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terça-feira, 27 de março de 2018

Como se preparar para uma reunião eficiente


A especialista Heloísa Capelas fala sobre os preparativos para esse momento 


Uma reunião bem planejada é aquela que se tem consciência com quem vai fazer e qual o objetivo dela. Fundamental saber o que se quer como resultado final desse encontro. Quanto tempo está disposto a doar pra que esse momento gere o que se deseja alcançar?

Isso está no princípio do planejamento de cada um, pensar tudo que envolve e principalmente o papel de quem vai conduzir: onde está? o que quer e com quem vai conversar? Se os presentes são conhecidos? Saber como pensam e a opinião delas? Para onde quer levá-las? De que forma quer influenciá-las? Necessário ter foco, exatamente para onde quer ir? Pretende e compreende o que quer no final da reunião, o melhor resultado?

Para um líder manter o direcionamento da equipe é muito importante numa reunião. Esse condutor precisa ter domínio do foco e onde almeja chegar. É importante para motivar todos a participarem e levar até ao que se quer chegar, que se ofereça nenhum risco. As pessoas precisam estar num ambiente seguro, em que têm liberdade para colocar a opinião delas. Aquilo que acham, gostam ou não, concordam ou discordam. Se elas tiverem medo de chefe ou da organização, temor de colocar as ideias e ser punido por isso, não se vai manter a criatividade ou o foco, muito menos a possibilidade das pessoas colocarem as suas avaliações.

Os envolvidos devem saber que estão num ambiente seguro, que tudo que o líder quer ou se interessa é pelo pensamento delas, mesmo que seja contrário ao da empresa. É importante entender onde está o colaborador e que ele não seja punido por isso. Precisa ter foco e abertura para ouvir tudo dos outros, para que o final seja um sucesso.

"Toda a sugestão dada pelos colaboradores numa reunião, precisam que esses sejam engajados. Portanto, não aceite ideias das pessoas para que você faça o serviço ou para que o colega do lado. As pessoas que derem ideias estão envolvidas e comprometidas com aquelas intenções, dessa forma, elas precisam trabalhar com a execução.", indica Heloísa Capelas – diretora do Centro Hoffman.

O líder deve aceitar todas as ideias, abranger todos os que as deram, cada participante, para se envolver e se comprometer com a ideia, oferecer seu conhecimento técnico e aceitar o dos outros, marcar data e cobrar.

Para isso a especialista em desenvolvimento do potencial humano, aponta alguns procedimentos durante os presentes na reunião. "Fundamental que marque data, que diga quem fará e até quando. Não é o líder que define. É importante que todos os envolvidos, aqueles que participaram da construção da ideia se comprometam em cada etapa. Quem vai fazer que parte do projeto? 

Onde se vai chegar com essa ideia? Qual é o primeiro passo? Quem dará o primeiro, o segundo e o terceiro? Quais são as medidas para que todos saibam que aquelas ideias, atitudes, comportamento e ação deu resultado para que o projeto tenha êxito. Prazo, comprometimento e cobrança. Depois que marcou a data quem vai cobrar a execução, quem é a responsabilidade de executar e quem é de cobrar, ou de medir e avaliar para ver se aquela atitude, comportamento e ação deu certo para que o objetivo fosse alcançado. ", orienta Heloísa Capelas






Fonte: Heloísa Capelas, autora do best-seller "O Mapa da Felicidade", "Perdão, a revolução que falta" e também diretora do Centro Hoffman no Brasil www.processohoffman.com.br. Atua há mais de 30 anos como especialista em desenvolvimento do potencial humano por meio do autoconhecimento e do aumento da competência emocional. ECoach, Master Practitioner em PNL, expert em processos transformativos e psicodinâmica aplicada aos negócios.


Confira dicas para declarar o seu Imposto de Renda


Em 2018, o prazo para declaração do Imposto de Renda começou no dia 1 de março e vai até o dia 30 de abril. A tarefa deve ser feita pelos contribuintes que, no ano passado, receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.

Uma das mudanças na declaração deste ano é que serão exigidos os CPFs dos dependentes com oito anos ou mais – no ano passado, o documento era obrigatório para crianças a partir de 12 anos. Em 2019, ele será exigido de todos os dependentes, de qualquer idade.

Outra novidade de 2018 é que a Receita irá solicitar alguns dados complementares aos contribuintes, como endereço, matrícula, IPTU e data de compra de imóveis. No entanto, as informações não serão obrigatórias.

Os contribuintes que não entregarem a declaração ou desrespeitarem o prazo deverão pagar uma multa de, no mínimo, R$ 165,74. Já o valor máximo corresponderá a 20% do imposto devido. Por isso, é muito importante se organizar e não deixar a tarefa para a última hora, para evitar que sejam enviadas informações erradas e incompletas.

A declaração pode ser feita via computador ou dispositivos móveis, por meio do aplicativo “Meu imposto de renda”. Nos smartphones e tablets, será possível retificar as declarações, contanto que também tenham sido enviadas pelos dispositivos. Para quem vai declarar pela primeira vez, o site do órgão reúne instruções baseadas nas dúvidas mais comuns da população.

Uma informação que poucos conhecem diz respeito ao arredondamento: para mais ou para menos, a prática é perigosa e pode ser interpretada como tentativa de burlar o sistema de coleta de dados, pois os computadores da Receita Federal são extremamente precisos. Outro problema recorrente é a falta de comprovantes, seja em declarações de empresas ou de pessoas físicas.

Por conta disso, é fundamental que haja muita atenção com a documentação necessária: o dono de empresa deve observar as informações contidas no CNPJ do estabelecimento e em seu CPF para que eles não conflitem; afinal, esses dados estão atrelados e qualquer desencontro pode ser comprometedor. A pessoa física, por sua vez, não deve pecar pelo “excesso”, já que não é incomum encontrarmos a inclusão de filhos como dependentes nas declarações tanto do pai quanto da mãe. Isso gera duplicidade de informações, o que também é identificado pela “malha fina”.

Ficar atento a essas medidas é fundamental para que evitar erros e garantir a veracidade das informações. Portanto, declarantes, organizem a documentação, baixem o aplicativo e fiquem de olho: 30 de abril é o último dia para evitar a multa imposta pela Receita Federal.







Dora Ramos - especialista em Contabilidade, orientadora financeira e diretora responsável pela Fharos Gestão Empresarial (www.fharos.com.br

Sem investir nos jovens, país não crescerá, afirma Banco Mundial


Sem investir nos jovens, país não crescerá, afirma Banco Mundial

País tem 11 milhões de jovens que não estudam, nem trabalham. Para o CENPEC, são essenciais ações que incentivam o retorno aos estudos e retardam o ingresso no mercado de trabalho informal



O relatório do Banco Mundial Competências e Empregos – Uma Agenda para Juventude, divulgado no início do mês, indica que, apesar de o número médio de anos de estudo no país ter crescido na última década, a produtividade por trabalhador não evoluiu muito. O documento apresenta dados de 2015, da Pnad, que indicam que mais de 11 milhões de pessoas de 15 a 29 anos não trabalham, nem estudam, ou seja, praticamente um em cada cinco jovens não está na escola, em treinamento ou trabalhando.

De forma geral, os jovens que não concluíram o ensino médio são em sua maioria homens, negros, trabalhadores e com baixa renda familiar e são precocemente direcionados para o mercado de trabalho, quase sempre informal e precário.

Segundo o relatório do Banco Mundial, esses jovens enfrentam a forma mais extrema de desengajamento em uma perspectiva de competências e emprego. “Muitas vezes, o primeiro trabalho é determinante para o sucesso da trajetória profissional. Aqueles que ingressam no mercado informal têm menores perspectivas de prosseguir os estudos e/ou de desenvolver competências e habilidades requeridas pelo mundo do trabalho. Com isso, dificilmente conseguirão, ao longo da sua vida, ocupar postos de trabalho mais qualificados e com melhores salários”, avalia Wagner Santos, coordenador do núcleo de juventude do CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.

O relatório do Banco Mundo alerta ainda para a tendência de envelhecimento da população brasileira, que gera uma pressão e urgência na melhoria da qualidade da educação e da elevação da produtividade do trabalho, sobretudo dos jovens que nas próximas décadas serão a principal força de trabalho do país. “Se quisermos crescer com qualidade, precisamos apostar em nossos jovens. Isso significa estimular a permanência e o retorno aos estudos e promover o desenvolvimento de competências e habilidades para o mundo do trabalho, a vida pública e pessoal”, afirma Wagner Santos.

Frente a este cenário, como Brasil pode inserir seus jovens na escola e no trabalho de forma mais eficaz e plena e assim elevar sua produtividade? Para o CENPEC, a transformação desse quadro passa por políticas públicas intersetoriais e contínuas que assegurem uma educação de qualidade para a vida pública e pessoal e que desenvolva as competências necessárias para atuar em um mercado cada vez mais competitivo.

Essas políticas precisam assegurar que os jovens ampliem seu repertório cultural e social, se apropriem de novas tecnologias, desenvolvam projetos de intervenção nas comunidades em que vivem, aprendam a circular pela cidade, ou seja, sejam protagonistas na construção de seus próprios currículos, defende Wagner Santos.

Atualmente, a oferta de educação ainda é muito desigual no país. Pesquisa recente, realizada pelo CENPEC com apoio da Fundação Tide Setubal,  indica que aqueles que estão matriculados no Ensino Médio em tempo integral têm melhores oportunidades de ensino do que aqueles que estudam em tempo parcial. O mesmo ocorre na comparação entre os alunos do diurno com os do noturno e da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Essa diferença amplia as desigualdades, tanto no âmbito educacional, quanto no acesso ao mercado de trabalho.

Além disso, especialistas têm alertado para o risco de que a reforma do Ensino Médio, anunciada pelo governo federal, acirre ainda mais as desigualdades, devido à ampliação de oportunidades educacionais desiguais. Ainda não está claro como será a oferta de diferentes itinerários formativos aos estudantes. Dificilmente, estados e municípios com baixa capacidade de arrecadação, com infraestrutura escolar precária, menor capital humano ou com menos possibilidades de parcerias com setores da indústria, comércio ou terceiro setor terão condições de ofertar um leque de percursos formativos, de qualidade. Há o receio de que isto restrinja as opções de escolha dos jovens e ampliando ainda mais as desigualdades regionais já existentes no Brasil.


PJU, exemplo de iniciativa com bons resultados

A proposição de políticas focalizadas para reter os jovens na escola não é uma novidade. Dentre os projetos que atuam com essa população, um exemplo é o Programa Jovens Urbanos, realizado no período de 2004 a 2017 com coordenação técnica do núcleo de juventude do CENPEC. A iniciativa teve como público alvo jovens de 16 a 21 anos de idade, residentes em bairros pobres de regiões metropolitanas. Seu objetivo era o de implementar e disseminar tecnologias de trabalho com a juventude por meio de processos de formação ampliada, geração de oportunidade e inserção produtiva, além de contribuir para que esses jovens concluam o Ensino Médio e tenham acesso ao Ensino Superior.

O relatório de avaliação econômica, consultoria realizada pelo economista Naercio de Menezes Filho, traz os resultados da avaliação da 3ª edição do Programa Jovens Urbanos, realizada entre 2007 e 2008, a primeira a atuar nos bairros de Lajeado e Grajaú (São Paulo - SP). Todos os jovens participantes receberam uma bolsa mensal de R$200,00. A primeira avaliação, de curto prazo, ocorreu em junho de 2009, oito meses após o término da intervenção. Já a segunda, de médio prazo, aconteceu quatro anos depois, em junho de 2012 (Veja os resultados nos quadros abaixo)

São importantes os impactos de programas como este no desenvolvimento de competências relacionadas ao trabalho, à participação social, à ampliação do repertório cultural e a ampliação dos estudos e da formação, sobretudo a curto prazo. “Os resultados a longo prazo nos permitem inferir que a descontinuidade de políticas de apoio aos jovens traz efeitos colaterais. Elas precisam ser oferecidas por um período de tempo maior para que os resultados alcançados no curto prazo não apenas sejam mantidos, como ampliados”, avalia Wagner Santos.



Wagner Santos - Sociólogo e Coordenador do Núcleo de Juventude do CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisa em Educação Cultura e Ação Comunitária. As áreas de Estudos estão concentradas em Juventude, Política públicas, Educação Integral, Mobilidade Urbana, Organizações Sociais e Economia Criativa.


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