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terça-feira, 26 de março de 2024

Mercado da moda deve se planejar para evitar perdas e impulsionar vendas sob influência de variações climáticas

·        Nottus Meteorologia indica que estudos e consultoria sobre previsões de longo prazo para as estações do ano tornam a tomada de decisões mais assertiva

·        Indústria têxtil e varejo, por exemplo, devem ficar atentos para um inverno com mais variações de temperatura em 2024, segundo previsão meteorológica


As mudanças climáticas têm impactado diversos setores da economia e a indústria da moda é um exemplo dessa influência. O efeito das variações do clima nas estações do ano tem levado a indústria têxtil e o varejo a reavaliarem estratégias de produção e comercialização de produtos. Segundo a Nottus Meteorologia, empresa especializada em inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, ao orientar suas decisões por meio de previsões de longo prazo para as estações do ano, o setor da moda tem condições de antecipar o planejamento de coleções, realizar investimentos adequados, prevenir perdas e impulsionar vendas.

Desirée Brandt, sócia-executiva e meteorologista da Nottus, antecipa as expectativas para o inverno de 2024. “O último relatório do NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) indica uma neutralidade climática, ou seja, sem El Niño e ainda sem La Niña. Não há previsão de inverno rigoroso, mas a estação promete ter mais episódios de frio se compararmos com o inverno do ano passado. Essas quedas mais acentuadas na temperatura serão intercaladas por períodos não tão frios, o que leva o varejista a ter de se planejar a cada onda de frio que for prevista”, afirma.

Estudos indicam que as vendas de vestuário e calçados são altamente influenciadas por variações na temperatura e nas condições meteorológicas. Segundo pesquisa do IEMI (Inteligência de Mercado), o período da coleção Outono/Inverno responde por cerca de 41% das vendas do varejo nacional. “Em 2023, o inverno mais fraco derrubou as vendas dos varejistas de moda. A previsão antecipada do inverno, por exemplo, possibilita que as empresas assegurem preços mais vantajosos. De maneira semelhante, o atraso na chegada do frio força os lojistas a realizarem liquidações e oferecer descontos adicionais”, destaca a executiva.

Tanto a indústria quanto o varejo podem integrar as previsões meteorológicas em seus planos de negócios e estratégias de marketing e vendas. Destacar os tecidos e roupas mais adequados para as condições climáticas previstas pode influenciar significativamente a maneira como os produtos são anunciados e promovidos no mercado.

“Caso a previsão aponte para um inverno rigoroso, a busca por tecidos mais pesados e isolantes pode aumentar, permitindo que, desde as fábricas até as redes de lojas, ajustem suas linhas de produção e investimentos para atender às demandas específicas de um clima mais severo. Por outro lado, em anos com invernos mais brandos, o setor pode reduzir investimentos em produtos específicos e evitar excessos e perdas no estoque”, avalia a meteorologista da Nottus. Segundo ela, essa capacidade de adaptação, baseada em previsões climáticas, torna-se crucial para a sustentabilidade econômica do mercado da moda.

“Embora seja impossível controlar completamente as condições climáticas, receber informações precisas sobre o clima futuro passa a ser um diferencial estratégico. Em um cenário em que a incerteza climática é uma constante, a consultoria meteorológica emerge como uma poderosa aliança para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças no clima e assegurar a rentabilidade de empresas do mundo da moda”, conclui a executiva da Nottus. 


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