Pesquisar no Blog

sábado, 30 de setembro de 2017

Por que o uso pesado de álcool por idosos é tão perigoso?



No Dia Nacional do Idoso, CISA chama atenção para as consequências do consumo de bebidas alcoólicas na terceira idade


As complicações de saúde são o maior temor sobre o envelhecimento para 77% dos brasileiros, segundo pesquisa realizada pelo Instituto QualiBest, e essa preocupação faz sentido. Além das doenças comuns em pessoas acima de 60 anos, outro tema chama a atenção dos profissionais da área da saúde: o uso de álcool. O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), organização não governamental que se destaca como fonte de informação sobre saúde e álcool, reforça o alerta sobre as consequências do consumo pesado de álcool nessa faixa etária neste Dia Nacional do Idoso, comemorado no dia 1º de outubro.

“Os idosos tendem a sofrer de problemas emocionais, sociais e de saúde, como: viuvez, solidão, perda de amigos, aposentadoria, dor crônica, insônia, depressão e ansiedade. Estes fatores podem aumentar o risco de uso pesado de bebidas alcoólicas como uma maneira de lidar com esses problemas, pois o álcool tem um efeito depressor do Sistema Nervoso Central, provocando relaxamento, sono e sensação de prazer”, destaca o Presidente Executivo do CISA, Dr. Arthur Guerra.

O envelhecimento da população brasileira e o consumo de álcool de maneira excessiva e frequente entre idosos têm colocado em alerta os profissionais de saúde. Uma pesquisa nacional demonstrou que 12% dos entrevistados com mais de 60 anos foram classificados como bebedores pesados (mais de 7 doses/semana), 10,4% como bebedores pesados episódicos (mais de 3 doses em uma única ocasião) e quase 3% foram diagnosticados como dependentes.

O perigo do consumo pesado de álcool nessa faixa etária está atrelado a fatores do próprio envelhecimento, como alterações no organismo e comportamentais. Mudanças fisiológicas e da composição corporal aumentam a sensibilidade ao álcool, ou seja, com a mesma quantidade de álcool, o idoso atinge uma alcoolemia maior do que os jovens. Isso porque pode ocorrer modificação da capacidade de metabolização hepática e função renal, além de maior tendência à desidratação.

O excesso de ingestão de álcool também pode agravar doenças como diabetes, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva, problemas hepáticos, osteoporose, problemas de memória, distúrbios do humor, e levar a quadros depressivos, de irritabilidade, confusão mental e deficiências nutricionais, desencadeando doenças neurológicas e demenciais.

Outra questão de destaque é que o uso de álcool concomitante com medicamentos, fato comum na terceira idade, aumenta o risco de interferência nos efeitos do medicamento, com redução da eficácia ou intensificação dos efeitos. Já sua ingestão com outros depressores do Sistema Nervoso Central (tranquilizantes, anti-histamínicos, ansiolíticos, analgésicos, antidepressivos) faz com que certos efeitos sejam exacerbados, como sedação, sonolência, perda de coordenação motora e de memória. “Isso expõe o indivíduo idoso a maior risco de queda, acidentes, intoxicação e até mesmo morte”, afirma o Presidente Executivo do CISA, que lembra que mesmo não sendo ingeridos ao mesmo tempo, é possível ocorrer interação, pois alguns remédios demoram para ser absorvidos ou seus efeitos são prolongados.

Precisamos ser realistas em relação a esse novo cenário: o Brasil está envelhecendo duas vezes mais rápido que a média mundial, se a taxa atual se mantiver, segundo aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A saúde é um ponto nevrálgico para essa população e, como destaca o CISA, o consumo de álcool entre os idosos merece atenção urgente e evidencia a necessidade de desenvolvimento de campanhas de conscientização e políticas públicas para a identificação e a prevenção do consumo abusivo de álcool.



Sobre o CISA
O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental criada em 2004 e qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) desde 2005, consolidou-se como a maior fonte de informações no país sobre o binômio álcool e saúde. Fundado pelo psiquiatra e especialista em dependência química Dr. Arthur Guerra de Andrade, o CISA está comprometido com o avanço do conhecimento nessa área e encoraja a adoção de medidas para prevenir o uso nocivo de álcool e suas consequências, por meio de parcerias e elaboração de materiais educativos e de prevenção, com transparência e rigor ético na obtenção e divulgação de conhecimento atualizado e imparcial. Seu website (www.cisa.org.br) destaca-se por seu banco de dados de alta qualidade, reunindo publicações científicas reconhecidas no cenário nacional e internacional, dados oficiais (governamentais) e informações de qualidade publicadas em jornais e revistas sobre o álcool e suas relações com o corpo, a mente e a sociedade.




1º de outubro – Dia Nacional do Idoso



Com o aumento da população, cresce a demanda por ajustes no lar

Adaptações nos ambientes tornam a casa mais segura e colaboram para evitar quedas


A média de idade da população brasileira cresceu consideravelmente nos últimos anos. Dados do IBGE mostram que, em 1980, a cada 100 brasileiros, apenas seis tinham mais de 60 anos. Atualmente, este número saltou para 14 a cada 100.

Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) apontam: a queda é o acidente doméstico mais comum entre os idosos e responsável por 70% das mortes de pessoas acima dos 75 anos. Ao menos 30% da população com mais de 65 anos sofre uma queda por ano. Destes, de 40% a 60% sofrem algum tipo de lesão. Outro ponto alarmante é a reincidência: aqueles que sofreram pelo menos uma queda apresentam risco elevado de uma nova, entre 60% e 70%.

O panorama despertou a atenção do segmento de arquitetura e decoração como as profissionais Ana Yoshida, Cris Paola e o escritório KTA Arquitetura, além da Duravit, empresa líder internacional na fabricação de louças, móveis e acessórios. Nesse contexto, profissionais e fabricantes trabalham em soluções para facilitar o dia a dia dos idosos.


Dicas para um lar mais seguro

Nas salas e nos quartos, o ideal é não ter tapetes. Mas, por se tratar de um item praticamente universal nas residências, o recomendado é prender as pontas com fitas, bem esticadas, embaixo dos móveis. Mesas de centro diminuem o espaço de circulação e podem ser trocadas por mesas de canto.

“Sem mesas de centro, a passagem para outros cômodos fica mais livre”, explica Cris Paola.



(Projeto: Studio Cris Paola – Foto: Hamilton Penna)


Modelos um pouco mais altos de sofás e camas facilitam as ações de levantar e deitar. “Esse cuidado colabora para que a pessoa não perca a referência visual”, afirma Ana Cristina Tavares, sócia da KTA Arquitetura.  Com a movimentação no período da noite, também é recomendável considerar um tipo de iluminação noturna e suave para iluminar o caminho até o banheiro ou a cozinha, por exemplo.


Quarto com camas mais altas e com luminárias nas laterais (Projeto: KTA Arquitetura / Foto: Inês Antich)


Em uma residência, banheiro é considerado um dos locais mais delicados, pois o contato com a água favorece condições de queda. Barras de apoio, pisos antiderrapante na área do box, cadeiras de banho e bacias sanitárias mais altas são oferecidas pela alemã Duravit, que ainda dispõe de uma linha de bacias sanitárias com iluminação noturna, tornando o trajeto até elas mais seguro.



Ambiente com produto Duravit (Foto: Divulgação)


Prevendo a máxima segurança, a arquiteta Ana Yoshida inclui a iluminação balizadora no trajeto entre o quarto e o banheiro.


Projeto: Ana Yoshida Arquitetura e Interiores





Studio Cris Paola
Tel. (11) 3071-2888


KTA Arquitetura
Arquitetas Ana Cristina Tavares e Claudia Krakowiak Bitran
Tel.: (11) 3045-2443




Dia Internacional do Idoso: Especialistas alertam para os riscos de doenças pulmonares na primavera



Pessoas com mais de 60 anos são as mais atingidas pela Fibrose Pulmonar Idiopática, uma doença respiratória grave que se intensifica ao ser negligenciada


Conhecida como a estação das flores, a chegada da primavera traz consigo um clima agradável e úmido em substituição ao inverno seco. Apesar de ser muito esperada pelo brasileiro, as mudanças de temperatura ao longo do dia e o aumento de substâncias irritantes no ar, como pólen, ácaro, poeira e outros agentes causadores de alergias, provenientes justamente das flores da estação, exigem cuidado redobrado com a saúde respiratória, principalmente dos idosos, que são mais propensos a doenças pulmonares e os mais afetados pelas alterações climáticas.

Segundo a médica Cláudia Costa, coordenadora da disciplina de Pneumologia e Tisiologia da UERJ – Universidade do Estado de Rio de Janeiro, os sinais como tosse seca, falta de ar, maior frequência de resfriados, cansaço constante ou indisposição para realizar as atividades rotineiras, falta de apetite e perda de peso podem ser atribuídos aos efeitos naturais do envelhecimento, mas não devem ser negligenciados pois são sintomas comuns da Fibrose Pulmonar Idiopática, uma doença sem cura e não infecciosa em que o tecido do pulmão é recoberto por cicatrizes, prejudicando assim a sua capacidade para realização das trocas gasosas e oxigenação do sangue. “Indícios de problemas respiratórios nos idosos são, muitas vezes, deixados de lado. Essa atitude pode esconder doenças crônicas e até mesmo graves, que devem ser tratadas de forma rápida e eficaz para evitar complicações”, reforça a especialista.

Dados do Ministério da Saúde revelam que as doenças do aparelho respiratório são a segunda maior causa da morte de idosos no Brasil¹, população que totaliza 23,5 milhões de pessoas no país². A Dra. Cláudia reforça que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. “A fibrose pulmonar idiopática, por exemplo, não tem cura, mas o tratamento em fase inicial pode retardar a progressão da doença”, explica. 

No caso de Renato Menezes, diagnosticado aos 58 anos de idade, a doença começou com uma tosse que o acompanhava há anos, mas que foi ignorada pelo histórico de tabagismo. “Como fumei por 35 anos e parei há oito, pensei que a tosse iria embora com o cigarro. Mas no final de 2013, o sintoma se agravou e começou a incomodar, além da voz falhar, eu não conseguia completar frases", relata Renato. 

A consulta ao pneumologista, especialista mais indicado para tratar a doença, pode tornar o diagnóstico mais rápido e assertivo. “Estou tentando não mudar muito o meu estilo de vida, faço fisioterapia, exercícios respiratórios e até comprei uma esteira para fazer caminhadas com auxílio de oxigênio, assim posso continuar passeando com a minha família, coisa que mais gosto de fazer”, conta o aposentado.      


Sobre FPI       
 
A fibrose pulmonar idiopática é uma doença rara que na maioria das vezes atinge pessoas acima de 60 anos, principalmente homens. Sem causas clínicas comprovadas, a experiência de especialistas aponta que o tabagismo pode ser um dos fatores de risco para o diagnóstico. 

A doença não tem cura e somente um número restrito de pacientes tem a indicação de transplante de pulmão para combater esta enfermidade. A sobrevida média é de 3 anos após o diagnóstico. Estatísticas mais otimistas apontam que entre 20% a 40% dos pacientes vivam até cinco anos, quando não recebem nenhum tratamento. 

Em 2016, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou Esbriet® (pirfenidona), medicamento oral da farmacêutica Roche, líder mundial em inovação em saúde, para o tratamento da fibrose pulmonar idiopática (FPI). A droga foi a primeira no mundo a comprovar que conseguia, de maneira eficaz e segura, combater a doença letal. 

A progressão da FPI varia de acordo com cada caso e tem curso imprevisível. A expectativa é que, com o tratamento e a maior geração de dados, seja possível conhecer ainda mais sobre a progressão e evolução da enfermidade, que é considerada pela classe médica como mais agressiva do que muitos tipos de cânceres.









Posts mais acessados