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quinta-feira, 9 de março de 2023

Independência e privacidade são os principais fatores que levam as brasileiras a morarem sozinhas, mostra pesquisa do Imovelweb

 Levantamento inédito aponta que a maioria das mulheres que ainda não tem imóvel próprio pretende conquistá-lo via financiamento


Maioria das mulheres brasileiras foi morar sozinha, entre 22 e 30 anos, em busca de independência, privacidade e crescimento pessoal, conforme aponta o estudo inédito do Imovelweb. Para as entrevistadas que ainda moram com sua família ou parceiros, 38% indicam que morar sozinha está fora dos seus planos atuais, mas não veem problema nessa alternativa, enquanto para 27% delas não há interesse algum. Já 12,41% das respondentes têm a intenção, mas não encontraram o imóvel ideal até o momento. Já 7% contam que têm esse desejo, mas não conseguem se manter sozinhas.

Das respondentes brasileiras, quase 8% afirmaram que estão prestes a assumir a responsabilidade de ter um lar só seu e, por fim, 1,41% já tentaram essa opção, porém não gostaram.

Quando perguntadas sobre o perfil de imóvel que gostariam de morar, a maioria das respondentes (41,80%) afirma preferir morar em apartamento. Já as casas independentes aparecem em segundo lugar, sendo preferência para 22,32%. Apenas 4,10% optaram por morar em estúdio.

“A pesquisa destaca que parte das brasileiras ainda busca por um imóvel que atenda a sua realidade, enquanto outras, que também têm interesse em morar sozinha, afirmam que precisam primeiramente de independência financeira. Essa nova fase pede organização pessoal e planejamento financeiro, e para que essa escolha flua de uma forma mais tranquila e os planos de ter sua casa solo possa sair do papel, a plataforma do Imovelweb se preocupa e disponibiliza meios que facilitam a busca de um imóvel que melhor se encaixa em cada perfil”, conta Bárbara Miranda, Senior National Sales Manager do Imovelweb


A relação da mulher com a compra do imóvel próprio

Quando o assunto é ter o seu imóvel próprio, 36,46% declararam ser proprietárias de um imóvel em seu nome e 10% são coproprietárias ou tem um imóvel próprio que está em nome do companheiro (a) ou outro familiar e, por fim, 6,67% tinham uma propriedade, mas não possuem mais.

Para as que já são proprietárias, o levantamento buscou saber como ele foi adquirido. Para 34,32%, a compra foi realizada em conjunto com o (a) companheiro (a), 23,62% por financiamento, 20,66% com as próprias economias, 16,24% receberam de herança e 5,17% compraram em conjunto com os pais ou outro familiar.

Já as brasileiras que estudam a possibilidade de compra de um imóvel, 29% das entrevistadas enxergam no financiamento imobiliário a melhor alternativa para essa conquista, seguidas por 21% para compra junto com parceiro (a) e 12% com suas próprias economias.

“O sonho da casa própria é compartilhado por milhares de brasileiros e pede ainda mais planejamento do que alugar um imóvel sozinha. O financiamento imobiliário continua sendo uma das principais alternativas, porém trata-se de uma negociação de alto valor, que, na maioria das vezes, é um investimento a longo prazo. É importante reavaliar as finanças e refletir sobre todas as facilidades que o mercado imobiliário disponibiliza nos dias de hoje”, indica Bárbara.

O levantamento abordou também as dificuldades para quem deseja morar sozinha e as responsabilidades por todas as despesas é a maior para 52% delas. As tarefas domésticas aparecem em segundo lugar como dificuldade para 28% das entrevistadas, seguido pelo sentimento de solidão e insegurança, representados por 11,24% e 10,11%, respectivamente.


Os dados foram obtidos por meio de um questionário online respondido por mais de 2.000 usuários da Argentina, Brasil, México, Equador e Peru, entre os dias 02 e 22 de fevereiro de 2023.

 

Imovelweb
www.imovelweb.com.br


SBD-RS alerta para cuidados com produtos para o cabelo que tiveram restrições de uso pela Anvisa

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão de comercialização de pomadas modeladoras para os cabelos

 

Como uma medida preventiva até o final das investigações, a ANVISA emitiu uma resolução proibindo temporariamente o uso e a comercialização de pomadas modeladoras capilares. Foram várias denúncias acerca dos efeitos adversos causados pelo uso deste tipo de produto quando em contato com os olhos.

De acordo com o órgão regulador, consumidores de pomada modeladora capilar, não regularizada pela ANVISA, evoluíram com inchaço nas pálpebras, dor nos olhos e problemas oculares graves, obrigando a agência a tomar medidas cautelares. O fato de a pasta modeladora não estar regularizada impossibilita garantir a segurança do uso. Segundo a dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Cintia Cristina Pessin, esse quadro pode ocorrer por dermatite irritativa da pele e das mucosas.

“Diversas substâncias químicas e até mesmo extratos naturais botânicos (derivados de plantas) podem provocar irritação aguda ao primeiro contato com a pele, em pessoas suscetíveis. Os sintomas costumam ser ardor, queimação e intensa coceira (prurido) geralmente restritos ao local do contato do produto com a pele. A região das pálpebras é muito fina e sensível, sendo mais suscetível a dermatites irritativas ou alérgicas. Quando o produto escorre dos cabelos para o rosto e olhos, acaba ocorrendo o contato e, consequentemente, a irritação”, explica.

O tratamento depende muito da extensão e da gravidade do quadro, mas o primeiro passo é lavar o local afetado abundantemente com água para remover qualquer vestígio do produto irritante e, assim que possível, procurar atendimento médico. Jamais se automedicar ou buscar “soluções mágicas”, pois elas podem agravar ainda mais o problema. Vale ressaltar que é muito importante adquirir e utilizar apenas produtos regularizados junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), respeitando as instruções de uso e prazo de validade dos produtos.

 


Marcelo Matusiak

Revisão: Dra Valéria Rossato


Empoderamento feminino na cibersegurança

A presença de líderes femininas vem crescendo no Brasil, nos últimos anos, mas sem dúvida ainda é grande a disparidade de gênero no mercado de trabalho. Segundo relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, em 2021, se o progresso global para redução da desigualdade seguir nesse ritmo lento vai levar mais 132 anos para a lacuna fechar.

O curioso é que a economia mundial poderia crescer 7% – cerca de US$ 7 trilhões (aproximadamente R$ 36,4 trilhões) – se houvesse uma queda na diferença de salários entre homens e mulheres. A análise é da consultoria financeira Moody’s Analytics, que baseou o cálculo na equiparação salarial de mulheres entre 25 e 64 anos com colegas homens da mesma faixa etária, usando como base dados também de 2021.

Entre as causas da diferença de gênero no mercado de trabalho figuram fatores relacionados ao contexto social e cultural, com uma forte estereotipação da figura feminina, que permanece sobrecarregada com atividades domésticas e as responsabilidades de cuidado com a família.

Embora o mesmo estudo aponte que o número de mulheres nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com mestrado ou formação equivalente é superior ao de homens, elas ainda estão sub-representadas em cargos de gerência de nível médio e alto. Ensinadas a sempre buscar a perfeição, agir com cautela, servir e não incomodar, muitas criam barreiras internas que as impedem de ousar e, consequentemente, progredir na profissão.

Quando o assunto é a presença da mulher na tecnologia – área essencialmente masculina – é preciso mais do nunca desconstruir os papeis sociais, acreditar na própria capacidade e potencial e investir no autoconhecimento para conquistar um lugar ao sol. Além de dedicação e foco, é importante criar uma rede de apoio, não somente de mulheres, mas também de homens que estejam dispostos a abrir caminhos para os talentos femininos, valorizando a competência indiferentemente do gênero, para assim aumentar a diversidade e a inclusão dentro das empresas.

Ainda são poucas as mulheres no setor de tecnologia, e acredito que elas precisam se empoderar mais para ocupar esse espaço. Muitas organizações promovem programas de capacitação profissional para quem não tem experiência e deseja ingressar na área, mas ainda encontramos muitos mais candidatos homens do que mulheres disputando essas vagas.
Dados de pesquisas da Sociedade Brasileira de Computação, PNAD, Women in Tech e IBGE mostram que as mulheres são apenas 15% dos estudantes de Ciência da Computação e representam somente 20% dos profissionais que atuam no mercado de TI. Das que ingressam em cursos de tecnologia da informação, 79% desistem logo no primeiro ano. Temos que mudar esse cenário.

Claro que no mês da mulher é importante celebrar as conquistas e ganhar felicitações – afinal, quem não gosta de flores e bombons – mas a data também deve servir como uma oportunidade para fazer uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade. É urgente fazer essa pausa e pensar em estratégias que possam colaborar com o processo de empoderamento feminino e em como aumentar a representatividade no ambiente de trabalho.

 

Rayanne Nunes - coordenadora de Tecnologia do time de São Paulo da Trend Micro no Brasil, empresa especializada em cibersegurança.

 

Juros e inflação elevados afetam desempenho do comércio paulistano

IMAGEM: Nilani Goettems/DC
Balanço da Associação Comercial de São Paulo mostra queda de 5,1% nas vendas de fevereiro na comparação com janeiro


 

As vendas no comércio paulistano recuaram 5,1% na passagem de janeiro para fevereiro, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O resultado negativo, na comparação mensal, pode ser explicado pelo impacto do feriado de Carnaval no varejo e pela menor quantidade de dias úteis do mês passado.

Mas, a despeito desses fatores pontuais, a ACSP destaca que observa uma tendência de desaceleração no comércio motivada principalmente pela alta dos juros, que encarece o crédito e, consequentemente, segura o consumo e o investimento das empresas.

A taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75% ao ano, maior patamar já registrado. Ela é mantida nesse nível pelo Banco Central desde agosto do ano passado, numa tentativa de conter a inflação que, em doze meses, acumula 5,77%, permanecendo acima da meta de 3,25% estabelecida para este ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A ACSP lembra que a desaceleração da atividade econômica acontece desce o final de 2022, evidenciada pela queda de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre do ano passado.

Outro sinal de desaquecimento econômico é a queda na confiança do consumidor, que em fevereiro, segundo o Índice Nacional de Confiança (INC), da ACSP, recuou 1,8% na comparação com janeiro. Esse indicador, entretanto, permanece em nível positivo, acima dos 100 pontos.

As expectativas do consumidor são positivas, de acordo com o INC, mas a percepção em relação à situação atual, não. São justamente os juros e a inflação elevados que afetam o poder de compra, causando pessimismo em relação ao momento atual.

Diante desse cenário, a expectativa dos economistas da ACSP para os próximos meses é de retração nas vendas do comércio paulistano, já que ainda não se vê no horizonte um ponto de fuga para a conjuntura econômica atual.

“Existe incertezas sobre o que virá pela frente em relação à reforma tributária, inflação e oferta de crédito”, comenta Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

O ponto positivo do Balanço de Vendas da ACSP aparece na comparação interanual, com a alta de 1,5% nas vendas de fevereiro na comparação com as de igual mês de 2022. 



Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/juros-e-inflacao-elevados-afetam-desempenho-do-comercio-paulistano



Violência e balas perdidas obrigam MSF a fechar hospital no Haiti

Atividade foi suspensa temporariamente na unidade de saúde no bairro de Cité Soleil, Porto Príncipe


Devido à situação insustentável de segurança, a organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi forçada a fechar seu hospital na área de Cité Soleil, em Porto Príncipe, capital do Haiti. A medida temporária foi adotada devido à escalada da violência na cidade, deixando a fuga como única opção às pessoas que estão no meio do fogo cruzado.

Confrontos violentos entre grupos fortemente armados têm acontecido a poucos metros das instalações hospitalares. Por isso, MSF considerou que não é mais possível garantir a segurança de seus pacientes e funcionários no local.

"O que vemos são cenas de guerra a poucos metros do nosso hospital", afirmou o assessor médico de MSF Vincent Harris. "Apesar de o hospital não ter sido diretamente atingido, somos vítimas colaterais do confronto, já que a instalação médica está bem na linha de fogo. Sabemos que o fechamento do hospital terá um forte impacto sobre a população de Cité Soleil, mas nossas equipes não podem trabalhar até que as condições de segurança estejam garantidas.”

Um grande número de balas perdidas atingiu a área do complexo hospitalar, ao mesmo tempo em que ter acesso ao local é atualmente quase impossível para as pessoas doentes e feridas, algumas das quais atingidas pelo confronto que ocorre nas proximidades. MSF, cujas equipes trabalham no Haiti há mais de 30 anos, pede que os confrontos nos arredores do hospital cessem e que as atividades médicas sejam respeitadas para que as equipes possam reiniciar o quanto antes o seu trabalho e continuem oferecendo cuidados de saúde à população de Cité Soleil.

Outra preocupação de MSF é que o aumento da violência na capital haitiana esteja ocorrendo ao mesmo tempo em que a população enfrenta necessidades de saúde e humanitárias cada vez maiores.

Ao mesmo tempo, tem aumentado o número de pacientes atendidos no centro de emergência de MSF de Turgeau, no centro de Porto Príncipe, a 10 km de Cité Soleil. Nos últimos dias, equipes de MSF atenderam um número de feridos a bala dez vezes maior do que o usual.  

"Desde a volta dos confrontos no bairro de Bel Air em 28 de fevereiro, recebemos muitas crianças, mulheres e idosos”, explica o gerente de atividades médicas de MSF, o doutor Freddy Samson. “É terrível ver o número de vítimas indiretas destes confrontos. É difícil dizer quantas pessoas ficaram feridas no total em toda a cidade porque muitas pessoas têm medo de sair de seus bairros.”

Equipes de MSF que realizavam atendimentos com estruturas móveis em áreas no epicentro da violência recente testemunharam os confrontos armados, obrigando-as a suspender os atendimentos médicos.  Muitas pessoas fugiram das áreas de conflito e buscaram refúgio em abrigos informais, que rapidamente ficaram superlotados. MSF verificou a situação em localidades próximas ao centro da cidade e observou as necessidades críticas de um grande número de pessoas deslocadas, arriscando-se a ser atingidas por balas perdidas e vivendo em condições precárias e com acesso limitado à água potável.

Os conflitos entre grupos armados se espalharam a todos os bairros de Porto Príncipe. Desta forma, toda a população da capital enfrenta uma situação extremamente difícil.  

“A violência está ficando cada vez mais perto”, disse um integrante da equipe de MSF que preferiu permanecer anônimo. “Eles estão atirando na nossa casa – meus vizinhos do andar de cima encontraram uma bala perdida nas escadas. Muitas pessoas estão deixando a área. Eu mesmo fui obrigado a sair com minha família e buscar abrigo na casa de um amigo.”

Apesar do fechamento temporário do hospital em Cité Soleil e da deterioração da situação de segurança na capital, equipes de MSF continuam comprometidas com a assistência à população haitiana, a principal vítima da violência que atinge o país há muitos anos. Nossas equipes continuam a tratar vítimas de violência e queimaduras em Tabarre, sobreviventes de violência sexual em Delmas 33 e no Departamento de Artibonite, vítimas de acidentes graves no centro de emergência de Turgeau, grávidas e seus bebês no Departamento Sul, além de populações afetadas por violência urbana por meio de clínicas móveis.

Em 2022, em colaboração com o Ministério da Saúde do Haiti, equipes de MSF realizaram mais de 4.600 intervenções cirúrgicas, ofereceram 34.200 consultas de emergência, atenderam 2.600 pacientes com ferimentos de arma de fogo, trataram 370 vítimas de queimaduras, ofereceram 17.800 consultas médicas por meio de clínicas móveis, deram assistência a 2.300 sobreviventes de violência sexual e realizaram 700 partos. Desde o final de setembro de 2022, foram tratadas mais de 19 mil pessoas com sintomas de cólera.

 

Tecnologias de prevenção de risco potencializam o trabalho de seguradoras focadas no agro

Sistema de análise territorial e geográfica é premissa para a contratação do seguro agrícola, pois indica o real risco e oportunidades


O ano de 2022, apesar das adversidades, mostrou mais uma vez a potência do agronegócio brasileiro e a relevância de investir em tecnologias que auxiliem as seguradoras a oferecer a maior proteção possível para pequenos, médios e grandes produtores. Para se ter uma ideia da relevância do setor, de acordo com o balanço 2022 da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), de janeiro a novembro do último ano as exportações brasileiras de produtos agropecuários somaram US$ 148,3 bilhões, superando em 23,1% o total vendido em 2021, que foi de US$ 120,5 bilhões. E é a contratação do seguro rural, que protege a produção principalmente contra intempéries climáticas, se mostra indispensável. Para oferecer a melhor cobertura, seguradoras têm investido em tecnologias de monitoramento, que ajudam a precificar a apólice com base no risco real da região.

Em um país de dimensões continentais e que concentra, em um só território, diversos climas e tipos de solo, é preciso monitorar grandes riscos dos quais o Ser Humano não tem controle, como tempestades, secas, granizo, queimadas naturais, além de determinar o valor cobrado do produtor com mais eficiência, e são as tecnologias, como as desenvolvidas pela Imagem Geosistemas, distribuidora oficial da Esri – líder americana no Sistema de Informações Geográficas (GIS), que ajudam as seguradoras a precificar com maior assertividade riscos reais em cada região do país.

O monitoramento da produtividade agrícola, aliado ao histórico climático de cada região do país, é essencial. Ter um sistema de análise territorial e geográfica, pautada em dados e diversas variáveis, é a melhor premissa da contratação do seguro agrícola, indicando o real risco a cada uma das oportunidades. Com um sistema utilizando Gêmeos digitais, geografia, data geoanalytics, é possível ter segurança, transparência, assertividade e precisão para análise crítica, mitigando erros na precificação e riscos a carteira”, explica Jeferson Cruz, especialista de marketing na Imagem Geosistemas.

O especialista ressalta que a contratação do seguro rural passa por diversas fases e que, em todas elas, desde a cotação das propostas até o acompanhamento das apólices e possíveis sinistros, a digitalização é fundamental para acelerar a análise, trazendo mais celeridade para o processo. E nesse sentido, o grande diferencial que o uso de dados traz para a seguradora é o monitoramento à distância, de forma individualizada e transparente, sem a necessidade de vistorias presenciais, que custam caro e não têm a mesma precisão da tecnologia.

Mais do que ajudar na precificação, o uso de dados históricos e imagens de satélite do campo permite monitorar as propriedades rurais, recebendo informações como: validação da cultura (se foi plantada corretamente), identificação da data do plantio e colheita e a validação do ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) da região e cultura. Além disso, as seguradoras também precisam acompanhar se os seus clientes estão em dia com o compliance socioambiental, adotando todas as práticas de ESG nas suas atividades. É possível prever e mitigar riscos socioambientais com rastreamento constante.

A digitalização do seguro rural pode trazer muitos benefícios para as seguradoras. Estamos falando de um mercado com alto potencial de crescimento, mas que é limitado pela falta de informações e conexão entre instituições e produtores. Em vez de definir taxas mais altas para os produtores, as seguradoras que usam tecnologias para minimizar corretamente esses riscos podem oferecer um produto mais atrativo e sofisticado, com boa rentabilidade para a instituição e valores dentro da realidade dos produtores. Com isso, será possível expandir sua atuação sem aumentar a exposição ao risco, gerando receita e aumento de capilaridade”, finaliza Jeferson.

 

A preparação para o primeiro dia de aula da criança começa em casa; entenda como

istock
Uma nova rotina requer cuidados e uma transição cuidadosa para que o início do ano letivo seja uma experiência mais fácil e prazerosa 


O primeiro dia de aula pode ser intimidador tanto para os filhos como para os pais. É importante que o assunto escola esteja em pauta e seja bastante conversado antes do início das aulas. Assim, a ansiedade vai se diluindo e a expectativa pode ser mais positiva do que negativa.

É possível até fazer uma visita na escola antes de as aulas começarem, para que pais e crianças se familiarizem com o ambiente. Quanto mais se conhece o espaço, mais confortáveis as pessoas nele ficam. Isso leva tranquilidade à transição, que pode ser feita de maneira mais equilibrada.

Essa é uma oportunidade para a criança criar mais autonomia e se envolver em sua rotina. Também podem começar a treinar para o início das aulas, acordando no horário certo, já com antecedência, para se acostumar à demanda futura. A experiência pode se transformar em motivação para que a criança explore o mundo sem os pais.

É importante que a criança esteja envolvida em todo o processo. Ela pode preparar seu próprio lanche para levar para a escola com a ajuda dos pais. Os filhos então se sentem mais próximos à nova realidade. Isso faz com que a transição seja gradual, e não um abismo na vida da criança.

Tenha certeza que a criança tem tudo o que precisa. O ideal é ajudar o filho a separar o material e aprender a colocar em sua mochila infantil, assim vai se acostumando com a rotina diária. Vale a pena também levar a criança para a compra do material escolar, para que ela se envolva em todas as etapas de preparação.

Cada criança é única e deve-se respeitar o tempo e a personalidade de cada uma. Os irmãos podem ter reações completamente diferentes no primeiro dia de aula. Algumas crianças são mais extrovertidas, outras mais introvertidas. É preciso ler as necessidades específicas e dar o suporte necessário.

Os pais devem se despedir com afeto, mas demonstrar calma e tranquilidade. As crianças podem captar a ansiedade dos pais, que podem estar mais tensos com a separação do que os próprios filhos. É fundamental que se dê tchau no momento certo e não saia andando quando a criança estiver distraída ou não estiver vendo. A despedida é importante para que entendam como se dá o processo e que não se sintam abandonadas em um local desconhecido.

Após a aula, é interessante que os pais criem um diálogo com a criança para que possam expressar sua experiência. Muitas vezes, a criança tem dificuldade em responder perguntas abstratas, como “como foi o seu dia?”. A resposta pode ser monossilábica. Em vez disso, elaborar perguntas mais precisas, como “com quem você brincou?” ou “o que fez no recreio?”, ajuda a criança a entregar informações mais concretas.

 

Descubra como se tornar um engenheiro nuclear e atuar nas usinas nucleares do Brasil

Sala de controle da usina nuclear Angra 2 na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto
Divulgação Eletronuclear


Conheça a profissão e suas principais características.


Já pensou em ser um engenheiro nuclear e atuar nas usinas nucleares do Brasil? Essa profissão é primordial para a Eletronuclear, estatal criada em 1997 com a finalidade de operar e construir usinas termonucleares no Brasil. O engenheiro nuclear é fundamental para o funcionamento das usinas Angra 1 e 2 e também vai ser em Angra 3, quando estiver em operação. Entre as frentes de atuação está a determinação do esquema otimizado de recargas de Angra 1, Angra 2 e Angra 3, atendendo aos requisitos de segurança na operação do reator; especificar espessuras mínimas de blindagem radiológica para atender às especificações de segurança das instalações; e verificar plantas de projeto de instalações nucleares e radioativas sob o ponto de vista de proteção radiológica.


Mas como surgiu a engenharia nuclear?

Ao longo da história, o homem desenvolveu e adaptou inúmeras áreas da ciência para adequar suas invenções. Ao estudar os elementos da física e da química, bem como o comportamento dos átomos e partículas em seus núcleos, os cientistas perceberam que poderiam desenvolver novas formas de energia. Nascia aí a engenharia nuclear. 

No Brasil, a engenharia nuclear é recente, mas a demanda por profissionais qualificados existe desde a construção de Angra 1 e 2, nas décadas de 1970 e 1990. Atualmente, além da construção de Angra 3, o Programa Nacional de Energia – PNE 2050, o Programa Nuclear da Marinha e o Programa de Construção do Submarino Brasileiro à Propulsão Nuclear impulsionam a profissão. 

Para se tornar um engenheiro nuclear no Brasil é necessário que o profissional conclua o curso de graduação ou pós-graduação em engenharia nuclear. O curso deve ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) ou pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

 

Profissionais qualificados

Para o professor do Programa de Engenharia Nuclear da COPPE/UFRJ, Aquilino Senra Martinez, os cursos de graduação em engenharia nuclear são essenciais para o desenvolvimento de profissionais qualificados no mercado de trabalho:

“O engenheiro nuclear deve ter uma sólida base técnica, científica e profissional, com capacidade para absorver e desenvolver novas tecnologias da energia nuclear. O curso de graduação estimula a atuação crítica e criativa dos estudantes na identificação e solução de problemas de engenharia, incentivando fortemente a inovação tecnológica. Conceitualmente, o engenheiro nuclear é um engenheiro de sistemas com forte interdisciplinaridade e, por esta característica, pode ser absorvido por empresas de diferentes segmentos da indústria nacional e estrangeira”, afirmou. 

Martinez também acredita que para o futuro do desenvolvimento do setor nuclear no país é primordial que mais jovens qualificados concluam os cursos de engenharia nuclear: “Se não tem milho não tem pipoca. Se não houver formação de recursos humanos em engenharia nuclear no país não haverá setor nuclear brasileiro. O futuro do uso da energia nuclear para geração de eletricidade e aplicações de radioisótopos, nos mais diferentes segmentos da sociedade, depende fortemente da capacidade de atração e retenção de jovens talentos no setor nuclear do país”, disse. 

 

Novos empregados

Em 2022, a Eletronuclear realizou um amplo concurso público para a contratação de novos funcionários. Com isso a empresa busca, principalmente, atender às demandas de Angra 3. A engenheira nuclear e física Beatriz Machado dos Santos é uma das 125 convocadas ainda em 2022. Mestre em engenharia nuclear pela COPPE/UFRJ, ela detalhou como descobriu a existência do curso no país, além da sua expectativa em ingressar na Eletronuclear. Confira:


O que te fez seguir a carreira de engenheira nuclear?

Descobri a existência do curso de mestrado e doutorado em engenharia nuclear na COPPE/UFRJ enquanto ainda estava na graduação. A ideia de trabalhar com radiação e material nuclear me atraiu muito, pois essa área proporciona desafios incríveis para a minha carreira.

 

Como foi essa experiência de entrar na empresa pelo concurso público?

Fui aprovada recentemente no concurso da Eletronuclear. Já era algo que eu desejava há muito tempo e quando surgiu a oportunidade não poupei esforços e me dediquei bastante para conseguir essa vaga tão sonhada. Ao saber da minha aprovação tive uma sensação incrível, foi pura felicidade.

 

Qual a sua expectativa em trabalhar na Eletronuclear?

Eu já trabalhei anteriormente na física de reatores em Angra 1 e, com muito orgulho, estou lotada neste mesmo setor que me acolheu tão bem anteriormente. Tenho altas expectativas quanto ao meu crescimento profissional, fora a qualidade de vida que a região proporciona. 

 

Qual a importância dessa profissão na sua visão?

Essa profissão é de extrema relevância para o futuro do país, pois a energia nuclear é uma fonte de energia incrível. É limpa, barata e segura. Precisamos continuar nossos esforços de forma a promover o crescimento do setor nuclear no país. 

           

Como você enxerga a profissão no futuro?

Eu acredito que teremos mais profissionais dedicados a essa área, pois quanto mais informações nós passamos para a sociedade sobre os benefícios da energia nuclear, maior a aceitação popular. Infelizmente, não somos muitos ainda, mas somos um grupo forte e bastante dedicado, tudo é feito com muita segurança e muito estudo. 

 

Quais as principais funções de um engenheiro nuclear?

O engenheiro nuclear pode aplicar seus conhecimentos em diversos setores da área como na geração de energia, propulsão nuclear, física nuclear, radioproteção e pesquisa. Enfim, existem muitas oportunidades a serem exploradas tanto nacional quanto internacionalmente, sempre priorizando a segurança e a eficiência das atividades.

 

quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia Internacional da Mulher: 6 dicas para um SPA em casa

Celebrada em 8 de março, a data é um convite para promover o autocuidado do jeito que as mulheres merecem! Especialista em beleza dá dicas práticas para colocar o plano em prática 

 

Sabe aquele momento em que o cansaço toma conta e você só quer descansar depois de um longo dia de trabalho? Pois, saiba que este é um sinal de que é hora de parar e separar um tempinho para cuidar de si.

O autocuidado é importante para o bem-estar geral e fazer um dia de spa em casa é uma ótima maneira de relaxar e dar um reset na cabeça. A seguir, confira dicas valiosas para uma deliciosa experiência no conforto da sua casa. Você merece!
 

1. Tome um banho de espuma relaxante

Prepare o ambiente com algumas velas, música e use saquinhos de chás com suas ervas favoritas para deixar o banheiro cheiroso. Então, separe sua espuma de banho favorita e relaxe na banheira ou na jacuzzi para liberar a tensão muscular, abrir os poros e esvaziar a mente. Outra opção é tomar um banho quente de chuveiro mesmo. Tenha criatividade!

2. Aplique uma máscara no rosto

Escolha uma boa máscara facial com aromas revigorantes, como alecrim ou menta. Aplique-a no rosto enquanto relaxa na banheira, deixando o vapor, as bolhas e os aromas proporcionarem um relaxamento perfeito. As máscaras com argila de bentonita têm propriedades impressionantes de tonificação na pele, além de deixar uma sensação suave e sedosa.
 

3. Não se esqueça do cabelo

Aproveite seu SPA também para dar aos fios o cuidado que eles precisam. Aplique uma máscara para hidratá-los e nutri-los. Você perceberá os benefícios principalmente se estiverem danificados, secos ou forem crespos. Certifique-se de usar um produto adequado para o seu tipo de cabelo ou faça a seguinte receita caseira.

 

Máscara hidratante natural

Ingredientes:

1 abacate maduro

2 colheres (chá) de óleo de coco

3 colheres (sopa) de gel de babosa (Aloe vera)

 

Como fazer: em um pote, misture todos os ingredientes. Se o cabelo for muito longo ou grosso, adicione mais óleo de coco. Aplique nos cabelos úmidos, começando pelas pontas e até a raiz. Faça um coque com todo o cabelo ou coloque uma touca, e deixe agir por 30 a 40 minutos. As vitaminas do óleo de coco e do abacate vão deixá-lo nutrido e brilhante. E a aloe vera hidratará e suavizará o couro cabeludo. Enxágue com água morna e lave os fios com xampu e condicionador sem sulfato.
 

4. Deixe de lado as preocupações do dia

Tem dias que você só quer esquecer os problemas, então, por que não reservar um momento para se deliciar com um esfoliante delicioso com partículas que eliminam as células mortas da pele? Quando você sentir a sensação de suavidade na pele, se esquecerá dos problemas.
 

5. Hidrate da cabeça aos pés

O momento ideal para aplicar o hidratante e mimar o seu corpo é depois do banho ou de uma boa esfoliação.

Aplique o produto com a pele ainda úmida e sinta que ela fica mais sedosa ao toque. Reserve mais alguns minutos para relaxar, ao se concentrar nos dedos dos pés, pés, pernas e braços, junto com uma deliciosa massagem. Isso ajudará a mudar o seu foco das preocupações do dia.

 

Laura Chacon-Garbato - esteticista licenciada*, pós-graduada pelo International Dermal Institute nos EUA e membro do Associated Skin Care Professionals (ASCP). É diretora de Treinamento e Educação Mundial de Produtos Nutricionais da Herbalife Nutrition.
 

Dia internacional da mulher e as potencialidades astrológicas, segundo Paula Arruda


A astróloga Paula Arruda, bastante ariana (sol e Marte em Áries) e capricorniana (ascendente em Capricórnio), com uma energia potente libriana (lua em Libra) e pisciana (Mercúrio e Vênus em Peixes), conta um pouco sobre as potencialidades femininas nesse 8 de março, dia internacional da mulher.

Um viva para todas as mulheres do mundo!

E você, qual é a sua combinação de potencialidades e maravilhas?


A mulher de ÁRIES

Toda mulher é um pouco ariana com a sua audácia, ousadia, paixão pela vida, disposição para enfrentar os perigos e para liderar seus sonhos. A mulher de Áries é cheia de energia e se preciso, “vai com medo mesmo”. Ela tem sede de viver. Não tem tempo a perder. Sabe a importância de viver o agora de verdade.


A mulher de TOURO

Toda mulher é um pouco taurina com a sua paciência, seu apreço pelo conforto e por tudo que trouxer aconchego e segurança. A persistência da mulher de Touro faz com que ela não desista antes de alcançar seus sonhos. Ela sabe a importância de se nutrir de coisas belas e saborosas e por isso aprecia comida e música boa.


A mulher de GÊMEOS

Toda mulher é um pouco geminiana com a sua sociabilidade, seu jogo de cintura e sua capacidade de se virar nos trinta. A mulher de Gêmeos faz amizade com facilidade, sabe conversar sobre os mais variados assuntos, adora viajar e conhecer lugares exóticos e pessoas. Tem raciocínio rápido e sabe a importância de deixar com que tudo flua.

A mulher de CÂNCER

Toda mulher é um pouco canceriana com sua vulnerabilidade e capacidade de cuidar das pessoas ao seu redor. A sensibilidade da mulher de Câncer faz com que ela seja um ótimo ombro amigo e saiba acolher quem precise desabafar. Ela valoriza sua ancestralidade e sabe a importância de sempre ter um lugar para onde voltar.


A mulher de LEÃO

Toda mulher é um pouco leonina com seu brilho, sua capacidade de encantar e levar um novo ânimo por onde passar. A mulher de Leão é muito generosa, talentosa e criativa. Ela costuma se destacar pela sua originalidade e leveza. Ela sabe a importância de curtir a vida e brindar cada conquista e sonho realizado.


A mulher de VIRGEM

Toda mulher é um pouco virginiana com seu olhar minucioso e cirúrgico. A praticidade e capacidade de análise da mulher de Virgem faz com que ela realize planejamentos incríveis para chegar onde deseja. Ela gosta de se sentir útil e sabe a importância de contribuir, somar e fazer a diferença.


A mulher de LIBRA

Toda mulher é um pouco libriana com a sua delicadeza, seu bom gosto e senso de justiça. A mulher de Libra faz com que todos se sintam especiais na sua presença. É uma ótima anfitriã e sabe fazer uma mediação como ninguém. Ela busca paz na alma e sabe a importância de estar ao lado de quem ama.


A mulher de ESCORPIÃO

Toda mulher é um pouco escorpiana, sensual, magnética e com a intuição a mil. A profundidade da mulher de Escorpião faz com que ela seja capaz de mergulhar de cabeça sem rede de proteção. Ela prefere viver no extremo do “ou oito ou oitenta” do que viver uma vida “sem sal”. Ela sabe a importância de existir de forma plena.


A mulher de SAGITÁRIO

Toda mulher é um pouco sagitariana na sua busca por aventuras e disponibilidade para navegar em novos mares. A mulher de Sagitário é livre, bem humorada e possui fé na vida! Ela costuma atrair coisas boas porque confia que o melhor sempre está por vir. Sabe a importância de ter esperança e cultivar pensamentos positivos.


A mulher de CAPRICÓRNIO

Toda mulher é um pouco capricorniana dedicada, trabalhadora e capaz de alcançar o topo da montanha mais alta. A ambição produtiva da mulher de Capricórnio faz com que ela construa sua jornada e colha belos frutos com o passar dos anos. Ela sabe a importância de consolidar seus sonhos para obter raízes sólidas.


A mulher de AQUÁRIO

Toda mulher é um pouco aquariana com sua genialidade, capacidade de surpreender e manter sua autenticidade no meio da multidão. A mulher de Aquário é questionadora, tem um grande senso humanitário e está sempre disposta a colaborar para melhorar o mundo. Ela sabe a importância de se posicionar e ser verdadeira.


A mulher de PEIXES

Toda mulher é um pouco pisciana, sensível, amorosa e cheia de empatia. A fantasia da mulher de Peixes faz com que ela as vezes se afaste dos problemas cotidianos. Ela tem muita imaginação e conexão com a beleza de tudo ao seu redor. Sabe a importância de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração quentinho.

 

Mulher: a protagonista da sua própria história

Toda metáfora esconde uma verdade. O slogan “Lugar de mulher é onde ela quiser”, é uma dessas metáforas tagarelas, mais apropriadas para os espetáculos de mágica. Lugar de mulher nunca foi onde ela quiser, porque esse lugar é de construção. O feminismo tagarela inventou essa alegoria para que ficássemos acomodadas numa imagem exterior. Para que fizéssemos uma pausa benigna, em nossas dúvidas. Essa frase nos deixa em uma zona de conforto e é fugaz. Por seu caráter lúdico, nos afasta do feminismo como força política, como modo de transformação de vida, praticado no âmbito público e privado.  Faz acreditar que não precisamos apoiar umas às outras e ter convulsões para buscar daqui e dali espaços que tornem possível o intercâmbio verdadeiro com os homens.

O feminismo de hoje não tem problema com os homens. Eles já estão quase calados à nossa potência. Nos enxergam , nos reconhecem e são pró-feministas. Há muitos homens providos de continuidade de nossas narrativas.  O encadeamento de nossas reivindicações com a agenda deles é fato. Somos 30% no mercado em tecnologia, somos presidente de Supremo. Somos milhares de mulheres trabalhando, consumindo e gerando outros seres.

A mulher, que hoje não precisa pedir permissão para exercer direitos e cidadania, para ser tratada com justiça, não pode se esconder atrás desse painel de vidro que insiste em dizer que  a desigualdade acabou e que nosso lugar está selado, carimbado.  Uma coisa é ser cidadã e exercer a cidadania, outra é achar que não existem desvios legais e políticos e podemos nos arredar da cena covardemente, achando que lugar de mulher é onde ela quiser.

Esse slogan chega ser irônico, para não dizer da força de sua influência subjetiva sobre as mulheres. No fundo é altamente alienante e busca cooptar o pensamento, quase provocando   um deixa-como-está. Como disse René Descartes, a disposição afetiva para dúvida, nos deixa desconfortáveis. Basta o mínimo de inteligência e menos surdez para perceber que essa frase não escuta a voz de nossos apelos. Não nos escuta em nada. Não nos representa.

O feminismo se constrói com luta. Como proposta de mudança no Estado Democrático e de Direito. Essa vocação é a de buscar persistentemente, no reino da política e da ética, uma posição para as mulheres.  Precisamos ter atenção com mantras. Mantras recalcam ações. A dinâmica da vida da mulher brasileira exige marteladas. 

Que todas essas alegorias, historinhas de idiotismo, crenças limitantes e pensamentos sem evidências sejam levadas para bem longe dos dados reais e das informações verdadeiras, que só mostram a necessidade da mulher conquistar seu lugar. Não precisamos que criem para nós um novo idioma, ou uma nossa filosofia. Sabemos que demos saltos enormes, que os homens não são nosso maior problema, mas precisamos estar atentas ao passo essencial: o feminismo se consolida numa luta constante.  Somos demasiadamente inteligentes para sermos idiotas. Essa frase é enigmática, é um posso e não queremos cair!

  

Maria Inês Vasconcelos - advogada Constitucionalista, pesquisadora e palestrante

 

Dia Mundial do Rim: entenda os riscos da doença renal crônica e saiba como se prevenir

Alerta da OMS aponta que, até 2040, a enfermidade será a quinta causa de morte no mundo

 



Em 9 de março é lembrado o Dia Mundial do Rim, data que estimula a prevenção e o tratamento adequado das Doenças Renais Crônicas (DRC). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2040 a enfermidade será a quinta causa de morte no mundo.

"É uma doença silenciosa, onde gradualmente os rins perdem a capacidade de funcionar, levando ao acúmulo de toxinas no corpo. Se não for tratada, causa danos severos à saúde”, explica Larissa Rodrigues da Costa, nefrologista da Pró-Saúde que atua no Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, interior paraense.

Os rins desempenham a função de filtrar os resíduos tóxicos gerados pelas células e atuam como reguladores para manter o equilíbrio adequado de certas substâncias, como água e sais minerais presentes no sangue. A doença geralmente não apresenta sintomas, sobretudo no início.

“Os sinais consistem basicamente em falta de apetite, inchaço nos pés, pernas ou rosto, fadiga, anemia, pressão arterial elevada e urina com espuma, entre outros”, cita a médica.

Entre os principais fatores de risco estão diabetes, hipertensão arterial, obesidade, tabagismo, histórico familiar de doença renal, idade avançada e uso prolongado de certos medicamentos.

“Muitos desses fatores estão diretamente relacionados aos hábitos de vida. Por isso, a prevenção consiste em dois pilares: adoção de hábitos mais saudáveis e informação sobre a doença para identificar de forma precoce”, enfatiza Larissa.

Confira cinco medidas simples para prevenir doenças renais:


1- Faça exercícios físicos com regularidade;

2- Evite o consumo excessivo de sal, carne vermelha e gorduras;

3- Monitore o peso corporal, colesterol, glicose e pressão

arterial;

4- Não fume e modere o consumo de bebidas alcoólicas;

5- Beba água regularmente e preste atenção aos sinais de desidratação.


"O diagnóstico precoce é fundamental para a controlar e/ou retardar a progressão da doença. Ele é realizado por meio de avaliação clínica e exames laboratoriais, como o de sangue e urina, que identificam a dosagem da ureia e creatinina, marcadores da doença renal", complementa Larissa.


Tratamento

Quando é diagnosticada a falência renal, caracteriza pela lesão irreversível nos rins, é necessário realizar tratamento para a substituição da função do órgão, como diálise, hemodiálise e transplante renal. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o número de pacientes com DRC avançada é crescente, sendo que atualmente mais de 140 mil pessoas realizam diálise no país.

Um desses pacientes é Lindomar Pereira Santos, de 55 anos, que descobriu problemas renais há cerca de quatro anos. “Tive inchaço pelo corpo e mal-estar ao realizar atividades básicas do cotidiano. Busquei atendimento médico e recebi a notícia de que precisaria fazer sessões de hemodiálise para sobreviver. Fiquei muito assustado e inseguro”, lembra o marabaense.

No tratamento de hemodiálise, durante algumas horas, o sangue do paciente é filtrado por meio de uma máquina, que remove os resíduos tóxicos e o excesso de líquidos do corpo.

“Eu não sabia como me sentiria durante e após cada sessão, mas aos poucos percebi que o tratamento era fundamental para manter minha saúde. As primeiras sessões foram as mais difíceis, mas com o tempo aprendi a lidar com os efeitos colaterais e controlá-los com a ajuda dos profissionais que me acompanham”, conta Lindomar.

O paciente é atendido há cerca de três anos no Centro de Hemodiálise do Hospital Regional do Sudeste do Pará, unidade pública de saúde que, somente ano passado, realizou mais de 13 mil sessões de hemodiálise, atendendo um total de 1.140 pacientes.

“É importante lembrar que a DRC não tem cura, já que o órgão não pode ser recuperado. Com os tratamentos podemos minimizar os sintomas e evitar o avanço da doença, proporcionando mais qualidade de vida. A única possibilidade para que a pessoa tenha novamente um rim saudável é por meio do transplante renal, por isso, a prevenção é tão importante”, finaliza a especialista.


Saúde da mulher: 4 bilhões de motivos para investir na saúde delas


Em novembro de 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que atingimos a inacreditável cifra de 8 bilhões de habitantes. O número é impressionante e reflete as melhorias na saúde, nutrição, higiene e avanços na medicina que permitiram um aumento notável na longevidade humana, mas que infelizmente ainda não estão disponíveis para todos. Apesar de algumas colocações alarmistas de superpopulação, na verdade, a taxa de crescimento populacional está diminuindo à medida que as taxas de fertilidade decrescem em muitas áreas do mundo, em consequência das mudanças sociais e econômicas.

Dados recentes revelam que, à medida que as mulheres buscam mais educação e têm acesso ao planejamento reprodutivo, acabam por adiar a gestação e, quando decidem engravidar, o número de filhos é reduzido. A queda de natalidade é uma questão que afeta inúmeros países e resulta na desaceleração do crescimento populacional mesmo naqueles mais populosos, como China e Índia. Segundo o IBGE, em 2022 a taxa era de 1,65 nascimentos por mulher. A realidade não é muito diferente nos demais países da América Latina e Europa, por exemplo.

O impacto esperado na economia, na sociedade e em nosso modo de vida como um todo deve ser tremendo à medida que a população envelhece e as taxas de fertilidade diminuem. Em contrapartida, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que a infertilidade é um problema de saúde mundial que acomete entre 48 milhões de casais e 186 milhões de pessoas no mundo, o que representa 15% da população total do planeta.  Uma parcela significativa dessas pessoas infelizmente permanece sem acesso ao diagnóstico e tratamento adequados. Além disso, o adiamento da maternidade, uma tendência registrada em todos os cantos do globo, promete agravar a situação, já que há uma queda significativa da fertilidade feminina após os 35 anos de idade. Portanto, a necessidade de se concentrar em fornecer cuidados reprodutivos adequados para todos não pode ser subestimada.

Pelo exposto acima, fica claro que muito do nosso futuro depende da saúde e das decisões tomadas pelas quase quatro bilhões de mulheres que povoam nosso planeta. Segundo o Banco Mundial, 49,7% da população mundial é feminina e compreende a maioria dos habitantes em grande parte dos países, exceto na Índia e na China, onde os homens superam em muito as mulheres.

Quando se consideram os grupos etários, a proporção entre homens e mulheres é mais elevada entre os 15 e os 19 anos, mas, acima dos 50 anos, as mulheres ultrapassam os homens. O papel da força de trabalho feminina é extremamente importante e, sem sombra de dúvida, impulsiona o crescimento econômico.

Apesar desses números, as mulheres continuam negligenciadas quando se trata de ciência e pesquisa. Mesmo em países como os Estados Unidos, onde as mulheres representam mais de 50% da força de trabalho, controlam 60% da riqueza produzida no país e são responsáveis por 85% das decisões de consumo, a situação é preocupante.

Não há dúvidas sobre os impactos de gênero na saúde e na doença e, portanto, estudos que considerem tais diferenças são urgentemente necessários. Há pesquisas que mostram respostas diferentes à uma droga para o tratamento da hipertensão, enquanto outros revelam o efeito dos hormônios ovarianos sobre a imunidade, por exemplo. Além disso, a maioria dos estudos clínicos que são fundamentais para identificar novos tratamentos inclui uma minoria de mulheres. Por outro lado, os investimentos na saúde da mulher permanecem baixos, compreendendo menos de 2% dos atuais projetos da indústria farmacêutica.

Condições femininas benignas como endometriose, miomas, sangramento uterino anormal ou menopausa recebem pouca atenção, apesar do enorme efeito adverso que podem ter na qualidade de vida das mulheres e de suas famílias caso não sejam tratadas adequadamente. Ciente dos números e preocupada com a questão, a OMS estabeleceu seis prioridades para a saúde da mulher que incluem a saúde sexual e reprodutiva para todos, bem como a redução de doenças não transmissíveis.

O conceito de saúde da mulher, entretanto, deve abranger não apenas a saúde sexual e reprodutiva, mas também um espectro mais amplo que inclua a saúde mental, materna e menstrual, bem como a prevenção do câncer e das doenças crônicas, como obesidade. Esforços para reduzir a desigualdade de gênero na saúde e mudar esse cenário devem ser uma prioridade na agenda dos governos, universidades, entidades médicas e demais organizações da sociedade civil, pois os investimentos na saúde da mulher retornarão em termos de melhoria da qualidade de vida e saúde, além de crescimento econômico, o que traz benefícios para todos. A saúde das gerações futuras também pode estar em risco quando a saúde feminina é negligenciada. Como o ambiente intrauterino é um fator vital na definição da saúde futura do indivíduo, cuidar da saúde da mulher principalmente durante o período pré-concepcional é de suma importância.

O Dia 8 de Março foi escolhido para comemorar o Dia Internacional da Mulher, data para homenagear mundialmente todas as conquistas incríveis que as mulheres alcançaram e chamar atenção para as muitas batalhas que ainda permanecem. Em meio a homenagens, desfiles e discursos inflamados, o tempo urge enquanto milhões adoecem e padecem sem o devido cuidado. Embora não haja dúvida de que houve avanços que devem ser comemorados, já passou da hora de realmente oferecer a toda e qualquer mulher o cuidado e o respeito que todas merecem.

 

Márcia Mendonça Carneiro  - Diretora científica da clínica Origen BH e professora titular do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFMG

 

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