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terça-feira, 26 de março de 2024

Estudo recente aponta que pessoas do sexo feminino têm mais risco para desenvolver doenças autoimunes

 

No universo das doenças autoimunes, a presença feminina é a maioria. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos de Lúpus ocorrem em mulheres e se manifestam, principalmente, na faixa etária entre 15 e 45 anos1

 

Doenças autoimunes estão presentes na vida de milhões de mulheres em todo o mundo. Isso pode ser um fator para explicar a disparidade de gênero observada, por exemplo, em doenças como o Lúpus Eritematoso Sistêmico, já que entre 10 pacientes, nove são do sexo feminino. ¹ Um estudo recente publicado pela revista Cell revela que uma molécula produzida pelo cromossomo X pode desencadear a produção de anticorpos que atacam as próprias células do corpo feminino, podendo resultar em um maior risco de desenvolver doenças autoimunes².

No contexto das doenças autoimunes, como o lúpus, a influência do estrógeno em mulheres tem sido objeto de estudo. Pesquisas indicam que níveis elevados desse hormônio podem desencadear e agravar o lúpus, resultando em uma incidência significativamente maior da doença em mulheres. Evidências sugerem que o estrógeno pode intensificar a resposta inflamatória e a ativação das células do sistema imunológico envolvidas no lúpus³. Essas descobertas sublinham a complexa interação entre hormônios sexuais e doenças autoimunes, apontando para a necessidade de uma abordagem terapêutica mais personalizada e conscientização sobre os desafios enfrentados pelas mulheres com lúpus.

Segundo Edgar dos Reis Neto (CRM: 114511 SP), reumatologista e professor da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, "O Lúpus e outras doenças autoimunes representam um desafio significativo, especialmente para as mulheres, cujo sistema imunológico muitas vezes se volta contra elas mesmas. É muito importante entender essa complexa interação entre genética e hormônios para oferecer um cuidado mais abrangente e personalizado às pacientes que possuem esta condição".

No caso do Lúpus, citado pelo reumatologista Edgard dos Reis Neto, a doença representa um grupo de condições complexas em que o sistema imunológico também ataca erroneamente as células saudáveis do corpo, desencadeando inflamação e danos aos tecidos4.

Só no Brasil, estima-se que o Lúpus atinja entre 150 mil e 300 mil indivíduos.3 Isso sem contar com outras doenças do tipo, que continuam a afetar a população, em especial a feminina. Estudos também indicam que mulheres de origem étnica africana, hispânica e asiática têm maior probabilidade de desenvolver a doença5. Essa prevalência desigual ressalta a necessidade de uma abordagem específica para o diagnóstico e tratamento desse grupo.


Tratamento adequado

O tratamento das doenças autoimunes, incluindo Lúpus, envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo medicamentos imunossupressores, anti-inflamatórios e medicamentos para o controle dos sintomas3. No caso de Lúpus, as mulheres podem contar com tratamentos inovadores que prometem melhorar sua qualidade de vida. Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e redução do estresse. As mulheres com doenças autoimunes devem ser acompanhadas por uma equipe médica especializada, que possa fornecer orientações e suporte contínuos.


Sobre o LES

É uma doença inflamatória autoimune, que atinge cinco milhões de pessoas em todo o mundo.5 Sem cura, o lúpus costuma evoluir lenta e gradualmente, o que dificulta o diagnóstico. Os principais sinais e sintomas são fadiga, dor, inchaço ou artrite, febre e lesões na pele4


Sentindo na Pele: um documentário sob o ponto de vista de quatro pacientes autoimunes

Produzido pela AstraZeneca, em parceira com o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Sentindo na Pele é uma minissérie documental inédita e retrata histórias de quatro mulheres diferentes que convivem com a doença autoimune Lúpus. Nele, elas contam suas jornadas como pacientes autoimunes e como isso afeta diversos núcleos de suas vidas. O conteúdo está disponível no site da campanha de conscientização Lúpus: A Marca da Coragem, o Link

 

AstraZeneca
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Instagram @astrazenecabr



Referências
Ministério da Saúde: Lúpus. Disponível em: Link
Xist ribonucleoproteins promote female sex-biased autoimmunity. Disponível em: Link
The landscape of systemic lupus erythematosus in Brazil: An expert panel review and recommendations, Jul/2021
Sociedade Brasileira de Reumatologia. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Disponível em: Link. Acesso 22/08/2022.
Lúpus Fondation of América. National Resource Center on Lupus. Lupus facts and statistics. Disponível em: Link

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