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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Saiba como a respiração errada prejudica a saúde bucal durante os dias mais secos

Dentista Mariana Barros explica que mau hábito afeta desde o alinhamento dos dentes até a perda óssea


Com o tempo mais seco há uma dificuldade maior da dispersão da poluição do ar, resíduos de veículos e poeira, o que provoca um ressecamento da mucosa das vias aéreas. Esse processo facilita o aparecimento de processos inflamatórios, infecções e alergias, o que na maioria dos casos, leva ao surgimento da tão conhecida respiração bucal. Entender o porquê ela acontece, as consequências para o organismo, principalmente para a saúde bucal, além dos tratamentos indicados é a melhor forma de combater o problema. 

A respiração bucal acontece devido à incapacidade do indivíduo de respirar pelo nariz, que é considerada a forma correta. Segundo a dentista Mariana Barros, da Crie Odontologia, as causas mais comuns desse problema são: alergias, adenóides e amígdalas hipertróficas, pólipos nasais, resfriados crônicos, alteração na formação óssea da face como fenda palatina, micrognatia (mandíbula pequena) entre outros. "Mas, para entender a causa da respiração bucal é importante uma avaliação multidisciplinar entre fonoaudiólogos, otorrinos, pediatras, odontopediatras, ortodontistas", esclarece.

A disfunção tem consequências negativas em todas as faixas etárias. Nas crianças, ela afetará todo o desenvolvimento facial, mastigatório e comportamental. Já os adultos sofrem com a diminuição do nível de oxigenação no sangue, principalmente ao dormir o que tem sido associado a alteração da pressão arterial e problemas cardíacos. "Fadiga e irritabilidade alteração de postura (pescoço e coluna vertebral) são outros dos sintomas, sem falar nas consequências negativas nas funções mastigatórias como desgastes, sensibilidades, gengivites e perda de dentes", afirma a especialista.

Outros problemas associados ao problema são: quem respira pela boca mantém a língua baixa, ou seja, a língua não toca no palato, o que faz com que o palato e as vias aéreas superiores (o nariz) não se desenvolvam de forma correta. O não desenvolvimento do arco dentário superior leva à falta de espaço para os dentes superiores atrapalhando o encaixe com os dentes inferiores.Com o desencaixe, os dentes, ao longo da vida, sofrem com desgastes errados, sensibilidades, fraturas, perda de osso ao redor dos dentes e até mesmo a perda do mesmo poderá ocorrer. De acordo com a especialista, outra consequência na cavidade oral é o ressecamento da saliva podendo causar halitose e dentes sem o contato com a saliva estão mais sujeitos à lesão cariosa. 

Já o tratamento mais indicado dependerá da causa encontrada, que podem ser diversas. O ideal é diagnosticar o respirador bucal o mais precocemente possível. "O otorrinolaringologista irá diagnosticar a causa e prescrever o melhor tratamento naquele momento; o ortodontista fará as correções dentárias necessárias, interceptando ou corrigindo a má oclusão, ou redimensionando o crescimento crânio facial; o fisioterapeuta atuará com as alterações de postura; e o fonoaudiólogo reeducará as funções alteradas assim como irá garantir, através de treino e conscientização da importância da respiração nasal", orienta Mariana.

Aspectos que podem ajudar no diagnóstico do respirador bucal:

- Período do sono com boca aberta;

- Respiração ruidosa;

- Falta de concentração durante as atividades do dia a dia;

- Acordar de manhã com o travesseiro molhado;

- Sonolência durante o dia;

- Olheiras frequentes;

- Irritabilidade constante.



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