A
mitigação de carbono e o cuidado com o desenvolvimento econômico e social das
comunidades, se tornaram as principais preocupações das corporações mundiais.
Para se aproximar deste objetivo as empresas introduziram cinco importantes
mudanças de comportamento. Trata-se da política dos cinco R’s - repense,
recuse, reduza, reuse e recicle –, possíveis pilares que buscam tornar o
planeta Terra mais sustentável.
Cada
indivíduo também pode adotar uma dessas formas e inserir na sua rotina. Ações
que vão desde o consumo de produtores locais, segregação de recicláveis e dar
novos usos a materiais descartados. As empresas, por meio de sistemas de
produção e distribuição mais eficientes, devem buscar o uso racional dos
recursos naturais, a minimização dos impactos ambientais e a conservação da
biodiversidade, num contexto de estratégia empresarial voltada para a
sustentabilidade.
O
setor elétrico é o grupo econômico que mais busca oportunidades e enfrenta
desafios para incorporar a sustentabilidade aos seus valores. De acordo com o
último levantamento do Ministério de Minas e Energia, em 2015, a geração de
energia elétrica oriunda de fontes não renováveis representou 75,9% na matriz
elétrica mundial. E como elas podem reduzir as emissões de gases de efeito
estufa adotando os 5 R’s?
1º
REPENSAR ações e equipamentos utilizados na rede
elétrica – atualmente, no Grupo CPFL Energia, cerca
de 300 clientes têm instalados em suas residências placas fotovoltaicas. Eles
estão gerando sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis.
Estimular a micro geração distribuída, e a
forma de levar o excedente de energia para a rede de distribuição, ampliando a
oferta. Outra maneira positiva de atuar é repensando a utilização de
equipamentos. Ao usar os transformadores verdes, a CPFL reduz riscos de
acidentes ambientais. A substituição do óleo isolante mineral, o ascarel, usado
no sistema de refrigeração dos transformadores, pelo óleo isolante vegetal
biodegradável, reduz o tempo de degradação do óleo no solo de 15 anos para 45
dias.
2°
RECUSAR os famosos “gatos”, identificá-los e regularizá-los – uma ligação
direta na rede elétrica sem o conhecimento e autorização da distribuidora de
energia elétrica é crime previsto no Código Penal e a reclusão pode chegar a
quatro anos. Existem casos em que se rompe os lacres do relógio medidor,
sobrecarregando o sistema elétrico e provocando interrupções no fornecimento de
energia. A regularização não só traz cidadania, como também beneficia todos os
consumidores com um serviço de melhor qualidade. No Brasil, o prejuízo
com este tipo de prática chega a R$ 8 bilhões. O Programa de Eficiência
Energética da CPFL Energia, em 2016, investiu R$ 5,2 milhões nesta ação,
beneficiando 1.950 clientes residenciais de baixo poder aquisitivo, promovendo ações
educacionais sobre o uso consciente de energia elétrica.
3°
REDUZIR o desperdício de energia elétrica – preservar os recursos naturais e
promover educação para o uso racional de energia elétrica. Esses são os
objetivos dos programas de eficiência energética das distribuidoras
brasileiras. Pela lei, elas devem aplicar 0,4% de sua receita operacional
líquida em ações que evitem o desperdício. Graças a aplicação dos projetos de
eficiência energética. De 2008 até junho de 2016, a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) contabilizou uma economia de 4.629 GWh ao longo dos anos.
4°
REUTILIZAR material em benefício da população – equipamentos oriundos da rede
elétrica e não mais utilizados, como postes e cruzetas de
madeira, com o passar do tempo, devem ser trocados e seu descarte deve
ser adequado. Num bom exemplo dessa ação, desde 2014, a CPFL, em parceria com a
Prefeitura Municipal de Várzea Paulista, transforma cruzetas em bancos, que são
distribuídos durante a revitalização de praças na cidade. Além disso, a adoção
de uma logística reversa, para a reforma de medidores e transformadores, evita
custos e contribui para o reaproveitamento por terceiros. É feita a triagem nas
bases operacionais, os equipamentos sem possibilidade de recuperação são
retirados e destinados para aterros industriais, que comercializam a sucata
para fabricantes de panelas, móveis e confecção de cercas. Os materiais bons
permanecem, são recuperados e retornam ao estoque.
5°
RECICLAR por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), decorrente
da Lei nº 12.305 – as empresas podem dar o devido retorno de peças e
equipamentos retirados de serviço, a partir de processos que descontaminam e
evitam danos ao homem e ao meio ambiente. Equipamentos e peças que não possuem
qualidade suficiente para serem reutilizados, como porcelanas de isoladores,
alumínio de cabos e luminárias, metais componentes de transformadores, vidro de
lâmpadas, passam por um processamento, são classificados e viram matéria-prima
para a indústria. Os materiais são destinados para setores diversos como
construção civil, indústria cerâmica e metalúrgica, entre outras. A
comercialização desses insumos gera recursos, que tornam toda a cadeia
sustentável.
A
adoção dessas medidas pode concretizar a sustentabilidade nas políticas de
qualquer empresa, independente do seu negócio. Integrar em seus processos de
tomada de decisão, considerações ambientais e sociais, desde as fases de
projeto até a construção e operação dos seus empreendimentos, fortalece o
RESPEITO e o caminho para o reconhecimento de uma empresa social e
ambientalmente responsável.