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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014


Adote um bandido!


Essa é a campanha lançada pela infeliz jornalista Raquel Sheherazade (SBT), depois que um grupo de bandidos de classe média, no Rio de Janeiro, chamados “Bairro do Flamengo”, prenderam, espancaram e amarraram em um poste um jovem “criminoso” ou “possível criminoso” (O Globo 5/2/14, p. 8). Justificativa: o Estado é omisso, a Justiça é falha e a polícia não funciona. Tudo isso é verdade, mas o Estado democrático de direito não permite a “solução” encontrada: justiça com as próprias mãos! Quem faz isso é um bandido violador do contrato social. Quem se entrega lascivamente à apologia do crime e da violência (da tortura e do linchamento) também é um bandido criminoso (apologia é crime). Se isso é feito pela mídia, trata-se de um pernicioso bandido midiático apologético. Para toda essa bandidagem desavergonhada e mentecapta a criminologia crítica humanista prega a ressocialização, pela ética e pela educação.

A ressocialização desses jovens bandidos de classe média se daria por meio de uma marcha da sensatez, em todo país, quebrando tudo quanto é resistência da elite burguesa estúpida, adepta do capitalismo selvagem, extrativista e colonialista, que é a grande responsável pelo parasitismo escravagista assim como pelo ignorantismo do povo brasileiro (em pleno século 21, 3/4 são analfabetos totais ou funcionais – veja Inaf). A ressocialização desta casta burguesa retrógrada passa pelo ensino do elogiável capitalismo evoluído e distributivo, fundado na educação de qualidade para todos, praticado por Dinamarca, Suécia, Suíça, Holanda, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Canadá, Áustria etc.

Quanto aos jovens marginalizados temos que distinguir: os violentos perversos, que representam concreto perigo para a sociedade, só podem ser ressocializados dentro da cadeia, que por sua vez e previamente também precisa ser ressocializada, depois de um arrastão ético em toda sociedade brasileira que, nessa área, encontra-se em estágio avançadíssimo de degeneração moral. Em relação aos jovens não violentos, a solução é a educação de qualidade obrigatória, em período integral e em regime de internação, quando o caso. Nenhuma sociedade moralmente sã admite milhões de crianças abandonadas nas ruas!

E quanto à bela jornalista da bandidagem apologética? Eu proponho dar início à sua proposta e gostaria de adotá-la por uns seis meses para ensinar-lhe ética iluminista, de Montesquieu a Voltaire, de Diderot a Beccaria, de John Locke a Rousseau e por aí vai. O que está faltando para toda essa bandidagem nacional difusa é a emancipação intelectual e moral de que falava Kant, que hoje exige uma revolução (da qual todos deveríamos participar) ética e educacional. Temos que romper radicalmente com nossa tradição colonialista, teocrática, selvagem e parasitária, ou nunca teremos progresso (veja Acemoglu/Robinson). Essa é a solução. O resto que está aí é pura bandidagem.

 

LUIZ FLÁVIO GOMES -jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Estou no professorLFG.com.br

Alimentos que você não deve apresentar para o seu filho

Pediatras aconselham aos pais não darem chocolate às crianças nos primeiros tempos.

Mamães e papais recentes costumam exercer - na rotina de cuidados com o bebê - aquele papel norteador de apresentar o mundo aos pequenos. E os momentos e hábitos alimentares são ingredientes fundamentais nesse "menu de cuidados".

Na realidade, a prática de uma alimentação saudável deve ter início nos primeiros tempos da criança. Não que o sabor das guloseimas deva ser negado o tempo todo, mas é importante que sejam estabelecidos critérios para as refeições. Afinal, hábitos bons e ruins formam-se desde cedo. E se a mamãe, ainda na infância, conseguir estimular a criança a sabores saudáveis, com os nutrientes necessários ao organismo e livres de aditivos potencialmente nocivos, obedecendo-se naturalmente a necessidades e exigências de cada fase, tudo ficará mais fácil depois, com riscos menores de problemas futuros, como hipertensão e outros, decorrentes de uma alimentação indevida.

Conselhos dos pediatras
Para ajudar a esclarecer as mamães-leitoras sobre alimentos adequados e, principalmente, sobre aqueles que devem ficar fora do cardápio - pelo menos em algumas etapas da infância - consultamos dois pediatras. Daniel Becker, por exemplo, que atua com seus pacientes mirins há 25 anos, acredita que não devam existir proibições absolutas, "excetuando-se os casos específicos de intolerâncias e alergias (que são individuais)", ele destaca. Becker detalha: "Existem, na verdade, recomendações sobre o que é e o que não é saudável. E aí entra o bom senso pra saber oferecer certos alimentos em situações de exceção, de saída da rotina, alimentos que alegram e colorem a vida. Por exemplo, o sorvete não deve ser parte da rotina alimentar de uma criança, mas não dar sorvete numa festa ou num passeio de fim de semana seria um pecado".

Alimentos que devem ser evitados
O pediatra alerta sobre os perigos que podem decorrer da má condução da alimentação infantil. Ele conta que, no consultório, faz ressalvas contra alimentos industrializados, por exemplo. Isso porque estes vêm, quase sempre, com conservantes químicos, saborizantes e muito açúcar - o grande vilão neste caso. Becker explica que essa quantidade de açúcar é muito maior do que a normalmente usada em casa. O pediatra cita vários alimentos sabidamente nocivos:

- cereais processados (flocos de milho e farinhas de bebê);
- refrigerantes;
- salgadinhos, batatas fritas de saquinho - repletos de sal e monoglutamato de sódio, além dos carboidratos ultraprocessados;
- geleia de mocotó e gelatina ("açúcar e tinta, para quê?");
- molhos industriais;
- embutidos, carnes processadas.

Sobre os refrigerantes, Daniel Becker ressalta que devem ser evitados. Quanto aos salgadinhos e às batatas fritas de saquinho, ele levanta a questão da formação do hábito alimentar, já que costumam provocar uma reação negativa na criança: ela passa a desejá-los e a não aceitar mais comida natural. Becker lembra, ainda, o "fantasma colorido" do fast-food. E completa: "Muitas calorias, muitos aditivos químicos, muito sofrimento animal para engordar seus filhos. Não podemos oferecer coisa melhor? Em vez de uma ida ao fast-food, por que não um piquenique no parque? Aposto que vai ser muito mais divertido, extremamente saudável e mais inesquecível".

O médico também destaca os alimentos duros e pequenos - e de difícil mastigação - que, para evitar os engasgos, não devem ser dados às crianças: passas, balinhas e pipocas, por exemplo (são perigosos até os três anos).

O incentivo a uma alimentação saudável
A pediatra Thatiane Mahet, por sua vez, fala sobre a oferta de alimentos tendo como parâmetro a idade da criança. Ela especifica que até os 6 meses a alimentação deve ser composta apenas pelo leite materno, lembrando que em tal fase outros alimentos podem fazer mal ao bebê, como os tradicionais chás, passíveis de provocar diarreia e, ainda, leite de vaca in natura.

A médica indica o que deve fazer parte da alimentação complementar aos 6 meses: frutas, legumes, verduras, carboidratos (arroz, macarrão, batata) e leguminosas (feijão, por exemplo).

Mais alertas
Thatiane Mahet também ressalta que, nessa fase, devem ser evitadas frituras (todos os alimentos devem ser cozidos ou assados), já que estas são grandes fontes calóricas e sua ingestão sem moderação pode levar a problemas de saúde. A pediatra ressalta aí que o acúmulo desta gordura em vasos do corpo pode, inclusive, aumentar o risco de acidentes vasculares na fase adulta.

O "petit suisse cor-de-rosa" faz mal?
E a médica faz o grande alerta dos pediatras para esse período: a contraindicação para a ingestão de açúcares. Thatiane Mahet aconselha aos pais não darem chocolate, por exemplo, às crianças nos primeiros tempos. Ela destaca a sua ação nociva, devido ao excesso de calorias e à alta concentração de açúcar para uma criança antes de 1 ano. A pediatra lembra, ainda, o fato de alguns chocolates terem em sua constituição leite de vaca in natura, que, rigorosamente, não deve entrar na dieta do bebê no primeiro ano. Pelo mesmo motivo - e por conter muitas calorias para tolerância em certa fase -, a médica desaconselha a oferta do "queridinho das crianças" petit suisse com polpa de frutas antes de 2-3 anos.

Substituição de alimentos nocivos por opções saudáveis
Thatiane acredita que a melhor substituição se dê por meio de itens naturais semelhantes. Exemplificando: um refrigerante pode ser substituído por sucos de frutas ou mates (sendo que mates não devem ser oferecidos à criança antes de 2-3 anos); um doce pela fruta predileta da criança, e assim por diante. Ela sugere essa tática da troca como melhor alternativa para o caso. Como Daniel Becker, ela acredita que proibir algo aos pequenos nessa era globalizada, de tanta oferta e informação, não é uma boa ideia. E arremata: "A palavra-chave em alimentação infantil é equilíbrio. Todos os alimentos - com algumas exceções e respeitando-se as diferentes fases - podem ser oferecidos aos pequenos, desde que com moderação: uma criança de 4 anos, por exemplo, pode comer uma pizza ou um hambúrguer de vez em quando, porém sua alimentação nos outros dias precisa ser saudável".

 

Sayonara Salviol

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014


05/02, DIA NACIONAL DA MAMOGRAFIA:

APESAR DA ORIENTAÇÃO DO GOVERNO, EXAME AOS 40 ANOS É FUNDAMENTAL

Em 05 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional da Mamografia. Neste ano, porém, não há motivos para comemorar. Em 12 de novembro de 2013, o Ministério da Saúde publicou uma portaria que dificulta o acesso de mulheres entre 40 e 49 anos ao exame mamográfico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantido por lei desde 2008. A prioridade para a realização desse exame passa a ser apenas para mulheres entre 50 e 69 anos. Quanto mais cedo o tumor é detectado, maior a chance de cura. “A mamografia de rastreamento anual é muito importante para que a doença seja identificada antes de a pessoa sentir o nódulo pela apalpação. O diagnóstico precoce é a maneira mais eficiente de preservar a vida em casos de câncer de mama”, resume a médica mastologista Maira Caleffi, presidente voluntária da Federação Brasileira de Entidades Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – FEMAMA. 

Queimadura solar merece atenção e cuidados especiais

Queimaduras podem favorecer o aparecimento do câncer de pele e devem ser evitadas

Que a superexposição à radiação ultravioleta (UV) dos raios solares pode causar queimaduras na pele a maioria das pessoas já sabe. O que muitos desconhecem é que a queimadura solar, a longo prazo, pode contribuir para o desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, alguns cuidados são importantes durante o verão e a prevenção é fundamental.

De acordo com Dra. Carolina Marçon, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, "essa condição ocorre quando a radiação UV incidente excede a capacidade de proteção da melanina da pele. As concentrações deste pigmento variam bastante entre as pessoas. Pessoas de pele escura têm mais melanina do que aquelas de pele mais clara. Consequentemente, a incidência de queimadura solar em indivíduos de pele escura é menor". A dermatologista explica que tipicamente há uma vermelhidão inicial na pele, seguida por vários graus de dor, ambos proporcionais em severidade à duração e intensidade da exposição. "Após a exposição, a pele pode ficar vermelha em duas a seis horas. A dor geralmente é mais forte de 6 a 48 horas depois da exposição. A queimadura continua a se desenvolver por 24 a 72 horas seguida por uma descamação da pele em três a oito dias. Descamação e coceira podem continuar a ocorrer durante várias semanas."

Os sintomas mais comuns da queimadura solar incluem fraqueza, dor, edema, coceira e/ou escamação da pele, náusea e febre. As queimaduras solares podem ser de 1º ou 2º grau e em casos mais sérios pode haver o aparecimento de bolhas que necessitará de cuidados médicos. Dra. Carolina ressalta que uma vez que a pele já sofreu a queimadura solar, nada sera capaz de reverter o prejuízo imposto à pele. "Todo e qualquer tratamento visa apenas o alívio dos sintomas. Ao contrário do que algumas propagandas divulgam, não adianta nada passar hidratantes depois de se queimar com a promessa de manter a pele bonita. O hidratante apenas trará conforto e alívio para a sensação de ressecamento que se segue, mas o mal já está feito, e mais um degrau do envelhecimento cutâneo foi subido." 

A queimadura solar pode ser evitada por meio da prática de medidas adequadas de fotoproteção e com a limitação do tempo de exposição solar, especialmente durante o período de 10h às 16h. A médica reforça também que é recomendável consultar o índice de UV para determinar o nível de proteção que é necessária. "Boas formas de proteção incluem ouso de camisas de manga longa, chapéus com abas, bonés e sombrinhas quando ao sol, além do uso de protetores solares. O filtro solar deve ser reaplicado a cada duas ou três horas e deve-se aplicar de 15 a 30 minutos antes da exposição solar. Outro método de proteção são as roupas de proteção solar que são um conceito relativamente novo nos Estados Unidos e classificadas através do Fator de Proteção Ultravioleta. Semelhante à graduação FPS dos filtros solares, uma vestimenta com FPU 30 bloqueia 96.7% dos raios UV." 

Uma vez que a pele já sofreu a queimadura, nada sera capaz de reverter a ação prejudicial causada pelo sol. De qualquer forma, em caso de queimaduras solares intensas, algumas medidas podem ser tomadas para diminuir a dor e a incômoda sensação de calor: 

  • Para combater o calor use o frio: banhos frios de imersão oferecem bastante alívio;
  • Produtos refrescantes e calmantes contendo calamina, cânfora, mentol, azuleno e aloe vera podem auxiliary a diminuir a sensação da pele queimada;
  • Para a face, compressas frias com chá de camomila fraco podem ajudar;
  • Casos mais intensos podem necessitar de corticosteroides de uso tópico associados a alguns tipos de antiinflamatórios e analgésicos. Estes medicamentos devem ser indicados por um médico dermatologista de acordo com cada caso;

Nunca queimar novamente a pele que acabou de descascar: se acabou de descascar, proteja-se intensamente do sol, pois a pele descascada está mais fina e muito mais sensível. O dano causado será ainda maior do que o normal. Se você está de férias, já descascou e quer voltar à praia, use filtros solares de alta proteção, preferindo os bloqueadores solares que contenham filtros físicos (deixam a pele encoberta).

 

Carolina Marçon - dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014


No Dia Contra o Câncer, cigarro segue como vilão


 

 

O tabaco é a principal causa de morte evitável do mundo, mas o fumo continua fazendo vítimas. Nesta terça-feira (4/2), Dia Mundial Contra o Câncer, mais uma vez o fumo será apontado entre os motivos para o maior número de casos da doença no Brasil e no mundo, ao lado do envelhecimento da população, das mudanças na alimentação e da falta de exercícios físicos.

 

A Organização Mundial da Saúde, em relatório divulgado esta semana, calcula que os casos de câncer devem duplicar nos próximos 20 anos, em todo o mundo. Segundo a "Estimativa 2014 - Incidência de câncer no Brasil", do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca), devem surgir 576.580 novos registros da doença no país este ano. 

 

O maior causador de câncer de pulmão continua sendo o cigarro, que confere um aumento do risco em até 30 vezes, mas o problema pode se agravar com a poluição atmosférica.

 

“Para quem fuma ou vive perto de pessoas que fumam, o fato de saber que, além do risco do tabagismo, está exposto à poluição do ar externo deve ser um motivo a mais para se esforçar para abandonar o cigarro”, explica o oncologista Cristiano Duque, do Inca.

 

A oncologista Sabrina Chagas aposta na mudança de hábitos como a melhor prevenção. “O abuso do fumo deve ser evitado porque os males que causa são amplamente conhecidos. O papel da rede de saúde é ajudar o fumante a largar o vício antes que as doenças se instalem”, diz a médica da Oncoclínica, no Rio de Janeiro.

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