Pesquisar no Blog

terça-feira, 22 de março de 2016

Adolescência: psicóloga do Colégio Humboldt dá dicas sobre como manter o diálogo com seu filho durante essa fase



Muitas vezes a chegada do filho à adolescência é um período de turbulência não só para o jovem, mas também para os pais, que precisam saber lidar com o comportamento dos filhos e também aceitar que seu filho não é mais um bebezinho e está próximo de se tornar um adulto.

A fase, por mais conflitante que seja para ambos, com emoções e sensações diversas, precisa ser superada, e os pais, mesmo com dúvidas e conflitos internos, precisam estar presentes e seguros para o filho, afinal, é ele quem está passando pela fase de principais mudanças e de autoafirmação, que é a adolescência. “Saber ouvir e respeitar o sentimento do jovem também é de extrema importância”, conta Karin Kenzler, psicóloga do Colégio Humboldt, instituição tradicional bilíngue de São Paulo, que completa 100 anos em 2016.

Segundo a profissional, o diálogo é uma ferramenta essencial na educação e na prevenção de desvios do desenvolvimento saudável e fundamental para que valores e limites sejam transmitidos. Além disso, o diálogo permite que pais conheçam melhor seus filhos e criem maior intimidade com eles.

“Para dialogar com adolescentes é necessário tomar alguns cuidados para não intimidá-los ou sufocá-los. Em primeiro lugar, é importante lembrar que o foco da conversa sempre deve ser o de criar intimidade e não o volume de informações ou instruções que se pretende passar”, explica a psicóloga.

A abordagem de temas sérios como sexo e drogas não pode ficar de fora do diálogo familiar e nem apenas sob a responsabilidade da escola. “Os programas de prevenção e orientação na escola devem ser complementados com diálogos em casa, onde os valores de cada família e cultura podem ser passados. Para facilitar a conversa, a abordagem deve ser informal, inserida em situações cotidianas como no carro, almoço ou passeio”, comenta Karin.

As recomendações na hora da saída e divertimento do jovem também devem ter uma atenção especial. Segundo Karin, o melhor jeito de ser ouvido por seu filho é em algum momento oportuno, com calma, e não fazer uma lista de recomendações antes dele sair, quando a chance de não darem atenção é muito maior.

Já sobre os estudos, Karin adverte sobre a cobrança por meio de sermões. “Fiscalizar, cobrar, brigar para que seu filho estude pode até funcionar, mas não vai motivá-lo. Crie um ambiente familiar em que assuntos de conteúdo escolar são valorizados. O diálogo em casa, nas refeições, no carro, deve valorizar a cultura geral e motivar a busca de conhecimento. Não pergunte ao seu filho se fez a lição, mas o que esta estudando”, aconselha a psicóloga.

Confira as cinco “chaves do diálogo”, de acordo com a psicóloga Karin Kenzler:

1 - Escutar despindo-se de preconceitos, críticas ou julgamentos para não intimidar.
2 - Acolher seu sentimento para desarmá-lo e torná-lo apto a escutar.
3 - Perguntar para entender seus motivos e ajudá-lo a ter maior clareza da situação e uma postura mais reflexiva.
4 - Demonstrar o dilema que está em jogo, deixando claras as duas opiniões conflitantes.
5 - Buscar uma solução conjunta. Exige paciência para escutar soluções inviáveis que devem ser tratadas com racionalidade e bom senso.

Dança é aliada no desenvolvimento das crianças na primeira infância






A dança é uma maneira prazerosa de exercitar o corpo, e na infância torna-se uma brincadeira gostosa e divertida, trazendo muitos benefícios para o desenvolvimento dos pequenos.

Hoje a dança é percebida não só como um passatempo, mas pelo seu próprio valor. Podemos notar na criança que dança o aumento da autoestima e da segurança, facilidade em se sociabilizar e fazer novas amizades, e o desenvolvimento da confiança física e mental.

Segundo Sabrina de Souza, bailarina e diretora da Ritmo Espaço de Dança, na primeira infância são trabalhados diversos conceitos que ajudará a criança para sua formação.  “Com a dança trabalhamos muito a coordenação motora, noção espacial, socialidade, agilidade em movimentos de equilíbrio, desenvolvimento muscular, reflexo, corrige problemas ortopédicos, desenvolve a expressão corporal, a atenção e a memória, estimula a circulação sanguínea, ajuda no sistema respiratório, elimina gordurinhas a mais evitando a obesidade infantil e diminuindo o colesterol, corrige más postura e ganha elasticidade”, explica.

A nível psíquico a dança também tem um resultado muito positivo nessa fase da vida, ajuda no desenvolvimento da personalidade da criança, desenvolve a sensibilidade permitindo que eles coloquem para fora todas as suas emoções e sentimentos, supera a timidez, reduz os sintomas de estresse e ansiedade, aumentando a confiança de si mesma.

Por isso se recomenda que essa atividade comece a ser praticada desde cedo, entre os 3 ou 4 anos de idade, quando o aparelho locomotor das crianças pode assimilar e interiorizar com mais facilidade e soltura os movimentos e técnicas da dança. “Existem alguns estudo científicos que provam que a dança também auxilia em problemas cognitivo, age no cérebro como um pensamento divergente, em que a pessoa tem que achar mais de uma forma de saída para determinada situação, como na primeira infância é trabalhado improviso, estimula a criança a expor seus sentimentos se expressar obriga a parte cognitiva delas a trabalhar mais, e de uma forma lúdica”, lembra Sabrina.

Benefícios da dança para meninos e meninas:
- A dança estimula a circulação sanguínea e o sistema respiratório;
- Favorece a eliminação de gorduras;
- Contribui para corrigir más posturas;
- Exercita a coordenação, a agilidade de movimentos e o equilíbrio;
- Colabora no desenvolvimento muscular e forma da coluna;
- Ajuda no desenvolvimento da psicomotricidade, da agilidade e coordenação dos movimentos;
- Permite melhorar o equilíbrio e os reflexos;
- Pode ajudar a corrigir problemas como o “pé plano”. No ballet, a posição que o pé adota durante as aulas na maior parte do tempo, é estirado para frente, fazendo com que pouco a pouco se corrija o defeito;
- Desenvolve a sensibilidade dos pequenos, permitindo que fluam seus sentimentos com total liberdade;
- Ajuda na socialização das crianças mais tímidas e a superar essa timidez.

“Dependência química não é desvio de caráter”






Psicóloga explica sobre o real sentido do termo e quais as medidas necessárias para entender o paciente

Bêbado, drogado e viciado. Quem nunca ouviu estes termos sendo utilizados para julgar uma pessoa? 

O fato é que essas poderosas palavras são empregadas de maneira errada quando designadas para descrever um distúrbio ou problema de saúde.

O uso abusivo de substâncias como álcool e outras drogas deve ser retratado como “dependência química”, termo um tanto quanto recente desde a sua origem. Foi apenas em 1964 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) introduziu o termo "dependência" para substituir os termos "vício" e 'habituação'. Mais tarde, em 1967, o termo “alcoolismo” ingressou pela primeira vez no Código Internacional de Doenças (CID-8).

“Até então não se entendiam as dependências como uma doença, mas sim como um desvio de caráter, falta de personalidade ou de força de vontade. Muitas vezes os usuários eram chamados de bêbado, viciado, drogado entre tantos outros termos pejorativos”, explica a psicóloga da clínica curitibana Quinta do Sol, Marina Vidal Stabile.

A dependência, seja ela qual for, não se desenvolve por uma escolha, mesmo porque o dependente não tem controle sobre este desenvolvimento, já que o uso continuado de qualquer substância psicoativa provoca uma modificação no funcionamento cerebral. “O termo ‘dependência química’ pode ser usado em referência a dependência de múltiplas substâncias psicoativas ou com referência específica a determinado medicamento ou classe de drogas”, detalha.

Embora a doença da dependência seja aplicável a todas as classes de substâncias psicoativas, há diferenças entre os sintomas de dependência característicos de cada substância. Um dependente químico e/ou alcoólico tem um desejo incontrolável de consumir a droga, aumentando a quantidade do uso com o passar do tempo para se conseguir o mesm o efeito.
“Surgem sintomas de desconforto psíquicos e físicos quando ela interrompe ou diminui o uso, e, para diminuir este desconforto, ela continua usando a substância. Frequentemente a pessoa usa mais droga e por mais tempo do que pretendia. Pode haver uma tentativa ou o desejo de parar ou diminuir o uso, mas ainda sem sucesso”, pontua a psicóloga.

A mudança do comportamento dependente é uma caminhada carregada de conflitos, sendo essencial a utilização de todas as condições disponíveis para auxiliar o sujeito a se engajar num processo de recuperação. Apontar o dedo e estabelecer julgamentos não é saudável, por isso, procure ajudar pacientes e pessoas com estes perfis. “O engajamento e não acomodação dos familiares, a identificação preventiva, a busca de auxílio especializado e o acompanhamento de longo prazo são aliados da caminhada bem-sucedida”, finaliza Marina.

Números
De acordo com a OMS, o uso abusivo de álcool resulta em 2,5 milhões de mortes a cada ano, sendo que 320 mil jovens com idade entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas ao álcool, resultando em 9% das mortes nessa faixa etária e, pelo menos, 15,3 milhões de pessoas têm transtornos por uso de substâncias psicoativas.
Estas e outras pesquisas mostram que o uso de substâncias psicoativas (especialmente cocaína, crack e drogas sintéticas) aumentou mais – proporcionalmente - no Brasil do que em outros países do mundo. O Brasil é o terceiro maior consumidor de estimulantes e o uso ilícito de drogas entre mulheres é aproximadamente um terço do uso entre homens.


Posts mais acessados