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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Brasil: pátria educadora?




Para começar a refletir sobre o tema Educação, é preciso relembrar o trecho do discurso de posse da presidente reeleita, Dilma Rousseff, em 1o de Janeiro, em rede nacional: " Brasil – Pátria Educadora"...O que esta frase tão expressiva efetivamente significa? Pode ser apenas uma estratégia de desvio de foco das outras áreas para a Educação, ou um real desejo de fazer do seu último mandato uma marca no setor que mais influencia as mudanças sócio-econômicas, o que me parece ser a melhor alternativa.
Desde o momento inicial da nova gestão do governo federal é a Educação um dos grandes temas. O PNE (Plano Nacional de Educação) traz metas e propostas integradas entre níveis e mostra o compromisso, até 2020, de crescimento para o acesso ao ensino baseado no acompanhamento da qualidade.
Hoje existe uma estrutura de monitoramento, que mantém instrumentos como as avaliações ENEM, ENADE e outras provas de abrangência nacional. Além dos indicadores de qualidade associados aos seus resultados, tais exames garantem o direito ao acesso a benefícios vinculados a políticas públicas.  Destaca-se ainda a disponibilidade de vagas nas instituições públicas pelo SISU (Sistema de Seleção Unificada), bolsas em instituições privadas como o PROUNI (Programa Universidade para Todos), Bolsa Formação do PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e financiamento do curso de graduação a juros bem atrativos como no FIES (Fundo de Financiamento Estudantil).
Mas, mudanças ocorreram ao final de dezembro de 2014, quando o governo federal, através do Ministério da Educação, publicou a portaria nº 21, que entre outras decisões, restringiu o acesso ao FIES. O documento prevê que somente concluintes de ensino médio, que tenham se submetido ao ENEM e que tenham obtido no, mínimo, 450 pontos em 1.000 possíveis, e que não tenham zerado na redação, poderão se valer deste fundo! A decisão parece adequada, pois além da carência social comprovada, torna-se necessário apresentar um mínimo de qualidade acadêmica indicada.
Esta pequena mudança na regra de acesso ao FIES, trouxe para o segmento uma grande turbulência. No mercado, grandes grupos educacionais como Kroton, Estácio, Ser Educacional e Anima tiveram suas ações desvalorizadas entre 10% e 15% imediatamente após a publicação desta portaria.
A justificativa deste efeito é que estes grandes grupos têm muitos alunos matriculados que não participaram da prova do ENEM quando do seu ingresso, mas utilizam financiamento público. Desta forma, para os próximos vestibulares existe uma expectativa de redução de matriculas em até 30%, implicando em menor receita. No entanto, como a limitação definida quanto ao conceito obtido no ENEM para dar direito ao acesso ao FIES somente será aplicada a partir de abril de 2015, a análise mais criteriosa leva à crença de que as possíveis perdas de receita serão menores.
A mesma portaria, a nº 21 traz uma nova forma de repasse dos valores dos alunos matriculados pelo FIES, na verdade o número de parcelas anuais foi reduzido de 12 mensalidades para 8 a cada 45 dias. Efetivamente, o fluxo de caixa das instituições que oferece o FIES, pouco será afetado, pois a 1a parcela das 12 (operação anterior a portaria nº 21) nunca foi paga em menos de 45 dias.
A determinação de limitação ao FIES leva à necessidade mais aplicações do ENEM, por ano. Devido a imensidão que o ENEM tem hoje no Brasil, existem muitos desafios para a organização de mais períodos de aplicação das provas que precisam ser superados rapidamente para a evolução do sistema. Será preciso, por exemplo, certificar e equipar uma rede de instituições confiáveis para que as provas possam ser aplicadas em uma plataforma digital, com validação biométrica e gravação do período de aplicação. Além disso, o governo deverá selecionar uma plataforma digital que comporte questões por graus de dificuldades e diferencie cada prova aplicada, elaborando um banco de questões baseadas na teoria da resposta ao item.
Este modelo tem semelhanças com o SAT, uma espécie de ENEM dos Estados Unidos, aplicado com sucesso desde a década de 70 e que pode ser usado como um exemplo para acelerar a implantação desta nova modalidade no Brasil. A experiência da Fundação FAT na elaboração de vestibulares, em parceria com Centro Paula Souza desde 1989, mostra que o ideal é a utilização de um sistema digital de elaboração/seleção de provas. Para isso são desenvolvidas centenas de milhares de questões, que ficam disponíveis em banco para cursos técnicos e superiores.
A grandiosidade dos números da educação no Brasil, apresentados até 2014 e previstos a partir de 2015, em todos os seus níveis, exige muita atenção, planejamento e organização para que nenhuma decisão inesperada possa afetar de maneira inadequada e irrecuperável a evolução do setor. Assim, terminado o ano de 2014, iniciamos o ano de 2015 com muitas perspectivas e expectativas.
A visibilidade do setor, que acabou trazendo grupos de investimentos nos últimos cinco anos, movimenta por ano, centenas de milhões de reais, conta com dezenas de milhões de alunos por nível educacional e centenas de milhares de profissionais diretos. Assim, poucas linhas de regulação refletem em grandes impactos. Planejamento, gestão e articulação são as palavras principais para que a Educação no Brasil mantenha suas perspectivas de crescimento, evolução e aprimoramento.

César Silva - presidente da Fundação FAT (Fundação de Apoio à Tecnologia) e atua como professor da educação profissional a mais de 20 anos.

NESTA SEXTA-FEIRA - 10 HORAS - NO CENTRO EMPRESARIAL SÃO PAULO




Funcionários se vestem de vermelho para alertar sobre aumento de infartos em mulheres
Campanha mundial “Go Red For Women” revela que mortes de mulheres por doenças cardiovasculares quase dobraram nos últimos 15 anos
A principal causa de mortes de mulheres no mundo não é o câncer de mama e sim as doenças cardiovasculares, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Segundo a American Heart Association, os casos fatais dessas enfermidades no público feminino quase dobraram nos últimos 15 anos. No Brasil, as mulheres representavam apenas 10% das ocorrências cardíacas há 50 anos e hoje já são 48%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O principal motivo é que elas passaram a desenvolver mais fatores de risco semelhantes aos dos homens, como obesidade, sedentarismo e pressão alta.
Para conter essa tendência, a American Heart Association criou há 12 anos a campanha “Go Red For Women”, incentivando pessoas no mundo todo a se vestir de vermelho na primeira sexta-feira de fevereiro, para alertar sobre os riscos das doenças cardiovasculares em mulheres. Em São Paulo, os funcionários da empresa Boston Scientific, fabricante de dispositivos médicos, aderiram à causa e vão trabalhar com roupas vermelhas nesta sexta. A direção da companhia também fará uma apresentação de conscientização de sua equipe, às 10 horas (veja endereço abaixo).  
Progressos e desafios
Apesar do crescimento dos casos de doenças cardiovasculares entre mulheres, a campanha “Go Red For Women” já conseguiu evitar mais de 627 mil mortes, que ocorreriam sem ações preventivas. Isso representa uma redução de 34% de casos fatais entre mulheres nos últimos 12 anos. Cerca de 2 milhões de check-ups são realizados a cada campanha. Entre as participantes, 60% adotaram alimentação mais saudável, 35% emagreceram, 15% pararam de fumar e 18% baixaram suas taxas de colesterol.
Mas os desafios continuam grandes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 8,6 milhões de mulheres morrem por ano no mundo vítimas de doenças cardiovasculares - e representam praticamente 50% do total de vítimas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as mulheres também apresentam particularidades que elevam o risco, como complicações na gravidez, uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e mais casos de enxaqueca e fibrilação atrial. Além disso, as artérias do coração feminino são mais finas que a dos homens, o que pode favorecer o estreitamento e obstrução dos vasos.
Após a menopausa, o risco para elas passa a ser semelhante ou até maior do que o dos homens, por conta da diminuição de hormônios femininos, como o estrogênio, considerado um fator de proteção para doenças cardíacas.
De acordo com os especialistas, a melhor forma de prevenção é manter uma rotina de exercícios físicos e alimentação saudável e estar bem informado sobre os riscos.

Ação de conscientização “Go Red For Women”
Sexta-feira (6/2) - 10 horas
Boston Scientific - Centro Empresarial São Paulo

Av. Maria Coelho Aguiar, 215 - Bloco F – 6° andar

CROSP solicita que autoridades orientem escolas e creches públicas e privadas a não interromperem escovação




Conselho reforça que é possível realizar a escovação dos dentes com o apoio de professores e funcionários usando o mínimo consumo de água
 A escovação dental supervisionada é uma exigência da política nacional de saúde bucal desde 2004

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) está solicitando às autoridades do Estado e do município, por meio de ofício já dirigido ao prefeito Fernando Haddad e também para as secretarias de Saúde e Educação da prefeitura, que todas as escolas e creches, próprias e conveniadas, sejam adequadamente orientadas sobre eventual interrupção da escovação de dentes decorrente de problemas de abastecimento de água.
No município, a atitude isolada, que parte de alguns diretores de escolas, tem sido justificada como uma alternativa adotada em reflexo ao decreto que estabelece redução do consumo de água em 20% nas escolas. “É possível realizar a escovação dos dentes com o apoio de professores e funcionários usando o mínimo consumo de água”, explica o Secretário do CROSP, Dr. Marco Manfredini.
Em seu ofício, o CROSP ressalta a importância da total manutenção da escovação nas escolas e creches e solicita atenção das autoridades para os riscos envolvidos. O Conselho argumenta que as ações de escovação dental supervisionadas são um importante meio para obtenção coletiva de flúor. Além da inquestionável importância de se levar flúor à cavidade bucal e a consolidação do hábito de escovação, o CROSP ressalta o declínio nos índices de cárie devido aos dentifrícios fluoretados mais amplamente distribuídos na água desde 1989 – uma importante conquista da sociedade brasileira.
A utilização dos dentifrícios fluoretados tem sido considerada responsável pela diminuição nos índices de cárie observados em todo mundo, mesmo em países ou regiões que não possuem água fluoretada.
Incondicionalmente, o CROSP pondera que embora o produto comercial seja adquirido pelos indivíduos e famílias no mercado, nas escolas é considerado um meio coletivo de obtenção de flúor, uma vez que a possibilidade da aquisição do produto, independentemente do poder aquisitivo dos indivíduos e famílias, depende inclusive de decisões governamentais, no âmbito das políticas públicas, relacionadas com a regulamentação da medida pelas respectivas autoridades, em cada país. “Nestes sentido, a escovação dental supervisionada é uma exigência da política nacional de saúde bucal desde 2004”.
O CROSP também alertou as redes públicas e privadas dos 645 municípios do estado, em nota publicada em seu portal, sobre a necessidade da continuidade da medida.


O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo – CROSP –: www.crosp.org.br

TRIBUTOS NOS PRODUTOS DE CARNAVAL ACABAM COM A FOLIA DO BRASILEIRO




Bebidas são os produtos mais tributados da lista, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT
Uma das mais tradicionais festas brasileiras, o Carnaval poderia ser uma época de maior folia para o brasileiro se não fossem os altos percentuais de tributos embutidos nos produtos típicos desta época. Entre as bebidas mais consumidas no feriado prolongado, a caipirinha é a campeã, com 76,66% de tributos; seguida pelo chope, 62,20%; pela lata ou garrafa de cerveja, com 55,60%; e pela lata de refrigerante, que tem 46,47% tributos. O estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação - IBPT aponta ainda que, se optar por consumir a o refrigerante em garrafa, o consumidor será tributado em 44,55%. Já a garrafa de água mineral tem 37,88% de tributos.

As roupas e acessórios que não podem faltar na ocasião também têm uma elevada tributação, que chega a 43,93% na máscara de plástico, 42,71% na de lantejoulas, 42,19% no biquíni com lantejoulas, 36,41% na fantasia de tecido e 33,91% na fantasia de arame. O spray em espuma tem 45,94% de encargos tributários; o apito, 34,48%, e o confete ou serpentina, 43,83%.

De acordo com o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, “a elevada tributação nos produtos típicos do Carnaval se deve ao fato de serem produtos considerados supérfluos pelo legislador”. Além disso, explica Olenike, “a maior parte dos produtos e acessórios passa por um processo de industrialização, sobre o qual incide o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).”  
Para quem pretende acompanhar de perto a performance das escolas de samba, a carga tributária será de 36,28% no preço de um pacote que inclui hotel, transporte e ingressos para os desfiles. Mesmo se o contribuinte quiser aproveitar o feriado para viajar e descansar, o Leão não dará folga: 22,32% do preço da passagem aérea e 29,56% do valor da hospedagem em hotéis serão revertidos aos cofres públicos.
Produto
Tributo
Água de coco
34,13%
Água mineral
37,88%
Amendoim
36,54%
Apito
34,48%
Bateria
38,30%
Biquini com lantejoulas
42,19%
Caipirinha
76,66%
Cavaquinho
38,33%
Cerveja (lata ou garrafa)
55,60%
Chope
62,20%
Colar havaiano
45,96%
Confete/ Serpentina
43,83%
Fantasia - roupa com arame
33,91%
Fantasia - roupa tecido
36,41%
Guarda-sol
37,14%
Hospedagem em hotel
29,56%
Mascara de Lantejoulas
42,71%
Mascara de Plástico
43,93%
Óculos de sol
44,18%
Pacote hotel, ingresso e Van - Desfile de carnaval
36,28%
Pandeiro
37,83%
Passagem aérea
22,32%
Preservativo
18,75%
Protetor solar
41,74%
Refrigerante (garrafa)
44,55%
Refrigerante (lata)
46,47%
Sorvete (massa ou picolé)
37,98%
Spray espuma
45,94%
Fonte: IBPT


João Eloi Olenike - presidente-executivo do IBPT

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