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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Novembro azul: 1 em cada 7 homens pode desenvolver câncer de próstata

A neoplasia de próstata é o tumor sólido (não cutâneo) mais diagnosticado no país. Estes números alertam para importância da prevenção e diagnóstico precoce do tumor.

 

No mês de novembro, a campanha de alerta para a saúde do homem e a prevenção ao câncer de próstata ganham visibilidade com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), que espera mais de 70 mil novos casos de câncer de próstata no país em 2023.

Segundo o urologista e especialista em cirurgia robótica do Grupo São Lucas, Dr. Murilo Andrade (CRM: 116423 / RQE: 33267), um em cada sete homens pode desenvolver a doença ao longo de sua vida. Alguns fatores de risco mais comuns são relacionados ao envelhecimento, fatores hereditários, principalmente homens com parentes do lado paterno que tiveram câncer de próstata, obesidade, entre outros. Ele alerta que, nas fases iniciais, o câncer não apresenta nenhum sintoma, como dificuldade para urinar ou sangramento na urina e, por isso, a importância do rastreamento clínico.

“Quanto mais precocemente for detectado o tumor, maiores são as chances de cura. Então é importante fazer a avaliação periódica com o urologista, fazendo-se o exame de toque retal e o de PSA (Antígeno Prostático Específico), que é o exame sanguíneo que dosa essa proteína no sangue. Fazendo esses dois exames de rastreamento, que são complementares, a taxa de detecção dos tumores é alta, melhorando a precisão e qualidade do tratamento”, explica.

Havendo suspeita de câncer de próstata, seja pelo PSA elevado ou por uma alteração no exame de toque retal, o urologista pode fazer uma confirmação com um novo exame de PSA ou exames de imagem, através da ressonância magnética. Caso haja uma forte suspeita, o paciente deverá realizar uma biópsia de próstata. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de próstata pela biópsia, é feito um estadiamento, ou seja, uma avaliação do estágio clínico do tumor.

Os estágios clínicos podem ser tumores de baixo risco, risco moderado e alto risco. Com base nessa avaliação, serão propostas algumas modalidades de tratamento. Para casos de baixo ou muito baixo risco, onde o tumor pode levar anos para se tornar biologicamente agressivo, o paciente, caso concorde, pode passar pela vigilância ativa que é o acompanhamento periódico sem necessitar de um tratamento definitivo naquele momento. Nesse caso, é importante que o paciente se comprometa a realizar todas as etapas da vigilância ativa, que envolve exames periódicos, inclusive com novas biópsias da próstata.

Como tratamento definitivo do câncer de próstata temos a cirurgia, denominada prostatectomia radical, ou remoção da próstata, que oferece as maiores taxas de cura desta neoplasia.

No Hospital São Lucas, com o uso da plataforma robótica Da Vinci realizamos a cirurgia pela via robótica, trazendo menor tempo de internação, maior precisão cirúrgica, menor dor no pós-operatório, menores taxas de transfusão sanguínea e grandes avanços na recuperação funcional em termos da continência precoce após a cirurgia e a recuperação da função erétil. Outras modalidades de tratamento incluem a radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia.

O especialista ressalta que o câncer de próstata é o tumor sólido mais comum que atinge os homens e deve ser diagnosticado precocemente para que não haja complicações como metástases e acometimento de estruturas locais. Para diminuir as probabilidades de câncer de próstata, ele recomenda um estilo de vida saudável, uma alimentação adequada e atividades físicas regulares.

É também fundamental a compreensão dos homens da importância do acompanhamento urológico a partir dos 40 anos, válido para diminuir complicações do diagnóstico tardio, melhorar taxas de sucesso dos tratamentos e, assim, ampliar a expectativa e qualidade de vida, conclui o especialista.

 

 Grupo São Lucas


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Novembro Azul: 8 mitos e verdades sobre o câncer de próstata


 Médico especialista em uro-oncologia esclarece dúvidas sobre a doença e dá dicas de como preveni-la


O mês de novembro é marcado pela campanha mundial da luta contra o câncer de próstata, que busca conscientizar os homens sobre a importância de realizar os exames anualmente, a fim de combater o tumor logo no primeiro estágio.  

Com tantas dúvidas desde o diagnóstico ao tratamento, o professor do setor de uro-oncologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e responsável pelo setor de cirurgia robótica urológica no Hospital Brasil e rede D’Or, Dr. Marcos Tobias Machado, esclarece o que é mito ou verdade sobre o câncer de próstata. 
Veja a seguir:



1) Câncer de próstata não tem cura?

Mito. A maioria dos pacientes com este tipo de tumor pode ser curado ou ter uma sobrevida bastante longa. De acordo com o Dr. Marcos Tobias, existem três fatores importantes que definem o prognóstico do paciente:

- O estágio da doença, ou seja, se ela está localizada no órgão ou se já se espalhou pelo corpo.

- O escore de Gleason, uma nota dada ao tumor pelo médico que examina microscopicamente a amostra da biópsia.

- Valor do PSA, que são moléculas produzidas pelas células da glândula prostática. O médico deve medir a concentração dessa partícula no sangue, para detectar câncer de próstata e até mesmo outras doenças.

Quando a doença está localizada no órgão e tem outros fatores de bom prognostico, a chance de cura se aproxima de 90%, enquanto que uma doença que já se apresenta nos ossos, por ocasião do diagnóstico, tem menos de 5% de cura.


2) O câncer de próstata inicial não apresenta sintomas?

Verdade. O câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma no início, o que torna a doença muito perigosa. O paciente deve sempre realizar a avaliação preventiva com exame de sangue PSA e exame de toque retal. Apenas em um estágio mais avançado pode causar sintomas de compressão da uretra, sangramento na urina e dor nos ossos.


3) O câncer de próstata não atinge homens mais jovens?

Mito. O tumor pode atingir homens de todas as idades, embora, os que têm idade acima de 50 anos, são os mais propensos. No entanto, homens acima de 40 anos já podem iniciar a prevenção com a medição do PSA no sangue.

“Em homens mais jovens saudáveis ou com boa expectativa de vida tendemos a oferecer terapia com intenção de cura, como a cirurgia e a radioterapia. Por outro lado, idosos acima de 70 anos com múltiplas comorbidades nós tendemos a tratamentos que prolongam a vida, melhoram a qualidade de vida, mas podem não curar a doença”, explica o Dr. Marcos Tobias.


4) Exame de sangue não identifica se há tumor na próstata?

Verdade. O único exame capaz de identificar o tumor é a biopsia da próstata, por isso, a importância de conscientizar os homens da importância de realizar os exames.  Dr. Marcos Tobias conta que é necessário fazer a ressonância magnética, tomografia e cintilografia dos ossos, para entender a extensão da doença, caso o tumor seja identificado.

“A partir destes dados, associados ao treinamento dos profissionais envolvidos, da tecnologia disponível, da avaliação do estado global de saúde e da preferência do cirurgião, o paciente é informado sobre as opções e ajuda na tomada de decisão final sobre o tratamento elegido”, detalha.


5) Não tenho histórico familiar, não preciso fazer os exames.

Mito. Todo homem pode sofrer com o câncer de próstata. Evidentemente, homens que têm histórico na família precisam ficar sempre em alerta, mas todos, sem nenhuma exceção, devem fazer o exame uma vez por ano, principalmente a partir dos 45 anos para homens com histórico familiar ou negros, pois eles tendem a desenvolver o câncer precocemente.

Para os demais, o exame é recomendado a partir do 50 anos. Em casos especiais, o urologista pode solicitar que o paciente retorne em menos tempo para fazer o acompanhamento.


6) Se diagnosticado terei de retirar a próstata por completo?

Mito. Antes de qualquer conduta médica, saiba que existem basicamente 5 modalidades de tratamento, sendo elas:

1-Cirurgia radical: No Brasil esse é o principal tratamento utilizado. De todos é o que oferece melhor resultado em longo prazo;

2- Radioterapia: Pode ser externa ou com imitante cirúrgico de sementes radioativas;

3- Observação: Indicada para pacientes com tumor de baixa agressividade ou em pacientes muito idosos com comorbidades;

4- Ablação com fontes de energia (HIFU ou crioterapia): São opções com intenção de reduzir a invasividade dos outros tratamentos. A desvantagem é que são opções relativamente novas e não temos ainda os resultados em longo prazo com essas modalidades.

5- Tratamento medicamentoso: pode ser realizado com drogas que causam bloqueio hormonal ou com quimioterápicos. O uso das diferentes drogas e o tempo de administração dependem de cada caso.


7) O câncer de próstata é tabu entre os homens?

Verdade. Este assunto ainda é um tabu pra homem, que normalmente se ocupa com o trabalho e não vai ao médico para prevenção. Outro fator negativo é o receio do exame de toque retal, o que com o passar dos anos e com uma boa explicação normalmente não tem sido um obstáculo à prevenção. Todo o esforço deve ser concentrado em trazer o homem para o consultório.


8) Os tratamentos para o câncer de próstata evoluíram muito nos últimos anos.

Verdade. Do ponto de vista da cirurgia, a plataforma Robótica é a maior inovação, permitindo redução da morbidade do tratamento com excelentes resultados na cura do câncer. Os aparelhos de radioterapia também evoluíram muito, sendo o tratamento planejado por tomografia, em que é possível aplicar maior energia no local da doença e da redução da dose em pontos críticos que causariam morbidade.

O arsenal de medicações utilizadas também melhorou muito nos últimos anos, tanto em drogas injetáveis como em medicações orais de alta eficiência.  Todos esses fatos favoreceram um significativo aumento na sobrevida com melhora na qualidade de vida dos pacientes com CaP.







Dr. Marcos Tobias Machado - Formado em Medicina pela Santa Casa, Dr. Marcos Tobias Machado acumula experiência e conhecimento em diversas instituições, tendo destaque para residência médica no Hospital das Clínicas da USP, fellowship em uro-oncologia na Universidade de Miami, especialização em laparoscopia e robótica no H.Henri Mondor em Paris, desenvolvendo cirurgias minimamente invasivas mais complexas, além de atualmente ser chefe do setor de uro-oncologia e cirurgia robótica em urologia do Hospital Brasil e urologista dos Hospitais  da rede D’Or – Bartira, Assunção e São Caetano do Sul. Recentemente, foi palestrante do 8º Congresso do Centro de Oncologia da Universidade de Mansoura, no Egito.


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Novembro Azul: 8 mitos e verdades sobre o câncer de próstata


Médico especialista em uro-oncologia esclarece dúvidas sobre a doença e dá dicas de como preveni-la



O mês de novembro é marcado pela campanha mundial da luta contra o câncer de próstata, que busca conscientizar os homens sobre a importância de realizar os exames anualmente, a fim de combater o tumor logo no primeiro estágio.  
Com tantas dúvidas desde o diagnóstico ao tratamento, o professor do setor de uro-oncologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e responsável pelo setor de cirurgia robótica urológica no Hospital Brasil e rede D’Or, Dr. Marcos Tobias Machado, esclarece o que é mito ou verdade sobre o câncer de próstata. 
Veja a seguir:

1) Câncer de próstata não tem cura?
Mito. A maioria dos pacientes com este tipo de tumor pode ser curado ou ter uma sobrevida bastante longa. De acordo com o Dr. Marcos Tobias, existem três fatores importantes que definem o prognóstico do paciente:
- O estágio da doença, ou seja, se ela está localizada no órgão ou se já se espalhou pelo corpo.
- O escore de Gleason, uma nota dada ao tumor pelo médico que examina microscopicamente a amostra da biópsia.
- Valor do PSA, que são moléculas produzidas pelas células da glândula prostática. O médico deve medir a concentração dessa partícula no sangue, para detectar câncer de próstata e até mesmo outras doenças.
Quando a doença está localizada no órgão e tem outros fatores de bom prognostico, a chance de cura se aproxima de 90%, enquanto que uma doença que já se apresenta nos ossos, por ocasião do diagnóstico, tem menos de 5% de cura.

2) O câncer de próstata inicial não apresenta sintomas?
Verdade. O câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma no início, o que torna a doença muito perigosa. O paciente deve sempre realizar a avaliação preventiva com exame de sangue PSA e exame de toque retal. Apenas em um estágio mais avançado pode causar sintomas de compressão da uretra, sangramento na urina e dor nos ossos.

3) O câncer de próstata não atinge homens mais jovens?
Mito. O tumor pode atingir homens de todas as idades, embora, os que têm idade acima de 50 anos, são os mais propensos. No entanto, homens acima de 40 anos já podem iniciar a prevenção com a medição do PSA no sangue.
“Em homens mais jovens saudáveis ou com boa expectativa de vida tendemos a oferecer terapia com intenção de cura, como a cirurgia e a radioterapia. Por outro lado, idosos acima de 70 anos com múltiplas comorbidades nós tendemos a tratamentos que prolongam a vida, melhoram a qualidade de vida, mas podem não curar a doença”, explica o Dr. Marcos Tobias.

4) Exame de sangue não identifica se há tumor na próstata?
Verdade. O único exame capaz de identificar o tumor é a biopsia da próstata, por isso, a importância de conscientizar os homens da importância de realizar os exames.  Dr. Marcos Tobias conta que é necessário fazer a ressonância magnética, tomografia e cintilografia dos ossos, para entender a extensão da doença, caso o tumor seja identificado.
“A partir destes dados, associados ao treinamento dos profissionais envolvidos, da tecnologia disponível, da avaliação do estado global de saúde e da preferência do cirurgião, o paciente é informado sobre as opções e ajuda na tomada de decisão final sobre o tratamento elegido”, detalha.

5) Não tenho histórico familiar, não preciso fazer os exames.
Mito. Todo homem pode sofrer com o câncer de próstata. Evidentemente, homens que têm histórico na família precisam ficar sempre em alerta, mas todos, sem nenhuma exceção, devem fazer o exame uma vez por ano, principalmente a partir dos 45 anos para homens com histórico familiar ou negros, pois eles tendem a desenvolver o câncer precocemente.
Para os demais, o exame é recomendado a partir do 50 anos. Em casos especiais, o urologista pode solicitar que o paciente retorne em menos tempo para fazer o acompanhamento.

6) Se diagnosticado terei de retirar a próstata por completo?
Mito. Antes de qualquer conduta médica, saiba que existem basicamente 5 modalidades de tratamento, sendo elas:
1-Cirurgia radical: No Brasil esse é o principal tratamento utilizado. De todos é o que oferece melhor resultado em longo prazo;
2- Radioterapia: Pode ser externa ou com imitante cirúrgico de sementes radioativas;
3- Observação: Indicada para pacientes com tumor de baixa agressividade ou em pacientes muito idosos com comorbidades;
4- Ablação com fontes de energia (HIFU ou crioterapia): São opções com intenção de reduzir a invasividade dos outros tratamentos. A desvantagem é que são opções relativamente novas e não temos ainda os resultados em longo prazo com essas modalidades.
5- Tratamento medicamentoso: pode ser realizado com drogas que causam bloqueio hormonal ou com quimioterápicos. O uso das diferentes drogas e o tempo de administração dependem de cada caso.

7) O câncer de próstata é tabu entre os homens?
Verdade. Este assunto ainda é um tabu pra homem, que normalmente se ocupa com o trabalho e não vai ao médico para prevenção. Outro fator negativo é o receio do exame de toque retal, o que com o passar dos anos e com uma boa explicação normalmente não tem sido um obstáculo à prevenção. Todo o esforço deve ser concentrado em trazer o homem para o consultório.

8) Os tratamentos para o câncer de próstata evoluíram muito nos últimos anos.
Verdade. Do ponto de vista da cirurgia, a plataforma Robótica é a maior inovação, permitindo redução da morbidade do tratamento com excelentes resultados na cura do câncer. Os aparelhos de radioterapia também evoluíram muito, sendo o tratamento planejado por tomografia, em que é possível aplicar maior energia no local da doença e da redução da dose em pontos críticos que causariam morbidade.
O arsenal de medicações utilizadas também melhorou muito nos últimos anos, tanto em drogas injetáveis como em medicações orais de alta eficiência.  Todos esses fatos favoreceram um significativo aumento na sobrevida com melhora na qualidade de vida dos pacientes com CaP.




Dr. Marcos Tobias Machado - Formado em Medicina pela Santa Casa, Dr. Marcos Tobias Machado acumula experiência e conhecimento em diversas instituições, tendo destaque para residência médica no Hospital das Clínicas da USP, fellowship em uro-oncologia na Universidade de Miami, especialização em laparoscopia e robótica no H.Henri Mondor em Paris, desenvolvendo cirurgias minimamente invasivas mais complexas, além de atualmente ser chefe do setor de uro-oncologia e cirurgia robótica em urologia do Hospital Brasil e urologista dos Hospitais  da rede D’Or – Bartira, Assunção e São Caetano do Sul. Recentemente, foi palestrante do 8º Congresso do Centro de Oncologia da Universidade de Mansoura, no Egito.


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