Pesquisar no Blog

domingo, 30 de outubro de 2016

Medo de ir ao médico pode ser fobia



Conhecida como “Síndrome do Jaleco Branco”, transtorno prejudica a prevenção de doenças e diagnósticos precoce

O medo de ir ao médico acomete muitas pessoas. Os motivos são diversos, incluindo confiança nos profissionais, experiências negativas vivenciadas ou que se tornaram conhecidas como notícias sobre cirurgias malsucedidas e erros técnicos, esquecimento de instrumentos dentro do corpo do paciente, medicação administrada equivocadamente, entre outras. No entanto, o medo pode esconder um grande perigo. 

A Iatrofobia, conhecida também como a “Síndrome do Jaleco Branco”, é uma manifestação fónica específica. Pessoas que sofrem do mal tendem a evitar ativamente o contato com médicos e outros profissionais da saúde.  Segundo a diretora do Departamento de Psicologia da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Karla Carbonari, essa fobia é difícil de ser diagnosticada, pois  além de ser uma patologia pouco conhecida, é difícil de ser diagnosticada, devido a recusa dos doentes em se consultar com profissionais de saúde. 

De acordo com a psicóloga, um indivíduo portador dessa fobia têm pavor de ambientes hospitalares e mesmo quando pensam em profissionais de saúde ou em uma possível doença, alteram o comportamento, agitando-se, apresentando tremores e até mesmo podendo perder a coerência dos pensamentos. “Pessoas que sofrem com a fobia, tendem a adiar exames médicos de rotina, recorrendo a automedicação como forma equivocada de evitar doenças ou problemas de saúde, prejudicando a prevenção e diagnóstico precoce de algumas doenças – afirma.

Segundo a especialista, o acompanhamento psicológico é importante para reconstruir a autopercepção do paciente, pois o tratamento das fobias se faz com a associação de psicoterapias e medicamentos. “Uma alternativa interessante pode ser a oferta de serviços de acolhimento e até mesmo serviços online ou via telefone para iniciar a aproximação, que busquem fortalecer os vínculos para facilitar a abordagem, com objetivo de reduzir a ansiedade do paciente, tornando possível e menos ameaçador o contato pessoal posterior”.
Karla Carbonari, alerta que as fobias atingem cerca de 10% da população, habitualmente se manifestando na infância ou adolescência, podendo persistir até idade adulta, se não acompanhadas adequadamente. A especialista ainda ressalta que as fobias acometem com mais frequência pessoas do sexo feminino, com exceção da fobia social, que atinge igualmente homens e mulheres.


A ansiedade infantil



Ansiedade é um sentimento, geralmente, associado ao medo, antecipação de perigo ou ameaça, que vem acompanhado por pensamentos e interpretações catastróficas sobre o futuro. Este sentimento acomete tanto a população adulta quanto as crianças. E como a ansiedade se manifesta na infância?

Em termos conceituais e funcionais, a ansiedade pode se manifestar de maneira normal ou como um transtorno. Como assim, normal? É isso mesmo, a ansiedade é um sentimento importante para nós, pois quando vivenciada no dia a dia, nos permite correr atrás de um objetivo, nos preparar para os desafios e fugir de situações de perigo, sem que haja um comprometimento na nossa vida.
Por outro lado, a ansiedade considerada como um transtorno, é um sentimento que gera desconforto físico intenso como: taquicardia, tremores, sudorese, calafrios, alterações gastrointestinais, entre outras.

Além disso, segundo pesquisadores, a ansiedade patológica pode levar o paciente a desenvolver estratégias como, por exemplo, evitar o contato com aquilo que lhe causa temor, e ainda causar manifestações clínicas capazes de gerar importantes prejuízos no funcionamento normal do indivíduo. As causas dos transtornos de ansiedade ainda não são bem delimitadas, pode-se dizer que tem muitos fatores, como origens genéticas, comportamentais ou ambientais.

Para alguns autores, os transtornos ansiosos mais frequentes nas crianças podem ser: transtorno de ansiedade de separação, mutismos seletivo, fobia específica, fobia social, transtorno da ansiedade generalizada e pânico.

O indivíduo com transtorno de ansiedade de separação tem um medo ou ansiedade associado à separação das figuras de apego (cuidadores), a um grau de reação e manifestação inadequado. Neste sentido, é uma reação de sofrimento intenso das crianças quando se veem separadas dos seus pais ou outro cuidador, mas não somente com a manifestação de choro que é esperado no primeiro dia de aula, por exemplo, é algo muito intenso, com grande sofrimento.

O mutismo seletivo é caracterizado por uma incapacidade persistente de falar em situações sociais em que existe essa expectativa, como na escola, mesmo que o indivíduo seja capaz de falar em outras situações. A criança só fala em alguns locais, como, por exemplo, em casa.

Indivíduos com fobia específica tem um medo irracional por determinados objetos ou situações. Existem vários tipos de fobias específicas: animal, ambiente natural, sangue-injeção etc. Existe ainda a ansiedade social (fobia social), ou seja, quando a criança tem medo ou ansiedade diante de situações associadas às interações sociais e que envolvem a possibilidade de ser analisada.

É importante entender as dificuldades apresentadas pelas crianças, e assim, buscar ajuda profissional, como um psicólogo ou mesmo um psiquiatra infantil, para que os “pequenos” possam resolver esta dificuldade que não se trata de “birra”, teimosia, mas de um transtorno, que deve ser tratado como tal.




Maria Luiza Silva Medeiros - psicóloga clínica, pós-graduada em Psicoterapias Cognitivas e em Neuropsicologia e membro da Comunidade Canção Nova.



H1N1 sofre mutação e vacinas contra influenza recomendadas para 2017 conterão uma nova cepa




Pela primeira vez, desde 2010, o vírus A (H1N1) sofre alterações genéticas que podem comprometer a eficácia das vacinas, portanto, as vacinas influenza trivalente e quadrivalente serão reformuladas para 2017.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, publicou recentemente a recomendação das cepas (tipos de vírus) que devem compor as vacinas de Influenza para o Hemisfério Sul no ano de 2017. Em relação ao ano anterior, a cepa A H1N1, que se mantinha a mesma desde 2010, deverá ser substituída. Somente poderão ser produzidas e comercializadas as vacinas que estiverem de acordo com as novas determinações. As vacinas atualmente comercializadas ou fabricadas fora destas especificações não deverão ser utilizadas na próxima temporada de influenza (2017).

Os vírus da gripe sofrem mutações constantemente, por isso é necessário atualizar as vacinas. Depois do seu surgimento, em março de 2009, e da disseminação global, o vírus H1N1 permaneceu estável. No entanto, alguns vírus isolados recentemente mostraram-se geneticamente distintos da cepa de 2009, podendo comprometer a efetividade das vacinas. Por este motivo, houve substituição pela nova cepa A (H1N1), tanto nas vacinas trivalentes como nas vacinas quadrivalentes indicadas para o hemisfério sul.

“A revacinação anual contra a gripe é indicada todos os anos. A identificação de uma nova variante do vírus A (H1N1) torna ainda mais necessária a imunização em 2017. Vale ressaltar que, embora acometa pessoas de qualquer faixa etária, o vírus A (H1N1) tem causado grande número de casos graves e mortes em pessoas com menos de 60 anos de idade, que normalmente não aderem às recomendações das Sociedades Médicas para se vacinarem, mesmo quando apresentam condições de risco como, diabetes, doenças cardíacas, pulmonares, etc.”, explica a Dra. Lucia Bricks,  diretora médica para Influenza da Sanofi Pasteur na América Latina.

A vacina influenza trivalente contém duas cepas A e uma B. A vacina quadrivalente proporciona maior proteção contra a influenza e suas complicações, pois uma cepa B adicional, (duas A e duas B). Duas cepas B têm cocirculado com as cepas A(H1N1) e A(H3N2) há mais de uma década, em diversos países, incluindo o Brasil. Ambas as vacinas, trivalente e quadrivalente,  são recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS)[1].

Cepas recomendadas para a temporada do Hemisfério Sul 2017
·         Cepa A Michigan/45/2015/H1N1 pdn09-like à Nova variação do vírus
·         Cepa A Hong Kong/4801/2014/H3N2-like
·         Cepa B Brisbane/60/2008/Victoria-like

Cepa adicional para as vacinas quadrivalentes
·         Cepa B Yamagata: B/Phuket/3073/2013-Like (Yamagata)

O vírus A H1N1, que desencadeou a pandemia de  2009, foi responsável por 75,3% dos casos de janeiro a setembro deste ano[2]. Outros 17% dos casos foram decorrentes de influenza B e 1,3% por influenza A (H3N2). Em 2016, foram confirmadas mais de duas mil mortes por influenza e, de acordo com o Ministério da Saúde, a maioria das mortes foi registrada em pessoas com idade entre 40 e 60 anos. Cerca de 70% dos indivíduos que foram a óbito apresentaram ao menos um fator de risco como, problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade e outras doenças crônicas.

Nas campanhas nacionais de imunização, são utilizadas as vacinas trivalentes contra a influenza. As vacinas quadrivalentes foram aprovadas nos Estados Unidos em 2013 e estão disponíveis no Brasil desde 2015. A vacina influenza quadrivalente da Sanofi Pasteur, disponível nas clínicas particulares de todo o Brasil, é a única licenciada para crianças a partir dos seis meses de idade. É indicada no mesmo esquema e número de doses da vacina trivalente, oferecendo maior proteção.

A vacinação contra a gripe é a forma mais eficiente para a redução do impacto da doença. Sua eficácia pode variar de acordo com diversos fatores, como idade, condição de saúde, imunidade prévia natural ou adquirida por vacinação e semelhança ou “compatibilidade” entre os vírus incluídos na vacina e aqueles que estão circulando na comunidade[3]. Vários estudos, entretanto,  demonstram que, mesmo quando a proteção é moderada, existem grandes benefícios em vacinar as pessoas de todas as idades. A vacina não apenas reduz o número de casos e complicações, mas pode também reduzir a gravidade, taxa de hospitalização, duração de hospitalização e uso de medicamentos para tratar a influenza e suas complicações[4].

Posts mais acessados