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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Emoções deslocadas podem gerar depressão em Jovens





A educação emocional é uma forma de trazer equilíbrio para a vida de uma pessoa. Quanto mais as emoções são compreendidas, respeitadas e direcionadas melhor será a vida.
Mas como  fazer esse ciclo produtivo de primeiro compreender, depois respeitar e por último direcionar?
Habitualmente, a sociedade tem uma forma que acredita ser a mais “ adequada” de ensinar a evitar o contato com a emoção. Assim, existe a ilusão de que uma pessoa está se preservando, ocultando com muito afinco o que sente.
Depois, a descoberta acontecerá em perceber os desgastes decorrentes deste comportamento, pois cada emoção contida pode gerar sintomas desagradáveis através da ansiedade, depressão, desmotivação, tristeza e ausência de propósito.
Esse comportamento pode ser ensinado através do exemplo, ou como uma condição para virar um adulto com o controle das emoções. Gosto muito de lembrar que quem quer ter o controle, vive o eterno temor do descontrole. Nenhuma emoção, ou sentimento, existe para ser controlado. Afinal, são informações importantes para considerar e agir.
Os jovens vivem a descoberta das emoções e suas forças, e nessa etapa muitos são estimulados a iniciarem o controle das emoções, como se elas fossem nocivas.
Para um jovem que está receptivo a várias sensações e emoções, o aprendizado de controle pode ser exaustivo, além de proporcionar pouca energia física.
Essa tensão que o jovem sofre ao se cobrar de controlar uma emoção que passa pela mente e corpo pode trazer muitos resultados, um deles é a depressão.
Eles possuem ainda pouca habilidade para lidar com as oscilações, pois a variedade de emoções, sensações e objetivos são desafiadores. E alguém sobrecarregado, independentemente da idade, pode comunicar-se com uma depressão, uma das formas de ser ouvido e ouvir o próprio corpo.
Hoje, boa parte tem síndrome do pânico, depressão, insônia e outros comportamentos que mostram as emoções de forma intensa deslocadas. Uma prova disto são os dados de 2014, onde 21% dos jovens de 14 a 25 anos apresentam depressão e 5% tentaram suicídio. Será que ainda há dúvidas que temos algo fora do lugar?
Quando pensamos que 28% destes jovens fazem uso de álcool ou outras drogas e que o que impulsiona o uso são as emoções, crenças, distorção do auto imagem e pouca segurança em relação ao autovalor.
Então a depressão passou também a compor a vida do jovem, tirando a energia vital e gerando mais desencaixa.
Como lidar com essa situação cada vez mais presente?
Os jovens habitualmente têm muitas coisas para fazer e conciliar e essa sobrecarga, somada a pressão por excelentes resultados, estão cada vez mais presentes nesta faixa da população.
Os jovens vivem muitos dilemas que são gerados por antecipação aos 15, ou 16 anos por isso é comum já nesta idade pensarem em como será sua vida no futuro, se a profissão que irá escolher é a melhor, se irá ganhar dinheiro suficiente, se terá sucesso e outras questões que estão distantes do seu presente.
Acredito que tudo isso seja um convite para que esse jovem queira se manter na infância, a qualquer custo, por sentir- se deprimido ao pensar no futuro cheio de insatisfação, focado em ter mais do que ser, ou repleto de cobranças porque cobrar é diferente de educar com responsabilidade.
Um dos principais fatores desse quadro é a intensa pressão que muitos pais exercem por se sentirem receosos em relação ao futuro dos filhos, e para solucionar intensificam uma jornada feita de mil atividades.
Às vezes, para compensar as ausências de tempo e envolvimento, muitos pais cobram uma excelente performance custeando uma infra estrutura muitas vezes pesada, com professores particulares, mil atividades na escola e fora dela, para formar um adulto do mundo ou autônomo, como escuto alguns pais falarem com orgulho.
Porém, para formar um adulto para o mundo é preciso, antes, educar um jovem com respeito, compromisso e liberdade para escolher e se responsabilizar pelas escolhas que faz.
Quando um jovem demostra o comportamento de depressão ele quer sim realizar uma comunicação sobre algo que está desencaixado em suas emoções, ou em sua educação e muitas vezes a ausência é de amor.
A melhor medida para que uma pessoa viva sem depressão e ter amor!

Márcia Dolores Resende - criadora do método engenharia da Felicidade. Diretora e coordenadora de desenvolvimento do Instituto de Thalentos. Atua há mais de 29 anos em desenvolvimento humano, corporativo e educacional. Responsável pela criação e implantação do método de Coaching Eficaz com PNL dentro de diversas empresas. Implementando o programa para CEO´s com métricas para o acompanhamento e evolução. Criou a metodologia para implantação de Programas de Cultura Corporativa utilizando os três C´s (Conhecimento, Compreensão, e Comprometimento). Possui certificações Internacionais ICI e ICF Master Coaching. Psicóloga pela UNG, consultora em desenvolvimento Humano, coach com especialização em RH, larga experiência em Desenvolvimento e Treinamento Gerencial. Para mais informações acesse http://www.institutodethalentos.com.br/ .

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