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sexta-feira, 30 de junho de 2017

O que é o Vírus Sincicial Respiratório



Vírus transmitido pelo ar é o responsável pela bronquiolite e afeta cada vez mais crianças em época de baixa estação.


A bronquiolite viral é uma doença que tem atingindo cada vez mais crianças de até dois anos. Ela é uma inflamação dos menores tubos que, dentro dos pulmões, levam o ar aos alvéolos, onde ocorre a troca de oxigênio por gás carbônico.

Transmitida pelo ar, por meio do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seu maior índice ocorre em épocas de baixa temperatura, nas estações de outono e inverno. Isso ocorre porque nessa época é normal que fiquemos mais aglomerados em ambiente fechado, sem circulação de ar, gerando maior proliferação do virus.

Para um adulto o VSR nada mais é do que um resfriado, mas no organismo de bebês e crianças, esse vírus ocasiona insuficiência respiratória, ou seja, dificuldade para respirar.

 “O fator preocupante da doença é que ela começa de maneira leve, muitos pais pensam que é apenas uma gripe, até evoluir para um quadro mais grave, onde a criança às vezes precisa da ajuda de aparelhos respiratórios.”, explica Fayad Khodr, pediatra da Clinica Fares Osasco.

Com o aumento de casos de bebês e crianças infectados pelo vírus, os responsáveis devem redobrar os cuidados, pois a contaminação acontece principalmente por beijo e toque com as mãos. Também é possível contrair por meio de objetos compartilhados, como utensílios de cozinha, toalhas ou brinquedos.

O VSR é um dos principais responsáveis pelas infecções respiratórias em crianças menores de dois anos, sendo o causador de até 75% dos casos de bronquiolites.  Não existe um tratamento especifico para a doença, cada caso deve ser analisado pelo pediatra, que indicará o uso de medicamento ou algo complementar.

É fundamental para a prevenção que os responsáveis deixem a casa ventilada, lavem sempre as mãos e higienize-as com álcool gel. Se algum morador da residência estiver gripado, é indicado o uso de mascara no contato com a criança e evitar lugares com aglomeração de pessoas. 

Ainda segundo o pediatra, crianças que apresentem vômitos, respiração com mais de 60 inspirações e expirações e pele azulada devem ter atenção redobrada. 

“O alerta que sempre faço é que os responsáveis devem estar sempre atentos. Qualquer suspeita deve ser diagnosticada por um pediatra, pois às vezes o tratamento é tranquilo, outras vezes não. Existem muitos casos em que a criança é internada, e isso gera muito estresse para os responsáveis e para a criança. Por isso, a prevenção é fundamental antes da evolução de um quadro mais grave.”, conclui.
    
Entendam quais são os sintomas e causas:  

Sintomas: 

Os sintomas da bronquiolite  são muito semelhantes aos de um resfriado. Começa com corisa, falta de apetite, mudança no comportamento, fazendo a criança ficar um pouco mais quieta que o habitual até evoluir para chiado no peito e tosse.  
Pele levemente azulada, devido à falta de oxigênio, tosse, febre, respiração rápida ( taquipneia) e retrações intercostais,  que é o afundamento dos músculos ao redor das costelas à medida em que a criança tenta respirar. 
O porquê apenas crianças contraem:
A bronquiolite atinge crianças de até dois anos por conta do seu aparelho respiratório, que não é totalmente desenvolvido, assim como seu sistema imunológico, porém outros fatores também podem colaborar, entre eles:
Falta de amamentação
Nascimento prematuro
Alguma condição subjacente no coração ou nos pulmões
Sistema imunológico enfraquecido ou ainda não totalmente desenvolvido
Exposição à fumaça do cigarro





Cuidado com as doenças respiratórias!



Inverno é época de rinite, asma e bronquite; veja as 10 dicas para se prevenir desses problemas

 

Todo começo de inverno é assim: as temperaturas caem, o ar fica mais seco e crescem os níveis de poluição no ambiente. Com a volta do frio (que há muito não aparecia), é a hora de pegar aqueles agasalhos guardados desde o último inverno. Mofo, frio e baixa umidade: junção perfeita para aquelas famosas “ites”. Não à toa, a estação é a recordista das rinites, sinusites, faringites, laringites e todos os problemas respiratórios – principalmente asma e bronquite. Por meio de pesquisas não oficiais, estima-se que as doenças respiratórias cresçam cerca de 40% nesta época do ano.

Realizado em 2015, um levantamento do Ibope mostrou que 44% dos brasileiros apresentam alguma doença respiratória, sendo asma e bronquite crônica na maior parte dos casos. No país, cerca de 20 milhões de pessoas convivem de forma persistente com asma, enquanto a rinite afeta aproximadamente 26% das crianças e 30% dos adolescentes. A asma é a quarta maior causa de hospitalização, resultando em cerca de 400 mil internações por ano em todo o país (Datasus, 2001). Anualmente mais de 250 mil pessoas morrem em decorrência da doença ao redor do mundo, com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o médico Marcello Bossois, todos estão sujeitos a problemas respiratórios durante o inverno, mas os alérgicos – que já representam 35% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde – têm que estar mais atentos aos sinais destas doenças. “O alérgico já tem um sistema imunológico desregulado, aumentando as possibilidades de maiores complicações respiratórias”, comenta. As crianças, gestantes, os idosos e as pessoas com doenças crônicas também preocupam, pois são vulneráveis a infecções secundárias graves, como no caso da pneumonia crônica.

Os sintomas de uma alergia respiratória podem variar, mas os mais comuns são coriza, espirros, dor de garganta e chiado no peito. Se o quadro for mais intenso, sinais gastrointestinais, como diarreia, também podem estar associados à doença. Apesar de estarem mais relacionados a processos dermatológicos, coceira e vermelhidão na pele também podem, em determinados casos, explicar um quadro de alergia respiratória.

10 dicas para prevenir as alergias respiratórias:

- Forrar colchões e travesseiros com material impermeável;

- Umidificar as narinas constantemente com soro fisiológico;

- Praticar atividade física;

- Beber bastante água;

- Evitar locais fechados e com pouca ventilação por longos períodos;

- Lavar agasalhos e cobertores antes de usá-los;

- Retirar de casa tudo que acumula mofo e poeira (bichos de pelúcia, jornais velhos e cortinas de pano);

- Utilizar produtos de limpeza biodegradáveis;

- Vacinar-se contra a gripe;

- Eliminar cigarro, principalmente dentro de casa.




Brasil Sem Alergia 





Câncer de próstata: exame de toque e PSA são altamente recomendados para homens com mais de 50 anos



Especialista diz que, diante de suspeita de câncer, ultrassom transretal, biópsia e até ressonância magnética costumam ser realizados


O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado surgiram mais de 60 mil novos casos da doença. Ainda assim, o índice de sobrevida desse tipo de câncer chega a 96% e se apoia fortemente no diagnóstico precoce. Daí a importância de campanhas que estimulem homens com mais de 50 anos a fazer anualmente exames de toque e PSA.

Para a investigação de câncer de próstata, o exame de toque não oferece altas taxas de sensibilidade quando realizado isoladamente. Por outro lado, quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Por isso é tão importante conhecer em detalhes esse exame laboratorial. Quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata. De acordo com o médico urologista e ultrassonografista Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se submetam a esse simples rastreamento todos os anos. 

“Pesquisa realizada em nosso serviço mostrou casos de pacientes com exame de toque alterado, ou seja, evidenciando nódulo, mas que apresentavam um PSA dentro dos limites de normalidade. Nestes casos, a ultrassonografia transretal confirmou a presença do nódulo e a biópsia diagnosticou câncer. Isso ressalta a extrema importância do exame de toque. Sabemos que o habitual é ocorrer alteração do PSA, mas há casos em que isso não acontece. Essa pesquisa foi apresentada no Congresso Sul Brasileiro de Urologia no ano passado”, diz Piber.

Conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata contribui muito para evitar negligência ou alarmismo, garante o médico. “A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer entre 50 e 75 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, é recomendado iniciar os exames anuais mais cedo, a partir dos 40 anos. Trata-se também de um tipo de câncer particularmente agressivo para homens obesos ou com uma dieta rica em gorduras”. 

Piber afirma que, quando a análise do sangue detecta alteração importante, normalmente o médico do paciente solicita novos exames de imagem para eventualmente diagnosticar o câncer de próstata em fase inicial, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no começo. “O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidades no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar quando há risco. Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção, ou ainda pelo aumento benigno da glândula prostática. Daí a importância de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, considerando idade, histórico familiar, medicamentos de uso contínuo e até mesmo determinados suplementos que afetam o tamanho da próstata”.

Quando o toque retal e o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, Leonardo Piber diz que outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”.  Independentemente dos exames que serão realizados, o médico chama atenção para o fato de que inicialmente a doença costuma ser assintomática, ou seja, não apresenta sintomas relevantes. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir dor persistente nas costas ou nos quadris.

“Em casos mais graves, quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generalizada, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal. Por se tratar de uma doença com ótimo prognóstico quando diagnosticada e tratada logo no início, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos, principalmente essa dobradinha entre toque retal e exame de PSA assim que atingem a meia-idade”, adverte o médico especialista.




Fonte: Dr. Leonardo Piber - médico urologista e ultrassonografista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo (www.cdb.com.br ) e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.




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