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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Como diferenciar sintomas da Covid-19 de uma gripe comum ou alergias?

Quadros de rinite e sinusite podem confundir pacientes, prejudicando um tratamento eficaz e assertivo contra as doenças


Ainda que estivesse no centro das atenções globais durante os últimos anos, a Covid-19 ainda segue chamando a atenção da comunidade médica e população em geral pela forma como os sintomas se manifestam em cada pessoa.

Conforme o otorrinolaringologista Gilberto Pizarro, do Hospital Paulista, esse cenário faz com que muitos pacientes ainda tenham dúvidas para diferenciar o Coronavírus de uma gripe comum, rinite e/ou sinusite.

“Essa incerteza pode fazer com que o paciente relute em procurar auxílio médico, pois teme que o ambiente hospitalar aumente os riscos de infecção pelo Coronavírus (caso ainda não esteja infectado). Se, logo de início, ele se dirige a uma unidade especializada, é possível tratar com mais eficácia as doenças a partir do diagnóstico”, explica o especialista.

Alguns dos sintomas mais comuns da Covid-19 podem ser confundidos em uma análise superficial com os de uma gripe comum ou de doenças alérgicas, como rinite e sinusite. De acordo com o especialista, quadros de rinite e sinusite são mais concentrados no nariz, garganta e olhos do paciente.

“A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz. A pessoa costuma apresentar coriza (secreção no nariz), coceira no nariz e espirros em sequência. Além disso, o nariz fica naturalmente congestionado”, afirma Dr. Pizarro.

Na sinusite, a inflamação ocorre na mucosa que reveste os seios da face. Com isso, os sintomas também incluem dor facial, nos ouvidos e atrás dos olhos. Além disso, o paciente pode relatar dor ou irritação na garganta e inchaço facial.

“No dia a dia, quem tem quadros recorrentes de rinite e sinusite consegue identificar os gatilhos das crises, bem como os sintomas que mais o acomete”, completa o médico.

Na gripe comum, no entanto, o quadro de sintomas não fica restrito à congestão e secreção nasal. Nessa situação, o paciente relata febre, mal-estar e dor no corpo. A qualificação de todos os sintomas é importante porque a Covid-19 também gera febre, por exemplo.

“O paciente com Covid-19 costuma ter tosse seca e cansaço, mas, em quadros mais graves, pode apresentar dificuldade para respirar, falta de ar e pressão (aperto) no peito. No entanto, não necessariamente haverá coriza e congestão nasal. Isso é determinante para uma das diferenciações entre essas doenças (gripe comum, rinite e sinusite) e o novo Coronavírus”, destaca Dr. Pizarro.

“A perda de olfato é um dos sintomas características da Covid-19, mas, aqui, ela ocorre de forma súbita. Nas outras doenças citadas, essa perda de olfato é mais leve e está associada a um quadro de congestão nasal por conta da coriza. A Covid-19 também pode gerar perda de paladar, outra diferença em relação às demais”, completa.

 

Ajuda especializada

Algumas unidades hospitalares oferecem atendimento especializado para determinadas áreas da medicina. No caso do Hospital Paulista, diagnósticos e tratamentos são voltados à Otorrinolaringologia, permitindo que pacientes com rinite e sinusite procurem por auxílio específico e, assim, diminuindo sensivelmente as chances de contaminação por Covid-19 em um ambiente de atendimento generalizado.

Dr. Pizarro explica que se o paciente relatar sintomas específicos de Covid-19 ou informar que teve contato recente com alguém infectado pelo vírus ao chegar no Hospital, local em que o uso da máscara se mantém obrigatório, é realizado um teste para verificar se ela está com a doença e, em caso positivo, é realizada a avaliação para o início do tratamento.

Se os sintomas (e o histórico clínico relatado), no entanto, são característicos de uma gripe comum, rinite ou sinusite, o paciente é tratado na área principal do hospital, sem qualquer contato com a ala responsável pelo diagnóstico dos suspeitos de Covid-19. Vale ressaltar que o Hospital Paulista não é uma unidade hospitalar de referência para internação e tratamento dos casos de Coronavírus.

“Isso reduz os riscos e não deixa de oferecer um tratamento adequado, rápido e eficaz ao paciente, independentemente da doença que ele apresenta. Deixar de tratar quadros de gripe comum e alergias, como rinite e sinusite, é muito prejudicial, pois pode agravar os sintomas e dificultar o próprio tratamento posteriormente”, conclui.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Verão exige cuidados redobrados para evitar o câncer de pele

O oncologista Ramon Andrade de Mello alerta para a importância do uso diário do protetor solar


O verão é um convite para aproveitar os momentos de lazer ao ar livre. A estação ainda é o período de maior intensidade de radiação ultravioleta, proveniente do sol com alto poder de penetração na pele. “Os cuidados devem ser redobrados para a prevenção do câncer de pele não melanoma. O uso de protetor solar deve ser um hábito o ano todo e usado com maior frequência nesses dias”, orienta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

A prevenção deve ser adotada desde cedo. O câncer de pele não melanoma é o tumor maligno mais incidente no Brasil e deve responder por 31,3% dos casos registrados no período entre 2023-2025. Segundo o oncologista, os trabalhadores expostos ao sol com frequência devem usar o protetor solar durante todo o dia: “As barreiras mecânicas também são indispensáveis como bonés, chapéus e óculos de sol. Na praia, ficar protegido em barracas ou sob o guarda-sol reduz significativamente os riscos advindos da exposição ao sol”.

“As pessoas também precisam ficar atentas ao aparecimento de manchas na pele. O diagnóstico precoce é fundamental para o alcance de melhores resultados no tratamento. Além disso, reduz as chances de eventuais sequelas para o resto da vida”, afirma Ramon Andrade de Mello.


Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
ramondemello.com.br/


Estudo pode levar a tratamento para um tipo de câncer que afeta o sistema endócrino de crianças

Ana Carolina Bueno, bolsista de pós-doutorado da FAPESP e primeira autora dos três estudos publicados sobre o tema (foto: acervo dos pesquisadores)


Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram um mecanismo celular associado à formação de tumores adrenocorticais (localizados nas glândulas suprarrenais ou adrenais) em crianças.

Estudos realizados em cultura celular e em camundongos mostraram, pela primeira vez, que a ativação do gene que codifica o receptor da vitamina D (VDR) induz efeito antitumoral nesse tipo de câncer. O achado aponta um caminho para o desenvolvimento de novas terapias para a doença. Atualmente a única opção terapêutica é a remoção cirúrgica dos tumores.

"Com os experimentos comprovamos que a ativação do gene VDR resulta em efeito antiproliferativo das células tumorais. Isso porque realizamos uma restauração dessa via que existe em células saudáveis, mas tende a ficar inativa em células tumorais", explica Sonir Antonini, professor titular do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e coordenador dos estudos.

A descoberta é fruto de três estudos apoiados pela FAPESP no âmbito de um Projeto Temático coordenado pela professora da FMRP-USP Margaret de Castro.

Os resultados foram publicados no European Journal of Endocrinology, na revista Endocrine-Related Cancer, da Sociedade de Endocrinologia do Reino Unido, e no periódico Molecular and Cellular Endocrinology. Os três artigos têm como primeira autora a nutricionista Ana Carolina Buenobolsista de pós-doutorado da FAPESP.

Segundo os pesquisadores, os tumores adrenocorticais pediátricos são raros, representando cerca de 0,2% de todos os cânceres pediátricos. Mas são até 18 vezes mais frequentes no Brasil, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste do país. Como os tumores estão localizados em componentes do sistema endócrino, responsáveis pela produção de hormônios como o cortisol, aldosterona e androgênios, a maioria das crianças com a doença apresenta sinais de excesso hormonal, como puberdade precoce ou ganho de peso com parada no crescimento.


Modificação bioquímica

Na primeira parte da investigação, o grupo de pesquisadores fez uma análise global da metilação em todo o DNA das células tumorais. A metilação é uma modificação bioquímica que consiste na adição de um grupo metil à molécula do DNA por meio da ação de enzimas. Trata-se de um processo natural e necessário para o funcionamento do organismo, pelo qual a expressão dos genes é modulada, mas quando desregulado pode causar disfunções nas células e contribuir para o desenvolvimento ou a progressão do câncer.

Com auxílio de ferramentas de bioinformática, os pesquisadores separaram os pacientes em dois grupos com tumores mais e menos agressivos. “Conseguimos encontrar o perfil de metilação daqueles pacientes – que correspondem a cerca de 20% dos casos de câncer adrenocortical – com a doença muito agressiva, que rapidamente avança para metástase, causa mais complicações e morte”, conta Antonini à Agência FAPESP.

A análise do padrão de metilação permitiu identificar em que partes do DNA tumoral a modificação bioquímica era maior quando comparada à das células saudáveis. “Para isso, extraímos o DNA do tumor, submetemos o material genético à análise de metilação e só então fizemos o sequenciamento para verificar em que região a modificação bioquímica ocorreu. Foi a partir daí, e com uma casuística grande, que encontramos um fenótipo específico de metilação para esse grupo de pacientes mais graves”, explica.

Receptor de vitamina D

A análise global da metilação serviu também como uma ferramenta importante para explorar novos genes e padrões ligados à formação de tumores. A partir dos resultados do primeiro estudo, os pesquisadores realizaram outros dois tipos de experimentos – um em células (in vitro) e outro em camundongos (in vivo) – para investigar o papel do gene VDR na formação dos tumores adrenocorticais.

“Observa-se que a diminuição da expressão da via da vitamina D se deve ao padrão de hipermetilação do gene VDR nos tecidos tumorais, o que não ocorre nos tecidos normais”, pontua Antonini.

Os pesquisadores demonstraram, pela primeira vez, que nos casos desse tipo de tumor pediátrico há diminuição ou perda da expressão do gene VDR. “Sobretudo nos tumores mais agressivos [20% dos casos], mas não apenas neles, ocorre uma perda grande tanto em nível da proteína quanto em nível do RNA mensageiro. Isso se deve ao padrão de hipermetilação do gene receptor da vitamina D observado apenas nas células tumorais”, explica o pesquisador.

Os achados sobre a redução na expressão do gene VDR foram obtidos a partir das amostras de tecidos tumorais de 108 pacientes pediátricos acompanhados no Hospital das Clínicas da FMRP-USP e no Centro Infantil Boldrini em Campinas.

“O perfil de metilação mostrou que o gene do receptor da vitamina D era um possível candidato a um estudo mais aprofundado. Fora isso, trata-se de um gene importante, pois tem função no controle do crescimento e do ciclo celular”, afirma.

Estudos anteriores do grupo já tinham mostrado, por exemplo, que a via da vitamina D interage com vias intracelulares importantes na formação desses tumores, como é o caso da via Wnt/beta-catenina. “Alterações nessa via, quando ela funciona demais, por exemplo, são uma das principais anormalidades moleculares observadas nesses tumores pediátricos”, conta Antonini.

Os pesquisadores também fizeram experimentos em células tumorais e em camundongos com tumores adrenocorticais. “Tanto nos ensaios in vitro quanto in vivo observamos que, quando aumentamos a expressão do gene VDR, as células tumorais deixavam de se proliferar. Ou seja, há um efeito antitumoral”, comenta.

O pesquisador ressalta, contudo, que o achado não sugere a necessidade de suplementação de vitamina D nesses casos. “O que ocorre é um problema na via da vitamina D no tecido tumoral, onde ocorre perda ou diminuição muito grande na expressão do gene VDR [que codifica a proteína que se conecta à vitamina D e possibilita sua ação no organismo]”, diz.

O artigo Vitamin D receptor hypermethylation as a biomarker for pediatric adrenocortical tumors pode ser lido em: https://eje.bioscientifica.com/view/journals/eje/186/5/EJE-21-0879.xml.

O artigo DNA methylation is a comprehensive marker for pediatric adrenocortical tumors pode ser lido em: https://erc.bioscientifica.com/view/journals/erc/29/11/ERC-22-0145.xml.

O artigo Vitamin D receptor activation is a feasible therapeutic target to impair adrenocortical tumorigenesis pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0303720722002052?via%3Dihub.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP https://agencia.fapesp.br/estudo-pode-levar-a-tratamento-para-um-tipo-de-cancer-que-afeta-o-sistema-endocrino-de-criancas/40724/

A prática esportiva no verão e os cuidados para evitar lesões musculares

Joelhos e panturrilhas costumam ser os mais afetados devido à falta de condicionamento físico


No verão, os exercícios físicos ao ar livre são favorecidos pelas temperaturas mais elevadas, os dias são mais longos e os espaços públicos passam a ser mais convidativos e despertam maior interesse. Também é uma forma de prevenção às doenças, propiciando aumento da capacidade respiratória, circulatória e da densidade óssea. Além disso, mantém a saúde mental em dia, pois garante a sociabilidade, diminui o estresse e a ansiedade, contribui para a criatividade e para a memória, promove a autoconfiança e a autoestima. 

No entanto, as pessoas que não estão habituadas podem sobrecarregar as articulações se não forem bem orientadas. "As lesões durante a prática esportiva podem ser minimizadas por meio de adequações no treinamento e uso de recursos que cuidem dos músculos e articulações. É preciso uma boa avaliação física, exercícios de alongamento, aquecimento e estar consciente dos esforços para a prevenção e cuidados de lesões", afirma Caroline Wagner, Fisioterapeuta que atua na área de Pesquisa e Desenvolvimento da Mercur.  

A Mercur, empresa das áreas da saúde e educação, busca constantemente a melhoria dos seus produtos e soluções. Para isso, ouve as necessidades das pessoas. A partir do diálogo com clientes e consumidores, a empresa traz três novos produtos da Linha de Atividade Física que auxiliam na prevenção e cuidados de lesões musculares para quem começou a praticar, ou já tem por hábito, as atividades físicas com maior frequência: 

  • Panturrilheira Esporte foi desenvolvida para auxiliar na recuperação muscular para a prevenção e tratamento de lesões devido às intensas atividades físicas. Confeccionada em Neoprene, é anatômica, funciona como um isolante térmico: mantém o aquecimento corporal na região, evitando estiramentos e outras lesões. Também protege os músculos e as articulações por meio da compressão ao dar estabilidade e firmeza na região.  

A panturrilheira também pode ser usada após a prática esportiva. “O uso do produto durante o período de recuperação melhora a circulação sanguínea e ajuda na remoção do ácido lático (substância produzida pelo próprio organismo durante a realização de exercícios físicos), reduzindo dor, fadiga muscular, inchaço e o risco de lesões”, afirma Caroline. É indicada para estiramentos e distensões na panturrilha, previne lesões recorrentes no retorno às práticas esportivas, uso ortopédico e para práticas esportivas. 

  • Joelheira de Compressão Elástica foi criada para a prevenção de lesões do joelho, propicia estabilidade à articulação. Por ser de tecelagem 3D Knit (técnicas tradicionais de tricô com um sistema inteligente produzido em formato tridimensional), molda-se em diferentes anatomias e gera uma compressão direcionada, reduzindo a dor durante a realização de atividades físicas. É bilateral e a tecelagem exclusiva reduz a fadiga muscular, com tecnologia de absorção de umidade e secagem rápida, promovendo segurança e conforto durante o uso. "O estímulo proprioceptivo gerado pela joelheira, favorece o equilíbrio, o controle estático e dinâmico da articulação, o senso de posição corporal e melhoram a capacidade funcional dos usuários durante o uso do produto. Desta forma, proporciona um movimento mais consciente, auxiliando na prevenção de lesões na região, como tendinites, torções, estiramentos, quedas. ", explica Caroline.   

A joelheira também é indicada para os processos degenerativos e inflamatórios, como condromalácia patelar, artrose, artrite, entre outros; e para quem tem tendinites, lesões meniscais e ligamentares. "A condromalácia patelar é caracterizada pela degeneração da cartilagem articular da patela e esta afeta, em maior incidência, as mulheres. O uso da joelheira nesses casos, aumenta a área de contato da patela com o joelho, reduzindo a pressão na região e aliviando a dor.", exemplifica a Fisioterapeuta.  

  • Faixa de Resistência para Exercícios é ideal para a realização de atividades físicas voltadas ao condicionamento e reabilitação para o fortalecimento muscular. Desenvolvida em tecido elástico e formato circular, está disponível em três apresentações variando a cor, o tamanho e resistência. Permite a realizações de exercícios funcionais, de pernas e braços, de menor ou maior intensidade e pode ser utilizada por pessoas de várias idades. É leve, prática e fácil de guardar e transportar. 

“Uma caminhada ou corrida, por exemplo, podem causar sobrecarga nas articulações, por isso necessitam de preparo e acompanhamento. Se a pessoa sentir algum desconforto é importante suspender a atividade e procurar orientação”, finaliza a Fisioterapeuta. Por isso, para o melhor condicionamento físico, a regularidade de prática esportiva é importante e traz benefícios. Para saber mais sobre esses e outros produtos da Mercur que auxiliam na prevenção e cuidado de lesões, acesse: mercur.com.br. 

 

Mercur

mercur.com.br

 

Uma simples caminhada pode afastar o risco de trombose, infarto e AVC, alertam médicos angiologistas e cirurgiões vasculares

 Muitas pessoas planejam adotar hábitos mais saudáveis e isso pode ser feito com pequenas atitudes: incluir na rotina a prática de fazer caminhadas pode proporcionar diversos benefícios para a qualidade de vida e saúde vascular. Essa mudança reduz as chances de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), diabetes e vários tipos de câncer. A recomendação é da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), que faz um alerta à população: é preciso dizer não ao sedentarismo. 

De acordo com especialistas da SBACV, uma simples caminhada diária se apresenta como alternativa viável para manter o organismo em movimento, ajudando a combater o estresse, assim como auxilia a reduzir os índices de pressão arterial, glicose e colesterol. Outro benefício é a melhoria da memória e a queda do risco de casos de demência e depressão. 

“Podemos pontuar ainda que a caminhada fortalece os ossos, o que diminui a possibilidade de fraturas e de avanço da osteoporose e fraturas. Por fim, é um grande aliado na manutenção do peso. Ou seja, quem se exercita pensa melhor, se sente melhor e dorme melhor”, destaca o presidente da SBACV, Julio Peclat, que aponta como indutor dessa prática o fato de ser fácil de fazer, não exigir investimentos e nem de espaços específicos para treinamento.

 

Recomendações - O sedentarismo é uma das principais causas evitáveis de morte no mundo, junto da obesidade e tabagismo. Uma hora por dia de caminhada, de segunda a sexta-feira, auxilia na prevenção a esse problema. Segundo Ricardo Jayme Procópio, angiologista e cirurgião vascular, deve-se realizar 300 minutos de exercícios físicos leves a moderados por semana. Se a intensidade for maior (como numa corrida) o tempo mínimo recomendado cai para 150 minutos semanais. 

“Seja ao ar livre ou academia, o importante é manter-se em movimento. Cada uma das modalidades apresenta especificidades, como padrão de movimento, uso e exigência da musculatura, entre outros. No entanto, quem não tem objetivos esportivos, deve fazer sua escolha levando em conta como o exercício pretendido se encaixa na rotina”, disse Procópio.

Alguns grupos podem se favorecer ainda mais da atividade, lembra o especialista. Dentre eles, estão pacientes com doenças cardiovasculares ou varizes. Isso porque a caminhada melhora a musculatura dos membros inferiores, o que auxilia o retorno venoso e, por conseguinte, a circulação venosa. Ricardo ressalta que a musculatura da panturrilha é o coração da perna e estes músculos são os verdadeiros promotores do retorno do sangue pelas veias dos membros inferiores. 

“Ao andarmos, o sangue circula em direção ao coração, esvaziando as veias das pernas. Menos sangue parado nas nossas veias, menos dilatação e formação de varizes, retenção de líquido, inchaço e sintomas de peso e cansaço. Varizes é a doença da inatividade”, aponta.

 

Sinais de alerta - Apesar de todos os benefícios, Mateus Borges, diretor de Publicações da SBACV, destaca que os pacientes com doenças cardiovasculares devem passar por avaliação médica antes der qualquer atividade física. Já pessoas ativas, sem diagnóstico de transtorno físico, que não usam muitos medicamentos e não se queixam de sintomas (falta de ar ou dor no peito) costumam estar aptas ao exercício. 

“No entanto, é preciso estar sempre atento às dores nas pernas e às câimbras, pois podem ser sintomas de doença vascular”, avisa Borges, que complementa: esses quadros devem ser acompanhados, mas não há motivo para pânico. “É comum a atividade física gerar dores musculares e pode, eventualmente, causar câimbras, principalmente após um período de sedentarismo. As dores são mais comuns quando iniciamos a atividade física, quando mudamos a intensidade, forma ou volume desta, ou quando exageramos”, complementou. 

Borges orienta a interrupção do esforço se sintomas, como os descritos, se manifestarem durante o exercício. Já se notados no período após o treino, podem ser resultado de micro lesões musculares geradas pelo esforço. Quando surgem de forma isolada, pouco frequente, desaparecendo sozinhos, não há necessidade de se interromper a atividade, avisa o especialista. 

“Caminhar ao ar livre é prazeroso e agradável. Porém, pode não ser fácil encontrar um local adequado (chão plano, sem muitas imperfeições no solo, entre outros pontos). Desta forma, quem opta por esteira ou elípticos tem facilitadores, que permitem controle da velocidade e inclinação, por exemplo, além de não ficarem expostos ao sol e chuva”, conclui Mateus Borges, lembrando que o importante é dar o primeiro passo.


Afinal, Carnaval é feriado?

Especialista explica que folga depende de acordos ou decisão nas empresas

 

O Carnaval é uma época de festas populares esperada por muitos brasileiros. Além dos dias de brincadeiras e blocos nas ruas, as pessoas aproveitam para descansar e até mesmo viajar. Porém, os trabalhadores precisam ter cuidado especial, pois de acordo com a legislação vigente o carnaval não é efetivamente considerado feriado nacional, portanto são dias normais de trabalho.

Fernando Zarif, sócio do Zarif Advogados, escritório especializado em Direito do Trabalho, esclarece os principais questionamentos dos empregados que são: o trabalhador pode exigir que seus colaboradores trabalhem nesse período? Em caso afirmativo, terão direito a horas extras? Se o trabalhador faltar, quais as consequências?

“Ao contrário do que pode parecer à maioria dos brasileiros, o carnaval não é feriado, mas sim ponto facultativo, ou seja, a decisão sobre a exigência de trabalho nestes dias de festa compete única e exclusivamente ao empregador. Assim, caso exigido pelo empregador, o empregado deverá trabalhar normalmente sem direito ao recebimento de horas extras diferenciadas (aquelas calculadas e pagas com adicional de 100% quando o trabalho é realizado aos domingos e feriados sem a concessão da respectiva folga compensatória). Além disso, por não ser feriado, caso o empregador exija o trabalho nesses dias, se o empregado faltar sem qualquer justificativa legal, este dia será descontado da mesma forma e com as mesmas consequências de qualquer falta em outros dias normais de trabalho.”, alerta.

Dessa forma, a garantia dos dias de folga não é uma regra e sim possíveis acordos entre empresas e sindicatos e entre empresas e trabalhadores. Vale dizer, que a Lei 9.093/95 estabelece que são feriados os declarados em lei e que cabe aos estados declarar feriado para suas datas magnas e aos municípios de acordo com seus costumes e tradições.

Assim, “tratando-se de ponto facultativo, cabe apenas ao empregador decidir se concederão ou não folga a seus funcionários, enquanto aos empregados cabe respeitar esta decisão cumprindo as obrigações inerentes ao seu contrato de trabalho”, finaliza.


Turismo brasileiro cresce 28% em 2022

Impulsionado pelo transporte aéreo, faturamento foi de R$ 208 bilhões em 12 meses, aponta FecomercioSP

 

O ano de 2022 foi de recuperação para o turismo brasileiro, que cresceu 28% entre janeiro e dezembro. O faturamento do segmento chegou aos R$ 208 bilhões no período – R$ 45,4 bilhões a mais quando comparado a 2021. Só no mês de dezembro, início das férias escolares e período de alta temporada, o crescimento foi de 14,4%. Os dados são do levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Todos os setores analisados pelo estudo registraram alta tanto na variação anual quanto no acumulado do ano. Destaque para transporte aéreo, que cresceu 65,2%, em 2022, e 21%, em dezembro. O faturamento de R$ 66,5 bilhões, em 12 meses, é R$ 26,3 bilhões superior ao registrado no ano anterior. O fim das restrições causadas pela covid-19, o aumento da demanda e a maior quantidade de assentos ofertados propiciaram este crescimento. Por outro lado, vale lembrar que parte disso se deve à inflação das passagens aéreas, que, no ano passado, tiveram reajuste médio de 23,5%, segundo o IBGE. Isso, porque a guerra na Ucrânia fez disparar o custo do querosene de aviação, variável fundamental na formação de preços ao consumidor.

 

Outro destaque ficou por conta do grupo de alojamento e alimentação, com incremento de 23,3% entre janeiro e dezembro do ano passado, faturando R$ 59,2 bilhões – um crescimento de R$ 11,2 bilhões em relação ao ano anterior. 

 

Novo perfil

De acordo com a FecomercioSP, ao longo do ano passado, percebeu-se a substituição do modal aéreo para o terrestre rodoviário. O setor encerrou o ano com alta de 13,9% e faturamento de R$ 34 bilhões – em dezembro, o crescimento foi de 12,9%. Além disso, houve uma mudança gradual do perfil do público consumidor, com famílias buscando destinos de curta e média distâncias, via ônibus ou veículo próprio, de forma a reduzir o custo médio da viagem. 

 

As demais elevações foram observadas no grupo de atividades culturais, recreativas e esportivas (16,7% no ano) e no grupo de locação de veículos, agências e operadoras de turismo (5,3%).  

A expansão mais forte foi registrada ao longo do segundo semestre, consolidando-se ao entrar em 2023 no mesmo ritmo. Apesar das adversidades, o turismo será o grande destaque do ano, pois as famílias voltaram a fazer um planejamento de roteiro mais seguro, bem como as empresas estão ampliando os gastos com viagens e eventos, aponta a FecomercioSP.

 

De acordo com o assessor técnico do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Guilherme Dietze, o ano de 2022 trouxe boas notícias para o setor, expressas na análise do faturamento e, especialmente, na identificação da importância das viagens tanto para a realização de objetivos empresariais (negócios e eventos) quanto para o bem-estar dos indivíduos (lazer). 

 

“Integrar viagens aos orçamentos passa a ser uma característica das famílias brasileiras de classe C, ao passo que a busca por diversificação de mais destinos e segmentos se torna um atributo das classes A e B. O desafio para 2023 é ampliar a oferta de produtos e serviços com preços diferentes para atender a uma base maior de clientes e, possivelmente, atender ao mercado internacional, que pode voltar a considerar o Brasil uma opção”, afirma.

 

Nota metodológica

O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo.

Para as atividades que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.

 

FecomercioSP


Carnaval é feriado? Depende de onde você mora…

Por lei, às segundas e terças-feiras carnavalescas não são consideradas dias nacionais de folga obrigatória, a não ser que haja leis municipais ou estaduais que reconheçam esses dias de folga. Advogado explica como proceder para aproveitar a folia sem prejuízo para o trabalho

 

Seja para festejar ou apenas ficar no “modo sabático”,  o carnaval é uma das datas mais esperadas pelos brasileiros. Mas antes de colocar a sua fantasia ou fazer as malas para o passeio é bom certificar se em sua cidade esse período entre os próximos 18 e 21 de fevereiro é considerado feriado. É que a data não é um feriado nacional, apesar da forte costume dos brasileiros "pararem" durante o carnaval. 

“Apesar de constar no calendário, o carnaval só é  feriado se for promulgado leis estaduais e municipais a esse respeito. Caso não, é considerado um dia útil”, explica o advogado do escritório CCS Advogados, Jefferson Maleski. 

Um dos exemplos é o Rio de Janeiro que considera  esses os dias de carnaval como feriado. Em Goiás, a cidade de Anápolis  decretado em leis, tanto a sexta,quanto  a segunda e a terça são considerados feriados de carnaval mas, em Goiânia, não há essa previsão legal.

Sendo, portanto, um dia útil no município, as empresas não são obrigadas a conceder folga para seus colaboradores neste período de festa, explica o advogado. "Mas há formas de se fazer acordos para que os colaboradores tenham folga no dia", diz Jefferson. 


Banco de horas

O banco de horas é uma dessas alternativas para quem quer aproveitar o carnaval, mesmo que o período não seja considerado folga em sua cidade. O colaborador que tiver horas extras de serviço acumuladas pode usá-las para abater junto aos dias em que ele não for trabalhar.  Mas caso não tenha horas o bastante, o advogado Jefferson Maleski dá uma dica. “Uma sugestão é que empresa e colaborador acordem entre si que a realização de horas extras nas semanas que antecedem o carnaval, com isso o funcionário terá as horas necessárias para compensar os dias de folga”, sugere o advogado, ao esclarecer que esse acordo só terá validade se houver a anuência das duas partes.

Havendo a concordância por parte da empresa, essa compensação de horas também pode ocorrer após o empregado gozar a folga. Nesse caso, segundo explica Jefferson Maleski, o empregador poderá acrescer até no máximo duas horas a mais no expediente diário do empregado. “O empregado deve pagar as horas em até seis meses, em caso de banco de horas individual, mas essa regra pode mudar a depender se houver algum acordo coletivo de categoria”, explica.


Desconto nas férias 

Outra alternativa de compensação apontada pelo advogado Jefferson Maleski é o desconto dos dias folgados nas férias do empregado. Também nesse caso ambos devem estar de acordo e um documento sobre isso deve ser assinado. Maleski explica ainda que essa forma de compensação será válida somente quando o funcionário já tiver férias vencidas e não a vencer.

“Nesse acordo a anuência também tem que ser de ambos os lados. Nem empregado pode exigir da empresa que ela concorde com essa forma de compensação, mas empresa também não impor a folga ao colaborador para depois descontar os dias das suas férias”, explica o advogado do escritório  Celso Cândido de Souza.


Em caso de falta

O advogado lembra que não havendo nenhum acordo para compensação das folgas e o empregado trabalhar numa cidade onde o período de carnaval não é considerado feriado, o mesmo terá que comparecer. 

"Se o funcionário faltar ao expediente, sem uma justificativa plausível, ele estará passível das punições previstas em lei, como desconto salarial referente aos dias não trabalhados, advertência por escrito e outras sanções", informa.


Repartições públicas

No caso dos trabalhadores públicos, segundo afirma Jefferson Maleski, a situação tende a ser mais fácil de ser resolvida, porque a grande maioria dos órgão públicos, sejam eles federais, estaduais ou municipais, optam pelos decretos de ponto facultativo, que na prática desobrigam os funcionários públicos a cumprirem expediente, salve em áreas essenciais, como na Segurança Pública e Saúde.

De acordo com advogado, não havendo ponto facultativo, o servidor público deverá comparecer ao trabalho. Mas, assim como na iniciativa privada, o funcionário público também pode recorrer a meios de compensação de horas, que em geral são semelhantes às que são usadas pelos empregados de empresas privadas. “Essas compensações de horas serão regulamentadas conforme regimento interno de cada categoria de servidor públicos”, explica Jefferson.

 

Carnaval não é feriado nacional e advogada trabalhista explica como ficam as folgas nesse dia

Apesar de ser uma das maiores festas populares brasileiras, e conhecida mundialmente, o carnaval não é feriado nacional.


O carnaval não está previsto na lei federal que determina a lista taxativa de feriados nacionais do Brasil. Ele é considerado apenas como ponto facultativo no calendário oficial do país.

A advogada Paula Borges, especialista em direito do trabalho, explica que a Lei Federal 9.093/1995 outorgou aos Estados e Municípios o poder de criar feriados locais, contudo, impôs a limitação de criação de, no máximo, 04 (quatro) feriados no ano. Nessa perspectiva, os feriados estaduais e municipais variam dependendo dos respectivos costumes ou tradições de cada região, tendo estados como por exemplo o Rio de Janeiro que integra o caso do estado que aderem o carnaval como feriado.

A especialista esclareceu os seguintes pontos em relação à esfera trabalhista:

Como fica a dispensa dos funcionários?

Inicialmente, é necessário a verificação da legislação do estado ou município, a fim de aferir se há norma legal declarando o período de carnaval como feriado.

Também é importante conferir as convenções coletivas da categoria, pois costumam acordar também sobre feriados.

Como fica o ponto facultativo?

Ao verificar que é ponto facultativo, cabe a cada empresa decidir se os funcionários terão folga ou não. Caso tenham que cumprir expediente normalmente, os trabalhadores serão remunerados como se fosse um dia útil, mas também podem realizar os seguintes procedimentos:

a) liberar os empregados, sem prejuízo do salário ou compensação pelos dias não trabalhados;

b) dispensar os empregados do trabalho, mediante simples acordo, por escrito, que estabeleça a compensação dos dias não trabalhados em outros dias da semana; ou

c) caso tenha banco de horas fazer a compensação.

E como fica o dia de trabalho no carnaval?

Se o carnaval for declarado como feriado, a imposição de prestação de serviço no período gera o direito do empregado ao recebimento de horas extras ou compensação por meio de folgas posteriores.

O empregado que trabalhar no dia do feriado deverá ser remunerado em dobro por este dia ou combinar folga dentro da mesma semana

E no setor público? Como fica o trabalho nesse período?

Nas localidades onde o governo estadual ou municipal decretam ponto facultativo no Carnaval, servidores públicos têm folga, desde que a repartição em que atuem não funcione nos determinados dias.

E como fica o trabalho para quem está em Home office?

Para quem faz Home office as regras são as mesmas, variando apenas o local onde o trabalhador está. Caso o funcionário trabalhe em local onde é feriado, deve ter a folga.

Como ficam as faltas ao trabalho?

Se o trabalhador faltar ao expediente sem uma justificativa, a falta pode ser descontada em seu salário ou em descansos semanais remunerados.

Uma falta injustificada não tem o potencial para acarretar demissão por justa causa. No entanto, o colaborador pode receber uma advertência, ter o valor referente ao dia de ausência descontado do salário ou até ser suspenso por alguns dias.

Paula Borges ressalta que é importante que a empresa verifique a viabilidade de abrir as portas e colocar os funcionários para trabalhar em um dia tão esperado por folga pelos brasileiro. “É necessário verificar se a empresa terá movimento e uma jornada de trabalho que valha a pena” concluiu a advogada trabalhista.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IBC-Br, a prévia do PIB, mostra que economia cresceu 2,9% em 2022

Freepik
O índice, calculado pelo Banco Central, revela desaceleração econômica na comparação com 2021, quando o PIB avançou 4,6%

 

A atividade econômica brasileira registrou alta de 2,9% em 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 16/02, pelo Banco Central (BC). O resultado aponta desaceleração da economia em relação à expansão de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) em 2021.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o órgão a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia – a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

Entretanto, o indicador oficial da economia brasileira é o Produto Interno Bruto, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB de 2022 será divulgado em 2 de março.

Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Até o terceiro trimestre de 2022, o indicador avançou 3,2%.


DEZEMBRO

O IBC-Br de dezembro teve aumento de 0,29% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período).

Na comparação com dezembro de 2021, houve crescimento de 1,42% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).

Em 2022, os resultados do IBC-Br mantiveram trajetória de alta, com pequenas oscilações até o mês de julho, quando passou a cair. Em dezembro, o índice fechou em 143,62 pontos.

 

 Agência Brasil


As tendências do cenário global em ESG para 2023

Os últimos anos mudaram a maneira como o mundo enxerga a sustentabilidade e as mudanças climáticas. Porém, nesse período de pós-pandemia, também ganhou notoriedade na mídia o movimento “anti-ESG” nos EUA, junto com as interrupções globais da cadeia de suprimentos, riscos de segurança energética, crises econômicas e redução de investimentos. Parece que os ânimos por novas direções reduziram - o que não significa que estamos passando por um retrocesso na agenda, mas sim, lapidando processos.

Com essa perspectiva em mente, decidimos analisar as principais tendências desse mercado para 2023, a partir de uma análise de 21 artigos, relatórios e análises globais, publicados entre dezembro e janeiro deste ano. Nesse estudo, foram identificadas 36 tendências citadas, desde o possível crescimento do movimento anti-ESG até o fortalecimento dos padrões e regulamentações, com 4,8% e 71,4% de citações, respectivamente. Na perspectiva global, existem mais empresas e especialistas preocupados com a melhoria na regulamentação, do que em retroceder com a agenda de sustentabilidade.

O gráfico a seguir ilustra os 12 principais pontos mapeados (de um total de 36 temas identificados), avaliando uma perspectiva global sobre ESG, e não apenas nacional.

A partir dos dados coletados, é possível observar o fortalecimento dos padrões e regulamentações (71,4%). Esse movimento se deve em parte às empresas do Reino Unido, que parecem tomar as rédeas desse debate. No ano passado, foi elaborado o primeiro rascunho de uma nova estrutura de divulgação para os próximos relatórios climáticos obrigatórios e isso deve dar um norte para cada região construir seus próprios modelos de metas conscientes. 

Com todas essas regulações e as autoridades públicas pressionando por mudanças, o que se espera é que haja um maior investimento no setor no decorrer de 2023. Inclusive, podemos observar essa tendência através das perspectivas que o próprio mercado tem. Um

exemplo disso é o “Relatório ESG Radar 2023”, publicado recentemente pela Infosys, empresa de consultoria e serviços digitais. O documento traz uma expectativa de que os investimentos em ESG nas organizações devam chegar a US 53 trilhões até o ano de 2025, ou seja, um terço dos ativos globais sob gestão.

Sob esse aspecto, um ponto cego que identificamos na análise de tendências em ESG, é a ausência de temas relacionados à educação corporativa, o desenvolvimento de lideranças na agenda e a formação de uma cultura organizacional orientada à sustentabilidade. Enquanto as organizações não tiverem uma liderança e uma cultura capazes de impulsionar e sustentar a agenda ESG, a tendência é convivermos com casos de greenwashing, e não conseguirmos atingir os resultados que almejamos enquanto negócios e humanidade. 

De qualquer forma, as análises indicam que o ESG está de fato ganhando forma no mundo corporativo, com empresas cada vez mais engajadas em soluções ambientais e sociais, sendo algo enraizador não apenas nas corporações como também no governo e na sociedade como um todo.  



Pedro Paro - CEO e fundador da Humanizadas, empresa de avaliação multistakeholder em ESG com uso de Inteligência de Dados que visa beneficiar pessoas, sociedade e planeta.

Humanizadas

Instituto Avon alerta para o crime de assédio contra meninas e mulheres no Carnaval 2023

Condutas opostas a dignidade feminina não devem ser naturalizadas e redes de segurança e apoio podem ser acionadas durante o feriado


O ano de 2023 marca a retomada oficial do Carnaval após a pandemia de Covid-19 e é também o momento para alertar as pessoas que curtem a folia nos blocos de rua, desfiles e em trios-elétricos que o assédio contra meninas e mulheres é crime e atitudes não podem e não devem ser normalizadas. A primeira edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, lançada em 2017 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com a Folha de S.Paulo e apoiada pelo Instituto Avon, revelou que 51% das pessoas entrevistadas já haviam visto brasileiras sendo abordadas de forma desrespeitosa na rua. 

Por isso, por mais um ano, o Instituto Avon reforça sobre os tipos de comportamentos contra os corpos femininos e alerta para sinais como olhares constrangedores, perseguição, insultos e gestos intimidadores, comentários sobre atributos físicos, toques sem consentimento, brincadeiras sexistas e qualquer outra ação que viole a dignidade e a liberdade feminina. Todos são característicos do assédio e não podemos naturalizá-los. 

“A qualquer momento que ache necessário, a mulher pode buscar a ajuda policial e o apoio especializado contra o assédio. O que não deve acontecer de forma alguma é a normalização de condutas agressivas, que aflijam as brasileiras e restrinjam seus direitos de decisão e de escolha. Infelizmente, precisamos reforçar para a nossa população que o não é não e que se o não já foi dito, a vontade feminina precisa ser respeitada. Dignidade é algo inegociável e abusos, com certeza, não combinam com o Carnaval”, afirma Beatriz Accioly, coordenadora da causa de violência contra mulheres do Instituto Avon. 

Caso situações como as mencionadas aconteçam, a principal indicação é a procura por policiais, delegacias de polícia, Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam) e postos de guarda próximos a região. Além disso, serviços como o 190 e o 180 Central de Atendimento à Mulher podem ser acionados. 

As mulheres em situação de violência doméstica também podem contar com o apoio e atendimento da Ângela, assistente virtual do Instituto Avon, que é acionada via mensagem de WhatsApp e oferece suporte gratuito por meio de informações e direcionamento aos serviços de apoio social, jurídico e acolhimento. Para acessar a Ângela, basta adicionar o número (11)94494-2415 na agenda do celular. O serviço está disponível 24 horas. 

Nas redes sociais do braço social da Avon no Brasil, uma série de posts também vão orientar sobre a violência contra mulheres durante a folia. Acesse o Instagram e o Facebook em institutoavon ou Instituto Avon.


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