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Algumas pessoas se sentem “obrigadas” a praticar
exercícios pela quantidade de lives realizadas nas redes sociais
O período de isolamento social tem mudado a rotina
de muitas pessoas. Entre elas, estão aquelas que nunca praticaram atividade
física e que agora se sentem “obrigadas” a iniciar a sua jornada fitness.
Existe um bombardeio de lives nas redes sociais com exercícios para todos os
gostos, e estilos, e é uma tarefa difícil para os iniciantes escolherem a
melhor opção sem nenhum feedback.
“A combinação de tempo livre e oferta de atividade
é perigosa. O treino deve ser pensando individualmente, respeitar todas as
necessidades, idade e objetivo de cada indivíduo. Para saber qual caminho
seguir, é necessário realizar uma anamnese e conversar com essa pessoa. É
fundamental conhecer e entender a relevância da atividade física para o futuro
aluno. É um processo que envolve empatia”, alerta Fábio Rodrigues José, mestre
em Biodinâmica do Movimento pela Escola de Educação Física e Esporte da USP
e fundador da OnWay Health, empresa
especializada em reabilitação, qualidade de vida e promoção de saúde.
Atividade física é um momento de estresse
psicológico para o organismo, é uma válvula de escape e se for realizado em
alta intensidade, baixa a imunidade e pode machucar as articulações, durante
uma pandemia, não é uma boa escolha, e para pessoas com quadros de ansiedade e
depressão é ainda mais prejudicial. “Quer treinar? Faça o básico para se manter
ativo, faça uma aula de yoga, alongamento, meditação, pilates. Essa regra vale
para iniciantes e praticantes assíduos. Fazer o simples é a melhor opção. Não é
momento para cobrar produtividade ou alta performance de ninguém”, alerta
Fábio.
Além da quantidade de informação sobre exercícios,
existem também as milhares de notícias reais e as fake news circulando na
internet a cada segundo sobre a situação do país e o coronavírus. As pessoas
acabam absorvendo tudo que veem e começam a desenvolver um processo de angústia
que vem acompanhado de estresse, distúrbio do sono, ansiedade e depressão.
A dica do especialista é: desligar a TV, não ficar
muito tempo conectado às redes sociais, tirar o foco do problema
e transformar energia negativa em algo positivo. Faça uma caminhada
(em algum ambiente seguro), tome sol, leia, medite, realize trabalhos manuais,
é uma maneira simples de manter a sanidade mental. Independente da escolha, é
importante que a ação seja prazerosa.
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