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quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Unidades de Saúde oferecem grupo de apoio ao tabagismo para fumantes e ex-fumantes

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, instituições reforçam o compromisso em apoiar todos aqueles que necessitam de suporte para deixar o vício em cigarro


O tabagismo ainda é considerado um grave problema de saúde pública em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. Essa doença crônica é decorrente da dependência à nicotina, uma substância presente em vários produtos que contêm tabaco em sua composição.

O uso excessivo e contínuo de cigarros pode acarretar vários sintomas prejudiciais ao organismo, tais como doenças respiratórias, disfunção erétil e diversos tipos de câncer. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), fumantes têm de 2 a 4 vezes mais chances de desenvolver acidente vascular cerebral (AVC) quando comparados a não fumantes. Em relação ao câncer de pulmão, homens aumentam suas chances em 23 vezes e mulheres em 13 vezes.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que o tabagismo seja responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano, um número que gera grande preocupação.

Pensando nisso, o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” vem trabalhando em unidades de saúde sob sua administração, a fim de conscientizar e apoiar na luta contra o vício. A Unidade de Saúde da Família (USF) Jardim Aeroporto II de Mogi das Cruzes, administrada pela organização em parceria com a prefeitura local, é um exemplo.

“Em nosso grupo, pessoas que querem largar o cigarro passam a ter acesso a aconselhamentos de profissionais, além de métodos de tratamento, medicamentação e terapias para esse momento tão delicado”, afirma Eliane Pereira Da Silva, enfermeira da unidade e coordenadora do coletivo.

A partir de uma abordagem humanizada e dinâmica, desde 2019, a USF vem realizando o serviço para a população. Já foram cerca de 60 pessoas que receberam todo o apoio necessário durante os meses de tratamento e deixaram de vez o hábito.

“O serviço em Mogi das Cruzes começou por conta da identificação da alta taxa de fumantes na região. Com esse alerta, passamos a nos qualificar da melhor forma para dar assistência nesse sentido aos moradores”, explica a profissional.

Maria Auxiliadora Evangelista, 49, foi uma das participantes que conseguiu se libertar da dependência a partir do serviço, após mais de 20 anos com o vício. “Eu pedi ao médico clínico que me indicasse apenas um remédio, mas ele informou que o tratamento para tabagismo era mais amplo”, conta.

A decisão de buscar ajuda foi motivada pelo reconhecimento de que enfrentar o processo sozinha era bastante desafiador. "Eu tinha a meta de parar de fumar aos 30 anos, mas não consegui. Foi somente aos 47 que percebi a necessidade de fazer algo, de buscar apoio. Eu já estava hipertensa e fiquei com medo de desenvolver mais problemas de saúde", relata.

A paciente, agora ex-fumante, frequentou o grupo por um ano e usou medicação durante três meses. “Nesse tempo, recebi diferentes orientações para lidar com a ansiedade e sobre o que eu poderia fazer para enfrentar tudo da melhor forma. Durante o período, também pude dividir muitas experiências com pessoas que estavam vivendo a mesma situação que eu, nós acompanhamos a evolução um do outro ali”, reitera.

O grupo de apoio ao tabagismo é composto por uma equipe de profissionais como enfermeiros, médicos e dentistas, que realizam sessões com o objetivo de informar e auxiliar o paciente na redução gradual do tabagismo, até o fim da dependência completa. Quando necessário, também é utilizada a abordagem farmacológica, como a terapia de reposição de nicotina por intermédio de adesivos transdérmicos e medicamentos.

Aos interessados, o atendimento é realizado através da identificação de tabagistas por agentes comunitários ou por meio de solicitação na própria unidade de saúde.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
cejam.org.br/noticias

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Pare de fumar e ganhe mais qualidade de vida

Fechando o mês de maio, no dia 31, temos o Dia Mundial Sem Tabaco, uma campanha global que busca conscientizar as pessoas a respeito dos males do tabagismo e apoiar as políticas públicas de restrição ao uso de cigarro. Infelizmente, embora tenha sido criado em 1987, um dia como esse não é capaz de mudar a cabeça de tantas pessoas que ainda fumam, mas é um esforço que vale a pena ser mantido. 

O tabagismo é um problema de saúde pública global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da principal causa evitável de morte em todo o planeta, responsável por cerca de 8 milhões de óbitos todos os anos. Estima-se que quase 1,3 bilhão de pessoas são adeptas ao tabagismo no mundo, o que representa cerca de 20% da população adulta global; e o consumo de tabaco é mais prevalente em países de baixa e média renda, onde as políticas de controle do tabagismo são menos abrangentes e eficazes. Mesmo sendo parte desse grupo de países, o Brasil possui bons resultados no controle do tabagismo. Segundo dados do Ministério da Saúde, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,1% (quase 20 milhões de pessoas), com maior concentração no público masculino.  

Embora os dados do tabagismo no Brasil indiquem uma tendência de redução no número de fumantes nas últimas décadas, ainda há desafios a serem enfrentados, como a alta prevalência de fumantes entre pessoas de baixa renda e a exposição ao tabagismo passivo em ambientes públicos e privados, bem como o advento dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).  

O tabagismo é responsável por uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias e problemas de saúde mental. Além disso, o tabagismo também afeta a economia global, causando perdas significativas em termos de produtividade e custos de saúde. 

Sobre os DEFs – cigarros eletrônicos e vapes – vale lembrar que a importação, venda, propaganda e publicidade são proibidas em território nacional desde 2009. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a decisão foi tomada com base em estudos que indicavam que esses dispositivos representavam riscos à saúde pública e que não havia evidências suficientes para comprovar sua segurança e eficácia. A ANVISA tem reforçado a proibição dos cigarros eletrônicos e, portanto, sujeitos às mesmas restrições legais que os cigarros convencionais. 

Parar de fumar é difícil, pois trata-se de uma dependência. Ela ocorre principalmente em razão da nicotina, um alcaloide que age no sistema nervoso central e é responsável pela sensação de prazer e relaxamento que muitos fumantes relatam sentir ao fumar. Quando a nicotina é inalada através da fumaça do cigarro, ela é rapidamente absorvida pelos pulmões e levada para o sistema nervoso central. Lá, a nicotina se liga a receptores específicos nas células nervosas e desencadeia a liberação de neurotransmissores, como a dopamina, que produzem sensação de prazer e bem-estar. O problema é que, com o tempo, o cérebro se adapta à presença constante da nicotina e os receptores de nicotina se multiplicam. Isso pode levar a uma maior dependência do alcaloide e a uma necessidade cada vez maior de fumar para manter a sensação de prazer e evitar os sintomas de abstinência. Além da nicotina, o cigarro também contém outras substâncias químicas que podem causar dependência, como a acetaldeído e a acroleína. Por isso, o cigarro é considerado uma das drogas mais viciantes e prejudiciais à saúde. 

Porém, por mais desafiador que seja, parar é possível. Demanda esforço e determinação, além de uma mudança na rotina, pois muito do vício no cigarro se relaciona com os hábitos do fumante. Vale lembrar que, atualmente, existem diversas alternativas terapêuticas para a cessação tabágica, que vão desde a psicoterapia até terapias farmacológicas, com evidências robustas na literatura. 

Portanto, se você é tabagista e já pensou ou tentou cessar o tabagismo e não conseguiu, procure um profissional de saúde. Caso ainda não tenha considerado parar de fumar, considere.  

 

Ricardo Siufi - pneumologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 


Dia Mundial sem Tabaco - CROSP alerta sobre as doenças bucais causadas pelo hábito de fumar

Além de poder predispor doenças bucais como periodontite e halitose, e ainda induzir as pigmentações nos dentes e mucosa, o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de boca. Dados do Centro de Oncologia Bucal (COB), uma unidade auxiliar vinculada à Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA/UNESP) especializada no diagnóstico e tratamento do câncer de boca, mostram que mais de 80% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca apresentam histórico de tabagismo. Destes, cerca de 75% consomem cigarros em conjunto com o álcool e mais de 20% são apenas tabagistas.

Os registros também mostram que a maioria dos pacientes que desenvolveram câncer de boca tratados no COB fumou mais de 35 anos ao longo da vida e consumia, em média, 20 cigarros por dia, denotando uma relação direta do desenvolvimento dos tumores de boca na população de tabagistas com o tempo e intensidade do consumo de cigarros.

Um outro dado que chama atenção nos registros do Centro Oncológico da FOA/UNESP é que os pacientes diagnosticados com câncer de boca começam a fumar com uma idade média de 12 anos, indicando uma a necessidade de atenção para esta faixa de idade, como afirma o professor de Estomatologia da FOA/UNESP,  supervisor do COB e membro da Comissão Temática de Políticas Públicas do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dr. Daniel Galera Bernabé. “Os pacientes que desenvolvem câncer de boca associado ao consumo de tabaco começam a fumar muito cedo, o que denota a necessidade de estabelecermos estratégias de prevenção para o tabagismo desde a infância e adolescência”.

Além de ser o principal fator de risco para o câncer de boca, o tabagismo tem sido associado a um pior prognóstico da doença. Muitos pacientes com câncer de boca continuam fumando mesmo após o tratamento oncológico, o que aumenta as chances de segundo tumor primário e tem impacto negativo no tempo de sobrevida.

De acordo com o Dr. Daniel Bernabé, o aconselhamento e tratamento do tabagismo deve ser oferecido para todos os fumantes e deve fazer parte do suporte oncológico multidisciplinar para pacientes com câncer de boca. “Além do câncer de boca, o consumo de tabaco também predispõe ao desenvolvimento de algumas lesões cancerizáveis como a eritroleucoplasia, leucoplasia e a eritroplasia”.

 

Cigarros eletrônicos ou vapes 

Segundo ele, é importante também ressaltar o crescente consumo, principalmente por jovens, de formas alternativas de nicotina, como o narguilé e os denominados sistemas eletrônicos de entrega de nicotina, tais como os cigarros eletrônicos ou vapes. Embora os efeitos a longo prazo do uso dos sistemas eletrônicos de entrega de nicotina sobre a ocorrência de câncer de boca sejam ainda desconhecidos, evidências recentes mostram que o uso destes dispositivos pode promover alterações genotóxicas (capacidade de alguns agentes químicos de danificar a informação genética no interior de uma célula, causando mutações) no caso, das células da mucosa bucal.

Além disso, segundo a pós-graduada em dependência química pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), referência técnica de tabagismo na SES-SP e presidente da Comissão Temática de Políticas Públicas do CROSP, Dra. Sandra Silva Marques, o consumo de cigarros eletrônicos pode causar irritação na boca e garganta, náuseas, tosse e mal-estar. “Os cigarros eletrônicos produzem substâncias químicas como o acetaldeído e formaldeído (formol), cuja inalação pode estar relacionada às doenças pulmonares e cardiovasculares. De maneira similar ao que acontece em relação aos cigarros de papel e de palha, é responsabilidade do Cirurgião-Dentista orientar os pacientes e público em geral sobre as consequências danosas do cigarro eletrônico”, complementa a Dra. Sandra.

A especialista lembra ainda que o uso de tabaco tem um aspecto muito relevante com a questão da insegurança alimentar no mundo, cujo tema do Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio) sinaliza como urgente. “Considerando que o Brasil é o maior exportador de tabaco no mundo, salientamos a  importância dos governos em estimular programas de incentivo agrícola para que as famílias que cultivam tabaco possam estabelecer a transição de uma monocultura para a policultura de alimentos, que vêm de encontro com os eixos e metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma ação global para erradicar a pobreza, proteger a saúde planetária e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e prosperidade”.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)


31 de Maio: participe do Dia Mundial Sem Tabaco

Um dia sem fumar para valorizar a vida. Depois, aproveite o embalo para parar de fumar de vez

 

O tema de 2023 da campanha do Dia Mundial Sem Tabaco (World No Tobacco Day - WNTD) é “Precisamos de comida, não de tabaco”. A data é lembrada desde 1987, quando foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com intuito de alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao fumo. A cada ano cerca de 3,5 milhões de hectares de terra são destinados ao cultivo de tabaco, que também contribui para o desmatamento de 200.000 hectares por ano.

Não é apenas o câncer de pulmão que pode ser causado pelo fumo.  “O cigarro comum, assim como os eletrônicos (dispositivo eletrônico para fumar – DEF, conhecidos também como vapes), narguilés, charutos e cachimbos contêm substâncias que estão ligadas diretamente a diversos tipos de câncer. Também estão associados ao surgimento ou agravamento de doenças respiratórias, como o enfisema e a bronquite crônica, e de doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio”, diz a Dra. Bruna Zaidan, diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). 

De acordo com a OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo e mata oito milhões de pessoas a cada ano, das quais um milhão são vítimas de fumo passivo. E ao contrário do que algumas pessoas imaginam, o uso do cigarro eletrônico é sim prejudicial à saúde. Tanto que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização e importação para o Brasil, desde 2009, de qualquer dispositivo eletrônico para fumar, contendo ou não nicotina e tabaco, de acordo com a RDC 46/2009

“Infelizmente, na prática vemos muitos jovens utilizando esses vapes, por isso temos que unir esforços para discutir abertamente sobre tabagismo e conscientizá-los de que apesar da vasta gama de essências aromatizadas, esses cigarros eletrônicos contêm altas doses de nicotina, que é viciante, além de substâncias potencialmente carcinogênicas”, acrescenta a Dra. Bruna Zaidan. 

A variedade de aromas oferecidos pelos cigarros eletrônicos é um chamariz para atrair a juventude, alerta a OMS. E um dos agravantes é que na adolescência o sistema nervoso está em desenvolvimento.

A cantora Rita Lee, que faleceu este mês, disse em uma entrevista ao jornal em 2021, que a vida cobraria um pedágio por ser fumante. “Era um sopro atrás do outro: pare de fumar”. 

São 4.700 substâncias tóxicas existentes no cigarro e a nicotina leva à dependência, pois alcança o sistema nervoso central em apenas 10 segundos.


Parar de fumar é compensatório 

O esforço para abandonar o cigarro vale a pena! A qualidade de vida melhora muito. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ao cessar o fumo, após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue; em 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor; em dois dias, o olfato percebe melhor os cheiros e melhora o paladar; decorrido um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio se reduz à metade; e após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao dos que nunca fumaram.

Entre os malefícios do consumo prolongado do tabaco estão os problemas de saúde bucal e doenças respiratórias, pois a fumaça atinge a faringe, laringe, traqueia, brônquios até chegar ao pulmão, o órgão mais afetado pelo fumo. O uso prolongado do tabaco pode causar enfisema pulmonar, bronquite, câncer de pulmão, para citar as doenças mais comuns.

Para quem deseja parar de fumar, o SUS oferece tratamento gratuito com sessões de psicoterapia, que pode combinar a prescrição de medicamentos para lidar com as crises de abstinência por meio do Programa de Controle do Tabagismo em todo Brasil.  

 

Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)


Dia Mundial sem Tabaco reforça que a informação é o melhor aliado contra o cigarro

Centro de Oncologia Campinas oferece cuidados e tratamentos para quem pretende largar o vício


 No Brasil, 443 pessoas morrem diariamente de doenças decorrentes da dependência da nicotina. Tão importante quanto conscientizar as pessoas a abandonar o vício, é impedir que elas comecem a fumar. “E isso só é possível com muita informação e orientação aos mais jovens”, esclarece o oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu a data de 31 de maio para dar visibilidade à campanha global de luta contra o cigarro.

Neste ano, no Dia Mundial sem Tabaco, a OMS propõe trocar as áreas cultivadas de tabaco pelas de alimentos, daí o tema “Precisamos de comida, não de tabaco”. Importante destacar que o Brasil é o terceiro maior produtor de tabaco do mundo.

A indústria do tabaco está ligada a 8 milhões de mortes por ano no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto do cigarro, enquanto cerca de 1,2 milhão são de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

O percentual total de fumantes a partir dos 18 anos de idade no Brasil é de 9,5%, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Os homens respondem por 11,7% do total e as mulheres, por 7,6 %.

O tabagismo ativo e os fumantes passivos expostos à fumaça tóxica dos cigarros são mais suscetíveis ao desenvolvimento de aproximadamente 50 enfermidades, explica Fernando Medina. “Dentre as quais vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório e doenças cardiovasculares, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer”, especifica.


 Para de fumar

O médico enumera alguns dos benefícios que acompanham o fim do hábito de fumar. “Em 10 anos, o risco de câncer de pulmão cai para cerca de metade em relação a um fumante e o risco de câncer de boca, garganta, esôfago, bexiga, colo do útero e pâncreas também diminui consideravelmente. Em 15 anos, o risco de doença cardíaca coronária é o mesmo de um não fumante”, assegura.

E há muitas outras razões para deixar o vício, conforme a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e algumas delas envolvem benefícios a curto prazo. Em um ano, aponta a Opas, o risco de desenvolver uma doença coronariana cai pela metade em comparação a uma pessoa fumante. Em cinco anos, o risco de ter um acidente vascular cerebral é reduzido ao de um não fumante – cinco a 15 anos após parar de fumar. Aos 50, ganha-se seis anos em expectativa de vida.

O alcatrão deixa um rastro de problemas por todo o caminho que percorre no corpo humano, diz Medina.  Pulmão, laringe, faringe, boca, esôfago, pâncreas, fígado e bexiga são os principais órgãos afetados pelo tabaco. “São todas as áreas onde a fumaça do cigarro ‘toca’. Na bexiga, principalmente, ficam depositados resíduos que irritam as células e que podem levar ao câncer”, detalha o oncologista.

Boca, faringe, laringe, esôfago, pulmão, bexiga e útero são algumas das áreas suscetíveis a cânceres de causas associadas ao tabagismo. “A gama de tumores causados pelo hábito de fumar é enorme. No caso do câncer de boca, por exemplo, o paciente fumante fica mais exposto ao surgimento de um novo tumor depois de tratado o tumor inicial. A mucosa da boca fica propensa e desenvolver novos tumores”, exemplifica Medina.


 Auxílio

Para ajudar a interromper a perigosa cadeia de eventos adversos provocada pelo fumo, o Centro de Oncologia Campinas (COC) se dedica a ações que ajudam seus pacientes a parar com o vício. Há programas na instituição dedicados ao tratamento de fumantes, que envolvem cuidados médicos e psicológicos.

O vício do cigarro, lembra o oncologista, é tão nocivo quanto difícil de abandonar. “Vemos garotos de 12, 13 anos, experimentando cigarro. Mesmo passando mal, eles continuam e levam esse mau hábito para o resto da vida”, compara, afirmando que a conscientização sobre os malefícios tem de começar ainda na infância.

“Educar é a melhor forma de prevenir o surgimento de novos fumantes”, garante.

 

COC - Centro de Oncologia Campinas


terça-feira, 30 de maio de 2023

Mulheres representam 66% dos fumantes em programa do HSP

Segundo números do PrevFumo, 65% dos pacientes têm sinais de ansiedade e 51% de depressão. Programa atende pessoas gratuitamente desde 1988



No Dia Mundial sem Tabaco, o Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo), da Escola Paulista de Medicina (EPM) e Hospital São Paulo (HSP/Unifesp), traçou um perfil de seus pacientes e chama atenção para doenças causadas pelo cigarro.


Segundo os resultados, os pacientes do PrevFumo são em sua maioria formado por mulheres por volta dos 50 anos (66%). Boa parte deles têm alta dependência química à nicotina (74%), fazem uso de outras drogas, principalmente bebidas alcoólicas (57%) e são das classes C e B (88%).


Os números também mostram que 65% apresentam sinais de ansiedade e 51% sinais de depressão. Outros índices relevantes no perfil são que 40% dos pacientes são casados ou têm união estável e 20% das pessoas são analfabetas ou têm o ensino fundamental incompleto.


Para a pneumologista do HSP e coordenadora do PrevFumo, Lygia Sampaio, não existem níveis seguros para consumo de qualquer fumígeno, incluindo os cigarros eletrônicos.


“Tabagismo é uma doença que gera outras doenças como câncer de pulmão e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), além de aumentar os riscos cardiovasculares para infarto e AVC. Na pandemia, por exemplo, identificamos que pacientes que atuaram em home office recaíram e tiveram que recomeçar o tratamento”, explica.


 Segundo a psicóloga, Rosangela Vicente, o tabagismo requer acompanhamento multidisciplinar e mudanças nos hábitos e comportamentos. “A maior dificuldade do paciente é como levar a vida e lidar com fatores estressantes que vão desde o luto, perda de emprego e discussões do dia a dia, sem o cigarro”, conclui.

 

PrevFumo - O Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo), criado em 1988 pela EPM e HSP/Unifesp, auxilia fumantes a deixarem o cigarro.

A equipe do PrevFumo é formada por médicos pneumologistas, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros. A cada dois meses há disponibilidade de horário para cinco novos grupos.

O tratamento não farmacológico inclui técnicas cognitivo-comportamentais abordadas em reuniões de grupo. Ao todo, são oito sessões semanais de 90 minutos cada uma. Já a terapia farmacológica, fornecida pelo SUS, disponibiliza adesivos de nicotina e bupropiona, medicamento via oral para diminuir a vontade de fumar.

Para participar do programa, os interessados devem agendar horário para avaliação individual pelo telefone (11) 5572-4301.


segunda-feira, 29 de maio de 2023

Parar de fumar exige determinação e apoio médico

Esta é a mensagem do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial sem Tabaco


Não há um remédio para acabar com o tabagismo, hábito que expõe os fumantes a 7 mil componentes químicos, causando cerca de 50 doenças diferentes e matando 8 milhões de pessoas por ano. Portanto, os trabalhadores da construção civil e seus familiares que quiserem parar de fumar devem ter determinação e terão do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) apoio ambulatorial médico e psiquiátrico.

Esta é a mensagem da dra. Marice Ashidani, pneumologista do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio). Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o tabagismo é a causa evitável de morte mais prevalente no mundo, vitimando um em cada dez adultos.

Ao fumar um único cigarro, a pessoa inala mais de milhares de substâncias tóxicas, como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína e outras 43 cancerígenas, como arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo e resíduos de agrotóxicos. “Além disso, a temperatura da fumaça é outro elemento muito nocivo à saúde, inflamando os tecidos de toda a área das vias respiratórias”, comenta a dra. Marice.

A médica alerta que são igualmente prejudiciais o cigarro eletrônico, proibido no Brasil, e o narguilé, pois além da nicotina, contêm outras substâncias cujos efeitos ainda são desconhecidos.


Tomada de consciência

“Parar de fumar exige que a pessoa esteja determinada. Recaídas acontecem, geralmente relacionadas a vínculos comportamentais, como estar em uma balada ou beber com amigos. Nesses momentos, a pessoa deve tentar se conter e refletir sobre os prejuízos do tabagismo que podem ser fatais para sua saúde. E se não conseguir, ela sempre pode tentar novamente”.

Além do Seconci-SP, os trabalhadores da construção civil e seus familiares podem buscar tratamento em centros de apoio da rede pública de saúde, que fornecem adesivos para a redução gradual da dependência de nicotina e, se necessário, medicamentos para a ansiedade.

“Geralmente o tabagismo começa na adolescência, fase que gera angústia e conflitos nos jovens, e também por influência dos grupos de amigos. Neste período, os pais devem conversar com os filhos, falar dos malefícios físicos e psíquicos da droga, como dependência e risco de uso abusivo. E devem procurar identificar, junto com os filhos, as causas psicológicas e sociais que podem levá-los ao tabagismo, buscando aliviá-las”.

Conheça oito benefícios de se abandonar o consumo de tabaco:

• Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.

• Após três horas, não há mais nicotina circulando no sangue.

• Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.

• De 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.

• Após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta a comida com mais precisão.

• Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação sanguínea melhora.

• Após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

• Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.


Impacto ambiental

Estudos da OMS mostram que o tabagismo também destrói o meio ambiente. Anualmente, 600 milhões de árvores são cortadas para produzir cigarros, 84 milhões de gás carbônico são liberados elevando a temperatura global, e 22 bilhões de litros de água são usados para produzir cigarros.

Além de gás carbônico, a fumaça do tabaco também contém metano e óxidos nitrosos, aumentando a poluição atmosférica.

As guimbas ou bitucas de cigarros estão entre os resíduos mais descartados em todo o mundo e contêm substâncias perigosas como arsênio, chumbo, nicotina e formaldeído. O filtro dos cigarros não é biodegradável.

A cada ano, cerca de 3,5 milhões de hectares de terra são utilizados para cultivar tabaco, em especial nos países em desenvolvimento, o que contribui para desmatamento, perda de biodiversidade, erosão e degradação do solo, poluição das águas e aumento das emissões de dióxido de carbono.

O cultivo do produto geralmente envolve o uso expressivo de substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, fertilizantes e reguladores de crescimento. Eles podem escoar e contaminar o solo e as fontes de água, além de causarem danos à saúde dos plantadores de fumo.

Durante o processo de produção, são geradas toneladas de lixo, tanto sólido quanto resíduos químicos (contendo substâncias como a amônia e tolueno).  A fabricação e o consumo de cigarros envolvem também o uso de papéis e plástico. Há ainda todo o material utilizado na confecção do produto, além do uso adicional de fósforos e isqueiros para acender os cigarros, charutos e cachimbos.

 

SUS oferece grupo de apoio ao tabagismo para fumantes e ex-fumantes

UBSs de São Paulo disponibilizam apoio especializado para vencer o vício em cigarro


O tabagismo é uma doença crônica resultante da dependência à nicotina, uma substância presente em diversos produtos que possuem tabaco em sua composição. O uso contínuo tem um impacto negativo na saúde e pode acarretar em uma série de problemas e doenças tanto para o usuário quanto para as pessoas que fazem parte do seu convívio social.

Estima-se que o tabaco seja responsável, anualmente, por mais de 8 milhões de mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Não só isso, o hábito também é responsável por 25% de todas as mortes por câncer no mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Embora as pessoas saibam de todos os malefícios do uso da substância, abandonar o vício do cigarro e de produtos à base de tabaco é uma tarefa extremamente desafiadora, o que torna o processo de parar de fumar ainda mais complexo.

Pensando nisso, a UBS Jardim Capela (SP), gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, vem desenvolvendo um trabalho de conscientização e apoio na luta contra o vício de forma gratuita. Nos últimos cinco anos, aproximadamente 150 pacientes da região receberam assistência a partir do grupo de apoio ao tabagismo, que realiza encontros semanais com fumantes e ex-fumantes.

“A ação é uma maneira de alcançar um maior número de pessoas de uma única vez. Ao mesmo tempo em que, proporciona uma abordagem mais intensiva, o que não é viável em atendimentos individuais durante consultas médicas ou de enfermagem. Além disso, a definição de dias e horários fixos cria uma rotina para o paciente, o que contribui de maneira disciplinar para uma maior efetividade na cessação do tabagismo”, afirma Rodrigo Silva Cunha, Coordenador Médico do Grupo de Tabagismo da UBS Jardim Capela.

O grupo de apoio é composto por enfermeiros, farmacêuticos e médicos, que realizam sessões com o objetivo de informar e auxiliar o paciente na redução gradual do tabagismo até o fim da dependência completa. Quando necessário, também é utilizada a abordagem farmacológica, como a terapia de reposição de nicotina por intermédio de adesivos transdérmicos e medicamentos administrados oralmente.

Durante as reuniões, são realizadas ações de conscientização e informação sobre os riscos do vício e do uso de qualquer dispositivo ou produto contendo tabaco e/ou nicotina. Inclusive, são apresentados aos participantes os inúmeros benefícios que a interrupção do uso do tabaco proporciona para a saúde.

“As informações são transmitidas por meio de palestras ministradas pelos profissionais da unidade, bem como por meio do compartilhamento de experiências dos pacientes, que relatam tanto os benefícios de fazer parte de uma rede de apoio, quanto as dificuldades enfrentadas em suas rotinas durante o processo de parar de fumar”, complementa o médico.

Para dar o melhor suporte a esses pacientes, a UBS também oferece uma equipe multidisciplinar que realiza auriculoterapia, uma especialidade semelhante à acupuntura, utilizando pontos nas orelhas para tratar diversas patologias. Além disso, há apoio nutricional e sessões em grupo com psicólogos e psiquiatras.

Os encontros ocorrem durante todo o ano e são divulgados em consultas médicas e de enfermagem, visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde quando identificam algum tabagista na casa e durante o acolhimento na Unidade Básica de Saúde.

Além do grupo do Jardim Capela, o CEJAM apoia a ação em outras unidades de saúde que gerencia em São Paulo. Aos interessados, mais informações e direcionamentos sobre esse tipo de atendimento podem ser adquiridos na UBS mais próxima.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

 

Doenças no sistema circulatório possuem uma significativa relação com o tabagismo

Desenvolvimento de placas gordurosas, cálcio e outras substâncias na superfície interna das paredes arteriais podem entupir ou romper as artérias e migrar por meio dos vasos e, como consequência, provocar infarto, AVC, trombose e até mesmo a necessidade de amputação de membros

 

No Dia Mundial Sem Tabaco, instituído em 31 de maio, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), comprometida com um estilo de vida saudável e o bem-estar da população, reconhece a necessidade de abordar os perigos do tabagismo, a fim de promover uma sociedade livre do fumo e das doenças que ele provoca. Com a responsabilidade de cuidar da saúde vascular, a SBACV-SP destaca a importância da união de diversas especialidades médicas para disseminar informações sobre os danos causados por este vício.

Dentre os malefícios decorrentes do ato de fumar, as alterações cardiovasculares ocupam lugar de destaque. Alguns efeitos prejudiciais do tabagismo envolvem o desenvolvimento de placas gordurosas, cálcio e outras substâncias na superfície interna das paredes arteriais. Com o passar do tempo, o crescimento dessas placas podem entupir ou romper a artérias e migrar por meio dos vasos e, como consequência, gerar complicações graves, como infarto, AVC, trombose e até mesmo a necessidade de amputação de membros.

Conforme o angiologista, cirurgião vascular e diretor da SBACV-SP, Dr. Júlio César Gomes Giusti, a camada interna dos vasos sanguíneos é representada pelo endotélio, que é considerado um órgão regulatório de grande importância na manutenção da integridade vascular e, além de modular o tônus desses vasos, também estabiliza os mecanismos inflamatórios e imunológicos dos mesmos. O tabagismo pode provocar um funcionamento inadequado do endotélio vascular, envolvendo principalmente o óxido nítrico, e desregular o relaxamento e a contração desses vasos. 

Este desequilíbrio desencadeia um processo inicial de aterosclerose, caracterizado pela inflamação e formação de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. Essa condição é responsável por doenças graves, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar, obstrução das artérias das pernas e até mesmo aneurismas. O Dr. Giusti alerta que fumantes têm uma probabilidade muito maior de desenvolver coágulos sanguíneos, especialmente quando relacionados a outros fatores de risco, como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.

As gestantes também fazem parte do grupo de risco, uma vez que o uso do cigarro durante a gravidez está associado a um aumento significativo de várias complicações, tais como placenta prévia, ruptura prematura das membranas, descolamento prematuro da placenta, hemorragia pré-parto, parto prematuro, aborto espontâneo, restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, morte súbita do recém-nascido e comprometimento do desenvolvimento físico da criança. Além disso, o tabagismo durante a gestação pode resultar em má-formação fetal, aborto, mortalidade materna, natimortalidade e mortalidade neonatal (Yamaguchi, 2008).

Para pacientes fumantes que já possuem comorbidades, é fundamental contar com uma abordagem multidisciplinar, que envolve especialistas como angiologistas, cardiologistas, nutricionistas, psicólogos e outras áreas relevantes. Essa equipe de profissionais pode oferecer orientações sobre os distúrbios causados pelo tabaco, já que diversas condições de saúde estão relacionadas a sistemas e órgãos do corpo humano de forma interligada.

Conforme a cardiologista, nutróloga e culinary coach, Dra. Karla Gouvea, o hábito de fumar leva ao aumento de substâncias como epinefrina e norepinefrina, que levam a uma aceleração dos batimentos do coração, da velocidade da passagem do sangue e, ao mesmo tempo, o estreitamento desses vasos dificulta o caminho do fluxo. Todo esse processo está relacionado à hipertensão arterial sistêmica, além de graves complicações.  O tabagismo causa a inflamação do tecido que cobre as artérias pela parte interna, podendo provocar também um desequilíbrio neste processo de tônus pressórico. 

O tabaco representa um grave risco para a saúde de pessoas de todas as idades. Segundo a Dra. Karla, cerca de 40% dos adolescentes experimentam o cigarro, e desse grupo, 8% acabam desenvolvendo o hábito de fumar. A nicotina é altamente viciante, e muitos indivíduos se tornam dependentes após alguns dias ou semanas de uso. Apenas 44% dos jovens conseguem resistir ao cigarro, e possuem uma maior propensão para desenvolver dependência em comparação com os adultos. A falta de uma decisão firme de não fumar e a desinformação sobre as consequências são fatores-chave que levam os jovens a experimentar o cigarro. “É essencial destacar que todo adolescente que usa cigarros, narguilés ou dispositivos de fumo eletrônicos está sujeito a diversos riscos relacionados à saúde” afirma a Dra. Karla.

A médica ainda ressalta que os fumantes passivos, expostos por longos períodos à fumaça do tabaco, absorvem em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que os fumantes ativos. Essa exposição pode resultar em uma série de problemas, desde reações alérgicas como rinite, tosse e conjuntivite, além do agravamento da asma em curto prazo, até doenças graves como câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e outras patologias sérias.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br

 

sexta-feira, 26 de maio de 2023

No Dia Mundial sem Tabaco é necessário unir esforços na luta por uma vida saudável

Disseminação de informações claras e o alerta sobre o mal que o tabaco causa desempenham um papel crucial na prevenção de doenças 


No Dia Mundial Sem Tabaco, instituído em 31 de maio, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), comprometida com um estilo de vida saudável e o bem-estar da população, reconhece a necessidade de abordar os perigos do tabagismo, a fim de promover uma sociedade livre do fumo e das doenças que ele provoca. Com a responsabilidade de cuidar da saúde vascular, a SBACV-SP destaca a importância da união de diversas especialidades médicas para disseminar informações sobre os danos causados por este vício.

Dentre os malefícios decorrentes do ato de fumar, as alterações cardiovasculares ocupam lugar de destaque. Alguns efeitos prejudiciais do tabagismo envolvem o desenvolvimento de placas gordurosas, cálcio e outras substâncias na superfície interna das paredes arteriais. Com o passar do tempo, o crescimento dessas placas podem entupir ou romper a artérias e migrar por meio dos vasos e, como consequência, gerar complicações graves, como infarto, AVC, trombose e até mesmo a necessidade de amputação de membros.

Conforme o angiologista, cirurgião vascular e diretor da SBACV-SP, Dr. Júlio César Gomes Giusti, a camada interna dos vasos sanguíneos é representada pelo endotélio, que é considerado um órgão regulatório de grande importância na manutenção da integridade vascular e, além de modular o tônus desses vasos, também estabiliza os mecanismos inflamatórios e imunológicos dos mesmos. O tabagismo pode provocar um funcionamento inadequado do endotélio vascular, envolvendo principalmente o óxido nítrico, e desregular o relaxamento e a contração desses vasos. 

Este desequilíbrio desencadeia um processo inicial de aterosclerose, caracterizado pela inflamação e formação de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. Essa condição é responsável por doenças graves, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar, obstrução das artérias das pernas e até mesmo aneurismas. O Dr. Giusti alerta que fumantes têm uma probabilidade muito maior de desenvolver coágulos sanguíneos, especialmente quando relacionados a outros fatores de risco, como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.

As gestantes também fazem parte do grupo de risco, uma vez que o uso do cigarro durante a gravidez está associado a um aumento significativo de várias complicações, tais como placenta prévia, ruptura prematura das membranas, descolamento prematuro da placenta, hemorragia pré-parto, parto prematuro, aborto espontâneo, restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, morte súbita do recém-nascido e comprometimento do desenvolvimento físico da criança. Além disso, o tabagismo durante a gestação pode resultar em má-formação fetal, aborto, mortalidade materna, natimortalidade e mortalidade neonatal (Yamaguchi, 2008).

Para pacientes fumantes que já possuem comorbidades, é fundamental contar com uma abordagem multidisciplinar, que envolve especialistas como angiologistas, cardiologistas, nutricionistas, psicólogos e outras áreas relevantes. Essa equipe de profissionais pode oferecer orientações sobre os distúrbios causados pelo tabaco, já que diversas condições de saúde estão relacionadas a sistemas e órgãos do corpo humano de forma interligada.

Conforme a cardiologista, nutróloga e culinary coach, Dra. Karla Gouvea, o hábito de fumar leva ao aumento de substâncias como epinefrina e norepinefrina, que levam a uma aceleração dos batimentos do coração, da velocidade da passagem do sangue e, ao mesmo tempo, o estreitamento desses vasos dificulta o caminho do fluxo. Todo esse processo está relacionado à hipertensão arterial sistêmica, além de graves complicações.  O tabagismo causa a inflamação do tecido que cobre as artérias pela parte interna, podendo provocar também um desequilíbrio neste processo de tônus pressórico. 

O tabaco representa um grave risco para a saúde de pessoas de todas as idades. Segundo a Dra. Karla, cerca de 40% dos adolescentes experimentam o cigarro, e desse grupo, 8% acabam desenvolvendo o hábito de fumar. A nicotina é altamente viciante, e muitos indivíduos se tornam dependentes após alguns dias ou semanas de uso. Apenas 44% dos jovens conseguem resistir ao cigarro, e possuem uma maior propensão para desenvolver dependência em comparação com os adultos. A falta de uma decisão firme de não fumar e a desinformação sobre as consequências são fatores-chave que levam os jovens a experimentar o cigarro. “É essencial destacar que todo adolescente que usa cigarros, narguilés ou dispositivos de fumo eletrônicos está sujeito a diversos riscos relacionados à saúde” afirma a Dra. Karla.

A médica ainda ressalta que os fumantes passivos, expostos por longos períodos à fumaça do tabaco, absorvem em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que os fumantes ativos. Essa exposição pode resultar em uma série de problemas, desde reações alérgicas como rinite, tosse e conjuntivite, além do agravamento da asma em curto prazo, até doenças graves como câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e outras patologias sérias.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).


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Dia Mundial sem Tabaco: preocupação global com a onda dos cigarros eletrônicos

Professor de Direito do CEUB sugere combater as fakenews e conscientizar a sociedade

 

Após décadas de sucessivas quedas no número de consumidores de tabaco no Brasil, o país voltou a assistir a um crescimento no percentual de fumantes no período da pandemia de Covid-19. Segundo estudo da Fiocruz, o consumo de tabaco cresceu 34%, resultado de quadros de depressão, ansiedade e insônia, além da introdução de novos modos de consumo como o cigarro eletrônico e o nargile. Essa realidade demanda um amplo debate neste 31 de maio, data em que se comemora o Dia Mundial sem Tabaco.

Estudos científicos mostram que produtos como cigarro, cachimbo, charutos, entre outros, possuem mais de 4.700 substâncias tóxicas, entre elas a nicotina, que leva à dependência química. Essas substâncias inaladas pelo fumante estão relacionadas a mais de 50 diferentes enfermidades, entre elas vários tipos de câncer, como os de pulmão, laringe, estômago, pâncreas, fígado, além de doenças respiratórias e cardiovasculares.

O mestre em Saúde Pública e professor do curso de Direito do CEUB Neulânio Oliveira, comenta que organizações como a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia acompanham com preocupação o crescimento do consumo entre os jovens, principalmente em decorrência da onda do uso dos cigarros eletrônicos. “Conscientização é a palavra-chave. As pessoas precisam ter o real conhecimento sobre as substâncias tóxicas que estão inalando todas as vezes que usam os cigarros eletrônicos. É preciso enfrentar o fenômeno das fakenews”, alerta Neulânio.

O professor lembra que os cigarros eletrônicos também prejudica as pessoas que estão no mesmo ambiente dos fumantes. “A fumaça desses cigarros gera o que nós chamamos de fumantes passivos, assim como os cigarros convencionais. Uma pessoa asmática, por exemplo, pode sofrer repercussões ao inalar o vapor expelido por esses aparelhos eletrônicos”, comenta.

O Brasil tem, segundo Neulânio Oliveira, um programa que vem sendo desenvolvido com sucesso desde a década de 80. “O Programa Nacional de Controle do Tabagismo se destaca como uma articulação que tem como prioridades a educação, a comunicação, o treinamento e a conscientização do público, tendo em vista não apenas a redução do consumo, como o atendimento às pessoas que desejam deixar de fazer uso dessa substância”, lembra o professor.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o tabaco cause a morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Apenas no Brasil, o hábito de consumir cigarros e outras variantes gerariam mais de 160 mil mortes evitáveis anualmente. Isso faz do tabagismo a maior causa prevenível de adoecimento e mortes precoces. Para quem quer abandonar o hábito, Neulânio aponta a existência de uma série de alternativas, desde grupos de apoio a medicamentos e tratamentos que possibilitam a redução gradativa do uso até a superação do vício.


Confira dicas do Instituto Nacional do Câncer


Se você quer tentar parar de fumar sozinho, comece escolhendo uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Esse dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial, e para aumentar suas chances de sucesso, não tenha cigarros por perto. Programe algo que goste de fazer para se distrair e relaxar.

Você pode escolher duas formas para parar de fumar:

1) A parada imediata. Esta deve ser sempre a primeira opção. Você escolhe a data e, nesse dia, deixa de fumar.

2) A parada gradual, processo que deve levar até duas semanas. Você pode utilizar este método de duas formas:

- Reduzindo o número de cigarros. Para isso, é só contar o número de cigarros fumados por dia e passar a fumar um número menor a cada dia. Adiando a hora em que começa a fumar o primeiro cigarro do dia. Você vai adiando o primeiro cigarro por um número de horas predeterminado a cada dia até chegar o dia em que você não fumará nenhum cigarro.

 

 

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Como os cigarros eletrônicos afetam a saúde bucal?

Produto é visto como uma alternativa para os cigarros tradicionais
 

Apesar da normativa RDC nº 46/2009 ter proibido, no Brasil, a comercialização, importação e divulgação de dispositivos eletrônicos para fumar, os e-cigarettes, vapes ou pods continuam sendo consumidos, principalmente pelos jovens. Inclusive, são adicionados aromatizantes artificiais na composição para que o sabor seja agradável, atraindo mais interessados. 

Apesar de muitas pessoas acreditarem que esses cigarros não trazem prejuízos à saúde, eles liberam, em forma de aerossol, essências que contêm tipos de nicotina. Márcia Durão, dentista e professora do curso de Odontologia do UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças, explica como esse produto afeta a boca, dentes e gengiva. “As substâncias tóxicas presentes no vape, como nicotina, chumbo, agentes cancerígenos e compostos orgânicos voláteis, agem na cavidade bucal afetando negativamente a gengiva e os dentes, de forma semelhante à ação dos alimentos e bebidas doces e ácidas”. 

“Além disso, a sucralose vem sendo utilizada como adoçante para cigarros eletrônicos, gerando uma grande quantidade de elementos tóxicos durante a vaporização. Um outro problema é que ele é seiscentas vezes mais doce em comparação à sacarose”, adiciona Márcia. 

“Vale ressaltar que alguns cigarros eletrônicos apresentam maior quantidade de nicotina do que vem descrito no rótulo. Ela pode causar danos na formação de fetos e afetar os processos de aprendizagem, concentração e humor, assim como levar a uma dependência de medicamentos. A nicotina ainda é a responsável por problemas respiratórios e cardíacos”. 

Há doenças que surgem com mais facilidade devido ao uso do cigarro eletrônico. “A doença periodontal é causada pela inflamação das gengivas, podendo levar à perda de dentes. Outro exemplo é a xerostomia, ou boca seca. Com a redução na produção de saliva, a boca fica mais sensível e propensa a feridas e lesões cariosas”, afirma a dentista. 

A melhor forma de evitar esses danos é parar de fumar. Para isso, existem tratamentos que ajudam o fumante durante esse processo. Ao notar problemas na boca, dentes, gengivas ou língua, é indicado marcar uma consulta com o dentista para a saúde bucal não sofrer tantos prejuízos.


sábado, 18 de fevereiro de 2023

Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo

Na data, o CROSP destaca a importância dos profissionais da Odontologia no processo de prevenção e tratamento


O consumo de drogas e de álcool em excesso é considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), patologia que afeta também a saúde bucal dos indivíduos. No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu o dia 20 de fevereiro como o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. Ainda de acordo com a OMS, as drogas ilícitas respondem por 0,8% dos problemas de saúde em todo o mundo, enquanto o cigarro e o álcool, juntos, são responsáveis por 8,1% desses problemas.

O consumo excessivo de drogas lícitas e ilícitas, além de afetar a vida familiar, provoca impactos de natureza social, econômica e reflete-se, sobretudo, nos diversos setores da saúde pública.

Com base nos atendimentos realizados pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD), ligado à Secretaria do Estado de Saúde, as doenças bucais mais recorrentes e diagnosticadas nos dependentes químicos são infecções como candidíase, causadas pela imunossupressão dos pacientes; lesões de cárie aguda, periodontite, abscessos periapicais e periodontais, queimaduras em mucosa e lábios, hiperqueratoses nicotínicas e cânceres.

No âmbito da Odontologia, o presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dr. Braz Antunes, destaca que os casos de câncer de boca estão, muitas vezes, associados ao consumo de álcool e tabaco. Sendo assim, o Cirurgião-Dentista exerce importante papel na detecção, tratamento e também na prevenção. “O combate às drogas e ao alcoolismo é um assunto extremamente importante, que a classe odontológica, principalmente as que são ligadas aos órgãos públicos, precisam atuar na prevenção e no combate”.

Crack

Já a Cirurgiã-Dentista e presidente da Comissão Temática de Políticas Públicas CROSP, Dra. Sandra Marques, explica os perigos do uso de crack para a saúde bucal. “O uso do cachimbo de crack, além de promover lesões nos lábios pela alta temperatura, também propaga esse calor aos dentes e mucosa gengival o que, em associação com as substâncias tóxicas liberadas pela substância (ácido clorídrico, ácido sulfúrico, cal, talco, coca e solventes), e abrasão por atrito, contribuem para um desgaste acentuado das faces oclusais dos dentes anteriores inferiores”. 

A importância da anamnese

A anamnese (processo de coleta de informações sobre sintomas, dores, preocupações e histórico do paciente durante consulta) sempre é um ponto importante nos atendimentos odontológicos. Por meio dela, segundo a Dra. Sandra, é possível identificar sinais de que o paciente faz uso de substâncias lícitas ou ilícitas.

Entre os principais indicativos de uso de tais substâncias, a especialista cita a euforia, que pode evoluir para uma disforia (mudança transitória do estado de ânimo); aumento das percepções sensoriais (sexuais, auditivas, táteis e visuais); diminuição do apetite; taquipnéia (ritmo respiratório acelerado) e taquicardia (ritmo cardíaco acelerado) entre outros.

Tratamentos Odontológicos

A recaída ao uso de drogas às vezes faz parte do processo de recuperação do paciente. Dra. Sandra explica que diante dessa situação, a abordagem a respeito do uso concomitante com outras drogas utilizadas na clínica deve ser bem esclarecida ao paciente, já que o organismo do usuário também tem alterações no processo de resposta imunológica (o que os torna mais suscetíveis às infecções) e cicatricial. Além disso, por serem usuários de drogas, eles possuem tolerância aos efeitos de anestésicos locais (derivados de opióides) por exemplo, o que dificulta alguns procedimentos que requerem analgesia. Existem ainda alterações vasculares e respiratórias.

Vale destacar que intervir de maneira séptica é importante. Contudo, é fundamental o olhar humanitário e uma abordagem acolhedora, receptiva e em nenhum momento incriminatória. “Cabe, sim, uma orientação adequada e séria a respeito das questões de saúde em geral”.

A especialista explica, ainda, que o Cirurgião-Dentista deve avaliar não só a parte clínica, mas também a psicossocial. Segundo ela, deve-se observar sinais e sintomas que os pacientes relatam, que podem estar associados ao transtorno, às fissuras e à síndrome de abstinência.

Dra. Sandra Marques deixa o alerta para novos hábitos prejudiciais que poderão entrar nas estatísticas. “Os Cirurgiões-Dentistas devem ficar atentos aos usuários das novas formas de entrega de nicotina como os cigarros eletrônicos, pois os estudos já demonstram alterações importantes da microbiota oral”.

Direito à assistência

Quanto à assistência, Dra. Sandra destaca que a estruturação dos serviços deve estar configurada em redes assistenciais, priorizando os dispositivos extras hospitalares de atenção psicossocial articulada à atenção primária, conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nossa missão no CRATOD, por exemplo, é fazer o acolhimento e o atendimento dos dependentes químicos. O tratamento odontológico realiza a reabilitação estética e funcional dos usuários, possibilitando sua reinserção social, uma vez que além do tratamento clínico,

instalamos as próteses dentárias, resgatando a dignidade e autoestima dos pacientes, garantindo, inclusive sua reinserção no mercado de trabalho”.

Ações preventivas

Para o membro da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do CROSP, o Cirurgião-Dentista Prof. O Dr. Paulo Frazão, a implementação de ações de informação, educação e promoção da saúde voltadas a evitar o uso excessivo de álcool, tabaco e, de uma grande variedade de drogas lícitas e ilícitas, inclusive medicamentos, é de suma importância, pois, segundo ele, a exposição contínua a essas substâncias pode gerar dependência química, a qual está associada várias doenças crônicas não transmissíveis que são causas de mortes evitáveis.

Dr. Paulo avalia que existem duas possibilidades para o enfrentamento de problemas relacionados ao consumo abusivo de álcool e ao uso de drogas lícitas e ilícitas. A primeira envolve o planejamento de intervenções em nível individual que, segundo ele, inclui a clínica médica e a clínica psiquiátrica, onde pode ser, inclusive, identificadas causas relacionadas a problemas no âmbito familiar, profissional e do relacionamento interpessoal, além dos fatores genéticos, dificuldades financeiras, problemas psicológicos, entre outros.

A segunda possibilidade, vista pelo Cirurgião-Dentista como mais efetiva, diz respeito às intervenções no plano coletivo. Ele cita como exemplo as políticas e medidas de controle do tabaco que começaram a ser implementadas no Brasil desde os anos 90, e que provocaram uma queda considerável do número de fumantes no país, nas últimas duas décadas.

 

Serviço

Se você conhece alguém que possa estar nestas situações, encaminhe-o a uma unidade de saúde mais próxima para tratamento.

O Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD), Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS AD) A unidade do CRATOD está situada na Rua Prates, 165 – Bom Retiro, São Paulo

Informações: (11) 3329-4455.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br

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