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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Campanha de vacinação contra gripe começa no dia 4 de maio




Meta do Ministério da Saúde é imunizar 39,7 milhões de pessoas até o dia 22. A vacina pode reduzir as hospitalizações por pneumonias e a mortalidade por complicações da influenza
A chegada do inverno acende um sinal de alerta para doenças respiratórias, como a gripe. Pensando nisso, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (30) a Campanha de Vacinação contra a Gripe para 2015. A ação, que terá início no dia 4 de maio, disponibilizará 54 milhões de doses para a imunização de 49,7 milhões de brasileiros que fazem parte do grupo prioritário por ter maior risco de complicações por conta da doença. A meta é garantir a vacinação de 80% do público-alvo, 39,7 milhões de pessoas, até o fim da campanha, em 22 de maio.

Confira a aprentação do ministro

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde protegerá a população contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).  O público-alvo da campanha é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; e os funcionários do sistema prisional.

Também serão vacinadas pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde, além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, cujo principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

“O nosso objetivo com a Campanha de Vacinação é reduzir ao máximo as complicações causadas pela gripe. A vacina que oferecemos no SUS é muito segura e é fundamental para evitar internações, além de reduzir em até 75% o número de óbitos. Por isso, esta mobilização nacional se mostra decisiva para garantir a proteção da população mais vulnerável aos vários tipos de gripe presente no país", informou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

A vacina contra influenza é segura e uma das medidas mais eficazes de prevenção a complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, é fundamental realizar a imunização no período da campanha para garantir a proteção antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai de final de maio a agosto.

Para a ação, estão sendo mobilizados em todo o país 240 mil profissionais, que atuarão em 65 mil postos de vacinação e contarão com o apoio de 27 mil veículos (terrestres, marítimos e fluviais). É importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação para receber a dose. As pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina.

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a meta de vacinação de 2014 foi alcançada, atingindo 86,7% do público-alvo. "É muito importante que este ano também consigamos alcançar esta meta de vacinar 80% de cada grupo prioritário", destacou.

Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

CAMPANHA – A 17ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe terá como Slogan “Contra a gripe, seu escudo é a vacinação” e reforça o conceito de proteção, além de explorar a imagem do escudo empunhado pelo Zé Gotinha, o personagem-símbolo da vacinação. Para a ação, que contará com filme para TV, spot para rádio, anúncio de revista, mobiliário exterior e peças para o ambiente online, o Ministério da Saúde investirá R$ 10 milhões.

Também está previsto a realização de um Dia D, no dia 09 de maio, para a mobilização nacional, em parceria com estados e municípios. As vacinas contra a gripe foram adquiridas por meio da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e o laboratório privado Sanofi. O acordo, intermediado pelo Ministério da Saúde, permitiu que Instituto Butantan dominasse todas as etapas de produção da vacina. Foram investidos R$ 487,6 milhões na aquisição das doses para a campanha deste ano.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus, por isso, as medidas de prevenção são muito importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

REAÇÕES ADVERSAS – Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos costumam passar em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

Carlos Américo

Agência Saúde

Uso de placas veiculares padrão Mercosul é adiado



O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou por mais um ano a obrigatoriedade das placas veiculares com padrão único para todos os países do Mercosul.  Assim, o novo modelo deverá ser usado a partir de 1º de janeiro de 2017 e não em 2016, como estava definido. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30).
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Detrans e diretor geral do Detran Paraná, Marcos Traad, que acompanhou a reunião do Contran, a prorrogação foi em função de ajustes técnicos. “Falta concluir o sistema de informática necessário e verificar questões de segurança na fabricação das placas. Não é só criar um visual único para todos os países do bloco, mas permitir a criação de novas combinações de números e letras”, explica.
O modelo será adotado apenas para novos emplacamentos. Para quem tem carro já emplacado, a troca é opcional.
MUDANÇAS: As novas placas terão mais letras e menos números e a cor do fundo será sempre branca. Só as cores das fontes vão variar:  para veículos de passeio, cor preta; para veículos comerciais, vermelha; carros oficiais, azul; em teste, verde; diplomáticos, dourado; e de colecionadores, prateado. As medidas serão as mesmas já utilizadas pelos brasileiros - 40 cm de comprimento por 13 cm de largura.
O nome do país estará na parte superior, sobre uma barra azul, enquanto o nome da cidade e do estado estarão na lateral direita, acompanhados dos respectivos brasões. Marcas d'água com o nome do país e do Mercosul estarão grafadas na diagonal ao longo das placas, com o objetivo de dificultar falsificações
No Brasil, a placa terá ainda uma tira holográfica do lado esquerdo e um código bidimensional que conterá a identificação do fabricante, a data de fabricação e o número serial da placa.

Nuria Bianco
Associação Nacional dos Detrans

05/05: Dia Mundial de Higienização das Mãos




Hábito reduz mortes por diarreia e infecções respiratórias
Conjuntivite, diarreia infecciosa, gripes, infecções respiratórias, Hepatite A e as chamadas infecções hospitalares ou infecções relacionadas aos serviços de saúde, são alguns dos problemas de saúde que podem ser prevenidos com o simples gesto de lavar as mãos. A ação dura menos de um minuto e pode salvar vidas.

Segundo a infectologista e coordenadora do Núcleo de Gestão de Segurança Assistencial dos Hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, Marta Fragoso, o simples gesto reduz em 50% o índice de mortes por diarreia e em 25% as por infecções respiratórias, e são mais eficientes do que prevenção por meio de vacinas ou intervenções médicas. Além disso, pesquisas mundiais apontam que 40% das pessoas não lavam as mãos depois de ir ao banheiro.

O alerta faz parte do Dia Mundial de Higienização das Mãos, celebrado na próxima terça-feira (5). A data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com objetivo de prevenir doenças e reduzir infecções. De acordo com a infectologista, manter as mãos limpas e higienizadas não são cuidados necessários somente para pacientes e para quem trabalha na área de saúde, mas a toda população.

Campanha informativa - O VITA está realizando uma campanha para alertar colaboradores, pacientes e familiares sobre a necessidade de higienizar as mãos. Para a ação que tem como mote "Todas as superfícies que você toca e todas as pessoas que você cumprimenta estão, contaminadas", foram produzidos cartazes, banner intranet, fundo de tela para os computadores e camisetas para a linha de frente - Centro Médico, Pronto-Socorro, Central de Exames e Internação. Além disso, o Hospital irá distribuir álcool em gel de bolso para os funcionários. "Desta forma ressaltamos para o colaborador a importância do cuidado e uso do álcool em gel fora do ambiente de trabalho", explica a médica.

A ação tem como objetivo transformar a lavagem das mãos com água e sabonete líquido num hábito automático, feito não somente no setor de saúde, mas também em casa, escolas e comunidade. "Manter as mãos limpas é uma prática ou hábito seguro que precisa ser seguido por todos", destaca Dra. Marta.

A campanha serve também para alertar sobre o risco de infecção hospitalar, já que em 15 de maio comemora-se o Dia Nacional do Controle das Infecções em Serviço de Saúde. "Com a mobilização, os hospitais VITA Curitiba e VITA Batel têm a oportunidade de conscientizar pacientes, familiares e relembrar aos profissionais da área de saúde os procedimentos simples que devem ser adotados", finaliza a infectologista.

Confira abaixo algumas dicas básicas da infectologista Marta Fragoso, sobre a forma correta de higienização das mãos e também como proceder quando não há condições ideais para lavar as mãos.

Quando lavar as mãos:
Antes de comer;
Antes e depois de ir ao banheiro;
Sempre que levar a mão ao nariz ou à boca;
E sempre que perceber que estão sujas e precisam ser higienizadas.

Como higienizar: A correta higiene das mãos é feita com água corrente, sabonete líquido e papel toalha para secar a pele. As bactérias são removidas por ação mecânica, ou seja, é necessário esfregar as mãos. A espuma presente no sabonete também ajuda a remover a gordura da pele, eliminando maior quantidade de germes.

Sabonete: Fora de casa, é necessário usar sempre sabonete líquido. Se a única opção for utilizar em barra, não use, pois quem lavou as mãos antes deixou bactérias no produto. Nesse caso, esfregue as mãos, seguindo os movimentos que faria com o sabão, lavando apenas com água.

Secagem: A secagem das mãos deve ser com material de uso exclusivo, ou seja, toalhas de papel descartáveis. Se as opções forem as de pano ou toalhas convencionais, melhor não secar. Não enxugar na roupa para não contaminar novamente as mãos. O ar quente, disponível em aparelhos também é eficaz e tem o mesmo efeito da toalha de papel. Outro cuidado importante é fechar a torneira protegendo a mão com o papel.

Sem água: Na ausência de pia (ou a presença de uma pia que não oferece condições de higiene), o gel de limpeza de mãos é tão eficiente quanto uma lavagem correta das mãos, já que a maioria contém álcool, que remove boa parte das bactérias. No caso de outros produtos, como lenços umedecidos, é preciso prestar atenção à formulação. As que contiverem álcool são eficazes, mas os demais farão apenas a limpeza parcial das mãos.

Espante as alergias de dentro de casa




Os incômodos processos alérgicos podem ser desencadeados por diferentes fatores como alterações climáticas, sedentarismo e estresse, mas também surgem pelo contato direto com partículas e micro organismos (alérgenos) presentes por toda parte em nossos lares. De acordo com o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o alergista Marcello Bossois, os alérgicos, que já chegam a 35% da população brasileira (dados da Organização Mundial da Saúde - OMS), devem estar atentos a três importantes medidas para o controle do problema. Para ele, o tratamento consiste em um tripé terapêutico, baseado no controle alimentar e na administração de imunoterapia (vacinas contra as alergias), mas sem jamais esquecer de um criterioso e indispensável controle do ambiente doméstico - eliminando de casa o que pode produzir a doença. 
O controle ambiental passa por medidas que irão auxiliar a exterminar os maiores vilões daqueles que tossem, espirram, se coçam e até respiram mal. E alguns dos maiores causadores destes sintomas estão presentes justamente dentro de casa, ambiente mais poluído que frequentamos, como os ácaros, poeira, mofo e alguns tipos de fungos. Determinadas mudanças na arrumação, nos hábitos, limpeza e faxina do lar produzirão um ambiente menos alergênico e mais saudável para toda a família.  

Mantendo a alergia longe do quarto 
 Dentre os cômodos a serem arrumados, o ambiente de dormir requer uma atenção especial, sobretudo em virtude da grande quantidade de horas que as pessoas permanecem nele. A cama, por exemplo, reúne as condições perfeitas (temperatura, umidade e escamação de pele humana) para o desenvolvimento de colônias de ácaros, fungos e mofos, organismos abominados pelos alérgicos. “Todas as noites depositamos em nossos colchões e travesseiros queratina da pele descamada, o alimento preferido dos ácaros, formando uma verdadeira fábrica destes vilões e perpetuando dentro de casa os quadros de alergias”, alerta Marcello. Esta forração é muito eficaz no tratamento, comenta, já que cria uma barreira entre o corpo e estes objetos, além de evitar a proliferação destes grandes alérgenos.   
Alguns itens devem ser evitados na maior parte possível dos aposentos de casa, principalmente no quarto daqueles que já apresentam manifestações da doença. Especialistas defendem que os pacientes que possuem alergias respiratórias como rinites, bronquites, sinusites e faringites devem abolir cortinas de pano, carpetes, tapetes, bichos de pelúcia e até evitar a presença de plantas no ambiente de dormir. E muita gente sofre deste mal: dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que um em cada sete pessoas apresenta alguma alergia respiratória, sendo a asma a responsável por afetar, segundo um recente levantamento do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 6.4 milhões de brasileiros acima de 18 anos.   

10 dicas de limpeza e arrumação para as casas dos alérgicos:  
- Evitar o uso de vassouras – dar preferência ao aspirador de pó;  
- Utilizar pano úmido na limpeza dos ambientes;  
-Trocar produtos químicos de odor intenso por detergentes biodegradáveis ou álcool;  
-Eliminar os amaciantes de roupa e sabão em pó comum, substituindo-os pelo sabão de coco na forma líquida, em pó ou em barra;  
-Acabar com o acúmulo de jornais e revistas;  
-Arejar bem os cômodos;  
- Evitar irritantes respiratórios como tintas, ceras, removedores e produtos químicos de cheiro forte;  
- Eliminar ao máximo fumaça de cigarro  
- Persianas devem entrar no lugar das cortinas de pano;  
- Jamais fazer uso de travesseiros de pena ou de pluma, uma vez que estes são ricos em queratina – alimento preferido dos ácaros.
www.brasilsemalergia.com.br

Pesquisa do Idec alerta para o consumo excessivo de bebidas light, zero ou diet




Apesar da quantidade de edulcorantes estar dentro dos limites permitidos, o consumo de poucos copos por dia é suficiente para alcançar o valor máximo recomendado por organismos internacionais
Em abril, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) publicou em sua revista mensal uma pesquisa que analisou o rótulo de 53 bebidas que utilizam edulcorantes (adoçantes), entre refrigerantes, chás, refrescos em pó e bebidas à base de soja. O objetivo era verificar se eles informam corretamente os edulcorantes presentes na fórmula e se a quantidade por porção está dentro do limite máximo estabelecido pela Anvisa.
O Idec constatou que a quantidade de edulcorantes utilizada está dentro do limite estipulado pela legislação em todas as bebidas analisadas. No entanto, isso não significa que o consumo não deva ser moderado. Em alguns casos, poucos copos são suficientes para alcançar o valor máximo seguro de edulcorantes recomendado por organismos internacionais. E esse consumo exagerado pode ser extremamente prejudicial à saúde.
“Apesar de existirem limites máximos de ingestão permitidos, os estudos sobre edulcorantes e outros aditivos ainda são escassos. Sabemos que, se ingeridos em grande quantidade, podem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer, prejudicar o feto durante a gravidez e causar aumento de peso”, alerta Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec. “Alguns adoçantes estão relacionados também a doenças crônicas, pois aumentam a intolerância à glicose e alteram os microrganismos do intestino, influenciando, assim, na absorção de nutrientes”, completa.
“O Idec defende limites mais rígidos para os edulcorantes, principalmente para o ciclamato, que aparece em maior quantidade nos produtos analisados”, declara Ana Paula Bortoletto. O uso de ciclamato de sódio é proibido nos Estados Unidos desde a década de 1970.

Limites

Os limites variam de acordo com o indivíduo, pois são calculados por peso (kg) e por dia. Para exemplificar, o Idec fez simulações de consumo das bebidas avaliadas de acordo com três indivíduos hipotéticos: crianças de 30 kg, mulheres de 55 kg e homens de 70 kg. Os piores resultados foram os dos refrigerantes. Uma criança pode tomar apenas 1,8 copos de Sprite Zero ou de Guaraná Kuat Zero, por exemplo, para atingir a Ingestão Diária Aceitável (IDA) de ciclamato de sódio. E uma mulher que beber 3,5 copos de Fanta Zero não poderá ingerir mais nenhum miligrama de ciclamato no mesmo dia. Os resultados completos podem ser consultados no site do Idec. Acesse: http://goo.gl/0nIJnJ.
A concentração máxima de adoçantes é estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na Resolução nº 18/2008, a partir das referências do Codex Alimentarius (conjunto de normas internacionais padronizadas relacionadas a alimentos), a fim de evitar riscos à saúde dos consumidores.

Rotulagem

A pesquisa também detectou que quase todos os produtos analisados apresentam no rótulo o nome dos edulcorantes presentes na fórmula e as quantidades utilizadas, como exige a Lei nº 8.918/1994, regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No entanto, os néctares de uva e pêssego light da marca Dafruta informam os edulcorantes por meio de códigos, não dos nomes por extenso – um dado absolutamente técnico, que não diz nada para o consumidor. Apesar de a legislação permitir o uso de tais códigos, o Idec considera a prática abusiva, pois viola o direito à informação previsto no artigo 6º, III, do Código de Defesa do Consumidor.
Em relação à rotulagem, o problema mais grave foi o das bebidas à base de soja, que não informam a quantidade de edulcorantes utilizados. Os quatro produtos avaliados não trazem essa informação: Ades Zero Laranja e Ades Pêssego (Unilever), SuFresh Soyos Morango (Wow Nutrition) e Yakult Tonyu Morango (Tonyu). Esses produtos são registrados como “alimento à base de soja”, não como “bebida” e, dessa forma, seguem regras diferentes, fixadas pela Anvisa, mais brandas que as do MAPA. A legislação para alimentos, além de não obrigar que os fabricantes informem no rótulo a quantidade de edulcorantes, também permite que estes sejam misturados ao açúcar – o que é proibido para bebidas.
Ana Paula Bortoletto critica a postura da indústria de alimentos de se aproveitar da falta de harmonização entre as regras do MAPA e da Anvisa. “As empresas se valem disso para registrar um produto como alimento, quando ele é claramente uma bebida e, assim, seguir uma legislação mais flexível”, destaca a nutricionista. Ela chama a atenção também para o fato de que duas das três marcas das bebidas de soja utilizam personagens infantis na embalagem, estimulando o consumo de edulcorantes por crianças – grupo mais vulnerável aos riscos dessas substâncias, já que tem menos peso corporal.

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