o aparecimento de processos inflamatórios, infecções e alergias, o que na maioria dos casos, leva ao surgimento da tão conhecida respiração bucal. Entender o porquê ela acontece, as consequências para o organismo, principalmente para a saúde bucal, além dos tratamentos indicados é a melhor forma de combater o problema. 

A respiração bucal acontece devido à incapacidade do indivíduo de respirar pelo nariz, que é considerada a forma correta. Segundo a dentista Mariana Barros, da Crie Odontologia, as causas mais comuns desse problema são: alergias, adenóides e amígdalas hipertróficas, pólipos nasais, resfriados crônicos, alteração na formação óssea da face como fenda palatina, micrognatia (mandíbula pequena) entre outros. "Mas, para entender a causa da respiração bucal é importante uma avaliação multidisciplinar entre fonoaudiólogos, otorrinos, pediatras, odontopediatras, ortodontistas", esclarece.

A disfunção tem consequências negativas em todas as faixas etárias. Nas crianças, ela afetará todo o desenvolvimento facial, mastigatório e comportamental. Já os adultos sofrem com a diminuição do nível de oxigenação no sangue, principalmente ao dormir o que tem sido associado a alteração da pressão arterial e problemas cardíacos. "Fadiga e irritabilidade alteração de postura (pescoço e coluna vertebral) são outros dos sintomas, sem falar nas consequências negativas nas funções mastigatórias como desgastes, sensibilidades, gengivites e perda de dentes", afirma a especialista.

Outros problemas associados ao problema são: quem respira pela boca mantém a língua baixa, ou seja, a língua não toca no palato, o que faz com que o palato e as vias aéreas superiores (o nariz) não se desenvolvam de forma correta. O não desenvolvimento do arco dentário superior leva à falta de espaço para os dentes superiores atrapalhando o encaixe com os dentes inferiores.Com o desencaixe, os dentes, ao longo da vida, sofrem com desgastes errados, sensibilidades, fraturas, perda de osso ao redor dos dentes e até mesmo a perda do mesmo poderá ocorrer. De acordo com a especialista, outra consequência na cavidade oral é o ressecamento da saliva podendo causar halitose e dentes sem o contato com a saliva estão mais sujeitos à lesão cariosa. 

Já o tratamento mais indicado dependerá da causa encontrada, que podem ser diversas. O ideal é diagnosticar o respirador bucal o mais precocemente possível. "O otorrinolaringologista irá diagnosticar a causa e prescrever o melhor tratamento naquele momento; o ortodontista fará as correções dentárias necessárias, interceptando ou corrigindo a má oclusão, ou redimensionando o crescimento crânio facial; o fisioterapeuta atuará com as alterações de postura; e o fonoaudiólogo reeducará as funções alteradas assim como irá garantir, através de treino e conscientização da importância da respiração nasal", orienta Mariana.

Aspectos que podem ajudar no diagnóstico do respirador bucal:

- Período do sono com boca aberta;

- Respiração ruidosa;

- Falta de concentração durante as atividades do dia a dia;

- Acordar de manhã com o travesseiro molhado;

- Sonolência durante o dia;

- Olheiras frequentes;

- Irritabilidade constante.



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