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sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Cerca de 2/3 dos brasileiros com mais de 40 anos não realizam o toque retal

Urologista de Santos ajuda a desmistificar o exame

 

O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, uma iniciativa que visa conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer da próstata.

 

Dados alarmantes revelam que os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. O Novembro Azul alerta adicionalmente sobre as principais ameaças à saúde masculina, que vão além do câncer da próstata.

 

Doenças cardiovasculares, incluindo AVC (Acidente Vascular Cerebral) e Infarto Agudo do Miocárdio, são as principais causas de morte entre homens. Medidas preventivas como alimentação saudável e exercícios podem reduzir os riscos. Câncer, como o de pulmão, da próstata e do intestino, também representa uma ameaça à saúde masculina e a sua prevenção é essencial na redução da mortalidade.

 

No Brasil, cerca de 2/3 dos homens com mais de 40 anos não realizam o toque retal, um exame fundamental para a detecção precoce de doenças na próstata. Aproximadamente metade dos homens nunca realizou o PSA, o exame de sangue que mudou a história natural do câncer da próstata.

 

Mas por que os homens evitam o exame de próstata? Os principais motivos são o desleixo nos cuidados com a saúde, preconceito pela via de acesso do exame, receio de sentir dor ou desconforto e falta de acesso ao especialista.

 

O médico urologista Heleno Diegues Paes ajuda a desmistificar o toque retal, indicando que é um exame simples, rápido e indolor, que pode salvar vidas ao identificar precocemente problemas na próstata. “Por isso a importância do exame de rastreamento do câncer de próstata, que consiste na dosagem do PSA no sangue e no exame físico da próstata (palpação) por um profissional experiente (urologista)”.

 

O câncer de próstata é a forma mais comum de câncer não-cutâneo em homens e a segunda principal causa de morte por câncer. A cada 8 minutos, um novo caso é diagnosticado no Brasil, e a cada 40 minutos, um homem morre devido a essa doença.

 

As principais causas são o envelhecimento, fatores hereditários, etnia, fatores hormonais, infecções, dieta, obesidade e exposição inadequada ao sol, que também pode aumentar o risco.

 

Na fase inicial, a doença geralmente não apresenta sintomas. Quando ocorrem, os sintomas mais comuns incluem dificuldade e necessidade frequente de urinar, especialmente à noite. “Outros sintomas que podemos citar são dores ósseas, emagrecimento, diminuição do jato urinário, sangramento no esperma”, diz Heleno.

 

Embora a prevenção primária, ou seja, vacinas ou remédios para evitar a doença, não seja possível, adotar um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada e atividade física, pode reduzir o risco. A prevenção secundária, que é a detecção precoce, envolve avaliações regulares com um urologista, incluindo os exames de toque retal e PSA.

 

Se os resultados do toque retal ou do PSA estiverem alterados, o urologista pode solicitar exames adicionais, como PSA confirmatório, ressonância magnética e biópsia de próstata.

 

Em relação ao tratamento, o Dr. Heleno explica que, nos estágios iniciais, a doença pode ser tratada com a cirurgia (prostatectomia radical), com radioterapia/braquiterapia e com a vigilância ativa. Nos estágios mais avançados, são usadas a terapia de deprivação androgênica e a quimioterapia.“E como inovações temos a cirurgia assistida por robô, as técnicas de ablação por Hi-FU ou crioablação, os aparelhos de radioterapia tridimensional, além do surgimento de novos remédios”, diz o urologista.

 

Como é uma preocupação de muitos homens, o médico destaca que todos os tratamentos afetam a sexualidade de alguma forma, a exceção da vigilância ativa.

  

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997. Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição. Nesse período, fez cursos em microcirurgia, videolaparoscopia e outros relevantes para sua formação. Atualmente, atua como médico assistente das subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do Hospital Santa Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também preceptor do internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de Medicina Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório, onde dedica todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.


quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Cuidados com a saúde x masculinidade: essa relação faz mesmo sentido?


Especialista do CEJAM explica a importância de os homens adotarem hábitos de cuidado e alerta sobre o câncer de próstata, segundo mais comum entre o público


Não é segredo que muitos homens ainda buscam manter uma imagem de força e invulnerabilidade. Essa questão, tão presente no dia a dia masculino, pode impactar negativamente diversas áreas da vida, sendo a saúde uma das que mais sente esses reflexos.


De acordo com dados do Ministério da Saúde, os homens brasileiros vivem, em média, 7 anos a menos do que as mulheres. "Isso ocorre porque, em nossa sociedade, os homens são ensinados a ser autossuficientes, resistentes e a não demonstrar fraqueza. Tudo isso gera relutância em buscar ajuda médica ou admitir problemas de saúde", afirma o Dr. Rodolfo Bandeira, urologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".

Além disso, como agravante, esse público conta ainda com maior exposição a comportamentos de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta inadequada e falta de atividade física, fatores que potencializam o risco de enfermidades no decorrer da vida.

Levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostra que 70% dos homens que procuram um consultório médico o fazem influenciados por suas parceiras ou filhos. E é nesse cenário que doenças crônicas, como o câncer, passam a ser uma ameaça cada vez mais real, uma vez que a falta de acompanhamento médico regular pode dificultar o diagnóstico e tratamento precoces.

Dentre os diferentes tipos, o câncer de próstata é o segundo mais comum nos homens brasileiros e reforça a necessidade de superação dos tabus que envolvem a saúde masculina.

"O câncer de próstata é considerado um dos mais frequente em homens, principalmente após os 50 anos, correspondendo a aproximadamente 29% de todos os cânceres diagnosticados. No total, estima-se que 1 em cada 9 homens será diagnosticado com câncer de próstata durante a vida", explica o especialista.

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga que envolve a uretra, o canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Para diagnóstico do tumor, além do exame de PSA, que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata no sangue, é necessário a realização do famoso "exame de toque", que muitos homens temem.

"Existe a crença que, de alguma forma, o exame de toque pode ferir a masculinidade, mas o fato é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Esse sentimento muitas vezes é até inconsciente, mas precisa ser trabalhado. Este é um exame como qualquer outro e deve fazer parte da rotina de cuidados do homem", ressalta o médico.

Dr. Rodolfo destaca ainda que a próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo masculino, o que muitas vezes confunde os homens e colabora para a falta de interesse em buscar apoio especializado nesse sentido.

Sintomas como dificuldade para urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e a necessidade de urinar mais frequentemente podem indicar alterações no organismo. Geralmente, esse tipo de câncer cresce e se desenvolve de forma lenta e, em alguns casos, pode nem sequer apresentar sinais. Portanto, é de extrema importância que os homens estejam cientes e procurem ajuda médica ao menor sinal de preocupação.

"A mudança de paradigmas é o alicerce para a construção de uma cultura preventiva na população masculina. Os homens devem ser incentivados a realizar exames regulares, adotar um estilo de vida saudável e buscar ajuda médica sempre que necessário. É crucial que trabalhemos para que eles compreendam desde cedo que não há problema em admitir vulnerabilidades. A educação, a conscientização e o apoio social desempenham um papel fundamental na busca por essa transformação, não apenas na saúde", reitera o urologista.

Somada às visitas regulares aos consultórios, hábitos como manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros podem desempenhar um papel fundamental na promoção da saúde masculina. Essas medidas preventivas não apenas reduzem o risco de doenças, mas também contribuem para uma melhor qualidade de vida de forma geral.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial


terça-feira, 31 de outubro de 2023

Cirurgia robótica é importante aliada na luta contra o câncer de próstata

Técnica dá mais precisão na abordagem cirúrgica, reduzindo complicações e tempo de recuperação 

 

Estamos entrando no Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, doença extremamente prevalente na população masculina. Estudos apontam que a enfermidade acomete cerca de 15% dos homens na fase adulta a partir dos 45 anos de idade.

 

“Isso quer dizer que um em cada seis homens vai ter câncer de próstata. Então é importante a consciência de que é preciso fazer o rastreamento para iniciar o tratamento de forma precoce, já que a maioria dos casos não apresenta sintomas”, alerta Ricardo Miyaoka, urologista do Hospital São Luiz Campinas.

 

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

 

Entre os avanços relacionados ao tratamento da doença, o especialista destaca a cirurgia robótica. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo onde o cirurgião comanda braços robóticos que, por meio de pequenas incisões, insere instrumentos e uma câmera no corpo do paciente.

 

“Essa tecnologia permite uma visão ampliada e movimentos precisos, minimizando o dano aos tecidos circundantes, o que é importante já que em casos de câncer, é necessário retirar a próstata e fazer uma reconstrução da bexiga, em uma região de difícil acesso”, explica Dr. Ricardo.

 

O especialista explica que essa precisão resulta em menor perda de sangue, incisões menores e uma recuperação mais rápida, com menos efeitos colaterais, que podem envolver, em casos mais graves, incontinência urinária e disfunção erétil (impotência).


“Os pacientes relatam ainda menos dor pós-operatória e uma recuperação mais ágil, permitindo que retornem às atividades normais em menos tempo”, enfatiza o urologista do São Luiz Campinas.

 

Inaugurado no mês de maio, o São Luiz Campinas, da Rede D’Or, é o maior hospital privado do interior paulista e conta com o Robô Da Vinci X, que realiza cirurgias robóticas de diferentes complexidades, nas especialidades de Urologia, Cirurgia Geral, Ginecologia, Cardiologia, Cabeça e Pescoço, Cirurgia Torácica e Geral.

 

Com 23 centros automatizados, a rede D’Or forma o mais avançado parque de cirurgia robótica da América Latina.

 

O que é o câncer de próstata?

Este tipo de câncer se forma na glândula da próstata, um órgão que faz parte do sistema reprodutor masculino. Trata-se de uma das principais causas de morte no mundo, porém, quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura são altas.

 

*Os sintomas do câncer de próstata podem ser discretos, o que torna essencial a realização de exames de rastreamento, como PSA e toque retal.* Os sinais incluem dificuldade em urinar, aumento da frequência urinária, sangue na urina, dor nos ossos e desconforto pélvico.

 

Esses sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições, como hiperplasia prostática benigna (um aumento não cancerígeno da próstata), o que torna o diagnóstico preciso um desafio. Atualmente, um exame que tem auxiliado no diagnóstico, em conjunto com a biópsia, é o de ressonância magnética.

 

“Além disso, a doença pode ser classificada em diferentes estágios, de acordo com a extensão do câncer. Por isso, é vital entender o tipo e o estágio da doença para determinar o tratamento mais apropriado, que pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia”, orienta Dr. Ricardo Miyaoka.

 

É importante ressaltar que o câncer de próstata não afeta apenas uma faixa etária. Embora o risco aumente com a idade, homens a partir dos 40 anos devem estar cientes da necessidade de exames de rastreamento, especialmente se tiverem histórico familiar da doença.

 

A Sociedade Brasileira de Urologia sugere que os exames de rastreamento sejam realizados a partir dos 50 anos para pacientes de baixo risco, e 45 anos para alto risco.

“Campanhas como o Novembro Azul são de extrema importância, pois nos ajudam a levar a maior arma que nós temos contra tabus e preconceitos: a informação! O diagnóstico precoce salva vidas”, finaliza o urologista do São Luiz Campinas.


quinta-feira, 13 de julho de 2023

Dia Nacional do Homem: data de alerta para as doenças que mais impactam a população masculina

Câncer de pulmão, câncer de próstata e infarto são algumas

das doenças que mais acometem os homens



O Dia Nacional do Homem é comemorado no Brasil em 15 de julho e a data foi criada com objetivo de alertar a população masculina sobre os cuidados com a saúde. O foco do alerta é, principalmente, para a prevenção de algumas doenças que são mais propensas aos homens, entre elas o infarto, câncer de pulmão, cânceres de próstata e testículos e, também, o diabetes. Neste sentido, o Instituto Lado a Lado pela Vida, organização da sociedade civil que mais desenvolve ações em prol da saúde do homem no País, aproveita a data para reforçar a importância da conscientização sobre o cuidado integral com saúde do homem.

 

De acordo com Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, os homens precisam ser protagonistas do seu próprio cuidado. “Um comportamento comum no universo masculino é delegar a alguém a responsabilidade com sua saúde, geralmente as mulheres cumprem este papel. Entretanto, é necessário mudar o cenário e chamar o homem para exercer o autocuidado. Só assim reduziremos as taxas de mortalidade e morbidade desta população”, explica.

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o câncer de pulmão é o tipo que mais mata no mundo e nos homens a chance de mortalidade é maior. O índice é de 19,6%, contra 17,4% em mulheres. Ainda segundo a OMS, as doenças cardiovasculares também afetam, em sua maioria, os homens. “O descuido com saúde, o uso de álcool, o consumo de gordura e a falta de exercício físico são os principais fatores que levam ao infarto e a doenças cardiovasculares”, explica a cardiologista Ariane Macedo, membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.

 

A especialista orienta que os homens incorporem o hábito de manter as consultas médicas em dia, seja no Sistema Público ou na Saúde Suplementar, realizem os exames de rotina com frequência e mudem o estilo de vida para que tenham maior sobrevida e bem-estar. “As idas às consultas médicas devem ser realizadas juntamente com a introdução de hábitos saudáveis, como alimentação rica em legumes, frutas, diminuir o consumo de gordura animal, açúcar e alimentos processados, praticar atividade física, não fumar e não ingerir bebida alcóolica”, complementa a cardiologista.

 

No que se refere aos tumores, principalmente os cânceres de próstata; testículo e pênis, o urologista e membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado, Vinicius Panico, alerta para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, principalmente para aqueles que têm histórico desse tipo de tumor na família, assim para os negros, já que esses são grupos com maior chance de desenvolvimento da doença. Panico reforça, ainda, a importância do autoexame dos testículos e a higiene íntima do pênis, além da vacina contra o HPV nos meninos.

 

“Sempre recomendamos que os homens em idade abaixo dos 40 anos incorporem o hábito de examinar os testículos durante o banho, pois podem identificar algum nódulo. Não podemos esquecer também de que a higiene pessoal é importantíssima para evitar o câncer de pênis”, reforça o especialista.

 

“Essa data de 15 de julho é mais um momento importante para alertar os pais para vacinarem seus filhos contra o vírus HPV, a vacina é gratuita para meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos “, complementa.

 

Já Marlene Oliveira reforça o alerta para a mudança de cultura no universo masculino. “Ainda nos deparamos com muitos homens que são acometidos por câncer de próstata pelo fato de terem preconceito de fazer o exame de toque retal. Precisamos mudar essa mentalidade e quebrar o tabu a respeito da saúde do homem. O nosso propósito é mudar esse cenário no Brasil com urgência”, finaliza a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.



terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Brasil deve registrar 215 mil novos casos de câncer de próstata no próximo triênio, aponta o IN

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 2023/2025 aponta que são previstos 71.740 casos novos por ano de câncer de próstata, o mais comum entre os homens, o que representa aumento de mais de 16 mil novos casos quando comparado com o período de 2020 a 2022. Números reforçam a urgência da conscientização do público masculino sobre os fatores de risco que podem ser evitados e a consulta anual ao urologista para o exame clínico e de PSA, essenciais para o diagnóstico precoce, que aumenta a chance de cura


O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou a estimativa de novos casos de câncer para o triênio 2023/2025. Em relação ao público masculino, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões do país. A estimativa do IINCA é de 71.740 casos novos a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Um aumento de 8,5% em relação a estimativa anterior, que era de 65.840 casos. No recorte por região, a prevalência do câncer de próstata apresenta o seguinte cenário: região Sul (57,23/ 100 mil); Sudeste (77,89/100mil); Norte (28,40/100 mil); Nordeste (73,28/100 mil); Centro-Oeste (61,60/100 mil). Importante destacar que nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o câncer de próstata é o mais prevalente, considerando os 21 tipos de câncer que fazem parte das novas estimativas do Inca.

As informações atualizadas do Inca reforçam ainda mais a necessidade de conscientizar o público masculino sobre a importância de adotar hábitos saudáveis, como, prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, com pouca ou nenhuma ingestão de gorduras, além de não fumar, que diminuem o risco de desenvolver a doença, recomenda o cirurgião oncológico Gustavo Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Além de manter hábitos de vida saudáveis, é muito importante combate a consulta anual ao urologista, atitude essencial para diagnosticar um eventual câncer ainda em fase inicial quando as chances de cura são maiores. Para o diagnóstico de câncer de próstata são importantes o exame de sangue que avalia a proteína produzida pelo tecido prostático (PSA) e o exame de toque retal, que propicia descobrir a doença em fase mais inicial. A confirmação diagnóstica se dá por biópsia. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens a partir de 50 anos procurem um profissional especializado, para avaliação individualizada. Homens negros ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar com essa consulta médica aos 45 anos.


Doença silenciosa no início

O câncer de próstata tem evolução silenciosa e não costuma apresentar sintomas ou, quando apresenta, pode ser confundido com crescimento benigno da próstata, pois é uma doença que tem sintomas semelhantes. Portanto, vale ficar atento e procurar um médico para avaliação, caso tenha alguns dos sintomas a seguir com persistência superior a duas semanas:

  • Dor ou ardência ao urinar
  • Dificuldade para urinar ou para conter a urina
  • Fluxo de urina fraco ou interrompido
  • Necessidade frequente ou urgente de urinar
  • Dificuldade de esvaziar completamente a bexiga
  • Sangue na urina ou no sêmen
  • Dor contínua na região lombar, pelve, quadris ou coxas
  • Dificuldade em ter ereção

O tratamento do câncer de próstata é individual, ou seja, leva em conta variáveis como idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional do paciente e possíveis efeitos colaterais associados ao tratamento. “Munidos dessas informações, podemos oferecer uma abordagem personalizada, baseada em evidências científicas, beneficiando cada paciente de forma assertiva”, explica Guimarães. As abordagens podem ser cirúrgicas, com destaque para a robótica; assim como por ultrassom de alta frequência, hormonioterapia, radioterapia, crioterapia, protonterapia e quimioterapia. “Há casos também em que a doença é indolente a tal ponto de optarmos por não tratar, mantendo uma vigilância ativa.

 

Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR

 

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Por que negros têm mais chances de ter câncer de próstata e morrer da doença?

A chance de desenvolver o câncer de próstata está diretamente relacionada aos fatores de risco da doença. Entre eles está a questão da raça: homens negros têm uma probabilidade maior de apresentar o tumor e morrer dele. Mas o que faz com que haja essa diferença de cenário? Segundo o urologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar, a resposta está na genética.

Um estudo publicado na revista científica International Brazilian Journal of Urology reafirmou a prevalência de homens negros apresentarem tumores de alto risco. No trabalho, foram analisados resultados de exames de 9.692 brasileiros com mais de 40 anos da região metropolitana. “Sabemos que o fator genético torna essa população mais suscetível ao câncer de próstata, por isso, é importante ressaltarmos a importância da realização dos exames”, conta o médico.

Nassar lembra que, no Brasil, pessoas que têm próstata e apresentam algum fator de risco, como a questão da raça, devem realizar as avaliações preventivas com idade anterior a quem não tem nenhum fator que eleve o risco de desenvolver o tumor. “Para este grupo, indicamos que os exames preventivos sejam iniciados a partir dos 45 anos, ou seja, cinco anos antes do restante da população”, explica.

Para seguir com o cuidado citado pelo urologista e conquistar o diagnóstico precoce são realizados, anualmente, os exames de PSA e toque. Em casos de dúvidas, entram em cena a ressonância e a biopsia. Nassar explica que, possivelmente, daqui alguns anos, o exame de toque não será mais necessário pela maior precisão oferecida pela ressonância magnética. Mas enquanto isso não é possível, deixa seu conselho: “é preciso que os homens priorizem a saúde.”

“Muito mais que um alerta somente para a prevenção do câncer de próstata, o Novembro Azul é uma oportunidade para ressaltarmos a importância desta parcela da população praticar o autocuidado e reduzir os riscos de diversas doenças, como o infarto do miocárdio que, hoje, é a principal causa de morte entre homens de 40 e 50 anos”, alerta.

 

Hospital Edmundo Vasconcelos
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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Novembro Azul: incontinência e alterações na urina podem estar relacionadas ao câncer de próstata

No mês de conscientização do cuidado com a saúde masculina, é importante lembrar que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a chance de cura


De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) e da Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, isto significa que, a cada 38 minutos devido à doença, um homem morre no Brasil. Até o final de 2022, estima-se que haverá cerca de 65.840 novos casos de câncer de próstata. 

A campanha “Novembro Azul” tem como objetivo alertar para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele. Além disso, a ação traz um alerta que visa promover uma mudança nos hábitos masculinos, mostrando a importância da realização de consultas e de exames de rotina. É indispensável que os homens tenham atenção na saúde integralmente e não somente em novembro, ter um resultado precoce e investigar doenças que por sua vez, podem estar presentes, porém de forma silenciosa. 

Muitas pessoas não sabem, mas é preciso prestar atenção em alguns sintomas, que podem ser alertas no diagnóstico do câncer de próstata. Como:

·         Dificuldade de urinar;

·         Diminuição do jato urinário;

·         Necessidade de urinar mais vezes durante a noite ou dia;

·         Sangue na urina;

·         Sensação de esvaziamento incompleto;

 

“Diferente da mulher, o homem só vai apresentar incontinência urinária após intervenção relacionada à próstata como na prostatectomia radial ou nas Ressecção Transuretral da próstata (RTU de próstata), que é menos frequente. A incontinência urinária pós-intervenção da retirada da próstata também é passível de tratamento de modo conservador com treinamento da musculatura de assoalho pélvico”, explica Michele Brajão, enfermeira estomaterapeuta e coordenadora da clínica ConvaCare.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, quase um terço (31%) dos homens brasileiros não têm o hábito de ir aos serviços de saúde para fazer check-up e buscar auxílio na prevenção de doenças. Esse é um número muito alto, por isso, é preciso alertar sobre a importância de procurar um médico ao menos uma vez ao ano.

 

Fazer os exames de rotina é sempre o melhor caminho, já que na fase inicial, a maioria dos pacientes não apresentam sintomas, tendo em vista que o câncer de próstata tem uma evolução silenciosa. Afinal, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior é a chance de cura.


 

O diagnóstico

 

De acordo com o INCA, o diagnóstico é realizado a partir do exame de sangue (PSA) e do toque retal, e é recomendado a partir dos 45 anos ou aos 40 anos para os afrodescendentes e para quem tem histórico de câncer de próstata na família. O tratamento será definido após a confirmação do tumor pela biópsia.  

Ainda assim, o câncer de próstata diagnosticado precocemente representa 95% de chance de cura. Outro aspecto, são as campanhas que trazem um alerta a todos os homens, esposas, filhos, irmãos para a lembrar seus entes queridos que é importante uma consulta anual com um urologista.


ConvaCare

 https://clinicaconvacare.com.br/


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Novembro azul: congelamento de espermatozoides pode preservar a fertilidade após diagnóstico de câncer de próstata

 

O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum entre os homens e um das principais causas da infertilidade masculina. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. No Novembro Azul, mês mundial de combate ao câncer de próstata, médicos alertam sobre a importância do diagnóstico precoce no tratamento da doença e meios para preservar a fertilidade. 

De acordo com o médico urologista Eduardo Zanchet, o câncer de próstata pode prejudicar a fertilidade do homem devido a alteração na produção de sêmen, tratamento quimioterápico ou pela remoção da glândula. “A quimioterapia e a radioterapia podem afetar a qualidade e quantidade dos espermatozoides a ponto de impossibilitar o sucesso de uma gravidez", conta Eduardo. 

Segundo ele, o câncer de próstata interfere na produção do fluido prostático, responsável por proteger e nutrir os espermatozoides. "Além disso, esse fluido corresponde a cerca de um terço do volume do sêmen ejaculado. Com a presença do tumor, essa produção é afetada, o que prejudica a fertilidade do homem e, dependendo do caso, pode ser indicado a remoção da glândula”, explica.

 

Preservação da fertilidade 

Uma forma de preservar a fertilidade do homem mesmo após o diagnóstico do câncer de próstata é o congelamento do material genético para posterior fertilização in vitro. O procedimento consiste na coleta do sêmen e congelamento do material genético em laboratório. “A fertilização in vitro é uma opção para os homens que desejam ter um filho após o tratamento do câncer de próstata utilizando o próprio material genético. Com a coleta do material antes do tratamento, o sêmem é congelado com nitrogênio a uma temperatura de 196ºC negativos, o que garante a integridade e qualidade do espermatozóide. Ao final do tratamento, o casal pode realizar uma fertilização in vitro para aumentar as chances de uma gravidez”, afirma Ricardo Beck, especialista em reprodução humana. 

A dificuldade para urinar é o principal sinal do câncer de próstata, mas nem sempre o tumor é acompanhado por sintomas. Por isso, homens acima dos 45 anos devem consultar um urologista anualmente e realizar o exame de toque.


segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Diagnóstico de câncer de próstata em homens é tardio pelo déficit de visitas ao médico

Nos últimos dois anos, doença já causou mais de 47 mil mortes, porém com diagnóstico precoce as chances de cura chegam a 90%

Segundo o Ministério da Saúde, 31% dos homens não realizam exames de rotina e não descobrem a doença no estágio inicial  
Divulgação


Mais de 47 mil óbitos foram registrados por câncer de próstata entre 2019 a 2021, conforme o sistema de informação sobre mortalidade do Ministério da Saúde. No ano passado 16 mil homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. Para alertar sobre os riscos e estimular os cuidados com a saúde do homem, a Prati-Donaduzzi, que é referência na produção de medicamentos no Brasil, adere mais uma vez à campanha Novembro Azul e promove ações de conscientização sobre a doença.

“Somos uma empresa que promove saúde e bem-estar, principalmente para os nossos colaboradores. Durante este mês, estaremos trazendo orientações sobre o tema, juntamente com os profissionais da Unimed no ônibus da saúde. Além disso, serão realizadas atividades de orientação a saúde, aferição de pressão e liberação de guia para o exame de PSA para os homens acima de 40 anos”, contou o enfermeiro do Trabalho Saúde Ocupacional da Prati-Donaduzzi, Jonathan Calgaro Presa.

Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas, e muitas vezes é detectado apenas através dos exames PSA ou toque retal. Por isso, independente do surgimento dos sintomas é importante que o homem crie o hábito de realizar os exames de rotina.

“O exame de sangue PSA pode ser recomendado a partir dos 50 anos, ou mais cedo para aqueles que têm histórico familiar da doença. Já nos casos mais avançados, o paciente pode apresentar dificuldade para urinar, micção frequentes, dores durante a relação sexual, disfunção erétil, presença de sangue na urina e dores pélvicas ou ósseas”, alertou a oncologista clínica, Dra. Aline Bobato Lara.


Câncer de próstata tem até 90% de chance de cura

Ainda de acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de 31% dos homens não costumam ir ao médico rotineiramente e, consequentemente, não descobrem a doença no início, quando as chances de cura chegam a 90%. “Hoje ainda existe uma resistência dos homens em realizar os exames de rastreamento, principalmente pelo receio e medo em procurar um urologista, eventualmente encontrar alguma alteração. Vale lembrar, que estes exames são fundamentais para um diagnóstico precoce do câncer de próstata, e que o toque retal não é um exame doloroso, ele é rápido e auxilia na identificação de lesões iniciais”, orientou.

A médica explica como as pessoas podem incentivar seus parceiros realizarem o check-up anualmente. “Nós sabemos que as mulheres se cuidam mais do que o homens, principalmente no mês dedicado para conscientização do câncer de mama, o Outubro Rosa. Mas em seguida vem o Novembro Azul, que é um movimento para lembrar da importância dos cuidados com a saúde do homem. É fundamental que esse autocuidado se estenda para os próximos meses do ano”, conclui.

O tratamento do câncer de próstata dependerá do estadiamento da doença. Isso quer dizer que, nas fases mais iniciais, os procedimentos podem incluir: radioterapia, algumas vezes associadas ao bloqueio hormonal da testosterona, além de cirurgia para retirada da próstata. Em casos iniciais, podem ser realizados apenas o acompanhamento com exames, que é chamado de vigilância ativa, pela baixa agressividade do tumor. Já nos avançados com metástases, podem ser inseridas a terapia sistêmica com bloqueio hormonal da testosterona, quimioterapia, ou outras modalidades.


Novembro Azul: homens vão seis vezes a menos ao médico do que as mulheres

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De acordo com especialistas, o preconceito pode ser a maior causa de abstenção de consultas


Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde revelou que em 2022 foram registrados 200 mil atendimentos masculinos pelos urologistas, seis vezes menos do que os atendimentos a mulheres por ginecologistas. A campanha do Novembro Azul busca alertar a população sobre o câncer de próstata e conscientizar os homens sobre a necessidade do cuidado periódico com a saúde.  

O tipo da doença é o mais comum entre os homens, respondendo por 29% dos diagnósticos dos cânceres no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Um dos motivos para a alta nos números é justamente a falta de acompanhamento médico e realização de exames de rotina. A doença é a causa de morte de 28,6% dos homens. 

O médico urologista do Hospital Anchieta de Brasília Rafael Buta, explica que muitos homens não procuram o acompanhamento médico por acreditar que, ao consultar um urologista, estará colocando em xeque sua masculinidade. De acordo com o especialista, esse preconceito é reforçado por piadas e brincadeiras quando chega a idade de iniciarem-se as consultas para rastreamento do câncer de próstata e esse é um dos motivos da importância da mobilização.


“Um dos objetivos da campanha é tentar desconstruir o preconceito dos pacientes em relação à consulta com o urologista. Ela visa alertar a população para a importância do câncer de próstata para a saúde do homem. A neoplasia da próstata é uma doença de alta prevalência (é o câncer que mais acomete o homem, excetuando-se o câncer de pele) e gera grande impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes por ela acometidos”, conta Buta.  

Rafael explica que o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura do paciente. O urologista detalha que quando o diagnóstico é feito nas fases iniciais da doença, é possível curar até 90% dos pacientes. Já diagnosticado nos estágios mais avançados, quando já se disseminou para outros locais além da próstata, as chances de cura giram em torno de 10%.

 

Diagnóstico 

De acordo com Buta, o exame físico da próstata é feito por meio do exame digital retal. “A próstata é uma glândula que se localiza em uma área de difícil acesso, no interior da pelve masculina. A única forma de o médico examinar essa glândula é realizando a palpação com o dedo, através do canal anal. É sabido que em até 10% dos casos de câncer de próstata há alteração no exame físico, porém sem alteração no exame de sangue (PSA). Por isso a importância do exame físico”. 

O médico acrescenta ainda que “alterações no exame físico (toque retal) e no exame de sangue (PSA) não são certeza do diagnóstico de câncer, mas são um indício de que exista alguma doença acometendo a próstata, como a hiperplasia prostática e a prostatite. O diagnóstico de certeza é realizado por meio da biópsia prostática. Durante esse exame são retirados pequenos fragmentos da próstata, que são enviados ao patologista, para assim confirmar ou descartar o diagnóstico. A biópsia prostática é realizada com auxílio de ultrassonografia, sob anestesia (sedação)”.

 

Saúde do homem como um todo 

O especialista destaca ainda que, por conta da campanha Novembro Azul, a consulta com o urologista muitas vezes é a porta de entrada do paciente masculino no serviço de saúde. Segundo ele, o médico urologista exerce também o papel de médico do homem, devendo estar atento não só ao câncer de próstata.  

“Nós, médicos, precisamos estar observando outras alterações que são muito prevalentes na população de meia idade: hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, entre outras. Assim, conseguimos dar atenção global à saúde do homem e encaminhá-lo para outros especialistas a fim de identificar, acompanhar e tratar doenças que porventura venham a ocorrer”, diz Rafael.


segunda-feira, 31 de outubro de 2022

A cada 7 minutos, um brasileiro é diagnosticado com câncer de próstata

Urologista Heleno Diegues Paes traz informações sobre a doença no Novembro Azul

  

Depois do Outubro Rosa, mês dedicado exclusivamente à prevenção do câncer de mama, chega o Novembro Azul para conscientizar os homens sobre o câncer de próstata. Afinal, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este é o tipo de câncer mais frequente entre os brasileiros, depois do de pele, ocorrendo geralmente em homens mais velhos - cerca de 6 em cada 10 casos são diagnosticados em pacientes com mais de 65 anos. 

Outros dados do (INCA) sobre o câncer de próstata no Brasil, onde há uma incidência de cerca de 53 casos para cada 100.000 habitante, são impressionantes:

·         Temos 1 diagnóstico de câncer de próstata a cada 7 minutos;

·         Há 1 óbito pela doença a cada 40 minutos;

·         25% dos portadores de câncer de próstata morrem devido a doença;

·         20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em estágios avançados.

·         Foram 65.840 novos casos no triênio de 2020-22. 

Mesmo sendo uma doença comum, muitos homens preferem não abordar o assunto, seja por medo, preconceito ou desconhecimento. Mas a realidade mostra que é necessário, sim, discutir a doença. Por isso, o médico urologista Heleno Diegues Paes explica como ela surge.

 

“A próstata é uma glândula situada abaixo da bexiga, responsável pela produção do esperma no homem. O câncer ocorre quando algumas células defeituosas (cancerígenas) não são descartadas pelo organismo em um processo conhecido como apoptose, e passam a se multiplicar descontroladamente”.

 

A doença não tem uma causa específica, mas possui alguns fatores de risco que aumentam a chance de sua ocorrência, como o envelhecimento, ser da raça negra, possuir casos na família, estilo de vida ocidental (dieta rica em gorduras, sedentarismo, obesidade). Quando existem sintomas relacionados à doença, estima-se que 95% já estão em estágios avançados. “Dentre os sintomas podemos citar dores ósseas, emagrecimento, diminuição do jato urinário, sangramento no esperma”, diz Heleno.


O médico afirma que não há prevenção para a doença, mas existe a detecção precoce por meio de exames rotineiros. Em pessoas de risco, inclusive, é possível detectar o câncer de próstata em fases iniciais, onde a chance de cura é elevada. “Por isso a importância do exame de rastreamento do câncer de próstata, que consiste na dosagem do PSA no sangue e no exame físico da próstata (palpação) por um profissional experiente (urologista)”.


Para detectar a doença, é realizado o exame de toque e PSA no mundo inteiro. E para o diagnóstico, existem novos recursos de imagem como a ressonância multiparamétrica, a biópsia por fusão de imagens e o PET-CT com PSMA, utilizado para escaneamento de metástases - mais comum de acontecer para os ossos e os gânglios da pelve. Além disso, há também os testes genéticos que fazem predição dos casos com maior chance de não evoluírem bem.


Em relação ao tratamento, o Dr. Heleno explica que, nos estágios iniciais, a doença pode ser tratada com a cirurgia (prostatectomia radical), com radioterapia/braquiterapia e com a vigilância ativa. Nos estágios mais avançados, são usadas a terapia de deprivação androgênica e a quimioterapia.“E temos a cirurgia assistida por robô, as técnicas de ablação por Hi-FU ou crioablação, aparelhos de radioterapia tridimensional, e o surgimento de novos remédios”, diz o urologista.

E, como é uma dúvida comum de muitos homens, o médico destaca ainda que todos os tratamentos afetam a sexualidade de alguma forma, à exceção da vigilância ativa.


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