Pesquisar no Blog

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Eleições 2018: proteja-se dos hackers ao escolher seus candidatos



Grandes eventos, como as eleições do próximo dia 7 de outubro, representam um risco maior para quem acessa redes sociais, sites de notícia, gerenciadores de e-mail ou qualquer outro endereço na internet, seja pelo celular, notebook ou PC. Isso acontece porque os cibercriminosos se aproveitam de momentos de desatenção dos usuários envolvidos em discussões e pesquisas para abusar da criatividade e aplicar golpes virtuais. 

Durante o 1º turno das eleições municipais no Brasil em 2016, a equipe do Arcon Labs registrou um aumento de 200% de ataques de ransomware, que bloqueia o sistema de um dispositivo e impede que o usuário tenha acesso aos seus arquivos até que seja pago um resgate.

O amplo uso de dispositivos móveis e o aumento do compartilhamento de informações por redes sociais e mensagens instantâneas, aliado à baixa preocupação com ferramentas de controle e segurança para acesso às redes e aos gadgets, são favoráveis para a atuação de pessoas mal intencionadas.

O objetivo principal dos cibercriminosos é roubar dados confidenciais, acessar máquinas e sistemas corporativos, quebrar ou paralisar serviços, violar informações e até mesmo desmoralizar o alvo, especialmente no período próximo às datas de votação para escolha dos futuros governantes.

Por isso, nesse período é fundamental aumentar a atenção com determinadas ações na internet. Alguns cuidados básicos são muito importantes:

                        Evite utilizar Wi-Fi público, principalmente quando precisar incluir informações pessoais ou senhas.

                        Mantenha sempre o antivírus atualizado para evitar possíveis ameaças virtuais. O próprio software avisa quando surgem novas atualizações.

                        Não digite suas informações pessoais em qualquer site. Desconfie dos prefixos “https”, porque os cibercriminosos estão obtendo certificados SSL.

                        Suspeite de mensagens, links, imagens, vídeos que receber por e-mail, redes sociais e WhatsApp. Os hackers estão cada vez mais criativos.

        

As empresas precisam ficar de olho

A preocupação das empresas quanto à conduta e ao uso que seus colaboradores fazem da internet e das redes sociais deve ser constante; e o conselho vale tanto para o período pré como pós-eleitoral.  Além disso, o ideal é manter a transparência e comunicar os riscos e as eventuais responsabilidades aos colaboradores. Recomenda-se, ainda, intensificar os controles de segurança e monitoramento.

As companhias de fornecimento de energia e telecomunicações, hospitais e órgãos públicos também são alvos dos cibercriminosos. Por isso, é recomendável reforçar a proteção dos ambientes de segurança de TI e, caso haja algum ataque, o contato com as autoridades deve ser imediato.


Pesquisa mostra apreensão

Uma pesquisa recente realizada pela Avast indica que a população tem receio do que possa acontecer. Segundo os dados levantados pela empresa, 91,84% dos entrevistados acredita que o sistema de votação do Brasil pode ser violado nas Eleições 2018. Cerca de 96,15% das pessoas que responderam à pesquisa acreditam que os partidos políticos ou seus candidatos possam ser alvo de cibercriminosos durante o processo eleitoral.

Outra parte do estudo aponta que 94,39% dos entrevistados afirmam que vazamentos de dados podem influenciar a opinião pública e os resultados das eleições. 







Fonte: Arcon


Formação superior, isonomia salarial e a subjetividade da qualidade técnica


Os números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) na avaliação global do Índice de Desenvolvimento Humano do ano de 2018, demonstram que as mulheres brasileiras, apesar de dedicarem mais tempo aos estudos, ainda estão em desvantagem quando o assunto é renda.  As informações nos remetem a um tema que invariavelmente é objeto de reclamações trabalhistas: a isonomia salarial.

Como se sabe, a Constituição Federal, especificamente em seu artigo 7º, inciso XXX, veda expressamente a diferenciação salarial, de exercício de funções por motivo de sexo, idade, cor ou estado social, o que, ao menos em primeiro momento, causa inquietação quando analisados os números apurados na avaliação global de IDH.

A vedação à discriminação salarial é ainda tutelada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 461, segundo qual, sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.

Assim, não se pode conceber a existência mútua de salários distintos, na mesma empresa, para dois funcionários que executem as mesmas atribuições, ressalte-se, com a mesma perfeição técnica, ou seja, com qualidade equivalente.

Dentre outros fatores, a formação do empregado é sopesada para estimar sua remuneração.

Todavia, a matéria não é tão simples como parece à primeira vista. Isso porque, em determinados cargos, o binômio ‘escolaridade x salário’ pode não representar uma equação precisa.

Empregados que desempenham atividade eminentemente intelectual, ou seja, aquela que demanda maior capacidade de criação, inovação e raciocínio, habitualmente encontram mais resistência e dificuldade para comprovar, em ações judiciais, que exercem seus préstimos com a mesma qualidade que seu par, contudo, com salário inferior, o que violaria o princípio da isonomia salarial. É o caso, por exemplo, dos professores.

Especificamente nesses casos, o grau de escolaridade, por si só, não garante que a qualidade do trabalho prestado seja necessariamente superior ao de seu par. Ou seja, devido ao alto grau de subjetividade envolvido na prestação destes serviços, mesmo que o empregado comprovadamente tenha uma formação considerada superior, seja com uma pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, ainda assim não há como se garantir que a qualidade seja igual ou superior ao de outro empregado, que não detenha os mesmos títulos.

Com efeito, a subjetividade na apuração da qualidade do serviço prestado alarga a margem para a discricionariedade e, por conseguinte, de preferência pessoal, o que pode convalidar injustiças.

Em contraposição ao que se observa no trabalho intelectual, o exercício de trabalho manual oportuniza uma apuração mais acertada sobre a qualidade e a perfeição técnica do serviço prestado.

A disparidade apontada pela ONU na relação estabelecida entre ‘escolaridade x salário’ entre homens e mulheres, pode, dentre outros fatores, sofrer influência de relações empregatícias em que a qualidade técnica é subjetiva.

Não obstante, é certo que a discriminação salarial em virtude de sexo ainda está enraizada na sociedade brasileira de um modo geral, devendo ser reprimida através dos mecanismos judiciais adequadas, com o auxílio, sobretudo, da Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego, que exercem função primordial na luta incessante pelo fim das desigualdades sociais.






Felipe Rebelo Lemos Moraes - advogado de Direito do Trabalho do escritório Baraldi Mélega Advogados


CRISE REQUER NOVO PERFIL DE PROFISSIONAL NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA


A crise econômica colocou a indústria automobilística em xeque. No mundo todo, as montadoras puseram o pé no freio. Projetos foram adiados, orçamentos cortados e as gigantes norte-americanas fecharam milhares de postos de trabalho. Se antes do aperto financeiro a prática era recrutar e contratar executivos e profissionais especializados aos montes, com ênfase à quantidade, no pós-crise a palavra de ordem terá de ser qualidade.

Setor altamente departamentalizado por tradição, a cadeia produtiva automobilística (montadoras, autopeças, etc) sempre valorizou o profissional superespecializado – como, por exemplo, um engenheiro especialista em suspensão, ou um vendedor “expert” no atendimento a frotas – em detrimento do profissional com perfil mais abrangente em competências e conhecimentos, mais generalista.

A crise, entretanto, vai pegar de frente o profissional superespecializado, que contribui muito quando existem novos projetos, mas torna-se caro para a organização quando estes são adiados. As vendas caem, a economia se retrai e a indústria como um todo está abalada. É esse pessoal que está mais suscetível a perder seu emprego e não ter outra chance no mercado. Manter-se no trabalho ou começar uma carreira vai exigir uma mudança de perfil, porque as empresas passaram a necessitar de profissionais mais ecléticos, de formação mais ampla, que possam servir em várias funções.

Nesse novo panorama que se desenhou por força da crise foi preciso quebrar paradigmas basilares da indústria automobilística, setor que, com exceção do ABS, air-bag, dos veículos crossover e SUV, na verdade não apresentou nenhuma grande novidade tecnológica nos últimos 20 anos em termos de produtos disponíveis no mercado. No Brasil, a empresa que mais se renovou nos últimos dez anos foi uma tradicional montadora de origem norte-americana, que trouxe para sua presidência um executivo de fora da indústria, lançou o primeiro SUV compacto do nosso mercado e implantou uma fábrica em um estado sem nenhuma tradição automobilística.

Para sobreviver nos novos tempos, não bastarão diploma universitário, pós-graduação e MBA. Quem já está no mercado precisa transformar o temor da dispensa em coragem para construir uma formação mais eclética, não necessariamente atrelada às necessidades imediatas de promoção, como forma de se preparar para uma nova década de mudança de perfil que vai exigir dele uma nova postura profissional.

É preciso buscar dentro do que chamamos conhecimentos conexos ou adjacentes quais são as áreas que ele pode desenvolver de maneira mais criativa, preparando-se para as novas demandas do mercado. Talvez fazer um curso de História da Arte, Sociologia, Filosofia, Design Gráfico, Engenharia Ambiental ou outro qualquer que ajude a entender como aquela tecnologia pode ser reinterpretada para servir melhor às necessidades do consumidor ligadas à situação da sociedade naquele momento.

Quem quer entrar neste ou em outro mercado deve fazer um “autoteste vocacional”, a fim de reconhecer e desenvolver outras habilidades e se focar nelas. No mercado pós-crise, o grande diferencial não será seu conhecimento específico, mas o quanto suas outras aptidões e conhecimentos amplos podem acrescentar ao seu trabalho.

Qualquer que seja o caso, esse profissional terá de repensar a relação entre a máquina e o ser humano que a utiliza, seja sob o ponto de vista estético, social, político, econômico e ambiental. É justamente desses questionamentos que poderão surgir novas tecnologias e produtos que estimulem o cliente a mudar seus hábitos de consumo.







Flavio Buschinelli - graduado em Economia pela USP, mestre em Marketing Internacional pela FGV-SP, ex-professor de pós-graduação de Marketing Estratégico na ESPM-SP e gerente de negócios corporativos da Thomas Case & Associados, consultoria com mais de 40 anos de atuação na gestão de carreiras e RH. 


Posts mais acessados