Aline Lacerda, fisioterapeuta respiratória pediátrica, comenta sobre o possível aumento de casos de doenças do trato respiratório na volta às aulas
Quase sete meses depois da suspensão das aulas presenciais (e
muito homeschooling para os pais), as escolas estão, aos poucos, retomando suas
atividades presenciais. Ainda que em esquema especial - em muitos casos apenas
nas atividades extracurriculares, as crianças poderão voltar ao que conheciam
como “normal” até março. O retorno às aulas, no entanto, acende um alerta para
o aumento da doenças respiratórias, além do Covid-19.
“Fevereiro e Agosto são meses que os casos de quadros virais
respiratórios são mais recorrentes nos pediatras e aos fisioterapeutas
respiratórios. Isso acontece porque as crianças voltam à escola, têm mais
contato uns com os outros, favorecendo a propagação de diferentes vírus. Neste
2020 tão atípico esperamos esse comportamento para as próximas semanas por
conta da reunião dos alunos, ainda que as medidas de segurança estão sendo tomadas
por todas as escolas”, explica Aline Lacerda,
fisioterapeuta respiratória especializada em crianças.
O uso de máscaras em ambientes fechados, o distanciamento social
seguro (1,5m entre cada pessoa) e a higienização constante das mãos com
água/sabão e álcool gel contribuem para diminuir as chances de contágio não só
do Covid-19 mas de outras doenças virais que atacam o sistema respiratório. “É
de extrema importância que os pais expliquem aos seus filhos sobre a
necessidade de seguir à risca todas as medidas de segurança. Quanto mais
velhos, mais conscientes do problema e de seu papel na sociedade. Os pequenos
devem também saber o que está acontecendo e como podem contribuir com a
proteção dos amigos e de si dentro da capacidade de compreensão de cada faixa
etária”, comenta a fisioterapeuta. “Também contamos com a parceria das
escolas no controle das regras. A escola é uma grande aliada aos pais neste
momento”, continua Aline.
A fisioterapeuta relembra quais são os cuidados principais para
ajudar na prevenção do contágio do Covid-19:
Uso
obrigatório de máscara para crianças acima dos 6 anos de idade em ambientes
fechados;
Uso
opcional de faceshield combinado com o uso de máscara. Lembrando que Faceshield
é apenas uma barreira de contenção e não de absorção do vírus. As máscaras
descartáveis ou de tecido são as que absorvem os vírus e devem ser usadas a
partir da idade indicada;
Higiene
correta das mãos: lavar as mãos constantemente com água e sabão e complementar
essa limpeza com álcool gel. Lembrando que o álcool gel é essencial em momentos
que a água e sabão não estão disponíveis;
Distanciamento
social: a distância mínima é de 1,5m entre as pessoas. Isso deve ser feito
inclusive fora da sala de aula;
Cobrir
nariz e boca ao tossir e espirrar: ensine as crianças a proteger boca e nariz
para que a secreção não seja lançada ao ar.
A fisioterapeuta respiratória finaliza: “Precisamos
conscientizar nossas crianças sobre a importância de cuidarmos uns dos outros
mas tenha cautela para conversar de modo que não assuste a criança.
Conscientizar não é amedrontar”.
Aline Lacerda - Fisioterapeuta
Respiratória Pediátrica
@_aline_lacerda_
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