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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Enrolar o bebê em uma manta pode ser perigoso



Apesar de bonita, tal atitude pode comprometer a saúde da criança


Apesar de ser muito fofo enrolar o bebê em uma manta como na foto ao lado ou prender suas pernas firmemente, principalmente nesta estação do ano no Brasil, o inverno, o ato pode ser perigoso para a saúde dele.

Segundo o ortopedista pediátrico David Nordon, a ação pode comprometer o quadril da criança. “Pode ocorrer a displasia do quadril, que é quando ele sai totalmente do lugar ou fica ‘frouxo’, instável”, afirma. Segundo ele, em populações onde existe o hábito comum de se enrolar o bebê, como esquimós e italianos, a incidência de displasia aumenta consideravelmente”.

De acordo com o médico, isso ocorre porque a posição que o bebê fica, com as pernas juntas, força o quadril mais frouxo para fora, promovendo a displasia e, em última análise, a luxação. “É o mesmo que acontece quando são usados carregadores de nenês de forma errada”, alerta.

No Brasil, de acordo com diversos estudos, a incidência de displasia gira entre 0,2% a 1,7%, envolvendo quadril luxado e subluxado (instável). 

Em um quadril normal, a cabeça do fêmur, que se compara a uma bola, fica firmemente encaixada no acetábulo, o osso da bacia, que funciona como um soquete. Em crianças com displasia, o acetábulo (o soquete) fica raso e não consegue segurar a cabeça do fêmur (a bola).

Nordon explica que existem alternativas para evitar o problema. “Há certos ‘charutinhos’ especiais, os wraps ou sacos de dormir, que, mesmo deixando os braços envolvidos, têm bastante espaço para o nenê mexer as pernas, evitando que a displasia ocorra”, diz.

Portanto, toda a atenção faz-se necessária para que o bebê não apresente este problema, que pode comprometer sua saúde e qualidade de vida. “Quanto mais tempo o bebê ficar nesta posição, maior o risco”, finaliza o ortopedista pediátrico David Nordon.

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