Para especialista, os pais devem ensinar às crianças e adolescentes os cuidados e comportamentos ideais para a rede
Em 11 de fevereiro,
comemora-se o Dia da Internet Segura. O assunto passou a ser ainda mais
importante com a pandemia, pois trabalhar em casa (home office) tornou-se uma
realidade para muitos profissionais de diversas áreas, além daqueles que já
lidam com tecnologia em geral. As mudanças de comportamento das pessoas e o
contínuo desenvolvimento tecnológico ampliaram o uso da Internet.
Armando Kolbe Júnior,
coordenador do curso de Gestão de Startups e Empreendedorismo Digital do Centro
Universitário Internacional Uninter, explica que atualmente é possível enviar e
receber dados com mais rapidez, e que essa dinâmica é a chave de tudo. “A
Internet é um grande agente de tecnologia que permite a disseminação e troca de
informações em tempo real, possibilitando novos modelos de negócios, inclusive
a migração digital de negócios já existentes no modelo off-line”, afirma.
Levando-se em consideração
que nos próximos anos, principalmente com o advento do 5G, haverá o aumento do
volume de dados e informações sensíveis que circularão pela Internet, o
professor questiona se estamos pensando em como proteger estes dados.
“Algumas boas práticas, como
verificar os termos de uso e a política de privacidade da loja online e
denunciar o cyberbullying, podem ajudar a garantir uma navegação mais segura.
Além disso, datas como o ‘Dia da Internet Segura’, são iniciativas destinadas a
conscientizar usuários e instituições sobre a importância do uso seguro, ético
e responsável”, comenta o especialista.
Mais de 140 países estão
sendo mobilizados para proteção de segurança online. Por exemplo, no Brasil,
uma pesquisa realizada pelo Google com pais e professores mostrou que 91% dos
professores precisam de mais recursos para ensinar segurança online de forma
eficaz para crianças menores de 10 anos.
Os entrevistados estão mais
preocupados com a privacidade, prevenindo o cyberbullying, evitando conteúdos
inadequados, compartilhando informações com cuidado e evitando fraudes. Júnior
lembra que “a conduta online pode expor crianças e jovens a estranhos
mal-intencionados, mas não apenas os menores estão em risco. Os adultos
geralmente são vítimas de golpes como phishing, vazamento de dados e abuso
sexual”.
Para o professor, a educação
digital começa na infância. “Devemos ficar atentos a alguns tópicos importantes
para conversar com as crianças, como por exemplo, o perigo de contato com
estranhos. Afinal, ensinamos isso às crianças em um ambiente offline e o mesmo
princípio se aplica ao mundo digital”.
Seguem algumas dicas que
servem para adultos e crianças, do que não se deve fazer na Internet para
tentar garantir a segurança.
Não clique em e-mails suspeitos
O e-mail é uma fonte poderosa
de cibercriminosos e um dos principais canais de phishing. É importante ter
cuidado com mensagens que parecem vir do seu banco e exigem uma alteração de
senha, por exemplo, para avisá-lo sobre tentativas de cometer fraude na conta
ou fornecer algum seguro grátis.
“Para verificar a precisão do
e-mail, verifique o endereço do remetente e veja se a comunicação contém um
anexo com a extensão .exe. Nesse caso, é provável que esses arquivos contenham
vírus ou spyware. Não abra e exclua a mensagem imediatamente. Vale lembrar que
neste tipo de golpe, os criminosos também recorrem a órgãos governamentais,
policiais e judiciais”, afirma o professor.
Não concorde com os termos de uso antes de ler
Se você já se cadastrou em um
site de comércio eletrônico, normalmente pula a leitura do texto descritivo em
letras pequenas e marca diretamente a opção “Concordo com os termos e condições
de uso”. Embora essa prática seja comum entre os usuários da Internet, é
prejudicial à segurança. Isso porque esse documento funciona como um contrato
entre o comprador e a loja virtual e é essencial para a segurança do
empreendimento. Na “Política de Privacidade”, a empresa demonstra como tratar
as informações privadas cadastradas pelos clientes em seu banco de dados.
Essa regra também se aplica
também a download de aplicativos ou registros de jogos ou redes sociais, ao
clicar no site, expresse o valor de “Aceito”.
Não publique fotos ou vídeos sem a autorização das pessoas
No ambiente de rede,
respeitar a privacidade dos outros é uma atitude particularmente necessária. Se
você quiser postar uma foto em que outras pessoas apareçam, certifique-se de
que elas concordam com a publicação. Se o cadastro envolver crianças ou jovens,
deve-se obter autorização do responsável.
“Evite superexposição, tanto
nossa como de nossos filhos. Nós inadvertidamente postamos fotos, vídeos e até
locais de forma excessiva e abrimos informações pessoais”, comenta.
Não pratique violência online e denuncie cyberbullying
Praticar cyberbullying
significa usar espaços virtuais para ofender, intimidar ou assediar outras
pessoas. Essa atitude é mais comum entre crianças e adolescentes e, se for
interpretada como crime que prejudica a reputação do ambiente virtual, pode ser
punida pela legislação brasileira. Uma maneira de conter o cyberbullying é por
meio de relatórios. Para isso, é importante não só copiar o link da postagem
abusada (pois o link pode ser excluído posteriormente), mas também tirar
screenshots do perfil e comentários do agressor e encaminhá-los às autoridades
responsáveis. Outra opção é reportar a publicação na própria rede social.
Não deixe as crianças usarem computadores sem controle dos
pais
Embora a atual geração de
crianças e jovens tenha o título de “nativos digitais”, a supervisão dos pais
ainda é essencial para garantir uma navegação segura. Nesse sentido, as
ferramentas de controle dos pais podem ajudar os responsáveis a
proteger a privacidade das crianças.
Não use senhas fracas
A senha de segurança tem que
ter preferencialmente mais de oito caracteres e combinar números e caracteres
especiais. Criar uma senha forte o suficiente para um invasor não tem nada a
ver com criatividade, nem estratégia. Use números aleatórios e caracteres
especiais e evite palavras muito comuns ou strings numéricas, data de
nascimento, nome de familiares, números sequenciais.
Além disso, também é
importante adotar senhas diferentes para cada conta de e-mail, e-commerce e
rede social que você visita regularmente. Se o site ou aplicativo oferecer
opções, inclua a verificação em duas etapas em seu registro. “Este recurso foi
desenvolvido para dificultar o acesso indevido: quando um usuário digita uma
senha, o serviço relacionado automaticamente envia um PIN ou algum outro código
para confirmar a identidade”, explica.
Grupo Uninter
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