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sábado, 17 de dezembro de 2022

Para 2023, eu desejo um "você" ainda melhor

Divulgação


O início de mais um ano vem aí, e a pergunta que mais se repete nas diversas esferas de nossas vidas é: o que temos pela frente?

A bem da verdade, cada ano que passa essa pergunta bate à nossa porta, sem ter uma resposta clara para ela. Categoricamente, sempre fazemos uma autoafirmação de que “o próximo ano será melhor!”.

E aí, na tentativa de transformarmos essa sentença em realidade, criamos a ambição de viver uma nova história, procurar novos postos de trabalho, conhecer novas pessoas, frequentar novos lugares, e assim por diante.

Não que isso esteja errado, mas mudar o mundo externo sem mudar a nós mesmos é o mesmo que pendurar uma maçã em uma laranjeira e esperar que, com o tempo, a maçã vire uma laranja.

A verdadeira mudança requer um plano que comece por nós mesmos, estruturando-nos a assumirmos uma direção.

Recomeçar é mais que somente superar o que deu errado por meio de uma mudança de ambiente ou uma troca de relacionamentos. Recomeçar é, antes, modificar, em si mesmo, o jeito, os trejeitos, a fala, a forma, a maneira; apostando na sua própria transformação como combustível de renovação do mundo.

A evolução é uma sequência de recomeços, e recomeçar requer um encadeamento de práticas e hábitos capazes de alterar a essência de si próprio. Eu chamo isso de Autoliderança!

Mudar o ambiente ao seu redor é excelente, mas como escrevo no meu livro – (Auto)liderança Antifrágil –, “toda e qualquer mudança só fará sentido se você se expuser a ela, abrir-se às novas circunstâncias para buscar, na verdade, uma transformação interna”, porque recomeçar nunca é “que mude”, “que seja”, “que vá”, mas sempre “serei”, “mudarei”, “irei”. De outra forma não é recomeço, é apenas troca de experiência. 

Entenda. De nada adianta trocar de empresa para recomeçar uma carreira se você não for sincero consigo mesmo sobre se realmente está fazendo o que quer, caso contrário qualquer lugar será ruim e estressante.

Não basta trocar de parceiro para recomeçar um relacionamento se você não for rever seu ciúme excessivo, sua forma hostil de tratar, sua falta de atenção (ou seja lá o que você precise adequar), do contrário todos os seus relacionamentos estarão fadados ao fracasso.

De nada adianta trocar o mundo à sua volta se você não transformar sua forma de encará-lo, sua forma de tratá-lo. E por isso, dessa vez eu não desejo um 2023 melhor para você. Eu desejo para 2023 um "você" ainda melhor!

Assuma o protagonismo por um verdadeiro recomeço em sua vida e jamais se esqueça de que a fórmula secreta para evoluir é sempre partir de si mesmo. Altere-se, alterne-se, transforme-se. Autolidere-se! 

 

Victor de Almeida Moreira é engenheiro de produção, com MBA em Engenharia de Custos, gestor de projetos da Mineração Rio do Norte (MRN) e autor do livro (Auto)liderança Antifrágil, publicado pela Editora Gente.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

10 dicas para os estudantes de Medicina alavancarem o aproveitamento da graduação

A faculdade de Medicina é um ambiente de muito conhecimento e que prepara os alunos com todo o conteúdo para exercer a profissão. Mas, sabemos que seguir a carreira de médico vai muito além da parte técnica, e há atitudes e habilidades que podem ser desenvolvidas.

É evidente que, na trajetória da formação profissional, cada estudante irá encontrar as melhores práticas e métodos de absorver a informação e adequar a rotina de estudos. Porém, algumas práticas são importantes para alavancar o aproveitamento do curso dentro e fora da sala de aula. Veja as 10 dicas abaixo:


1. Feito é melhor do que perfeito: geralmente, os estudantes de medicina são bastante estudiosos e metódicos, que tendem ao perfeccionismo. Acreditam que é necessário ter estudado e aprendido toda a matéria, para se sentirem seguros e avançarem. No entanto, sabemos que isso não é possível, pois são muitos conteúdos, várias informações. Portanto, fiquem tranquilos, pois a perfeição não existe. Façam o melhor com o que vocês têm em mãos hoje.


2. Evite o efeito manada: cuidado para não fazer tudo o que te indicam, sem avaliar melhor se aquela disciplina ou mentoria fazem sentido para você. Não assuma tantos compromissos durante a faculdade, para não ter problemas mais sérios posteriormente, por exemplo, a síndrome de Burnout, por conta de um esgotamento físico e mental. Analise se aquilo está alinhado com seu futuro, e se realmente fará diferença para você.


3. O paciente é seu melhor professor: sabemos que o estudo, o conteúdo teórico e toda a faculdade de medicina são importantes para sua formação. Mas, a maioria das grandes lições quem me deu foi o paciente. Essa aproximação nos torna mais humanos. Por isso, aproveite muito o contato à beira-leito, e seja respeitoso. No curso, o grande objetivo do internato é simular o que será o ambiente real da prática médica depois da formação, então aproveite.


4. Esteja sempre à procura de bons mentores: durante a faculdade, converse com aquelas pessoas que você admira e tende a confiar. Troque ideias, pergunte como é a vida real e a rotina depois da formação, e sobre erros e acertos. Tenha cuidado com o dia a dia que você vê no hospital universitário, porque a realidade pode ser bem distinta. Além disso, leia biografias daqueles que agregam à sua vida. Todas essas atitudes podem encurtar caminhos e te direcionar para lugares que fazem mais sentido para você e sua carreira.


5. Desenvolva soft skills: as habilidades técnicas, chamadas de hard skills, são necessárias para a formação. Mas, muitas vezes, não são elas que determinarão seu sucesso profissional. Geralmente, o que leva as pessoas a ter uma posição de mais destaque são as soft skills: boa oratória, senso de liderança e trabalho em equipe, inteligência emocional, criatividade, empatia, entre outras. Então, as desenvolva, pois elas serão cruciais na relação com seus colegas de trabalho e, principalmente, com o paciente, levando a uma conexão e maior confiança.


6. Cuide de sua saúde: sabemos que a vida do estudante é corrida e que pode haver desculpas para não praticar exercício físico. Mas, lembre-se que é comprovado que o sedentarismo irá aumentar o risco de doenças no futuro e os profissionais de saúde precisam ser os grandes defensores dessa prática. Portanto, atividade física tem de ser inegociável, trate-a como prioridade. Cuide do seu corpo, porque senão a mente pode sofrer também. Que tal diminuir um pouco o uso do celular, por exemplo, para cuidar mais da sua saúde?


7. Leia livros fora da medicina: esteja sempre com um livro que não seja sobre medicina, mesmo que por apenas dez minutos no seu dia. Isso vai melhorar sua visão de mundo e suas capacidades como médico. Leia ficção, livros sobre produtividade, finanças, biografias de pessoas que podem te inspirar. Encontre algo que realmente te interesse e amplie sua visão de mundo.


8. Use sempre a regra de ouro “trate os outros como gostaria de ser tratado”: olhe para as pessoas de forma empática e tente se colocar no lugar delas. Precisamos ter em mente que nós trabalhamos o dia inteiro em prol do paciente. Muitas vezes, teremos que lidar com um paciente terminal, por exemplo. Conheça e se interesse pelos cuidados paliativos, uma área que mudou minha visão de vida e de morte, dedicada àqueles em estado terminal ou que não têm mais possibilidade de cura. Nesses momentos mais difíceis, o profissional de saúde pode trazer luz, acalento e palavras de conforto, mesmo quando mais nada pode ser feito do ponto de vista técnico.


9. Não se preocupe em escolher a especialidade cedo: não limite sua visão de mundo, pois não há como ter uma noção tão firme daquilo que não se conhece. Quando você foca em algo muito rápido, todo o resto que você não escolheu tende a ficar de lado e você se priva de ter uma formação completa. Na faculdade de Medicina, é possível você conquistar um conhecimento de moderada profundidade de todas as áreas, para ser um bom generalista, a princípio. Não seja ansioso ou apressado, e deixe essa escolha de carreira para os últimos anos de formação.


10. Aproveite a jornada: nós tendemos a deixar a felicidade para depois. Pensamos que só seremos felizes e bem-sucedidos quando estivermos em algum lugar pré-determinado naquele momento. Por isso, se preocupem apenas em ver sua evolução. Sabemos que terão dias mais corridos e difíceis, mas esteja bem com seu dia a dia. A felicidade está na jornada e não no destino final. 

 

 

Eduardo Lapa - médico cardiologista e fundador do Cardiopapers, empresa adquirida pela Afya, maior ecossistema de educação em saúde e heatlhtechs do Brasil.


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

RH, assuma de vez sua posição estratégica ou ficará para trás!

O especialista Marcelo Souza, CEO do Grupo Soulan fala o pontencial estratégico da área de RH dentro das empresas 

 

Há bastante tempo temos ouvido falar sobre o papel estratégico da área de Recursos Humanos. Mas, afinal, o que isso representa realmente? Será que faz sentido o RH se posicionar de forma estratégica? Ram Charan, um dos principais gurus de liderança, é defensor de uma tríade para as tomadas de decisão: o CEO, o CFO e o CHRO. Na opinião dele, para uma tomada de decisão completa é necessário unir essas três figuras  importantíssimas dentro da organização, pois apenas com essa junção as decisões empresariais podem dar bons resultados.

O empresário Abílio Diniz também alerta que “empresa é gente e processos”, ou seja, sempre que se tem um problema em uma organização, ele certamente está relacionado a pessoas ou pelos processos. Então, se queremos melhorar nossos resultados, precisamos focar nestes dois pilares, buscando entender o que está acontecendo em algum ponto dessa equação.  

Mas como fazer isso de forma prática? Por que atualmente ainda existem empresas que não consideram o RH em suas tomadas de decisão? E como os líderes, gestores, equipe de RH e até outros colaboradores devem se posicionar para, enfim, serem considerados em decisões mais estratégicas?

Com base em minha experiência, decidi dar algumas dicas que podem servir como respostas a essas dúvidas.

A primeira delas e que vai fazer toda diferença no posicionamento que o RH deve assumir para se tornar realmente estratégico é ter o entendimento total do cenário. Normalmente, as empresas têm uma visão mercadológica, conhecem muito sobre seus produtos e concorrentes, mas quem conhece as pessoas, a mão de obra que vai executar a estratégia, quem é que pode entender como melhorar sua capacitação ou mesmo onde estão as fontes de busca desses profissionais? Simples: o RH. Apenas quando temos uma compreensão real do cenário é que conseguimos tomar as melhores decisões. Então, quanto mais buscarmos o entendimento do negócio e do cenário, trazendo esses dados para a discussão, melhor e mais estratégico será o nosso posicionamento.

Outra dica refere-se ao conceito Ágile, que ultimamente tem sido muito propagado nesse setor. Temos ouvido que todos os processos têm que ser ágeis e todos precisam dessa habilidade. Só que temos que parar e entender que agilidade é diferente de pressa. Pressa e velocidade têm muito mais a ver com a capacidade de entrega e com o conforto em executar alguma tarefa. Quanto mais eu conheço aquela tarefa e quanto mais capacitado sou para executá-la, mais rápido vou realizá-la. Já a agilidade tem a ver com adaptação. Tem a ver com entender novas necessidades e conseguir mudar as equipes para que possam desenvolver novos processos, atendendo a novas necessidades. A agilidade refere-se à adaptabilidade. Então ficamos pensando em tornar e criar processos ágeis só para entregar mais rápido e, no fim, não estamos entregando com a qualidade necessária, porque é preciso passar pelo processo de adaptação. Entender essa diferença é fundamental para tornar os processos de RH mais ágeis.

Um outro ponto é a humanização. Estamos vivendo em uma era de processos mecanizados, liderados por machine learning ou inteligência artificial, o que tem levado a interação humana a ficar cada vez menor. De outro lado, muito se fala sobre liderança humanizada e a humanização dos processos e dos relacionamentos. Nesse tema, o que temos que evitar é a confusão entre humanização e sentimentalismo. Humanização significa ter uma visão humana dentro de processos cada vez mais robotizados. Significa tratar os profissionais como humanos, dando feedbacks rápidos, mesmo quando eles forem duros, fornecendo indicadores do que precisa ser melhorado, tratando as pessoas com respeito e consideração e não deixando que as máquinas façam todo o processo. Esse é um grande papel que o RH pode exercer, principalmente treinando e capacitando as lideranças para atuar dessa forma com suas equipes.

O quarto ponto, que considero chave, principalmente nos dias de hoje, em que se fala muito sobre o engajamento de equipes. Estamos vendo vários debates sobre a Geração Z convivendo com a Millenium, com a Y, com a X etc. Nesse cenário, para alcançar maior engajamento de todos, é preciso ter uma cultura bem definida e compreendida, porém o que vemos em algumas organizações são culturas organizacionais definidas por 10, 15, 20 valores, exigindo que os profissionais tenham todas essas competências de forma igual. A grande questão é que falamos tanto em diversidade, mas como vamos praticá-la se exigimos as mesmas competências de todos? Então a cultura tem que estar firme, sólida e entendida por todos os colaboradores, para nortear o caminho da empresa e as tomadas de decisões. Cada profissional vai trazer uma pitada diferente de tempero para essa cultura, e é a soma de todos que vai fazer com que a tal cultura seja única. Caberá ao RH conseguir identificar quais são os temperos que estão faltando dentro da cultura para agregar o que falta e fazer com que a diversidade realmente aconteça de forma positiva para a organização.

O último ponto é o real entendimento de que quem move as empresas são os seus líderes. Nenhum profissional fica engajado pelo CNPJ. O que engaja a equipe, o profissional, é o CPF, ou seja, é o líder, o profissional que transmite para suas equipes visão, missão e valores – a cultura da organização. É ele que consegue engajar seus liderados, que está no dia a dia com os clientes e fornecedores. É função do RH capacitar e treinar essa liderança para que ela possa ser promotora e defensora das políticas da organização, aumentando e difundindo a cultura da empresa dentro de cada área e para todos os colaboradores.

Quando isso estiver enraizado e a equipe de RH conseguir seguir todos esses pontos importantes, os resultados começarão a surgir de forma natural.

 

 Marcelo Souza – É CEO do Grupo Soulan e Country Manager da Thomas International Brasil


sexta-feira, 15 de julho de 2022

Zillennials: como engajar a geração desengajada?

  

Atrair e reter profissionais da geração Z está cada vez mais difícil. Extremamente seletivos e criteriosos, oferecer uma boa remuneração já não se mostra suficiente para esses jovens – conquistados, ao invés disso, por uma companhia que tenha uma cultura e ambiente de trabalho alinhados aos seus valores pessoais. Na tentativa constante de conciliar esses interesses, os programas de treinamento se mostram como uma das ações mais eficazes para garantir a satisfação dos zillennials na companhia e, os incentivá-los a crescer e prosperar junto com o negócio.

Representados por aqueles que nasceram entre 1993 e 1998, a geração Z já representa uma boa quantia da força de trabalho em diversos países e, ainda, da população mundial – totalizando cerca de 31%, segundo dados de um estudo conduzido pela Organização das Nações Unidas. Mesmo conquistando cada vez mais protagonismo, os empecilhos para fazer com que se sintam realizados em uma oportunidade profissional ainda são grandes.

Cerca de 53% desses profissionais estão insatisfeitos com as oportunidades do mercado, de acordo com um relatório divulgado pela seguradora MetLife. Como justificativa desse volume, muitas empresas ainda focam apenas em oferecer altos salários a seus trabalhadores – enquanto, para a Geração Z, se torna muito mais valioso entrar para uma companhia que se preocupe com fatores ambientais, éticos, de inclusão, de preocupação à saúde mental e, que ofereça a possibilidade de equilibrar a vida laboral e pessoal.

Vagas que proporcionam uma rotina que incentive o crescimento profissional e a possibilidade de se desenvolver, são completamente atrativas para os zillennials. Diante de profissionais altamente criativos, empenhados e multitarefas, é essencial garantir que se sintam parte de um propósito muito maior dentro da empresa. Felizmente, muitos programas de treinamento e capacitação são capazes de conquistar esse objetivo.

Mesmo diante de cursos de graduação excepcionais disponíveis, muitos jovens estão chegando ao mercado de trabalho completamente desalinhados frente às necessidades corporativas. Grandes habilidades tecnológicas e de agilidade em processos estão presentes nos zillennials – mas, o entendimento apropriado das relações humanas para o andamento de projetos assertivos, são características falhas em sua grande maioria.

A incapacidade em lidar com conflitos, pressões, exigências e funções intensas corriqueiras em diversas companhias, faz com que muitos desses profissionais não consigam administrar esses fatores e, troquem constantemente de empregos em sua jornada. Por isso, é importante que a organização assuma um papel de educador para a Geração Z, por meio de estratégias de ensinamento que incluam desde o on boarding desse profissional, até seu dia a dia na empresa.

Como regra geral, a metodologia aplicada nestes treinamentos deve sempre trazer a importância de suas funções para o crescimento da companhia. Mas, diferentemente da geração Y e dos baby boomers, que conseguem absorver o conteúdo ofertado com qualidade por meio de aulas extensas e expositivas, os zillennials, certamente, apresentarão melhores resultados por meio das famosas pílulas de conhecimento. Ou seja, vídeos curtos, de no máximo 30 minutos, exibidos com uma maior periodicidade.

Se tratando do conteúdo em si, é essencial criar um material didático que inclua todos os pontos importantes para uma ética de trabalho – desde como se vestir adequadamente, qual a cultura da empresa e o que é esperado dele, até quais as perspectivas a curto, médio e longo prazo. Mas, o sucesso do aprendizado de todos esses pontos dependerá, obrigatoriamente, de uma boa liderança por trás.

Os líderes responsáveis por esses treinamentos devem desenvolver um poder empático e de não julgamentos, diante de imensas diferenças de hábitos, perfis e opiniões que, certamente, existirão entre esses profissionais. É preciso criar uma condição voltada para essa cultura mais jovem e saber como engajá-los, atuando como verdadeiros mentores nesse desenvolvimento.

Um bom currículo não é mais sinônimo ou segurança de contratar um profissional qualificado para o seu negócio. Diante de uma geração extremamente exigente por princípios completos, é papel das empresas lapidar esses jovens e oferecer a devida orientação pedagógica para seu desenvolvimento corporativo. Quando conduzidos, ainda, por gestores preparados para treinar e capacitar esses perfis, o caminho de prosperidade certamente será mais virtuoso – com menos rotatividade e desgaste para todos.

  

Pollyana Guimarães - idealizadora da Evoluzi, empresa de curadoria de treinamentos corporativos.

 

Evoluzi

https://evoluzi.com.br/

 

sábado, 2 de julho de 2022

Zillennials: como engajar a geração desengajada?

 

Atrair e reter profissionais da geração Z está cada vez mais difícil. Extremamente seletivos e criteriosos, oferecer uma boa remuneração já não se mostra suficiente para esses jovens – conquistados, ao invés disso, por uma companhia que tenha uma cultura e ambiente de trabalho alinhados aos seus valores pessoais. Na tentativa constante de conciliar esses interesses, os programas de treinamento se mostram como uma das ações mais eficazes para garantir a satisfação dos zillennials na companhia e, os incentivá-los a crescer e prosperar junto com o negócio.

Representados por aqueles que nasceram entre 1993 e 1998, a geração Z já representa uma boa quantia da força de trabalho em diversos países e, ainda, da população mundial – totalizando cerca de 31%, segundo dados de um estudo conduzido pela Organização das Nações Unidas. Mesmo conquistando cada vez mais protagonismo, os empecilhos para fazer com que se sintam realizados em uma oportunidade profissional ainda são grandes.

Cerca de 53% desses profissionais estão insatisfeitos com as oportunidades do mercado, de acordo com um relatório divulgado pela seguradora MetLife. Como justificativa desse volume, muitas empresas ainda focam apenas em oferecer altos salários a seus trabalhadores – enquanto, para a Geração Z, se torna muito mais valioso entrar para uma companhia que se preocupe com fatores ambientais, éticos, de inclusão, de preocupação à saúde mental e, que ofereça a possibilidade de equilibrar a vida laboral e pessoal.

Vagas que proporcionam uma rotina que incentive o crescimento profissional e a possibilidade de se desenvolver, são completamente atrativas para os zillennials. Diante de profissionais altamente criativos, empenhados e multitarefas, é essencial garantir que se sintam parte de um propósito muito maior dentro da empresa. Felizmente, muitos programas de treinamento e capacitação são capazes de conquistar esse objetivo.

Mesmo diante de cursos de graduação excepcionais disponíveis, muitos jovens estão chegando ao mercado de trabalho completamente desalinhados frente às necessidades corporativas. Grandes habilidades tecnológicas e de agilidade em processos estão presentes nos zillennials – mas, o entendimento apropriado das relações humanas para o andamento de projetos assertivos, são características falhas em sua grande maioria.

A incapacidade em lidar com conflitos, pressões, exigências e funções intensas corriqueiras em diversas companhias, faz com que muitos desses profissionais não consigam administrar esses fatores e, troquem constantemente de empregos em sua jornada. Por isso, é importante que a organização assuma um papel de educador para a Geração Z, por meio de estratégias de ensinamento que incluam desde o on boarding desse profissional, até seu dia a dia na empresa.

Como regra geral, a metodologia aplicada nestes treinamentos deve sempre trazer a importância de suas funções para o crescimento da companhia. Mas, diferentemente da geração Y e dos baby boomers, que conseguem absorver o conteúdo ofertado com qualidade por meio de aulas extensas e expositivas, os zillennials, certamente, apresentarão melhores resultados por meio das famosas pílulas de conhecimento. Ou seja, vídeos curtos, de no máximo 30 minutos, exibidos com uma maior periodicidade.

Se tratando do conteúdo em si, é essencial criar um material didático que inclua todos os pontos importantes para uma ética de trabalho – desde como se vestir adequadamente, qual a cultura da empresa e o que é esperado dele, até quais as perspectivas a curto, médio e longo prazo. Mas, o sucesso do aprendizado de todos esses pontos dependerá, obrigatoriamente, de uma boa liderança por trás.

Os líderes responsáveis por esses treinamentos devem desenvolver um poder empático e de não julgamentos, diante de imensas diferenças de hábitos, perfis e opiniões que, certamente, existirão entre esses profissionais. É preciso criar uma condição voltada para essa cultura mais jovem e saber como engajá-los, atuando como verdadeiros mentores nesse desenvolvimento.

Um bom currículo não é mais sinônimo ou segurança de contratar um profissional qualificado para o seu negócio. Diante de uma geração extremamente exigente por princípios completos, é papel das empresas lapidar esses jovens e oferecer a devida orientação pedagógica para seu desenvolvimento corporativo. Quando conduzidos, ainda, por gestores preparados para treinar e capacitar esses perfis, o caminho de prosperidade certamente será mais virtuoso – com menos rotatividade e desgaste para todos. 

 

Pollyana Guimarães - idealizadora da Evoluzi, empresa de curadoria de treinamentos corporativos.

 

Evoluzi

https://evoluzi.com.br/

 

sábado, 30 de outubro de 2021

Brasil na COP 26 e a aliança com o Reino Unido

 

A COP 26 - - Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas -, que acontece a partir do próximo domingo (31/10), em Glasgow, Escócia, será sem dúvida um marco global no que se refere à adoção de medidas mais ambiciosas (e tão necessárias) dos líderes globais em relação ao clima. Além de sua importância fundamental para o futuro de todo o planeta, o encontro terá especial relevância para o Brasil, que precisa assumir durante a COP 26 um papel de liderança na viabilização de soluções efetivas para os impactos e as ameaças da mudança do clima, essenciais à retomada verde da economia.

 

Para viabilizar esse protagonismo global, é importante ressaltar que o Brasil conta com aliados de peso dentro e fora do país. É o caso da Britcham – Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil, uma associação centenária que congrega empresas e entidades britânicas e brasileiras com o interesse comum de promover relações bilaterais entre o Brasil e o Reino Unido. A Britcham, pautada no consenso científico, apoia a adoção de medidas céleres de mitigação e adaptação e espera que o País não só reconheça o atual quadro de emergência climática, mas paute suas decisões a partir deste fato, dentro de uma estrutura de governança sólida, que assegure ampla transparência e participação popular.

 

A partir dessa premissa, a Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil tem promovido iniciativas de sustentabilidade e meio ambiente para engajar seus associados e parceiros, buscando fomentar a discussão e o compartilhamento de melhores práticas no tema. Entre as várias iniciativas nessa direção, um exemplo dessa atuação acontece em São Paulo, onde associados Britcham estão envolvidos com o Acordo Ambiental São Paulo, um acordo voluntário que tem como objetivo incentivar empresas, associações e municípios a assumirem compromissos voluntários de redução de emissão de gases de efeito estufa, a fim de conter o aquecimento global abaixo de 1,5º. 

 

Acreditamos que promover o diálogo para tratar sobre melhorias e soluções para o meio ambiente é essencial para unirmos forças e superarmos os desafios existentes. Dentre nossas ações, realizamos também uma reunião com associados em todo o Brasil sobre o Programa Race to Zero, campanha global que tem mobilizado empresas, cidades, governos, pessoas e instituições, com objetivo de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. O programa visa intensificar ações de descarbonização, atração de investimentos para negócios sustentáveis e para a criação de oportunidades de negócios voltadas a economia verde. 

Temos 40% das florestas tropicais do mundo, número que nos leva à oportunidade de - conforme a gestora global Schroders – crescimento de nossa economia em 6% a 7% ao ano se o Brasil atingir seu potencial de certificação de 1,5 bilhão de créditos de carbono ao ano. Vendido ao preço atual europeu de US$ 60, esse valor seria de US$ 90 bilhões de exportações. Para se ter uma ideia temos mais de 50% do carbono do mundo e, conservando nossas florestas, geraríamos milhões de créditos de carbono.

 

Esse é um tema que será destaque na COP26, na qual se buscará regulamentar a execução do artigo 6º do Acordo de Paris, notadamente seu Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável deste mercado de carbono. É crucial que o Brasil envide seus melhores esforços durante as negociações para viabilizar, de modo cooperativo, a efetiva implementação deste dispositivo, encorajando, inclusive, a adoção de ajustes correspondentes que evitem a dupla contagem de emissões ou créditos transacionados e, assim, confiram maior credibilidade ao mecanismo a ser empregado.

 

Essas ações serão fundamentais para fortalecer a postura de toda a sociedade por um planeta mais sustentável. Por isso a COP 26 é aguardada com grande expectativa em todo o mundo e será fundamental para que se consolide uma realidade cada vez mais presente no nosso dia a dia: o crescente número de ações em prol da sustentabilidade e a consciência de que é preciso agir sem demora, para evitar que a situação se agrave e comprometa o futuro. 

 

Nesse sentido, é essencial, entre outras medidas, o combate efetivo ao desmatamento ilegal, sobretudo na região da Amazônia Legal. A perda do patrimônio florestal do país, além de afetar a credibilidade do Brasil nas negociações internacionais, repercute negativamente no mercado nacional e internacional, afetando negócios e investimentos. Assim, para ser bem-sucedido e se beneficiar das vantagens competitivas do Brasil quanto à promoção de soluções baseadas na natureza, qualquer plano de recuperação econômica deve contemplar, além de medidas de comando e controle relativas ao desmatamento, incentivos para a exploração sustentável da biodiversidade, com o desenvolvimento de uma bioeconomia inclusiva, que beneficie o próprio país e respeite povos indígenas e comunidades tradicionais. 

 

Essa retomada, além dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, deve considerar a atual emergência climática global, já reconhecida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). Em relatório lançado em agosto, cientistas do IPCC alertaram para o fato de que as mudanças no clima provocadas por ações antrópicas já influenciam eventos extremos por todo o planeta, causando graves impactos ambientais, sociais e econômicos. Caso não sejam tomadas medidas efetivas para uma redução imediata, rápida e em larga escala na emissão de gases de efeito estufa, não será possível limitar o aquecimento global em 1,5°C ou mesmo em 2°C acima dos níveis pré-industriais, como pretendido pelo Acordo de Paris. 

 

A Britcham reconhece os desafios inerentes a uma retomada econômica sustentável no contexto de uma crise climática que requer ações imediatas. Mas, ao mesmo tempo, acredita nas oportunidades que o Brasil tem à sua frente para não apenas promover uma economia inovadora e pujante, com ganhos socioambientais, mas também para reassumir um papel de liderança climática global. Para isso, é preciso que todos façam sua parte, incluindo o debate de assuntos prioritários que serão discutidos na conferência do clima da ONU. 

 

A boa notícia é que, como observamos aqui na Câmara Britânica, onde realizamos uma série de webinars e reuniões com especialistas sobre o tema, há entusiasmo e envolvimento de Secretários de Estado, Governadores, Ministros, entre outras partes interessadas, em temas envolvendo discussões setoriais sobre petróleo e gás, mudanças climáticas, mercado de carbono, sustentabilidade, entre outros. 

 

Assim, a Britcham está segura de que, tanto para o enfrentamento de desafios quanto para a viabilização de oportunidades, o Brasil terá o Reino Unido como um aliado estratégico, com o qual divide o interesse comum de assegurar às gerações do presente e do futuro o direito à estabilidade climática. O desafio global é enorme e exige envolvimento de todos. A COP 26 dará novo impulso a essa postura proativa e propositiva, e é fundamental que aproveitemos as lições do evento para trabalhar de maneira cada vez mais ativa em favor de soluções que nos ajudem a ter um mundo melhor.

 

A Britcham, confiante na longa e duradoura parceria entre os dois países, faz votos para que o Brasil, junto com o anfitrião do evento, assuma o papel de liderança que lhe cabe neste que é o tema vital para a sobrevivência da Terra.  

 

 

Ana Paula Vitelli - presidente da Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Liderar com parceria e proximidade é essencial para manter uma equipe motivada, afirmam executivos

WTC São Paulo Business Club promoveu um debate que pontuou características importantes para aumentar a performance produtiva dos colaboradores nas organizações 


 

Liderança e motivação são elementos fundamentais para qualquer organização. Entretanto, a maior dúvida dos empreendedores é: o que fazer para incentivar o funcionário e deixá-lo satisfeito com a empresa? Para falar sobre essas estratégias, o WTC São Paulo Business Club promoveu um encontro online do comitê Business Transformation no dia 23 de fevereiro, que apontou passo a passo para uma liderança inspiradora. O evento contou com a presença do sócio-diretor e head de coaching da Crescimentum, Danilo Porto, e do presidente do Comitê e board member da Zinzane e Chilli Beans, Felipe Meldonian. 

 

Para Danilo Porto, o segredo para ser um líder que inspira é garantir que a equipe mantenha-se engajada e sinta-se parte da organização, sendo uma peça importante e fundamental para o andamento do negócio. Para isso, é preciso ter um bom planejamento estratégico. “Muito mais do que oferecer um bom salário, estabilidade e um emprego tranquilo, o engajamento dos funcionários é essencial para proporcionar satisfação em relação ao ambiente de trabalho, ao bem-estar e qualidade de vida, além do desenvolvimento do desempenho pessoal e profissional. Pensando nisso, planejar ações que proporcionem essa motivação é um bom caminho. Na ‘roda da liderança’, é importante que o líder construa relações de confiança, que assuma o papel de líder baseado em uma missão ou valores, que alinhe expectativas e que empodere o time”, afirmou o sócio-diretor e head de coaching da Crescimentum. 

 

Outra ação considerada essencial para gerar satisfação nos funcionários é apresentar feedbacks com frequência, de acordo com o board member da Zinzane e Chilli Beans. “É importante ressaltar a importância de dar feedback para os colaboradores. Quando isso não é feito, o nível de insatisfação aumenta e a produtividade do funcionário entra em uma curva que diminui um pouco todos os dias. Erros podem ocorrer e cabe ao líder assumir a responsabilidade perante os gestores. Assim, a equipe sabe que pode contar com ele. Por outro lado, ele deve repassar feedbacks para os colaboradores a fim de que as falhas não voltem a acontecer. E isso precisa ser feito através de um bate-papo descontraído, da maneira correta. Valorizar e reconhecer as boas práticas dos funcionários também é fundamental para formar uma equipe engajada, afinal, receber pontos positivos também é motivador”, disse Felipe Meldonian.

 

Considerando todas essas características e o cenário pelo qual as empresas passam atualmente, é possível afirmar que a motivação é o que impulsiona os colaboradores. “Uma equipe motivada estará mais atenta e disponível para o seu trabalho, atuará de maneira mais proativa e se dedicará mais para alcançar resultados profissionais e pessoais. Para isso, a figura do líder motivador é fundamental”, finalizou Meldonian.


terça-feira, 28 de julho de 2020

Os 7 passos para desenvolver uma mentalidade empreendedora anti-crise

A pandemia provocada pelo novo coronavírus tem deixado sequelas na saúde e também na economia mundial. Com o aumento acelerado do desemprego, e tentando nadar contra a maré, muitas pessoas apostaram no empreendedorismo para garantir sua sobrevivência. O tão sonhado desejo dos brasileiros em se tornar dono do próprio negócio, e ter autonomia e independência, ganhou ainda mais força no cenário atual.

Segundo pesquisas do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), 60% das empresas fecham nos cinco primeiros anos de funcionamento e não é difícil entender o motivo dessa triste realidade. Muitas pessoas acreditam que ter experiência no segmento que deseja atuar já é suficiente para obter o sucesso, mas as estatísticas comprovam o contrário.

O desafio de empreender esbarra em dois tipos de competências: técnicas e comportamentais. As técnicas estão diretamente relacionadas com a área de atuação, gestão e mercado. A boa notícia é que essas são mais fáceis de aprender quando você adquire conhecimento e capacitação. As habilidades comportamentais exigem um processo intenso de autoconhecimento e resiliência para o seu desenvolvimento. E é exatamente nesse ponto que você precisa intensificar seu foco.

O desenvolvimento dessa mentalidade empreendedora de sucesso pode ser alcançado a partir do momento que você foca, única e exclusivamente, no que precisa fazer para seu negócio prosperar.  O real motivo para abrir um negócio não deveria ser o lucro e, sim, um desejo genuíno de mudar a vida do outro quando ele adquire seus produtos e serviços. O lucro é apenas uma consequência do excelente trabalho que você desenvolve e o quanto você ajuda as pessoas a resolverem seus problemas.

Mas como tirar o cifrão do olho e colocar no bolso? Aqui vão algumas dicas valiosas de quem chegou lá e pode encurtar o seu caminho.

- Propósito. Muito tem se falado em propósito nos últimos anos, mas pouco tem se praticado. Encontre o seu desejo de mudança. Geralmente o que mais te incomoda pode se tornar uma missão de vida através do seu trabalho. Pense em como, e pelo quê, você gostaria de ser lembrado. Se você ainda está nesse plano é porque tem algo extraordinário para fazer. Então faça seus dias valerem a pena! Uma missão de vida realizada traz felicidade, satisfação e autoconhecimento;


- Relacionamento. O empreendedor precisa entender que o trabalho é construído junto com seus pares e ter pessoas certas ao seu lado, que agregam na sua jornada, é um dos focos mais importantes do negócio. Aprenda a entender as pessoas e como elas se engajam. Faça elas se sentirem pertencentes e importantes. Contribua com elas e elas contribuirão com você.


- Direcionar objetivos e metas. Esse tópico também já virou clichê. Só estabelecer metas claras não é o suficiente. Quando você pensa no seu objetivo te dá borboletas no estômago? Se a resposta for não, ele não é desafiador o suficiente. Se apaixone! Já reparou que quando está apaixonada se torna resiliente e se mantém firme quando as coisas começarem a dar errado? Atingir os seus objetivos não é uma linha reta, é cheia de altos e baixos. Continuar olhando para a sua meta vai te manter em direção a ela.


- Autoconhecimento. Entender como você pensa e toma decisões te permite encontrar formas eficientes para lidar com diferentes situações do negócio, desde como fazer networking até como controlar seu emocional para ajudar no processo criativo. O autoconhecimento também pode ser ancorado com apoio profissional de um coaching ou um mentor;

A sua alta performance nos negócios está diretamente relacionada com sua auto performance. E auto quer dizer eu. Você só alcançará melhores resultados na vida profissional quando desenvolver novas habilidades e competências no âmbito pessoal. Invista mais tempo cuidando do seu CPF do que do seu CNPJ, afinal é isso que vai fazer a diferença nos seus resultados.


- Rotina produtiva X tempo ocupado. É preciso estabelecer uma rotina direcionada e constante para ser produtiva e fortalecer a mentalidade empreendedora. Escolha executar tarefas que te aproximem dos resultados que você demais. As demais, delegue para outra pessoa ou elimine.

No atual momento, vários conteúdos gratuitos estão sendo disponibilizados na internet e gerando obesidade mental, conteúdo não colocado em prática. Escolha lives que te proporcionam o conhecimento necessário para dar o próximo passo, defina o que é prioridade aprender agora e aja. Conhecimento sem ação não gera sabedoria. O empreendedor que conhece sua meta saberá buscar conhecimento direcionado e focado que agregue valor ao seu negócio.


- Comunicação assertiva. A comunicação sem fronteiras tem os dois lados da moeda. Tanto pode tornar a empresa reconhecida mundialmente, como denegrir sua imagem. Dessa maneira, parte do sucesso é oriunda da forma como ocorre essa comunicação com o outro. Faça uma comunicação baseada em fatos que realmente aconteceram, porque todo o restante é interpretação. A forma como você interpreta um acontecimento pode gerar distorções na comunicação.

Construir relacionamentos saudáveis é uma das bases principais para gerar reciprocidade e rede de apoio. Portanto, só conseguimos escalar nossos negócios se tivermos muitas pessoas envolvidas, que falam da empresa e nos indicam. Assuma a responsabilidade pela comunicação com clientes e funcionários e busque evoluir nas suas limitações. Quando você terceiriza a responsabilidade para outras pessoas perde a excelente oportunidade de se desenvolver. Aquilo que não te desafia não te transforma.


- Liderança. Muitas pessoas acreditam que a liderança é nata, geralmente atribuída aos bons comunicadores. No entanto, a comunicação é apenas uma, das diversas habilidades e competências atribuídas a um bom líder. Por isso, o primeiro passo é aprender a liderar a si mesmo, ter seus próprios resultados e extrair de si o seu máximo. Então, qual pessoa que esteja disposta pode desenvolver uma postura inspiradora?

Diante desses fatos, é preciso construir uma mentalidade empreendedora para ter sucesso no negócio, conectando-se a um propósito que traga satisfação e contribuição, além do lucro. Em busca de sua missão, o empreendedor precisa seguir metas direcionadas, integradas a um conjunto de habilidades em áreas estratégicas e uma rede de apoio tanto dentro quanto fora da empresa. A constante busca pelo autoconhecimento também gera alta performance nos resultados do negócio.

Por fim, o empreendedor precisa agarrar seus desafios e dificuldades e lembrar que eles fazem parte do crescimento profissional. Afinal, a história mostra que os maiores empreendedores do mundo quebraram pelo menos três vezes. Se você não quer fazer parte dessas estatísticas por que não aprender com os erros dos outros e tornar seu caminho rumo ao sucesso mais curto?

 


Wanessa Fonseca - mãe, escritora, professora e consultora de desenvolvimento humano e de negócios. Fundadora da UP Results, que ajuda empresários a construirem resultados acima da média. CEO da Innermetrix Goiás focada em Gestão Inteligente de Pessoas, levando indivíduos, times e empresas a alcançarem o dobro da performance com a metade do esforço. Entusiasta da inovação, tecnologia, neurociências e psicologia positiva. Treinadora comportamental formada pelo IFT - Massaru Ogata, Master Coach, Practicioner em Programação Neuro Linguística e Mentora de empreendedores.
Foi executiva de finanças em grandes empresas durante 15 anos até ter sua vida transformada pelo autoconhecimento e se apaixonar pelo desenvolvimento humano, tornando essa sua missão de vida.


terça-feira, 31 de março de 2020

7 passos para liderar o time remoto pela primeira vez


Liderar pessoas é difícil e, remotamente, é mais difícil ainda. Mas, como tudo na vida, é só uma questão de prática. Basta saber o que fazer, aplicar no dia a dia e os resultados vêm. Se você está tendo que liderar pessoas, remotamente, do dia para noite, não se sinta só. Muitas pessoas em posição de liderança se viram obrigadas a fazer o mesmo. Como nós devemos ter, no melhor dos cenários, mais algumas semanas, ou, no mais realista, mais alguns meses de isolamento, é importante aprender como navegar nesse oceano desconhecido.  A boa notícia é que, mesmo antes da crise do Covid-19, o trabalho remoto já vinha ganhando bastante força a, pelo menos, uma década. Por isso, existem boas práticas consolidadas e bastante material sobre o assunto.


Passo 1: Antes de tudo, crie processos de comunicação

A primeira e maior diferença da gestão presencial para a remota é a forma de comunicação. Ao contrário do escritório em que você pode ir à mesa de todo mundo e bater um papo, no trabalho remoto a comunicação é muito mais difícil. Por isso, você precisa criar processos para que a sua equipe e você consigam se comunicar eficientemente.  O importante é criá-los e ir melhorando com o tempo. Outra diferença central do escritório para o home office é que enquanto no primeiro a comunicação é principalmente oral, no segundo ela é primordialmente escrita. Isso aumenta ainda mais a importância dos processos, pois as pessoas precisam saber onde ler e onde escrever o que precisam. Para isso, comece definindo canais. Ou seja, o que deve ser falado em cada lugar. Fazendo isso, você alinha com sua equipe onde cada tipo de comunicação está e facilita que se encontre a informação certa na hora certa. 


Passo 2: Saiba filtrar as mil mensagens do dia a dia

Como líder de um time remoto, você vai receber várias mensagens, e-mails, documentos etc. Para não se perder, é importante que você tenha um método para lidar com todo esse volume de informação. Que tipo de mensagem você responde primeiro? Em caso de emergência, por onde eles devem te contatar? Qual o tempo máximo de resposta que você demora? Qual vai ser esse método varia do seu time, do seu negócio e da sua personalidade, entretanto ele precisa existir e sua equipe precisa saber como ele funciona. Assim, eles sabem o que esperar de quando entram em contato com você.


Passo 3: Confie na sua equipe e demonstre interesse

Com trabalho remoto, você não vai conseguir micro gerenciar seu time nem que você queira. Por isso, você precisa confiar que eles vão dar o seu melhor e fazer a coisa certa. Eventualmente, erros vão acontecer, mas eles fazem parte do processo de aprendizagem. Nenhuma grande empresa chegou aonde chegou sem milhares de erros. O importante é ser capaz de aprender com eles. Para ajudá-los nesse processo, é ideal que você tenha uma reunião 1:1 conhecida como one a one, de mais ou menos 30 minutos no início da semana com cada pessoa do time. Essa reunião funciona muito bem se cada pessoa enviar de três a quatro prioridades da semana para liderança, e de antemão. Assim, você conseguirá alinhar prioridades, apontar caminhos, ajudar com problemas e estar perto e ciente do que todo mundo está fazendo.

 
Passo 4: Dê e peça muitos feedbacks

É muito difícil acertar qualquer coisa de primeira. Por isso, é importante que você pergunte sempre para seu time o que está funcionando e o que não está nos novos processos e interações. A partir dos inputs, você poder ir aperfeiçoando tudo. Porém, a menos que sua empresa tenha uma cultura MUITO forte de feedbacks, é difícil que seus liderados te deem esses insights sem um pedido. Por isso, é central que você peça por eles, seja por e-mail ou aplicativo de mensagens.Se por um lado é importante que você peça muitos feedbacks, por outro, também é que você os dê. Sempre que você observar algo que poderia ser melhor ou que está ótimo, não perca a oportunidade de dar feedbacks positivos ou construtivos. Assim, você reforça o que tá bom e ajuda a mudar o que não tá.


Passo 5: Tenha conversas difíceis rapidamente

Se em geral já é importante corrigir rotas equivocadas o mais rápido possível, no trabalho remoto isso é ainda mais importante. Você precisa garantir que todo mundo sempre esteja na mesma página e, caso haja algo que precisa ser transformado ou corrigido, fale com a pessoa o mais rapidamente possível. O melhor jeito de fazer isso é por videoconferência com um software da sua preferência. Dessa forma, vocês conseguem falar e se ver e a comunicação fica menos fria e impessoal.


Passo 6: Tenha MUITA empatia e cuidado com as palavras

Na linguagem oral, existe uma série de elementos não-verbais que ajudam a que outras pessoas nos entendam de forma mais clara. O tom de voz, nossa postura, a linguagem corporal etc. tudo isso ajuda. Na linguagem escrita, não temos nada disso. Então, precisamos pensar bem antes de escrever e garantir que o tom da mensagem está adequado. Por outro lado, precisamos entender que, às vezes, na pressa do dia a dia, a outra pessoa escreveu a mensagem sem pensar e não quis ser grossa, apesar da mensagem eventualmente poder soar assim. Na dúvida, assuma que a pessoa tem as melhores intenções possíveis e/ou pergunte o que ela quis dizer. Isso evita muitos mal-entendidos. Assim como é bom que você tenha essa atitude com mensagens de outras pessoas, é importante que você pergunte e saiba escutar o que foi interpretado a partir da sua comunicação. Ficou na dúvida de se soou grosso? Pergunte. Se tiver ficado, peça desculpas.


Passo 7: Crie rituais de time e momentos de socialização

Seu time precisa de contato face a face, porém com a crise do COVID-19 eles não vão acontecer tão cedo. Para suprir essa necessidade, que tal criar rituais de time com ajuda de videoconferências nos quais todo mundo possa conversar? Com esses sete passos, tenho certeza que você vai conseguir dar o pontapé inicial na liderança remota muito bem. Ela é mais fácil do que parece e, com a prática, você pega o jeito.





Francisco Homem de Melo - fundador da Qulture.Rocks, software de gestão de desempenho. Especialista e estudioso em cultura organizacional. Autor do livro The 3G Way: Dream, People, and Culture, figurando entre os mais vendidos da Amazon em estratégia e negócios, e “OKRs: Da Missão às Métricas”, com o objetivo de ajudar as empresas a implementar uma metodologia de metas direcionada para alcançar resultados.


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