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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Impostos prorrogados e novas linhas de crédito: como organizar as finanças das PMEs?


A prorrogação de impostos e o anúncio de novas linhas de crédito, como a que foi sancionada recentemente para micro e pequenos negócios, têm garantido a sobrevivência de muitas empresas. Com taxas de juros facilitadas, longa carência para pagamento e até subsídio do governo, os empréstimos oferecem uma oportunidade para que as empresas se mantenham vivas, mantendo seus funcionários e honrando compromissos financeiros. Contudo, a grande dificuldade está na gestão dessas finanças no médio e longo prazo. Uma hora a conta chega, os prazos vencem e é preciso estar preparado financeiramente para cumpri-los.

As ofertas anunciadas são atrativas. No entanto, na prática, o dinheiro não está chegando a quem precisa. E, o que se observa é a dificuldade do governo em transmitir segurança aos bancos e ao mercado neste momento de crise, o que colabora com a insegurança jurídica e operacional das empresas. Afinal, sem confiança nas medidas governamentais, as instituições financeiras tendem a ser mais receosas quanto a liberação do crédito.

Caso opte pelo empréstimo, o empresário deve fazer o seu fluxo de caixa para os próximos 12 meses, simulando cenários de geração de caixa, além de se perguntar: como esse dinheiro será investido? Tenho um plano de aplicação para esse valor? Há perspectivas para o meu negócio que me possibilitarão pagar a dívida? Caso seja uma exigência manter o número de funcionários, isso será viável ou planejo reduzir alguns postos de trabalho? Só depois de levar tudo isso em consideração é que se deve captar o dinheiro no mercado financeiro. O mesmo deve acontecer em relação ao adiamento dos impostos. O fato de não pagar agora não pode ser ignorado, é preciso considerá-lo nas projeções financeiras. A dica de ouro e ponto de atenção para um bom gestor nesse momento é a formação de um colchão de liquidez. Portanto, se houver dinheiro disponível em caixa não queime: aplique e deixe reservado.

Outra medida eficaz e que vem sendo adotada por muitas empresas é a renegociação de prazos e valores de contratos e serviços, além da suspenção de gastos que não são essenciais. A adesão da suspensão de contrato de trabalho ou redução de jornada pode ser uma indicação para casos de redução brusca de receitas, entre outras medidas trabalhistas que foram anunciadas. Agora, as empesas que mais se destacam são aquelas que, além dessas medidas, tiveram a postura de inovar e se adaptar, pensando na sobrevivência do negócio em longo prazo.

Reinventar-se constantemente é a maior necessidade de um empreendedor, ainda mais em um contexto de mundo tão imprevisível. Se a única certeza é a mudança, precisamos abraçar esse processo e estar prontos para fazer diferente. É preciso fazer negócios pensando no novo perfil do consumidor, que tende a mudar bastante após a pandemia. Acompanhar as tendências, analisar a sua contabilidade e antever as oportunidades é a maior lição de casa que o empresário deve fazer.

Diante dessa situação, tendem a se dar melhor os empreendedores que entenderem que o mercado não parou totalmente, mas que a forma de consumir mudou. Essa crise não afetou todo mundo da mesma forma. Com toda certeza, temos cenários mais críticos. No entanto, se houver um olhar para além do padrão, será possível enxergar que existe uma demanda reprimida ou um novo jeito de fazer. Empresas de serviços de entrega viram a demanda por seus serviços explodirem nos últimos meses, pois as vendas descobriram o delivery e o e-commerce. E, se essa é uma opção para a sobrevivência do seu negócio, por que resistir? Experimentar novas formas de gerir o negócio é um dos maiores benefícios de uma crise.

A falta de dinheiro é uma fala frequente de todo empreendedor, isso em qualquer cenário. Um ensinamento que costumo passar para os clientes do Capital Social é a metodologia Lucro Primeiro. Os empresários costumam calcular seu lucro a partir da diferença entre faturamento e despesas. O que sobrar é dividido entre os sócios - e, sinceramente, quase nunca sobra. Mas essa lógica prejudica o crescimento do negócio e a própria atividade empresarial. Deve-se pensar primeiro no lucro que se pretende obter para depois determinar o quanto se pode gastar.

A dica é começar pequeno, poupando 3% do faturamento e abastecendo uma boa poupança. Depois de um tempo, haverá dinheiro suficiente para pagar dívidas, fazer novos investimentos e expandir a margem de lucro. É como diz a máxima das finanças: mais importa quanto você poupa do que, efetivamente, quanto você ganha. Assim, com planejamento e organização, será possível sair desse período turbulento sem maiores prejuízos, e se isso não era feito antes não tem problema, comece agora. E, se precisar de ajuda, converse com o seu contador.






Regina Fernandes - contadora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PME´s do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital.

Teto para os juros: sonho ou pesadelo?




O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu nesta terça-feira (19) adiar para a próxima semana a discussão em plenário do projeto de lei que estabelece um teto para as taxas de juros cobradas nas operações com cartões de crédito e cheque especial. O tema é polêmico e já resultou no posicionamento contrário à medida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Se por um lado a proposta tende a parecer positiva no combate ao endividamento familiar e aumento da inadimplência em tempos de Covid-19, o modelo possui exemplos traumáticos como o plano cruzado no passado e dispara o alerta de intervenção na política de preços das instituições financeiras. Por mais elevadas que as taxas de juros sejam, elas também funcionam como um limitador do uso desenfreado das linhas de crédito rotativo, produtos que não são indicados para fluxo de caixa e, sim, para antecipação de algum pagamento com a quitação rigorosamente no dia do vencimento.

É financeiramente perigoso “estimular” o uso dessas linhas, ainda mais em tempos de crise.

A consequência dessa intervenção pode tornar a liberação do crédito ainda mais rigorosa, além de abrir espaço para o aumento dos juros dos financiamentos, já que os bancos irão aumentar o provisionamento de perdas. Tabelar as taxas e congelar os limites de crédito dos clientes de maneira impositiva não tira o poder de escolha dos bancos para quem e como emprestar o dinheiro.

Há ainda uma mensagem negativa para o mercado em não respeitar a iniciativa privada.

Certamente, os juros precisam baixar, mas por meio do estímulo à concorrência, que pode ser conduzido inicialmente pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, por exemplo. 

O texto proposto originalmente limitava o percentual em 20% ao ano, mas o relator da medida, senador Lasier Martins (Pode-RS) decidiu elevar o valor para 30%, no intuito de diminuir a resistência de algumas bancadas contra a medida. Devido às divergências causadas pelo tema, o presidente do Senado marcou uma nova reunião na próxima sexta-feira (22).





Ernani Reis - analista da Capital Research


Dicas para aprender matemática de forma mais fácil


Revisar o conteúdo e saber interpretar textos ajudam na resolução de problemas


É fato que existe um gargalo no aprendizado de Matemática no Brasil. Pesquisa mostra que apenas 7,3% dos estudantes que concluem o Ensino Médio apresentam resultados satisfatórios na assimilação da disciplina. Pensando em ajudar quem tem dificuldade com a matéria, o professor de Matemática do Colégio Marista Ribeirão Preto (SP), Thomas Carvalho, preparou algumas dicas para aprender a matéria de forma mais fácil. Confira:


Revise a teoria

Antes de resolver os problemas na prática, é importante entender a teoria. Depois de assistir às videoaulas, estude o conteúdo para não ficar confuso com as relações apresentadas. Outra dica importante é montar uma ficha com a síntese do conteúdo.


Pratique, pratique, pratique

A melhor forma de aprender é colocar a teoria em prática. É na hora de resolver os exercícios que se consegue mensurar o conhecimento e acertar os erros cometidos. O erro faz o estudante memorizar e compreender o conteúdo com mais facilidade. Sempre que não conseguir resolver um exercício, busque exercícios resolvidos similares a ele.


Renomeie as variáveis

As variáveis matemáticas geralmente são representadas por letras já estabelecidas. As letras a, b e c aparecem em diversas relações matemáticas, e é muito comum chamar os elementos de uma situação problema por A, B ou C, o que pode gerar confusões. Se preferir, renomeie as variáveis de maneira que façam mais sentido para você.


Faça resumos

Novamente, crie resumos do seu jeito, com a sua linguagem, da forma que você vai entender. Experimente desenhar ícones, utilizar canetas coloridas, escrever com letra de forma e a mão. Descubra qual é o caderno ideal para estudar matemática: sem linhas, com linhas ou quadriculado.


Compartilhe sua experiência

Converse com alguém que também acha a Matemática uma disciplina desafiadora e tenha enfrentado problemas semelhantes aos seus. Essa troca de experiências vai ajudá-lo a encontrar as soluções para os problemas pelos quais você está passando e vai dar ritmo e incentivo aos seus estudos.


Dê um passo atrás para avançar

Reveja conteúdos anteriores. Às vezes, o que o impede de avançar é uma dúvida que, porventura, seja anterior ao conteúdo que está trabalhando agora. Por exemplo, questões com logaritmos precisam de um domínio muito bom de exponenciais. Atividades de porcentagem exigem conhecimento de frações e da operação de divisão.


Teste seu conhecimento

Para avançar nos estudos, é importante ter consciência do seu nível de conhecimento. Teste seu aprendizado para que você avance no conteúdo com mais segurança e menos dificuldades ao longo do percurso. É fundamental não ter vergonha de sanar dúvidas anteriores para poder aprender novos assuntos com mais facilidade. Estude todo dia e verifique quais atividades estão acertando ou não.


Saiba interpretar os textos

Para resolver problemas matemáticos, é imprescindível que se tenha um bom nível de interpretação de textos. Procure compreender o objetivo da questão e organize a melhor forma de resolver o problema. Lembre-se que na Matemática, em grande parte das vezes, conseguimos dividir o problema maior em pequenos pedaços que facilitam sua resolução. Isso vai ajudar a entender os enunciados e, quem sabe, gostar mais de Matemática.





Rede Marista de Colégios (RMC)


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