Fabiano de Abreu pontua 7 comportamentos necessários para uma melhor educação infantil e que este seria o melhor presente que poderíamos dar aos filhos no dia das crianças, uma melhor educação.
O escritor Fabiano
de Abreu, estudioso da mente humana com formações em neurociência,
neuropsicologia, psicanálise, filosofia e especialização em psicopedagogia,
utiliza de sua sensibilidade e conhecimento do comportamento humano, para
relacionar o subjetivo com a ordem prática para promover a saúde mental das
pessoas, dedicou parte do seu tempo num projeto que ele chama ‘Conhecimento
para todos’ onde escreveu 5 livros para distribuir gratuitamente pensando em
como aumentar os limites cognitivos dos interessados no tema.
“Quando o vírus chegou na
Europa, articulei meu pensamento, no que compreendo como óbvio, leitura e
conhecimento.
Alcançar o Brasil seu país
de origem, é seu maior objetivo. “O país é considerado o mais ansioso do mundo
segundo a OMS, logo, é um dos mais estressados, todos os reflexos de uma
pandemia afetam pessoas neste quadro potencializando e tornando-se doença. Sem
contar a imunidade de pessoas estressadas que é mais afetada devido ao alto
nível de cortisol para combater o estresse. Por isso dediquei parte do meu
tempo a escrever. Os livros são sobre comportamentos, hábitos para uma melhor
saúde mental. Sem contar que a leitura aciona a plasticidade cerebral que
melhora o humor.”
Abreu reforça a
importância do seu quarto livro, ‘Filosofia da Educação Infantil’ onde os
adultos poderão avaliar melhores maneiras e o motivo de uma necessidade de
mudança na forma com que educamos as crianças seja na escola, pais ou adultos
cuidadores em geral. Depositar toda a responsabilidade sobre a educação
dos pequenos nas escolas é uma temeridade. “Com o cotidiano atribulado e o
excesso de metas pelo vício da dopamina (hormônio da recompensa), na busca de
conquistas contínuas, as nuances desta ansiedade afetam a racionalidade e faz
prevalecer a emoção, esquecendo assim a maneira correta de criar os filhos. A
escola não cria, ela educa, nós criamos. As crianças precisam dos nossos
limites, como aprendizagem, saber o que é certo e errado, ouvir o “não”,
conquistar por merecimento o “sim”, precisam de atenção, serem
observados, precisam ser educados.”
Educação na escola
encontra-se defasada.
“A escola é uma prestadora
de serviço para o conhecimento e as suas estratégias estão paradas no tempo.
Estamos na era do selfie, do usuário, do perfil, a educação não pode ser mais
plural, tem que ser singular. Educar o aluno de acordo com a sua personalidade
e saber lidar com pessoas especiais ou com transtornos que hoje são comuns em
crianças.”
Controle parental
“Os pais devem interferir
no conteúdo das crianças. YouTubers que passam uma mensagem errada aos filhos,
fácil acesso a pornografia, ao crime, a depressão, ao vício, a conteúdos que
não interessam a faixa etária e só atrapalham no desenvolvimento."
Limites na internet
“A internet está deixando
as crianças menos inteligentes e está causando vício e dependência prematura de
dopamina, que aciona o sistema de recompensa do cérebro. Cada conquista nos
jogos, likes, comentários, interação, resposta satisfatória rápida na dinâmica
internet, está criando um hábito na necessidade deste hormônio da recompensa
desde cedo. Isso pode influenciar em adultos depressivos. Esta dinâmica eleva a
ansiedade e a criança não se aprofunda no conteúdo adaptando-se no que é
superficial e isso cria uma cultura e uma fadiga de querer entender todo o
conteúdo. Temos que regular o uso da internet.”
Nossos filhos são
dependentes, é genético.
“Nós temos um código
genético, uma memória primitiva que é conduzida desde o espermatozóide até o
nascimento. O ser humano é um animal frágil, dependente, as crianças dependem
desta atenção e educação paterna/materna/fraterna já determinado por este
código de memória primitiva."
Adaptação ao
conhecimento
“Precisamos desde cedo
adaptar as crianças à leitura, à necessidade de absorção de conhecimento,
estimular a curiosidade e para isso, é necessário a nossa atenção. Dedicar um
pouco de cada dia é muito menos tempo do que consertar depois erros
relacionados a má educação. Sem contar os transtornos que poderão causar devido
a esta ausência. Um tempinho nosso agora, equivale a uma melhor paz no
futuro.”
Autonomia demais aos
jovens
“Damos voz e liberdade
demais aos jovens. O cérebro só termina sua formação aos 24 anos de idade, até
lá, ainda formam-se neurônios. Os jovens não têm a mesma lógica que os adultos
devido a isso e pela falta de experiência e inteligência cognitiva que advém
desta experiência.”
No livro, são muitas
idéias e estratégias baseadas em conceitos próprios e estudos científicos. A
necessidade de mudarmos a maneira com que lidamos com as crianças, é urgente,
diz o autor, ou o futuro será de pessoas sós e depressivas afetando o
desenvolvimento e o bem estar do país. “Se queremos melhorar um país, temos que
começar pela base, pelas crianças, elas serão o futuro e o melhor presente que
podemos dar a elas, é esta atenção e ação de praticar o que é correto para uma
melhor educação.”
Ainda este mês, Fabiano de
Abreu lançará o último livro da série, ‘Filosofia da Resiliência Humana’, para
distribuição gratuita completando o seu quinto livro escrito no
confinamento.
Para receber os livros,
basta enviar um direct ou mensagem no Instagram ou Facebook do autor no
endereço @fabianodeabreuoficial
Foto: Mesa Filosófica
Joana
Freitas
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