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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Dia de Conscientização da Violência Contra o Idoso

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) tem acompanhado de perto os idosos durante a quarentena. No próximo dia 15 de junho, será lembrado o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa. Durante a pandemia da COVID-19, o Governo Federal disponibilizou um canal (100) telefônico, para receber denúncias de violências praticadas contra idosos.

 

Em 2019, as denúncias de violações contra pessoas idosas representavam 30% do total de denúncias recebidas pelo Disque 100, cerca de 48,5 mil registros. Já em 2020, esse número apresentou aumento. No início do isolamento, as denúncias somavam 3 mil, já em maio, as mesmas chegaram a 17 mil e ao final do ano, o Brasil registrou 77.182 mil denúncias. Um aumento de 53% nos registros. 

Dados do Disque 100, referente a 2021, registram mais de 33,6 mil casos de violações de direitos humanos contra o idoso no país, apenas no primeiro semestre. “As agressões não são apenas físicas, mas aparecem por meio de vários formatos como humilhações, desrespeito, ofensas verbais, palavras mal ditas, o que afeta mentalmente a saúde do idoso e reforça o estereótipo negativo construído”, diz a Presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG, Vania Beatriz Merlotti Herédia.

A violência contra o idoso é um assunto estigmatizado na sociedade e uma violência que tem sido negligenciada. O Estatuto do Idoso caracteriza a violência contra o idoso como qualquer ação ou omissão, praticada em local público ou privado, que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. Mesmo que o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) assegura em seu artigo 4º que “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão e todos atentado aos seus direitos por ação ou omissão, será punido por lei”, as agressões acontecem e ferem um número considerável de idosos.  

“O fato do idoso não denunciar a violência não significa estar de acordo. Reflete, entretanto, as condições de dependência que muitos vivem e a falta de alternativas no enfrentamento das agressões, o que evidencia o medo que muitos passam frente à violência dentro de casa”, conclui a presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG..

 


Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


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