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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O uso de celular pode causar câncer no cérebro: mito ou verdade?



A relação do uso do celular com os casos de câncer no cérebro se tornou uma dúvida comum entre muitas pessoas. As especulações sobre essa possibilidade surgiram com o aumento de casos da doença ao longo das últimas décadas, paralelamente ao crescimento do uso dos aparelhos. Só no Brasil, segundo a Anatel, são mais de 242 milhões de celulares ativos e na mesma proporção aumentam os questionamentos sobre seus efeitos nocivos à saúde.

“Atualmente, no país, temos uma média de cinco novos casos de câncer cerebral a cada 100 mil homens e quatro a cada 100 mil mulheres”, explica a neurocirurgiã Danielle de Lara. Na população mundial, o câncer do sistema nervoso central representa, aproximadamente, 2% de todas as neoplasias malignas. A cidade de Blumenau, onde a profissional atual, segue a mesma tendência. Afinal, alguns destes casos podem estar associados ao uso do celular?

Uma pesquisa em desenvolvimento pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos não indica essa relação. A investigação está sendo realizada em laboratórios altamente especializados que podem especificar e controlar fontes de radiação e medir seus efeitos em roedores.

Em seres humanos, a pesquisa ocorre em duas diferentes linhas. Na primeira, o uso do telefone celular é comparado entre pessoas com tumores e pessoas sem eles. Na segunda, um grande grupo de pessoas que não têm câncer na entrada no estudo é acompanhado ao longo do tempo e comparado os que usaram celulares e os que não usaram. Em nenhuma houve evidências claras de uma relação entre o uso do telefone celular e o câncer.

Pesquisadores sugerem que o aumento no número de casos pode estar associado ao maior acesso a exames e médicos especialistas por parte da população nas últimas décadas, o que facilitou o diagnóstico desses tumores e, consequentemente, resultou no maior registro da doença.

Danielle diz que as causas reais do câncer cerebral ainda não estão totalmente esclarecidas, mas sabe-se que fatores genéticos têm um importante papel nesses tumores. “Outra causa importante são as metástases cerebrais - tumores que têm origem em outros órgãos, como pulmão, mama e rim, e que através da corrente sanguínea atingem o cérebro”, afirma. 

O que ela destaca nesse tema são os avanços não só de diagnóstico, mas também de tratamento. Além das já conhecidas rádio e quimioterapia, outra possibilidade recente é a cirurgia minimamente invasiva. “Este procedimento, relativamente novo no Brasil, pode ser uma alternativa e diminui drasticamente o risco de sequelas no paciente e proporciona uma recuperação mais rápida”, diz Danielle.

Entretanto, a especialista alerta que nem toda patologia cerebral pode ser tratada por essa técnica. Ela orienta que “um profissional treinado tanto na técnica tradicional, como na minimamente invasiva, poderá sugerir o melhor caminho a seguir em cada caso”. Mas a principal recomendação da profissional é ter hábitos saudáveis, como alimentação adequada e prática de atividades físicas. Danielle destaca que consultas periódicas com o médico de confiança garantem o acompanhamento adequado e permitem o diagnóstico precoce de inúmeras doenças.







20 de Outubro – Dia Mundial de Combate à Osteoporose



Especialistas da ABRASSO lançam o Projeto Casa Segura, com recomendações importantes para os idosos


Com o slogan “Seja Firme e Forte Contra a Osteoporose, os especialistas da ABRASSO – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo promovem, nos próximos dias 20, 21 e 22 de outubro, uma série de atividades para celebrar o dia 20 de Outubro – Dia Mundial da Prevenção e Combate à Osteoporose. 

A campanha, realizada anualmente, este ano estará com programação voltada à população nas cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Niterói (RJ).

Em São Paulo, o destaque será o Projeto Casa Segura, desenvolvido pelo arquiteto Gabriel Casadei Pietraroia, com apoio e supervisão da FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. “São dicas simples, mas que farão muita diferença na adaptação de necessidades especiais que surgem com o envelhecimento e dificuldades motoras. Várias destas dicas são úteis para o planejamento de novas construções de casas e apartamentos, pensando no envelhecimento de seus moradores”, ressalta a médica endocrinologista Dra. Marise Lazaretti Castro, presidente da ABRASSO.

A Casa Segura ficará instalada no Parque Villa Lobos, em São Paulo, nos dias 20, 21 e 22 de outubro, aberta à visitação monitorada das 9hs às 17hs. 

A população terá, ainda, acesso ao Teste do Calcâneo (exame que avalia a massa óssea do indivíduo por meio de uma ultrassonometria do calcanhar para identificar a osteoporose) e ao teste de “Frax”, desenvolvido através de questionário para estimar a probabilidade de fraturas de acordo com os fatores de risco relatados na pesquisa. “O teste do calcâneo é simples e não incisivo, com duração de apenas 60 segundos, com resultado imediato”, informa a especialista.

Com os resultados do Frax em mãos, se necessário, a pessoa é orientada a buscar atendimento médico especializado.

Orientações nutricionais e atividades físicas direcionadas também serão oferecidas durante a campanha.

A Campanha, organizada pela ABRASSO, tem o apoio das empresas Sandoz, Mantecorp, Amgen, Deca e Forbo Pisos.

Confira a programação:


Em São Paulo (SP):
Datas: 20, 21 e 22/10 – Das 9hs às 17hs
Local: Parque Villa Lobos – Espaço Esplanada
Ações: Projeto Casa Segura
            Tenda de atendimento, com Teste do Calcâneo
             Dicas e orientações nutricionais e de atividades físicas
Em Niterói (RJ):
Data: 20, 21 e 22/10 – Das 9hs às 17hs
Local: Campo de São Bento
Ações: Teste do Calcâneo
              Teste de Frax
               Atividades físicas
Em Curitiba (PR)
Data: 20 de outubro – Das 9hs às 17hs
Locais: Rua da Cidadania e Terminal do Pinheirinho
Público-alvo: Homens e Mulheres acima de 50 anos
Orientações multidisciplinares de saúde, como manutenção da massa muscular, atividade física, nutrição, odontologia, dentre outras.


Osteoporose nos homens - Negligência
 
Este ano, os especialistas alertam os médicos que cuidam da saúde do homem sobre a importância do exame da densitometria óssea, considerando que a doença também acomete o público masculino, ainda que em escala inferior às mulheres.

O exame é considerado importante para avaliar o risco de osteoporose e deve ser realizado em toda mulher com 65 anos, e em todos homens com 70 anos. Caso apresentem fatores de risco, em ambos os casos o exame deve ser solicitado antes. Cerca de 15% dos homens com mais de 65 anos desenvolvem a doença. E, embora fraturem menos do que as mulheres, a mortalidade após fratura de quadril é duas vezes maior nos homens do que nas mulheres após a mesma fratura. A especialista ressalta que os homens acabam sendo negligenciados. 

 “Pelos protocolos médicos para a prevenção e tratamento da osteoporose, todo homem com mais de 70 anos deveria realizar um exame de densitometria óssea para avaliar o risco de osteoporose. Hoje em dia isso está muito longe de acontecer. Em um dado recente em um grande Centro Diagnóstico, observamos que, de todos exames de densitometria realizados, menos de 10% foram feitos em homens. Como hoje em dia já temos bons tratamentos para a osteoporose, capazes de prevenir boa parte das fraturas osteoporóticas, é uma pena que os homens acabem ficando descobertos dessa proteção”, alerta.


    Projeto Casa Segura: 

Confira algumas das recomendações importantes:

     - O apoio é importante! O ideal é que todas as cadeiras e poltronas tenham apoio para os braços para facilitar na hora de sentar e de levantar. As barras de apoio também devem ser instaladas ao lado da pia, ao lado do vaso sanitário e dentro do box do chuveiro. Elas garantem a estabilidade e a autonomia do idoso.

   - No ambiente do quarto, dê preferência aos pisos laminados. Eles oferecem bom conforto térmico e também amortecem as quedas.

   – Nas escadas, uma simples fita faz uma grande diferença. As fitas antiderrapantes na borda dos degraus ajudam a melhorar a aderência e também sinalizam o fim do degrau.

 - Evite tapetes nos quartos, cozinha e salas para não tropeçar ou escorregar. Para aqueles que não abrem mão de seus tapetes, recomenda-se utilizar fitas aderentes debaixo deles.

-  No banheiro, o tapete para secar os pés na hora de sair do banho é recomendável para manter os pés secos e evitar quedas. Porém, utilize tapetes com borracha ou fita antiderrapante, para que eles próprios não se tornem um perigo.


Osteoporose  - Fatores de risco

Os principais fatores de risco da osteoporose incluem o envelhecimento, isso em ambos os sexos, mas a mulher tem um fator de risco adicional que é o fenômeno da menopausa. A menopausa representa a parada de produção de hormônios femininos pelos ovários, especialmente os estrogênios, o que leva a um aumento da perda óssea (reabsorção). Um quarto das mulheres pós-menopausadas desenvolvem osteoporose. Além disso, a genética também é importante. Pessoas muito magras, miúdas, ou que já possuem familiares com osteoporose, especialmente pai e mãe, têm maior risco de desenvolver osteoporose. Fatores ambientais também são importantes fatores de risco, como baixa ingestão de cálcio na alimentação, baixas concentrações de Vitamina D pela falta de exposição solar, o sedentarismo e o tabagismo. Muitas doenças crônicas, como doenças respiratórias, endócrinas, inflamatórias, neoplásicas, gastrointestinais podem favorecer o aparecimento da osteoporose, assim como o uso de medicamentos prejudiciais ao osso, especialmente os glicocorticoides. 

 Os laticínios são a nossa principal fonte de cálcio. Sem o uso de laticínios raramente se atinge as necessidades diárias de cálcio, porque as outras fontes possuem quantidades menores de cálcio aproveitável. Portanto, a ideia de que o ser humano adulto não necessita mais tomar leite não tem fundamento cientifico nenhum, além desta crença aumentar o risco de osteoporose.  


Diagnóstico

O diagnóstico da Osteoporose, em geral, é feito por um exame de densitometria óssea, que consegue antecipar o risco aumentado de uma fratura, ou a osteoporose pode ser estabelecido quando as fraturas já aconteceram. A primeira opção é sempre a melhor, mas depende de um médico solicitar o exame, o que acontece com frequência para as mulheres, mas muito raramente para os homens, que acabem sendo negligenciados para a doença. 

 
Tratamento e dicas de prevenção

Como tratamento existem várias opções de medicamentos, que vão desde comprimidos diários, semanais, mensais, a injeções diárias, semestrais ou anuais, com grande capacidade de prevenir as temidas fraturas osteoporóticas. Lembrando que sempre se deve adequar o cálcio e a vitamina D, e estimular a atividade física em qualquer uma destas formas de tratamento da osteoporose.


ABRASSO – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
 Twitter: @ABRASSO
Facebook: @abrassonacional

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