Para a médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani,
especialista em comportamento humano e saúde mental, na depressão deixa o cérebro
sem motivação para alegria e felicidade. “O deprimido pode enxergar a realidade
de maneira distorcida, pessimista e sem saída para os problemas. Tudo isso pode
aumentar o estresse emocional e em alguns casos, precipitar desfechos negativos
como até o suicídio", alerta.
E isso tem explicação. “Geralmente o indivíduo
deprimido apresenta uma distorção das memórias, isto é, lembra mais de fatos
passados negativos e do pensamento, pensa mais negativamente, quando está
deprimido. Dessa maneira, parece que tudo que aconteceu e o que está para
acontecer foi e será ruim. Não há saída. Tudo é mais difícil e tomar decisões
se torna absurdamente difícil”, comenta a médica que ainda deixa alguns sinais
importantes a serem observados pelos familiares que de quem está sofrendo com o
problema:
- - Elevado grau de desesperança, desamparo e desespero;
- - Presença de um transtorno psiquiátrico grave já diagnosticado
(esquizofrenia, bipolaridade, alcoolismo);
- - Ausência de suporte familiar;
- - Doenças médicas graves: câncer, quadros dolorosos, doenças
reumatológicas, doenças neurológicas, AIDS, doenças dermatológicas graves,
etc.
- - Impulsividade aumentada (por exemplo, em alguma depressão do
espectro bipolar);
- - Ausência de fatores de proteção como autoestima elevada;
religiosidade independente da afiliação religiosa e razão para viver;
ausência de doença mental; estar empregado; ter crianças em casa; senso de
responsabilidade com a família; gravidez desejada e planejada; capacidade
de adaptação positiva; capacidade de resolução de problemas e relação
terapêutica positiva, além de acesso a serviços e cuidados de saúde
mental.
"Por isso observe se alguma pessoa deprimida
apresenta algum destes fatores de risco e principalmente, se aproxime dela
nesta fase. Convence-la a procurar um tratamento deve acontecer só depois de
esntender a mão e fazer ver que isso não é apenas “coisa da cabeça” dela que
pode ser resolvida sozinha, mas é uma doença que precisa ser tratada",
alerta a psiquiatra.
Dra. Jéssica Martani - Medica psiquiatra, observership em neurociências
pela Universidade de Columbia em Nova Iorque -- EUA, graduada pela Universidade
Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria
Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior
de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP. CRM 163249/ RQE 86127
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