Pesquisar no Blog

quinta-feira, 28 de março de 2024

Páscoa: como saber o que é chocolate de verdade?

Crédito: Envato

Adição de ingredientes pode descaracterizar produto; redes sociais registram reclamações ao longo dos últimos meses


“Queria comer um chocolate que não tivesse gosto de gordura hidrogenada.” O lamento, feito no X (antigo Twitter), tem encontrado eco em outras publicações nas redes sociais. Atento, o consumidor brasileiro tem notado uma mudança na formulação do chocolate de marcas populares no mercado. Mas há uma maneira de escolher melhor na hora das compras e fugir dos produtos com “sabor de parafina”, como alegam alguns usuários do X.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), só pode ser chamado de chocolate o produto que mistura cacau e açúcar, com ou sem adição de outros ingredientes. Ou seja, a definição é ampla. Como, então, saber se um chocolate é mais ou menos gostoso? Para a coordenadora do curso de Gastronomia da Universidade Positivo (UP), Leticia Kataniwa, é importante, primeiro, entender como a proporção entre cacau e açúcar e o acréscimo de outros componentes afeta o sabor do produto final. “A resolução da Anvisa - RDC 264 - fala especificamente sobre o chocolate. Segundo esse documento, para que um produto seja considerado chocolate ele precisa ter, no mínimo, 25% de sólidos de cacau. Outros produtos podem ser adicionados a essa massa, mas, quando tenho muito açúcar ou muita gordura, por exemplo, o sabor do chocolate será alterado.”, explica.

A alteração no sabor de marcas consagradas se deve, principalmente, à reformulação das receitas utilizadas por essas marcas. Isso acontece principalmente por motivos econômicos, para reduzir os custos de produção. “Produtos acrescentados à massa, como gordura de soja, de palma ou de algodão, alteram o sabor e a qualidade do produto final porque não são obtidos a partir dos sólidos de cacau. Então aquele chocolate que gruda muito na boca ou parece muito oleoso pode ser em razão disso”, diz Leticia. Ela destaca que aqueles produtos que não têm esses 25% de cacau na composição não podem ser chamados de chocolate e são apenas um tipo de gordura saborizada com chocolate.


Dicas para escolher um bom chocolate

Muito além da velha discussão sobre quem é mais barato - o ovo ou a barra -, quem não quer se sentir lesado pode optar por ler os rótulos antes de escolher o chocolate para a Páscoa. Ali estão boas indicações sobre a qualidade e o sabor do que está sendo levado para casa. “A gente parte do princípio de que menos é mais. Então, quanto menos ingredientes, maiores as chances de o produto ser de boa qualidade. Também é importante olhar a porcentagem de cacau, porque isso traz benefícios para o organismo e garante melhor sabor”, ensina a professora de Gastronomia. Por fim, ela destaca que uma tendência agora são os produtos “bean to bar”, cuja fabricação tem uma maior atenção com cada uma das etapas do processo, desde a seleção dos grãos até a intensidade da torra e a combinação de ingredientes, além de estar muito conectada a uma noção de sustentabilidade.


Diferença entre chocolate ao leite, amargo e meio amargo

Outro fator a ser levado em consideração é o fato de que nem todos os tipos de chocolate são iguais. Há pelo menos três classificações no mercado: ao leite, amargo e meio amargo. Leticia detalha que as diferenças entre eles são significativas.

O chocolate ao leite não tem muito cacau em sua composição e conta com mais leite, gordura e açúcar para fazer a alegria do comprador. Por sua vez, o chocolate meio amargo tem entre 50% e 60% de cacau na composição, mas ainda conta com grandes quantidades de gordura, açúcar e leite. O cacau é muito mais presente no chocolate amargo, com mais de 70% da fruta. A professora de Nutrição da Universidade Positivo Mariana Etchepare lembra que “o que diferencia esses tipos de chocolate são justamente os ingredientes. Do ponto de vista nutricional, o chocolate amargo geralmente é considerado a melhor opção. Temos várias concentrações desse chocolate e, quanto mais amargo ele for, mais saudável. Porque terá menos açúcar adicionado e mais cacau na composição. Consequentemente, terá menos gordura e menos caloria".


E o chocolate branco?

Por fim, vem a pergunta que não quer calar: afinal, chocolate branco é chocolate? Ao contrário do que acontece com os outros três tipos de chocolate, o chocolate branco não tem como matéria-prima as sementes de cacau, mas a gordura extraída da pasta de cacau, Daí a polêmica. Também misturada com leite e açúcar, é essa gordura que dá origem à outra versão do chocolate. “Se levarmos em conta o que diz a RDC 264, o chocolate branco é chocolate porque, embora não seja composto de massa de cacau, é composto de manteiga de cacau e, portanto, pode ser denominado chocolate”, finaliza.

 

Universidade Positivo
up.edu.br/


Destino Espanha: dicas para o intercâmbio dos sonhos e livre de surpresas desagradáveis

De planejamento financeiro a oportunidades de trabalho e estágio, descubra como tornar a sua jornada educacional no exterior enriquecedora e segura


Fazer intercâmbio é o sonho de muitos estudantes e jovens profissionais, que une a vantagem de aprender ou aprimorar um novo idioma e enriquecer a experiência cultural, pessoal e acadêmica. No entanto, é necessário ter um planejamento detalhado para que a experiência não se torne um pesadelo.

Segundo uma pesquisa realizada em 2023, pela Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio), a Espanha está em sétimo lugar no ranking dos dez países preferidos entre os estudantes brasileiros para fazer intercâmbio. “O país abriga algumas das universidades mais antigas e prestigiadas da Europa, são reconhecidas  pelo rigor acadêmico e corpo docente qualificado, tais como as Universidade de Salamanca, Madrid e a de Barcelona. Elas oferecem diversos cursos em áreas como artes, ciências humanas, engenharia, medicina e direito”,  explica Renata Barbalho, CEO da Espanha Fácil, assessoria de imigração, prestação de serviços para brasileiros na Espanha e especialista em assessoria de imigração.

A Renata preparou algumas dicas para ajudar os estudantes que desejam viver essa experiência sem contratempos, confira:


Documentação e legislação: é preciso se atentar a aos detalhes de prazos de emissão e documentos necessários, se atente aos prazos e organize tudo com antecedência. É obrigatório para cursos acima de 90 dias, que o cidadão brasileiro tenha o visto de estudante espanhol. “Entre os documentos necessários estão: formulário de solicitação de visto preenchido e assinado pelo solicitante; uma fotografia 3x4 recente; passaporte com vigência mínima de 1 ano a partir da data de solicitação do visto (original + xerox); certificado médico; antecedentes criminais, entre outros”, explica a especialista. 

  

Planejamento financeiro: existem muitas bolsas de estudos disponíveis para estudantes de diversas nacionalidades, que podem cobrir desde a taxa de matrícula até as despesas de moradia, vale uma pesquisa apurada sobre essas possibilidades. É importante elaborar um orçamento detalhado, incluindo transporte, alimentação, acomodação, seguro saúde e um bom valor para reserva de emergência. 


Alojamento estudantil e vida cotidiana: existem várias opções de alojamento, entre elas residências universitárias, apartamentos compartilhados e moradia com famílias locais, vale avaliar qual opção se encaixa melhor com o seu objetivo, cada uma oferece uma experiência única de imersão cultural e social. A grande dica aqui é pesquisar sobre a cultura local para minimizar o choque cultural, verifique quais são os costumes, particularidades da cultura e etiqueta social. 

Desafios e estratégias de adaptação: por mais que o espanhol seja semelhante ao português, existem alguns desafios linguísticos, investir em cursos de idiomas (antes e durante o intercâmbio) e interagir com os nativos pode acelerar o processo de aprendizagem. 


Saúde e bem-estar: por mais que a experiência seja desejada, a mudança para outro país pode ser estressante, é importante cuidar da saúde mental e física. A maioria das universidades oferecem apoio aos estudantes, incluindo aconselhamento e atividades de bem-estar. Antes de viajar é importante verificar se todas as vacinas necessárias estão em dia e cuidar da saúde da mente e do corpo.


Oportunidades de trabalho e estágios: na Espanha, os estudantes internacionais podem trabalhar enquanto estudam. O que pode ajudar financeiramente e oferecer uma experiência valiosa para a vida pessoal e profissional. 


“A dica principal é se planejar, mas não se esqueça de aproveitar cada momento, estar aberto a todas as experiências que o intercâmbio possa trazer é muito valioso. É um momento de muita imersão, conhecimento e vivências únicas”, finaliza Renata.


Sobre a Espanha Fácil

A Espanha Fácil é uma assessoria de imigração e prestação de serviços para brasileiros na Espanha fundada em 2007, por Renata Barbalho, CEO da marca. Sua relação com a Espanha começou em outubro de 2005, quando viajou com visto de estudante para cursar mestrado em Auditoria e Análise Empresarial na Universidade Complutense de Madrid, se apaixonou pelo país e prolongou a sua estadia. Após concluir o curso, começou a trabalhar em uma grande empresa de auditoria financeira. Durante a sua atuação, muitos amigos que moravam no Brasil passaram a procurá-la, pedindo dicas e ajuda para resolver os trâmites de imigração, ela enxergou uma oportunidade de negócios e deixou o emprego para empreender. Hoje a empresa oferece 147 serviços para brasileiros e possui 52 colaboradores. A Espanha Fácil faturou R$24 milhões em 2023 e pretende dobrar o faturamento este ano.

 

NFCom: como um ERP pode ajudar na mudança?

A partir de 1º abril de 2025, as empresas de telecom obrigatoriamente terão que adotar o novo modelo de Nota Fiscal Fatura de Serviços de Comunicação Eletrônica – o NFCom. A mudança prevê a substituição das notas modelos 21 e 22, utilizadas, respectivamente, para comunicação e telecomunicação, para a 62, quando houver a realização de serviços como provimento de banda larga e telefonia fixa. E, tendo em vista que o prazo para a alteração irá acontecer em breve, é importante que, o quanto antes, as empresas busquem atualizar e adequar os seus sistemas.

A mudança da NFCom para o modelo 62 irá trazer diversas vantagens, principalmente, para a simplificação e automatização do processo de emissão das notas, que nos modelos anteriores precisavam ser feitas de forma manual. Dessa forma, mais do que facilitar a rotina das organizações, essa alteração também traz à tona necessidade de as empresas abandonarem práticas ineficientes de gestão.

Isso é, de forma geral, o mercado ainda não está totalmente preparado para as mudanças tecnológicas que, cada vez mais, irão acontecer com frequência. A alteração da NFCom é um importante exemplo da transformação digital, que visa unificar e automatizar funções que podem ser executadas com o apoio da tecnologia.

Além disso, o novo modelo prevê a aplicação de um layout mais amigável que irá auxiliar no processo de emissão fiscal, garantindo a maior transparência com o Fisco – algo extremamente benéfico para as organizações, considerando que o sistema tributário brasileiro está entre os mais complexos do mundo.

Contudo, é importante enfatizar que: de nada adianta incorporar mudanças positivas no sistema de emissão de notas, que é uma tarefa por si só complexa, sem que a empresa tenha um software aderente à tais alterações. Ou seja, já passou mais do que da hora das organizações investirem em ações que vão desde a aplicação de políticas de compliance, até a governança e gestão.

Toda mudança gera desconfortos, e a melhor forma de atravessar esse período de transição é fazendo o uso de uma boa ferramenta, como um ERP. Levando em conta que as empresas têm apenas um ano para se adequarem à nova NFCom, com o apoio de um software robusto, é possível garantir essa integração de forma ágil e eficiente, reduzindo o tempo de duração desse ciclo de transição.

Mais do que isso, fazer o uso de um ERP é fundamental para garantir maior eficiência nas operações, considerando que o sistema tem a capacidade de armazenamento de dados e registros, facilitando consultas e conformidade com o Fisco. Dessa forma, a organização passa a eliminar dores na execução dos processos, passando a exercer uma gestão 360° de toda a cadeia operacional.

Porém, é importante ter em mente que existem diversas opções no mercado de ferramentas que, apesar de prometerem entregar tais resultados, na verdade, não têm essa capacidade. Sendo assim, no ato da escolha do software, é importante ter cuidado e optar pela opção que melhor se adeque ao perfil da empresa, bem como tenha sua eficácia comprovada.

Nessa jornada, ter um apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem e com ampla experiência no setor de telecomunicações que, assim como outros, possui suas particularidades, é uma importante estratégia. Afinal, o time de consultores tem a habilidade de guiar nas etapas de escolha e estão constantemente antenados naquilo que é tendência no mundo que pode ser aplicado na empresa.

A mudança da NFCom, entre tantas outras alterações que, certamente, virão pela frente, fazem parte do momento da revolução tecnológica que estamos vivendo, e que não tem mais volta. Para as empresas sobreviverem nesse mercado, independente de porte ou segmento, é importante ter os sistemas alinhados e adequados, a fim de se preparem para o que vem pela frente.

Cada vez mais estamos comprovando a afirmação que Clive Humby fez, ainda, em 2006, quando disse: “Os dados são o novo petróleo”. Dessa forma, vemos constantemente a adesão de tecnologias como, por exemplo, a IA, que vem revolucionando a forma de executar os princípios de gestão, enfatizando a importância do investimento no backup e armazenamento de informações.

Podemos concluir que o modelo 62 da NFCom coloca na prática esse movimento de automatização e digitalização das operações para as empresas de telecom. Mas, para aplicar esse conceito, mais do que compreender sua importância, é importante estabelecer uma mudança interna. E o primeiro passo, sem dúvidas, é começar pelo sistema.



Renan Fellipe - executivo de contas da G2.

G2


Como preparar sua bike para a temporada de chuvas

 

Com a chegada da temporada de chuvas, os ciclistas enfrentam novos desafios ao pedalar, demandando cuidados especiais tanto com a bicicleta quanto consigo mesmos. Durante esse período, a manutenção adequada da bike e os cuidados pessoais se tornam ainda mais essenciais para garantir a segurança e o conforto durante os trajetos. 

Em relação à bicicleta, é crucial realizar uma limpeza minuciosa após pedalar sob chuva, removendo qualquer acúmulo de sujeira que possa comprometer seu funcionamento. Além disso, a lubrificação dos componentes, especialmente da corrente, é indispensável para prevenir danos e prolongar a vida útil da bike. Por outro lado, os cuidados pessoais não podem ser negligenciados. É importante levar uma troca de roupas secas e itens de higiene na mochila, protegendo-se contra possíveis desconfortos e doenças decorrentes da exposição prolongada à umidade. Assim, ao unir a atenção aos detalhes mecânicos da bicicleta com os cuidados pessoais, os ciclistas podem desfrutar de pedaladas mais seguras e confortáveis, mesmo sob as adversidades da temporada de chuvas. 

Pensando nisso, a Oggi Bikes, marca líder na produção de bicicletas no país, preparou algumas dicas para os ciclistas que desejam manter sua bicicleta em perfeito estado neste período.

 

Equipamento essencial: Paralamas

Os Paralamas são aliados valiosos tanto para a bike quanto para o ciclista durante as chuvas. Nas trilhas, protegem componentes delicados e evitam que a lama e a água prejudiquem a performance.

 

Ajuste de pressão nos pneus

Reduzir ligeiramente a pressão dos pneus, especialmente no mountain bike, pode melhorar a aderência em superfícies molhadas.

 

Proteção visual com óculos

Óculos de proteção com lentes claras ajudam a manter a visão clara em dias chuvosos, protegendo contra água, vento e sujeira.

 

Escolha dos pneus

Optar por pneus adequados para condições molhadas aumenta a segurança e a tração, seja em estradas ou trilhas.
 

Manutenção e limpeza

Após pedalar sob chuva, é crucial limpar e lubrificar a bicicleta, especialmente a corrente, para garantir sua durabilidade.

 

Atenção à corrente e freios

Verificar o desgaste da corrente e das pastilhas de freio é essencial, pois são os componentes mais afetados pela combinação de sujeira e água.
 

Uso de luzes

Luzes dianteiras e traseiras são fundamentais para aumentar a visibilidade do ciclista, especialmente em condições de baixa luminosidade durante as chuvas.
 

Troca de roupa e cuidados pessoais

Levar roupas secas e itens de higiene na mochila é recomendado para evitar desconforto e possíveis doenças após pedalar sob chuva.
 

Evitar áreas alagadas e lama

Pedalar em áreas inundadas pode danificar a bicicleta e é potencialmente perigoso. Além disso, evitar derrapagens na lama preserva as trilhas.
 

Atenção à aderência

Reduzir a velocidade em curvas e freagens é crucial devido à diminuição da aderência em superfícies molhadas. 

Seguindo essas dicas, os ciclistas estarão preparados para enfrentar a temporada de chuvas com segurança.


Os reflexos da judicialização da saúde no Brasil

O fenômeno da judicialização da saúde no Brasil é crescente. Recentes dados divulgados pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) revelam que as operadoras gastaram cerca de R$ 5,5 bilhões com procedimentos, tratamentos e medicamentos obtidos por meio de decisões judiciais em 2023. Trata-se de um valor 36,9% maior do que em 2022, quando as empresas registraram um gasto de R$ 4 bilhões.  

A judicialização é um dos reflexos de uma lacuna entre o que é ofertado pelos convênios e o que é efetivamente necessário para o tratamento do paciente. Esse fenômeno ocorre quando pacientes recorrem ao Poder Judiciário para garantir o acesso a tratamentos de saúde, medicamentos ou procedimentos que não estão sendo fornecidos pelos planos de saúde ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

Os planos de saúde são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estabelece um rol de procedimentos e eventos em saúde que devem ser cobertos obrigatoriamente. No entanto, muitas vezes, os pacientes se deparam com a negativa de cobertura para determinados tratamentos que não estão previstos no rol ou que são considerados experimentais pelos convênios. 

Quando isso ocorre, os pacientes podem buscar o Poder Judiciário para assegurar o direito à saúde, que é garantido pela Constituição Federal. Desaguam nos tribunais brasileiros milhares de casos mensalmente. E cabe aos magistrados avaliarem cada caso para poder determinar que o plano de saúde custeie o tratamento, com base na interpretação de que a negativa de cobertura viola os direitos do consumidor e o direito à saúde. 

A alta cifra de R$ 5,5 bilhões pagos em tratamentos após brigas judiciais indica que há uma quantidade significativa de decisões favoráveis aos pacientes. Isso pode ser interpretado como um sinal de que os planos de saúde estão, em muitos casos, negando coberturas que, segundo a interpretação dos tribunais, deveriam ser fornecidas. 

É importante destacar que a judicialização da saúde, apesar de garantir o acesso a tratamentos para muitos pacientes, também é objeto de debate quanto a sua sustentabilidade econômica e impacto no sistema de saúde suplementar. Além disso, a judicialização pode gerar desigualdades, pois nem todos os pacientes têm conhecimento ou recursos para buscar seus direitos na Justiça. 

Em suma, o valor mencionado reflete a complexidade da relação entre pacientes, planos de saúde e o sistema jurídico, e a necessidade de um equilíbrio entre a proteção do direito à saúde e a viabilidade econômica dos convênios de saúde.

 

Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia


Como os Videogames Moldam Estratégias de Sucesso no Mundo Empresarial


Os videogames deixaram de ser apenas uma forma de entretenimento para se tornarem um fenômeno cultural e uma indústria multibilionária. O que antes era visto como um passatempo para crianças e adolescentes agora abrange uma ampla gama de públicos, desde os jovens até os adultos mais velhos, e influência inúmeras áreas da sociedade, incluindo a economia global.  

Por trás dos gráficos deslumbrantes e das trilhas sonoras envolventes, os videogames oferecem uma riqueza de lições valiosas para os empreendedores e gestores empresariais. Enquanto os jogadores mergulham em mundos virtuais repletos de desafios, estratégias e conquistas, eles estão, muitas vezes sem perceber, desenvolvendo habilidades que são diretamente aplicáveis ao mundo dos negócios.  

O mestre em negócios internacionais André Charone, explica algumas dessas lições e como elas podem ser adaptadas do universo dos videogames para o contexto empresarial. Desde o planejamento estratégico até a gestão de recursos e a resolução de problemas, os videogames oferecem uma ampla variedade de experiências que podem inspirar e informar as práticas de negócios. 

  

1. A Importância da Estratégia e Planejamento  

Nos videogames, assim como nos negócios, estratégia e planejamento são essenciais para o sucesso. Jogos como "StarCraft II", que desafia os jogadores a gerenciar recursos e antecipar estratégias adversárias em tempo real, refletem a importância de entender o mercado e ajustar estratégias rapidamente no mundo empresarial. Da mesma forma, títulos como "The Legend of Zelda" e "Civilization" também ensinam lições valiosas sobre planejamento antecipado, gestão de recursos e adaptação a mudanças, habilidades diretamente aplicáveis à liderança e ao planejamento estratégico em negócios.  

Estes jogos enfatizam a necessidade de flexibilidade e adaptabilidade, mostrando que, independentemente de quão detalhado seja o planejamento, sempre haverá imprevistos que requerem ajustes rápidos. A capacidade de antecipar tendências, comportamentos de concorrentes e adaptar estratégias é crucial, tanto nos cenários virtuais quanto nos reais desafios empresariais.  

Além disso, a gestão eficaz de recursos limitados, um tema comum em muitos videogames, é uma habilidade vital no mundo dos negócios. Investimentos em tecnologia, pessoal ou expansão de mercado devem ser cuidadosamente ponderados contra custos, benefícios e riscos. Essa intersecção entre o mundo dos jogos e o dos negócios revela como estratégias desenvolvidas em contextos virtuais podem fornecer insights valiosos para a tomada de decisões e o sucesso empresarial no mundo real. 

  

2. Gerenciamento de Recursos  

O gerenciamento eficiente de recursos é um tema recorrente tanto em videogames quanto no mundo dos negócios. Nos jogos, os jogadores são frequentemente desafiados a otimizar recursos limitados (seja tempo, dinheiro, ou pontos de habilidade) para alcançar objetivos e superar adversários. Esta dinâmica é espelhada no cenário empresarial, onde a alocação eficiente de recursos financeiros, humanos e materiais é fundamental para o sucesso e a sustentabilidade da empresa. Jogos como "SimCity", onde os jogadores constroem e administram uma cidade, exigem uma gestão cuidadosa de recursos financeiros e a tomada de decisões estratégicas sobre onde e como investir para promover o crescimento da cidade.  

Essa necessidade de balanceamento e priorização ensina uma lição valiosa sobre a importância de investir recursos de maneira sábia. No ambiente empresarial, isso se traduz em orçar cuidadosamente, investir em áreas que trarão o maior retorno sobre o investimento e estar sempre atento à sustentabilidade financeira. Da mesma forma, jogos que enfatizam a construção de equipes, como os da série "Final Fantasy" ou “Chrono Trigger”, destacam a importância de alocar pessoas certas em funções que maximizem suas habilidades e contribuições para o sucesso coletivo.  

Tanto nos videogames quanto nos negócios, a gestão eficaz de recursos exige uma visão estratégica e a capacidade de fazer ajustes conforme as circunstâncias evoluem. 

  

3. Trabalho em Equipe e Liderança  

Em muitos videogames, especialmente naqueles focados em multiplayer online, o trabalho em equipe e a liderança são fundamentais para alcançar a vitória. Jogos como "League of Legends" ou "Overwatch" exemplificam a importância de uma comunicação clara, a atribuição de tarefas baseadas nas habilidades dos membros da equipe, e a colaboração para superar os adversários. Estas experiências são incrivelmente valiosas no mundo dos negócios, onde liderar uma equipe de forma eficaz e promover um ambiente de trabalho colaborativo são essenciais para o sucesso de um projeto ou da organização como um todo.  

A dinâmica de equipe nos videogames ensina que o reconhecimento e a maximização das forças individuais podem levar a uma performance coletiva superior. Essa lição é diretamente aplicável ao ambiente de trabalho, onde entender as habilidades únicas de cada colaborador e saber como alinhá-las com os objetivos do projeto é crucial. Além disso, os jogos destacam a importância de adaptar estratégias de equipe em resposta a desafios inesperados, uma habilidade valiosa para líderes empresariais que enfrentam mercados em constante mudança. 

  

4. Resiliência e Aprendizado com o Fracasso  

Nos videogames, enfrentar e superar desafios é parte integrante da experiência, onde o fracasso é frequentemente visto não como necessariamente ruim, mas como uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Jogos de diferentes gêneros incentivam os jogadores a persistir, experimentar abordagens variadas e aprender com cada tentativa falha para eventualmente alcançar o sucesso. Esta mentalidade é extremamente valiosa no mundo dos negócios, onde a inovação e o progresso muitas vezes dependem da capacidade de abraçar o fracasso, analisá-lo e usá-lo como um degrau para o aprimoramento e a solução criativa de problemas.  

Por exemplo, em jogos de plataforma como "Super Mario" ou jogos de puzzle como "Portal", os jogadores são frequentemente desafiados a tentar diferentes estratégias para superar obstáculos ou resolver quebra-cabeças. Esses jogos ensinam que raramente o sucesso é alcançado na primeira tentativa e que a perseverança, juntamente com uma análise cuidadosa das falhas anteriores, é chave para o avanço. Essa lição se traduz diretamente para o ambiente empresarial, onde novas iniciativas e projetos podem não ter sucesso imediato, mas oferecem experiências valiosas que podem levar a abordagens mais eficazes e inovadoras.  

Adotar uma mentalidade de videogame no mundo dos negócios significa ver cada desafio como uma chance de aprender, crescer e inovar. Essa perspectiva encoraja os profissionais a experimentar sem medo do fracasso, entender que cada revés é uma parte crucial do processo de desenvolvimento, e que a resiliência e a capacidade de adaptação são qualidades indispensáveis para o sucesso a longo prazo. Portanto, ao invés de desencorajar a tentativa e o erro, as lições dos videogames nos incentivam a abraçar essas experiências como oportunidades essenciais para o crescimento pessoal e profissional. 

  

5. Inovação e Criatividade  

A inovação e criatividade são pilares centrais tanto no desenvolvimento quanto na jogabilidade dos videogames, oferecendo lições valiosas para o mundo dos negócios. Jogos que quebram padrões e introduzem mecânicas incentivam os jogadores a pensar de forma criativa e explorar sem limites. Eles destacam a importância de abordar problemas e desafios de maneiras não convencionais, uma habilidade essencial para empresas que buscam se destacar em mercados competitivos.  

"Minecraft", por exemplo, proporciona um ambiente que permite aos jogadores construir, explorar e criar praticamente sem limitações, promovendo um pensamento fora da caixa que pode inspirar a inovação empresarial. Essa capacidade de reinventar-se e inovar é diretamente aplicável ao mundo dos negócios, onde a adaptação às novas tecnologias e tendências pode ser o diferencial entre o sucesso e o esquecimento. 

Assim, os videogames ensinam que a inovação e a criatividade não são apenas desejáveis, mas essenciais para o sucesso e a relevância a longo prazo. No ambiente empresarial, isso se traduz em uma busca contínua por inovação, seja por meio de novos produtos, serviços ou modelos de negócios.  

Abraçar a mentalidade de explorar territórios desconhecidos, questionar o status e não temer o fracasso são lições dos videogames que podem inspirar empresas a cultivar uma cultura de inovação e criatividade.  



André Charone - contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA). É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional. André lançou dois livros com o tema "Negócios de Nerd", que na primeira versão vendeu mais de 10 mil exemplares. Os livros trazem lições de gestão e contabilidade, baseados em desenhos e ícones da cultura pop.
Instagram: @andrecharone


Vídeos são fundamentais para o sucesso dos negócios nas redes sociais

Cada minuto que o empresário fica fora do mundo digital significa que o seu negócio está ficando mais perto do fracasso. É importante frisar que, hoje, qualquer tipo de empreendimento pode e deve investir nas plataformas digitais, nas redes sociais para alavancar seus resultados. E esse investimento deve ser realizado com uma estratégia que esteja de acordo com o seu público-alvo e pelas características de seus produtos ou serviços. São inúmeras as possibilidades que podem ser exploradas nas plataformas. 

Importante destacar que os empresários têm aproveitado muito mal as redes sociais. Essa afirmação parece dura, mas é uma realidade de mercado. Muitos empreendedores continuam focando sua produção em posts carrossel, por exemplo, com um conteúdo estático. E postam uma vez ao dia, quando muito. A dinâmica atual das redes direciona que o cenário para quem produz conteúdos estáticos não é favorável. Estamos numa nova era nas redes sociais, na qual os vídeos têm grande força de engajamento. A produção de vídeos, independentemente do segmento ou região em que o negócio está estabelecido, se faz necessária para se destacar no mercado. 

O vídeo é uma ferramenta onde o empresário consegue demonstrar e dar voz ao seu produto ou serviço de maneira direta. Seja uma produção mais caseira, seja uma filmagem mais profissional, não interessa, é essencial investir em vídeos para dar destaque ao seu negócio nas plataformas digitais. Por exemplo, um restaurante ou um bar consegue, através do vídeo, mostrar o seu ambiente, seus pratos, drinks, de forma mais saborosa para quem está nas redes sociais. Esse é um setor que muitos empresários viraram influenciadores digitais e conseguiram resultados extraordinários. 

Segundo um levantamento feito pela Wyzowl, 96% das pessoas já assistiram um vídeo para aprender mais sobre um serviço ou produto e 86% já foram convencidos a fechar negócio através desse tipo de conteúdo. 

Esse conteúdo em vídeo pode ser feito em várias plataformas e canais, com diversos formatos e modelos. Ou seja, é uma forma versátil que se adapta ao seu público. Vale ressaltar que o empresário tem uma série de ferramentas que o auxiliam na produção desse tipo de conteúdo. As possibilidades de gravações são potencializadas por aplicativos que auxiliam na edição, na legenda, na tradução, na narração, etc. Existem todos os recursos nas mídias sociais para poder criar e construir uma postagem de vídeo. Por exemplo, os Reels, que são vídeos curtos de memes ou não, são uma grande febre, principalmente entre os mais jovens. Os famosos vídeos do TikTok atingem milhões de visualizações. 

Logicamente, os vídeos têm mais engajamento independente da fórmula uitilizada, seja mais espontâneo ou mais profissional. Normalmente, os mais naturais e espontâneos têm grandes chancesde viralizar. Entretanto, um crescimento orgânico é cada vez mais difícil. O ideal é contar com o auxílio de uma equipe especializada em estratégia digital para construir uma marca e ter maior sucesso nas plataformas digitais. Portanto, o empreendedor deve colocar em seu planejamento, necessariamente, um investimento mensal nas mídias sociais. Investir em conteúdos em vídeos faz toda a diferença para se sair bem em mecanismos de buscas, para fortalecer o institucional e alavancar os resultados financeiros.

 

Gustavo Alonge - especialista em marketing digital e CEO da Engajatech



Vote nas Cataratas do Iguaçu para o Oscar do Turismo

 



BOLETIM DAS RODOVIAS

 

 

Trânsito está carregado nas principais rodovias do Estado nesta véspera de feriado

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta quinta-feira (28). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação Normal (5x5). A Rodovia Anchieta (SP-150) apresenta congestionamento do km 13 ao km 10 e lentidão do km 20 ao km 17 sentido capital. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160) o tráfego é lento do km 16 ao km 14 e do km 52 ao km 46, sentido capital. No sentido litoral o tráfego é normal em todo o sistema.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta tráfego congestionado no sentido interior, do km 59 ao km 61. No sentido capital o congestionamento segue do km 14 ao km 11+360, do km 58 ao km 55 e do km 61 ao km 60 e tráfego lento do km 112 ao km 104 e do km 24 ao km 21. Já a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) tem congestionamento do km 16 ao km 13+360, sentido capital. Para quem segue em direção ao interior o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta tráfego normal nos dois sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido interior, o tráfego está lento do km 19 ao km 23, para quem vai para a capital, a lentidão segue do km 15 ao km 13+700 e do km 32 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP-070) apresenta tráfego intenso do km 23 ao km 21, sentido capital.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 


quarta-feira, 27 de março de 2024

Páscoa: conheça os tipos de chocolate mais recomendados para consumo

 

freepik

 Produto do tipo amargo, com 70% de cacau, é uma das indicações da especialista em Nutrição da Faculdade Anhanguera 

 

Com a aproximação do feriado de Páscoa, há um estímulo no consumo de chocolate que, se em excesso e prolongado, pode ocasionar uma série de problemas de saúde. Conhecer os diversos tipos de sabores e controlar a quantidade ingerida asseguram mais equilíbrio na alimentação, até mesmo com promoção do bem-estar, já que o chocolate também tem benefícios à saúde.  

A coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Camila Junqueira, aponta que é importante conhecer todas as opções de ovos saudáveis para não errar na escolha. “O termo light, por exemplo, indica que o produto tem teor reduzido de, no mínimo, 25% de determinado ingrediente. Já a versão diet não contém um grama de açúcar, mas não necessariamente ele é menos calórico. Ao tirar o açúcar, para dar sabor ao alimento, aumenta-se a quantidade de gordura. Por isso, ele é indicado apenas para diabéticos”, enfatiza. 

 

Quanto e qual chocolate devo consumir? 

Alguns tipos são mais recomendados para determinadas faixas etárias. “A versão amarga é uma ótima opção para adultos com idade mais avançada e idosos, por exemplo, pois ele possui flavonoides de cacau, que são bioativos derivados de plantas da semente da planta, que atuam diretamente na redução da pressão arterial e no bombeamento do sangue para o cérebro, melhorando o sistema cognitivo do ser humano. Ingerir 30 gramas é o ideal”, explica a professora Camila.  

No caso das crianças, a especialista afirma que não é recomendado que menores de três anos consumam chocolate. “A partir dessa idade, o consumo diário não deve ultrapassar o equivalente a um tablete pequeno. A dica é fazer substituições como trocar o ovo por um brinquedo novo, um livro, um passeio por aquele lugar que a criança sempre quis ir, etc, são algumas ideias que podem ser colocadas em prática na ocasião para desvincular o desejo pela guloseima”, ressalta. 

Camila também indica a ingestão do produto amargo com 70% de cacau, mas para aqueles que estão acostumados com a versão ao leite, tipos que possuem 50% do cacau na composição é uma ótima saída. “Ter cautela na quantidade, estar atento a composição nutricional e evitar exageros são dicas essenciais para quem deseja ter um momento prazeroso e saudável”, finaliza a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera. 



Anhanguera
Acesse o site e o blog para mais informações


Páscoa para todos: alergologista e nutricionista ensina a desvendar os rótulos dos chocolates

Mesmo quem possui algum problema de saúde, pode
 saborear um bom chocolate na Páscoa.
 (Foto: Free Imagens Live)

Mesmo quem possui alguma alergia, problema de saúde ou intolerância pode saborear um bom chocolate. Médicas ensinam a ler os rótulos, a não cair em “pegadinhas” nos ingredientes e como se deve explicar às crianças a quantidade ideal de chocolate ao dia

 

Ninguém fica longe de um chocolate na Páscoa, nem que seja só um pedacinho. E para a Páscoa de 2024, celebrada este ano no dia 31 de março, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) aponta um crescimento de 17% na produção de ovos de Páscoa. Serão pelo menos 58 milhões de unidades disponíveis nas prateleiras este ano.

E hoje em dia, a iguaria é democrática. Mesmo quem tem alguma alergia ou problema de saúde pode comer tranquilo. Basta ler atentamente o rótulo para conferir os ingredientes e seguir as orientações do seu médico.

Mas para aqueles que consideram os rótulos um grande mistério, a alergologista Camila Pereira e a nutricionista Patrícia Rosa, do Eco Medical Center, ensinam a desvendá-los de forma fácil. Assim, até mesmo quem tem diabetes, colesterol alto, alguma intolerância alimentar ou apenas deseja emagrecer, pode ter uma Páscoa mais saborosa.

 

Alergia x pegadinhas nos rótulos

Muitos pacientes possuem alergia à proteína do leite de vaca (APLV) ou intolerância à lactose, que não são exatamente a mesma coisa. Por lei, os rótulos de alimentos precisam conter informações bem visíveis como a presença de leite e de lactose, açúcar, glúten, trigo, ovo, entre outros ingredientes.

E a alergologista Camila Pereira mostra algumas “pegadinhas” existentes nos rótulos. “Se o alimento está escrito ‘não contém lactose’, não necessariamente ele é hipoalergênico (não causa alergia ao leite). A lactose é o açúcar do leite e ela vem muitas vezes contaminada com proteína, mas as proteínas do leite muitas vezes possuem outros nomes nos rótulos”, alerta a médica.

São exemplos de ingredientes que podem indicar a presença do leite, apesar de não terem a palavra “leite” no nome: soro (isento de lactose, de concentrado de proteínas, desmineralizado), proteína de soro, whey protein, caseína, caseinato (todos os tipos: de amônio, cálcio, magnésio, potássio ou sódio), estabilizantes caseinato de sódio, fermento lácteo, lactoalbumina, lactoglobulina, lactoferrina, composto lácteo, mistura láctea, proteína láctea do soro microparticulada (substituto da gordura), lactose, lactulose, lactulona, tagatose e gordura anidra.

Também são produtos que contém leite e desencadeiam reações alérgicas em pacientes com APLV: gordura de manteiga, óleo de manteiga, éster de manteiga, diacetil (normalmente usado em cerveja e pipoca amanteigada), corante / saborizante caramelo, sabor de açúcar mascavo, chocolate, saborizantes naturais ou artificiais, aroma ou sabor natural ou artificial de manteiga ou margarina, creme de baunilha, creme de coco, cultura de ácido lático e outras culturas bacterianas e nisina.

Pessoas que têm alergia às oleaginosas (amêndoa, amendoim, avelã, castanha de caju, castanha-do-Pará, nozes, etc.) precisam ficar atentos, pois são ingredientes comuns nos chocolates de Páscoa, incluindo os ovos gourmet. “Vale lembrar que pacientes que são alérgicos a ovo não podem consumir oleaginosas”, ensina a alergologista.

Já os intolerantes ao glúten ou ao trigo devem lembrar que as colombas pascais possuem estes ingredientes. Emulsificante também é um produto que deve ser procurado nos rótulos e evitado pois, segundo a nutricionista, é altamente cancerígeno.

Para ter certeza que os chocolates são seguros, indicam as profissionais, a pessoa pode fazer seus bombons e ovos de Páscoa em casa.

 

Quantidade ideal de chocolate ao dia

Um dos grandes desafios dos pais na Páscoa é fazer as crianças entenderem que não podem comer o chocolate todo de uma vez. Até mesmo os adultos não resistem e “abusam”.

Para adultos, explica a nutricionista Patrícia Rosa, o ideal é o equivalente a dois ou três “quadradinhos” de um chocolate em barra por dia. Mas Patrícia ressalta que, para quem possui algum problema de saúde ou quer emagrecer, não custa nada ir ao médico ou nutricionista e pedir orientações. Melhor comer com controle do que se privar e ficar com vontade.

Para as crianças de até dois anos, o chocolate, principalmente com açúcar, não é recomendado. Acima dessa idade, também é possível seguir a orientação de até dois quadradinhos por dia, sempre explicando às crianças que o chocolate em excesso pode doer a barriga e trazer dificuldade na hora de ir ao banheiro. Mas há alguns “truques”, ensina Patrícia. O primeiro é escolher os ovos de Páscoa que possuem a casca mais fina, com menos chocolate. As crianças pequenas podem até entender a equivalência dos “quadradinhos”, mas não tanto a espessura do ovo.

A outra dica é sempre negociar para comer o chocolate após as refeições ou após comer um pedaço de fruta. Ou seja, interagir com outros alimentos saudáveis.

 

Qual chocolate escolher?

Alergias:

  • Chocolate sem leite: escolha os feitos à base de leite vegetal, como coco, amêndoas ou soja. Verifique se o produto é livre de traços de leite.
  • Chocolate amargo: com alto teor de cacau (acima de 70%), é naturalmente livre de leite e outros alergênicos.
  • Chocolate vegano: feito com ingredientes vegetais como leite de coco, manteiga de cacau e açúcar demerara.

Intolerância à lactose:

  • Chocolate sem lactose: feito com leite sem lactose ou outros ingredientes que não causam intolerância.
  • Chocolate amargo: naturalmente livre de lactose.
  • Chocolate vegano: feito com ingredientes vegetais, como leite de coco, manteiga de cacau e açúcar demerara.

Diabetes:

  • Chocolate com baixo teor de açúcar: com adoçantes naturais, como stevia ou xilitol.
  • Chocolate amargo: contém menos açúcar que ao leite.
  • Chocolate com alto teor de cacau: rico em antioxidantes e com baixo índice glicêmico, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue.

Colesterol alto:

  • Escolha chocolates com menos de 30% de gordura.
  • Chocolate amargo: contém menos gordura saturada que ao leite.
  • Chocolate com alto teor de cacau: rico em antioxidantes, ajudam a reduzir o colesterol LDL ("mau" colesterol).

Dieta para emagrecimento:

  • Moderação: consumir pequenas porções esporadicamente.
  • Chocolate amargo: contém menos calorias e mais nutrientes que ao leite.
  • Chocolate com alto teor de cacau: rico em fibras, que promovem saciedade.

 

ECO MEDICAL CENTER
Para saber mais, acesse nosso site.

Posts mais acessados