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sábado, 18 de setembro de 2021

Dia Mundial do Combate ao estresse - 23 de setembro

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Especialistas falam como diminuir o estresse


Há mais de dois anos de convívio com a situação de pandemia do coronavírus no Brasil, ainda é difícil definir como ficou a saúde mental dos brasileiros. Em meio a esse cenário desafiador para a mente da população global, o Dia Mundial de Combate ao Estresse, comemorado em 23 de setembro, nunca foi tão relevante.

O estresse é uma reação do organismo com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais que ocorre quando surge a necessidade de uma adaptação grande a um evento ou situação de importância. Ele pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida ou à exposição a determinados ambientes. Segundo Ester Gomes, especialista em desenvolvimento humano, é importante destacar que cada pessoa reage de forma diferente ao estresse.

“A resposta ao estresse e à pandemia da Covid-19 pode depender da formação do indivíduo, do apoio de familiares ou amigos, da situação financeira e, obviamente, da saúde física e mental. Faça uma atividade relaxante na busca pelo descanso mental, como escutar uma música, jogar algum jogo, assistir séries ou até mesmo seu programa de TV favorito”, explica a especialista.

Sintomas de estresse psicológico: Ansiedade, angústia, nervosismo, preocupação em excesso, Irritação, medo, impaciência, Problemas de concentração e de memória. Desorganização, dificuldade em tomar decisões, cometer mais erros que o habitual, esquecimentos e sensação de perda do controle.

Sintomas físicos do estresse: Problemas cardíacos e gastrointestinais, Facilidade em ficar doente, Alergias, asma, insônia, Tensão muscular, mãos frias e suadas, Dor de cabeça ou enxaqueca, problemas de pele e dores no pescoço e Queda de cabelo anormal.

Conheça alguns mudanças de hábitos que podem te ajudar a combater o estresse no dia a dia:


Plantas: Segundo um estudo da Universidade de Hyogo, no Japão, aponta que o simples contato visual com plantas pode reduzir o stress no ambiente de trabalho. A pesquisa completa, em inglês, está disponível em (https://journals.ashs.org/horttech/view/journals/horttech/30/1/article-p55.xml)

“Os benefícios para a saúde são muitos como, por exemplo: melhora da concentração, diminuição do estresse e do cansaço mental. As plantas podem reduzir os níveis de ansiedade e seu cheiro pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e a produtividade durante o dia; prevenção de irritações nos olhos,  problemas respiratórios e  dores de cabeça; absorção de gases tóxicos do ambiente e auxiliar no controle da umidade,” explica Rayra Lira, paisagista.


Praticar exercícios físicos: Um recente guia divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou o exercício físico como uma das atividades que auxiliam na prevenção e no enfrentamento do estresse gerado pelo avanço da pandemia de Covid-19. De acordo com a OMS, práticas como a priorização de uma alimentação equilibrada e a realização regular de exercícios físicos simples, que podem ser praticados em casa todos os dias, são aliados para evitar que as consequências psicológicas causadas pelo atual momento se tornem duradouras.

“O exercício faz o corpo liberar endorfinas, promovendo uma sensação de bem estar. No momento que você combina uma dieta equilibrada com exercícios físicos, o bem estar vem com o bom funcionamento fisiológico, te deixando mais calmo, tranquilo e racional.” – Gui Guedes, personal trainer.


Hipnose: A hipnose é uma técnica personalizada e focal. De acordo com a história de vida de cada paciente, aplica-se a técnica mais adequada, seja para tratar ansiedade, estresse ou depressão. É uma terapia breve, focada no problema que a pessoa quer resolver. O mentor Rafael Peixoto explica que a técnica pode ser usada para ajudar a combater o estresse: “É uma ferramenta poderosíssima para que se possa controlar a mente de uma pessoa, usando-a a seu favor, tendo como objetivo principal tirar do caminho toda e qualquer crença limitante que esteja impedindo aquele indivíduo de viver o seu melhor. Na hipnose clínica, após um estado de relaxamento, o hipnotizado traz à consciência eventos antigos que estavam guardados em seu inconsciente e que se apresentam como gatilho para o trauma que está sendo tratado”.


Relações saudáveis: Segundo pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, ter uma relação saudável com amigos e família, pode até prevenir doenças. Principalmente quando se trata de estresse, e o tanto que esse sentimentozinho pode ser prejudicial para a nossa saúde mental e física. A pesquisa acompanhou cerca de 2 mil pessoas, e a partir disso concluíram que ter uma vida sem muitas preocupações, discussões e motivos para picos de nervosismos, pode ajudar a proteger o corpo do paciente contra doenças crônicas - como diabetes - além de evitar a depressão; E é isso o que a Dra. Adriana Lima, biomédica especialista em longevidade, fala sobre hoje.

“Um relacionamento vai muito além da parte sentimental, ele mexe com a parte química do seu corpo. Os benefícios, é claro, vem dos frutos de um relacionamento saudável, que deixa o seu corpo mais saudável também em consequência."

A lista de fatores positivos que uma vida sem estresse traz é longa, mas aqui vão alguns fatores.

  1. -  Oxitocina alta e em consequência, o cortisol (hormônio do estresse) fica mais baixo.
  2. - As chances de depressão caem em até 62%
  3. - Abraços podem controlar a pressão arterial, as deixando normalizadas
  4. - Beijar diminui os sintomas de alergias.

 

O setembro amarelo provocando reflexões sobre o péssimo hábito de viver se comparando aos outros

 

No momento em que retomamos discussões e reflexões sobre a prevenção do suicídio, neste setembro amarelo, temos importantes apontamentos a serem observados.  

Lembrando que um dos principais deles é não se esquecer de que, pensar na prevenção do suicídio e em ajudar a impedir potenciais candidatos de tirar sua vida, deve ser feito ao longo dos 365 dias do ano. A cada minuto alguém pode estar entrando em estado de total desespero, desamparo e depressão, a ponto de enxergar apenas o suicídio como uma solução definitiva e cruel para aninhar sua angústia. 

Uma situação dramática como essa aponta um fator que, com o advento tecnológico e as inovações de redes sociais fica muito mais evidente: a necessidade que o ser humano possui em estar sempre comparando sua vida com a dos outros, diante das exposições jogadas e expostas nas mídias. Comparar-se é natural, pois estamos em constante busca de critérios para julgar o certo e o errado. Buscamos referências a todo custo. E as redes sociais nos proporcionam isso com muita facilidade, já que se apresenta como um território bem fértil para adventos comparativos. 

Mas a maior questão é : devemos nos conscientizar de que existe o lado bom e o lado ruim de tudo. Lembra da história de que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa? Não. Ela não é. 

O que ocorre é que as redes sociais só demonstram o que o outro deseja mostrar. A parte que lhe importa. Nem sempre aquela pessoa da foto, com o sorriso mais lindo em um dia ensolarado, está mesmo tão feliz como está aparentando. O que se passa dentro de cada um não pode ser genuinamente evidenciado de forma real. 

Cada um possui uma individualidade e vive um determinado contexto particular. Portanto, o maior cuidado que devemos tomar é buscar entender que a internet é uma vitrine irreal. Se a comparação for desigual, certamente, o indivíduo que já se encontra fragilizado ou depressivo por qualquer que seja o motivo, poderá ter sua autoestima afetada, a partir da criação de falsas expectativas e falsas ilusões. 

Corre o risco de entrar em um processo de negação de sua própria realidade, recusa de sua trajetória individual e estará sujeito a deixar de trabalhar os mecanismos de ponderação de sua essência. 

Na prática, quando ficamos limitados a ver a vida do outro por um único ponto de vista, somos tentados a entrar em armadilhas ilusórias que alimentam apenas o que nos convém. 

Fortalece os desejos fantasmagóricos que temos em mente, contribuindo para que possamos nos sentir mais inferiorizados, sem ter o discernimento de enxergar que todos temos bons e maus momentos. Situações alegres, positivas, mas também difíceis e angustiantes. E está tudo bem. Isso é perfeitamente normal.                                                                     

 

E aqui entra a necessidade, em muitos casos, de se tirar a própria vida, movido por uma tentativa frustrada de evidenciar uma tristeza instalada e mal compreendida. Tristeza que dói. E o ato de suicídio é exatamente uma infeliz decisão de se eliminar essa dor. 

Portanto, ao perceber que as conquistas do outro estão criando empecilhos para que você consiga criar e valorizar seus próprios passos, ligue seu botão de alerta. Conscientize-se de que cada ser humano é único e tem emoções e sentimentos muito peculiares. 

Desejos, metas e conquistas são inerentes a todos. E se o outro consegue, você também pode conseguir. É importante avaliar e refletir o que possa estar lhe impedindo de ter um olhar mais crítico para perceber o que o afasta de sua felicidade. Só quando nos organizamos por dentro é que as coisas começam a tomar forma e a caminhar de vez, em todos os sentidos de nossa vida. 

E como mudar essa energia? Como alterar esses pensamentos limitantes? Saiba que uma situação não pode ser mudada apenas se enchendo de certezas negativas. Ao se comparar com os outros, ninguém está te julgando mais do que você mesmo. Fato é que estamos comprometidos com situações que podem nos impedir de seguir em uma busca por uma mente mais saudável. 

Buscamos respostas e nem sempre as encontramos de imediato. Portanto, encare sua própria mudança interna. Não se compare a ninguém. Somos seres divergentes. Lições, experiências, necessidades e trajetórias diferentes. O outro não é tão grande e especial assim como lhe parece. Não se sinta insignificante ou menor com aquilo que está sendo exposto em uma rede social. 

Aprenda a lidar com seus defeitos, pois estes temos todos, até mesmo o carinha mais feliz da internet. Aquele que parece perfeito e esbanja felicidade a todo minuto, mas que lá no mais profundo do íntimo pode estar tão destruído emocionalmente que não demonstra, não verbaliza ou mesmo não busca ajuda profissional. 

Veste apenas uma máscara irreal e fica preso a seus sabotadores. Lidamos com dificuldades diariamente e disso ninguém escapa. Fuja da tentação de entrar na desilusão imposta por um “feed” perfeito que retrata apenas melhores momentos com filtros aplicados. 

Portanto, valorize sua vida. Valorize cada dor, cada dúvida e cada conquista. Aprenda que é permitido crescer tanto com as coisas boas, quanto com as ruins que acontecem conosco. 

Tirar a vida por se sentir inferiorizado não o tornará vencedor. Será vitorioso ao conseguir reconhecer suas falhas, suas forças e dentro desse cenário poder promover um autoconhecimento que lhe permita ressaltar suas qualidades e evidenciar o que tem de melhor. 

Não meça sua vida pela régua dos outros. Lamentar aquilo que não se tem é uma forma de desperdiçar o que já possui de melhor. Sua vida importa e muito. Pense nisso e vida cada mais feliz e realizado, perseguindo seus objetivos e conquistando seus espaços merecidos.


 

Dra. Andréa Ladislau - Psicanalista, doutora em psicanálise, psicopedagoga, palestrante, administradora, membro da Academia Fluminense de Letras, colunista do site UOL e de outros veículos importantes do país.

 

Síndromes pós-Covid: Disfunções cognitivas podem causar transtornos psicológicos em pacientes

Evidências científicas já foram detectadas em outras epidemias como SARS e MERS e estudos apontam para um caminho semelhante com a Covid-19. Perda de memória recente e dificuldade de concentração são algumas alterações e demandam tratamento


Os questionamentos para as sequelas, tanto físicas quanto emocionais, causadas pela pandemia ainda estão longe de serem totalmente respondidos, mas os estudos já indicam alguns cenários das heranças que ficarão na população, e principalmente, nos pacientes. Como um dos principais problemas, a saúde mental tem sido alvo de alerta para transtornos psíquicos que podem ser ocasionados direta ou indiretamente pelo vírus e especialistas sugerem cuidados ainda mais específicos durante o processo, que ganham ainda mais destaque no mês de setembro, quando a atenção para a saúde mental fica em evidência.

De acordo com o psicólogo clínico da Amparo Saúde, Dr. Caio Machado, em um cenário pandêmico, é comum observar o crescimento de uma percepção de risco que desencadeia mudanças cognitivas e emocionais que preparam as pessoas para autoproteção. Sobretudo, porque em situações como pandemias, ocorre o aumento da frequência de emoções e interpretações negativas.

"Em relação a pacientes que contraíram a doença e se recuperaram, o impacto da Covid-19 está muito além do que somente os danos pulmonares. Apesar de ser uma doença respiratória, o vírus acomete muito o sistema vascular e, como o cérebro é rico em vasos, fica mais fácil perceber a relação entre a doença e os quadros neuropsiquiátricos apresentados. Assim como questões provocadas pelo déficit cognitivo, as alterações e desordens mentais, como dificuldade de concentração e perda de memória recente, podem interferir no trabalho e nas relações sociais e, com isso, levar à depressão, ansiedade, angústia e agressividade", afirma.

Muitos estudos estão sendo feitos desde o início da pandemia para trazer visões mais completas sobre este cenário. Ainda em 2020, uma publicação científica analisou as sequelas psiquiátricas em epidemias anteriores como a SARS e a MERS, que também tiveram incidências de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, depressão, transtorno de pânico e transtorno obsessivo-compulsivo em avaliações de 1 a 50 meses.

Já nos estudos relacionados à Covid-19, uma publicação feita na revista Lancet Psychiatry, que contou com a participação de 230 mil pacientes, sendo a maioria norte-americanos, apresentou dados bastante relevantes, sendo este o principal deles: um em cada três sobreviventes da Covid-19 foi diagnosticado com algum distúrbio cerebral ou psiquiátrico em até seis meses após a internação pela doença.

Vale ainda ressaltar que, em relação aos pacientes que já apresentavam algum transtorno mental antes de ser acometido pelo novo coronavírus, há evidências de agravamento do quadro de saúde mental ou o surgimento de um novo transtorno.
"Mesmo os mecanismos não estando totalmente claros ainda, o que podemos afirmar nesse momento é que, de fato, ocorrem prejuízos sociais e de saúde a longo prazo, mesmo após os pacientes terem se recuperado do quadro agudo, principalmente quando há diversos relatos de alterações neurológicas que são corroboradas com esse potencial invasor neuronal cada vez mais reconhecido do vírus SARS-CoV-2. Por isso, é importante associar o tratamento com acompanhamento de neuropsicólogos, fazendo avaliações profundas de disfunções cognitivas para o planejamento do melhor tratamento", completa o psicólogo.

Confira os sintomas que devem ser observados com atenção, de acordo com a equipe clínica de psicólogos da Amparo Saúde:

Perda de memória recente;
Dificuldade de concentração;
Alterações visuoperceptivas;
Dificuldade de compreensão ou entendimento;
Dificuldade com o julgamento e raciocínio;
Dificuldade de planejamento e execução de tarefas;



Amparo Saúde


Setembro Amarelo: Pandemia deixa distúrbios psicológicos menos escondidos embaixo do tapete

A pandemia trouxe, entre muitas mudanças, uma maior visibilidade para a doença mental. Agora na vitrine, distúrbios psicológicos como depressão e ansiedade passaram a ser mais discutidos, e também menos escondidos para baixo do tapete. Para a psicóloga Maria Rafart, essa é a mudança mais positiva desde que o mundo virou de ponta cabeça por causa do novo coronavírus.

“Esta é, em minha opinião, a maior mudança, e a mais positiva, que separa 2019 de 2021. As pessoas têm menos vergonha de dizer que sofrem de algum distúrbio mental, porque se sentem mais acolhidas. Em 2020, muitas empresas ainda não tinham estabelecido programas sólidos de ajuda aos colaboradores em sofrimento psicológico. Tudo era novidade, o home office, o esgotamento mental, a ansiedade de desconhecer o futuro. O choque de ver tantas pessoas em desgaste mental acordou todos para um olhar mais compreensivo”, diz a especialista.

Ainda de acordo com a psicóloga, as empresas passaram a ter um olhar mais atento e acolhedor aos quadros de transtornos psicológicos de seus funcionários. “Quando se perde a vergonha de dizer que se está doente, aí é que se percebe o quanto há de gente que precisa de ajuda e de apoio psicológico. O ano de 2021 é o ano dois da pandemia, e ela ainda não acabou. Além de cada um estabelecer suas estratégias individuais para controle de seu sofrimento psíquico, como buscar terapia, por exemplo, os departamentos de recursos humanos já possuem um olhar mais acolhedor sobre os colaboradores, e programas permanentes de apoio estão em funcionamento”. 

E o reconhecimento da importância de dar atenção a essas doenças psicológicas possibilitou o crescimento de discussões sobre o tema. “Nunca se ouviu falar tanto de palestras sobre qualidade de vida, sobre empoderamento e sobre doenças mentais. As palestras que sou solicitada a proferir hoje, por exemplo, não recebem mais a maquiagem de “palestras motivacionais” - os responsáveis dos RH’s me solicitam diretamente para falar sobre uso excessivo de internet, sobre ansiedade, sobre transtornos mentais. Chamar as doenças mentais pelo próprio nome parece o maior ganho de uma pandemia que nos trouxe tantas perdas”. 


Pediatras alertam para os perigos do shareting, exposição excessiva de crianças nas redes sociais

Utilizar a internet, especialmente as redes sociais, para documentar aspectos da vida dos filhos, experiências da maternidade ou paternidade é uma prática cada vez mais comum. No entanto, ao exercerem essa liberdade, os pais ou responsáveis legais podem expor indevidamente informações pessoais de menores e colocá-los ainda em situação de vulnerabilidade. Esse tipo de atitude, conhecida como shareting - termo em inglês que combina as palavras "share" e "parenting" -, parte de uma tendência crescente e que pode ter consequências indesejadas. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta para os perigos e impactos de longo prazo desse hábito na vida dos menores.

"A criança e o adolescente não devem ter vida pública nas redes sociais. Não sabemos quem está do outro lado da tela. O conteúdo compartilhado publicamente por falta de critérios de segurança e privacidade pode ser distorcido e adulterado por predadores em crimes de violência e abusos nas redes internacionais de pedofilia ou pornografia, por exemplo", explica a coordenadora do Grupo de Saúde Digital da SBP, dra. Evelyn Eisenstein.

Para atualizar pediatras, pais e educadores sobre a influência das tecnologias de informação e comunicação (TICs), redes sociais e internet nas questões de saúde e de comportamento das crianças e adolescentes, a SBP publicou neste ano o documento "#Sem Abusos #Mais Saúde" . O guia destaca importantes recomendações aos médicos sobre como avaliar na história e no exame durante a consulta casos suspeitos de violência ou abusos, offline ou online; orientar os pais sobre alternativas seguras, educativas e saudáveis de atividades para crianças e adolescentes.

Também orienta sobre como analisar os hábitos da família em relação ao uso das tecnologias; reconhecer os limites de segurança e privacidade em caso de situações de risco, bem como a possibilidade da ocorrência de abusos e de repercussões nos comportamentos e transtornos mentais; dentre outras.

A exposição exagerada de informações sobre crianças representa uma ameaça à intimidade, vida privada e direito à imagem, como dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Somado a isso, todo conteúdo publicado na internet gera dados que, no futuro, podem ser desaprovados pelos filhos, por entenderem que sua vida privada foi exposta indevidamente durante a infância.

Esse é um fenômeno antigo que teve início com as estrelas mirins em Hollywood, nos anos 1920. Um dos casos emblemáticos é o do ator Jackie Coogan, que interpretou o garoto no filme The Kid (1921), dirigido por Charlie Chaplin. Além de astro de cinema, o menino se tornou uma estrela da publicidade após ser explorado por pelo menos uma década pelos pais. Ao atingir a maturidade, abriu um processo judicial contra os familiares em decorrência de toda a exploração da sua imagem, na época amplamente comercializada.


INFLUENCERS - Na última década, muitas crianças se tornaram "influencers" com status de celebridade, por meio de estímulo de familiares e o respaldo de patrocinadores. "Essas crianças constroem uma vida falsa, de imagens e não uma vida de experiências reais. E os pais estão colaborando para a construção de uma personalidade moldada para agradar a imagem que fazem da pessoa, ou seja, de um falso self. A criança começa a passar por essa situação desde pequena. Muitas vezes, por trás desse perfil falso pode existir um grande vazio. A exploração dessas crianças por parte dos pais é uma forma de abuso infantil", apontou o coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde Mental, dr. Roberto Santoro.

Segundo dr. Santoro, a exploração dos filhos engloba múltiplos aspectos como o interesse econômico e o narcisismo patológico. "Existe o ganho financeiro, que é evidente, o de ganhar dinheiro em cima da exploração dos filhos. Mas existe também uma questão de patologia do narcisismo. Isso significa que os pais realizam seus sonhos frustrados de sucesso, de projeção e de fama por meio dos filhos", frisou.


RISCOS - Os interesses envolvendo os dados das crianças são os mais variados e podem ser utilizados para diferentes finalidades, desde o roubo de identidade, cyberbullying, uso indevido de imagens e vídeos por pedófilos, fins comerciais a outras ameaças à segurança. Dessa forma, a privacidade online é uma garantia de que as futuras gerações possam entrar na sua maturidade livres para construir por elas mesmas suas identidades digitais.

"Isso é mandatório. A SBP sempre procura destacar a importância da mediação parental em acessos a conteúdos nas redes sociais para tentar reduzir problemas relacionados à segurança e à saúde das crianças e adolescentes", disse dra. Evelyn Eisenstein.

No Brasil ainda não existem medidas legislativas que regulem a privacidade das crianças pelos provedores de internet. Logo, a publicação de uma foto aparentemente simples pode ter diversas interpretações e prejuízos, mesmo anos após a postagem.

"Temos vários projetos de lei barrados por indústrias de entretenimento, mídias e provedores que lucram em demasia com esse tipo de compartilhamento", comentou dra. Evelyn. Segundo a pediatra, não há na legislação brasileira uma lei como a Children's Online Privacy Protection Act (Coppa), instituída nos Estados Unidos, em 1998, para a proteção de dados e regulação de exposição das crianças menores de 13 anos na internet.

Para tentar minimizar os riscos decorrentes da exposição exagerada de informações sobre as crianças na web, em agosto deste ano a Google anunciou que lançará um serviço que permite remoção de imagens pessoais de adolescentes menores de 18 anos em seus resultados de pesquisa. Entretanto, as imagens não serão retiradas da internet, mas apenas das buscas do Google Imagens.


PRECAUÇÕES - Com o compartilhamento de imagens e vídeos sendo um hábito relativamente novo, as repercussões na vida das crianças ainda não são conhecidas, e esta é a parte mais preocupante da exposição excessiva. Uma coisa é certa: os pais que optam por não compartilhar conteúdo de seus filhos na internet preservam também a saúde mental futura dos menores.

"Não são apenas os pais que devem ser mais cuidadosos, mas também familiares e cuidadores. Eles precisam estar cientes das possíveis consequências indesejadas para a saúde das crianças. Não é inofensivo compartilhar conteúdo online", disse dra. Evelyn.

Os pais que desejam compartilhar fotos e vídeos de seus filhos online podem tomar medidas protetivas para garantir que o conteúdo não seja usado para fins maliciosos. Por exemplo, é possível limitar o público de postagens para que apenas aqueles em quem você confia que possam ver o conteúdo.


Possíveis consequências do compartilhamento:
- Perda de privacidade
- Problemas de saúde mental (ansiedade, depressão)
- Transtornos alimentares (anorexia, bulimia)
- Bullying e cyberbullying
- Possibilidade de roubo e fraude de identidade
- Riscos das imagens e vídeos serem mal utilizados e alterados por pedófilos


O que nunca deve ser compartilhado:
- Dados de localização
- Nome completo da criança
- Imagens de filhos não totalmente vestidos
- Data de nascimento da criança
- Fotos e vídeos ou detalhes sobre outras crianças
- Informações sobre a escola que frequenta ou algo que indiretamente possa denunciar a criança, como a imagem dela com uniforme escolar


Pesquisa revela que brasileiros elencam saúde mental e perda de peso como os principais fatores para uma vida saudável

Estudo realizado pela WW Brasil mostra que os temas estão entre as maiores preocupações dos brasileiros durante a pandemia

 

Um estudo realizado pela WW Brasil, antigo Vigilantes do Peso, revela que os brasileiros estão mais preocupados do que nunca com sua saúde. Dos entrevistados, 43% entre 18 e 49 anos querem perder entre 5kg e 10kg. Além disso, 71% das pessoas acreditam que o cuidado mental é tão necessário quanto o cuidado do corpo. O estudo foi realizado entre os meses de maio e junho de 2021, com pessoas entre 18 e 70 anos.

Outro dado revelado é que 29% dos entrevistados declaram que sua saúde como um todo é mais importante que a perda de peso. "Um dos grandes tabus relacionados à vida saudável é que você precisa ser magro para ser saudável, o que nem sempre é verdade. Levar uma vida saudável é a junção de um sono de qualidade, saúde psicológica, exercícios físicos e alimentação balanceada. Quando balanceamos esses aspectos em nossas vidas, a manutenção do peso vem naturalmente" diz Matheus Motta, responsável pelo programa WW no Brasil.

Além disso, 26% das pessoas acreditam que não conseguem gerar mudanças sem apoio de outra pessoa e 21% estão inclinadas a utilizar métodos como dietas da moda ou programas de emagrecimento. "A busca por uma vida saudável é um tema sempre em alta na vida dos brasileiros. O importante é compreendermos a importância em buscar profissionais que te auxiliam nesse caminho, e evitar seguir dietas extremas que muitas vezes não oferecem os nutrientes necessários que o corpo precisa para se manter funcional" completa Motta.

Com o longo período de inatividade física e home office, na volta gradual às atividades em todo o país, duas grandes preocupações dos brasileiros são os quilos extras adquiridos e o impacto do isolamento na saúde mental. "A pandemia foi a pior fase que eu enfrentei. Antes eu fazia exercícios e tentava manter uma alimentação saudável mas, com tudo isso, eu acabei ganhando peso, desenvolvi hipertensão e me sentia muito mal comigo. Escolhi entrar para o programa da WW e já emagreci 13kg, tem sido um processo maravilhoso. Eles incentivam atividade física no nosso tempo e com o passar do processo nós ficamos em paz com o nosso corpo e a nossa mente" conta Nadya Rollo, usuária do aplicativo da WW Brasil.

Uma das opções disponíveis no mercado que auxiliam os usuários em uma alimentação balanceada sem a necessidade de dietas restritivas. Sua tecnologia é baseada em ciência comportamental com uma base de milhões de usuários pelo mundo. Para saber mais sobre o programa acesse https://www.vigilantesdopeso.com.br/br/planos.

 


WW Brasil (Vigilantes do Peso)

corporate.ww.com


Ansiedade: distúrbio tão pandêmico quanto o coronavírus

Segundo OMS, uma em cada 13 pessoas sofre com esta enfermidade. Medicamento à base de cannabis tem apresentado bons resultados e atraído atenção de médicos e pacientes


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma em cada 13 pessoas no mundo todo vive com ansiedade, sendo este o distúrbio de saúde mental mais comum que existe. Trata-se de uma situação tão pandêmica quanto o coronavírus devido a quantidade de pacientes com esta enfermidade. Para quem sofre desse mal, encontrar um método seguro e eficiente para tratar os sintomas é uma prioridade. O uso de psicofármacos no tratamento de transtornos mentais se popularizou na medicina por volta dos anos 1950. No entanto, os medicamentos existentes nem sempre funcionam como deveriam e ainda trazem efeitos colaterais tão ruins quanto os causados pelo próprio distúrbio.

Os ansiolíticos não atuam na causa e sim nos sintomas da ansiedade. E os efeitos colaterais mais comuns associados a esse tipo de medicamento são perda de memória, fadiga, sedação, sonolência, falta de coordenação motora, diminuição da concentração, da atenção e dos reflexos. Existe também a possibilidade de dependência, crises de abstinência e efeito rebote, que é o retorno dos sintomas mesmo após o tratamento.

Para piorar, a pandemia de Covid-19 contribuiu para que esse distúrbio aumentasse na população. É o que revela estudo sobre comportamentos realizado no Brasil, em 2020, pelo Instituto de Comunicação e Informação Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas.

O levantamento chegou à conclusão de que, durante o primeiro ano da pandemia da Covid-19 no Brasil, o sentimento frequente de tristeza e depressão atingiu 40% dos adultos, e a sensação de ansiedade e nervosismo foi reportada por mais de 50% deles. Adolescentes não passaram incólumes. Cinquenta por cento relataram problemas no estado de ânimo. A pesquisa coletou informações de 44.062 adultos e 9.470 adolescentes de 12 a 17 anos.

Neste cenário, os remédios produzidos à base de cannabis têm se mostrado uma alternativa viável e mais eficiente. Há relatos positivos de pacientes que fazem tratamento com canabidiol, conhecido pela sigla CBD. É o caso da executiva carioca Bruna Infurna, 43 anos, que viveu períodos de muita ansiedade e de insônia este ano. Com vida corrida e muitas viagens internacionais, Bruna já sofria com esses problemas. Mas eles se agravaram durante a pandemia. O home office e as muitas horas em frente ao computador fizeram a ansiedade e as noites de insônia aumentarem.

"Passei também a sentir dores no pescoço em função da má postura e aquela sensação horrorosa de fadiga tecnológica, que traz ardência nos olhos, exaustão e dificuldades de se desconectar. Procurei ajuda de especialistas porque sou completamente contra os remédios para dormir, indutores de sono e ansiolíticos", conta Bruna. Foi quando ela começou a se tratar com o dr. Thiago Braga, clínico geral, que atua pela plataforma Medicina In, clínica virtual que reúne médicos de diversas áreas (neurologia, pediatria, psiquiatria, entre outras) especializados em tratamentos à base de cannabis medicinal.

Antes, a executiva tentou tratamento com melatonina, mas além de não resolver, acordava com sensação de ressaca e indisposição para praticar exercícios físicos. "Faço tratamento com canabidiol desde maio deste ano. Minha vida mudou bastante. A ansiedade diminuiu e a qualidade do sono melhorou demais e isso fez toda a diferença na disposição. Atualmente consigo ter uma rotina de atividade física para fortalecimento muscular", diz.

O médico que receitou e acompanha o tratamento de Bruna explica que o canabidiol é eficiente porque é capaz de se conectar com receptores específicos do cérebro, que atuam diretamente no humor e na disposição das pessoas. "Essa conexão possibilita ao CBD diminuir as reações do sistema nervoso. É uma substância usada terapeuticamente para tratar doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas porque tem ação antipsicótica e neuroprotetora", afirma Braga.

No entanto, o CBD é um medicamento sem dosagem padrão. E por esta razão precisa de acompanhamento constante para que a dose seja acertada aos poucos. O organismo reage de forma diferente conforme o paciente. Há quem precise de quantidade maior ou menor. E como os médicos da Medicina In atuam a distância, por meio de teleconsulta, a plataforma oferece ferramentas de apoio para que o profissional tome decisões corretas como se estivesse em uma consulta presencial.

"São ferramentas para os médicos, como calibragem de dosagem, prescrição digital, material de apoio clínico e encontros científicos. Além de canais que possibilitam o acompanhamento constante do tratamento, como uma ferramenta que facilita a comunicação com o paciente", afirma Darwin Ribeiro, diretor e cofundador da Medicina In.


4 atitudes que você pode tomar no dia a dia para ajudar crianças e adolescentes no Brasil

Apesar de parecer uma realidade distante para muitas pessoas, o Brasil ainda é um país com muitas crianças e adolescentes vivendo abaixo da linha da pobreza, em situações bastante complicadas, sem acesso à saúde, alimentação, lazer, cultura ou educação. Mais de 1,7 milhão está em situação de trabalho infantil, de acordo com dados do da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domícilios (PNAD) Contínua, de 2019.

Por outro lado, sabemos que, se cada cidadão brasileiro fizesse algo para mudar essa realidade, em alguns anos poderíamos nos encontrar em uma situação melhor. Pensando em ajudar quem deseja começar a contribuir para uma nova sociedade, o Instituto Devolver, organização sem fins lucrativos para apoiar crianças e adolescentes carentes no Brasil, lista quatro atitudes que você pode tomar no seu dia a dia para contribuir com essa evolução.


1) Sempre que possível, denuncie!
Se você souber de uma criança ou adolescente em situação de negligência, trabalho infantil, maus tratos ou violência psicológica, física ou sexual entre em contato com o Disque 100. Para preservar a sua identidade, as denúncias podem ser feitas de modo anônimo e o serviço funciona durante todos os dias da semana, 24 horas por dia.


2) Não dê esmolas e não compre nada de crianças
Muitas vezes, acreditamos que ajudamos as crianças quando concedemos esmolas ou compramos algo na rua. Porém, na realidade isso prejudica ainda mais a situação. Campanhas em todo o mundo pedem para que as pessoas não deem esmolas e nem comprem nada de crianças, pois isso ajuda a perpetuar o ciclo de trabalho infantil e gera diversos efeitos negativos, como evasão escolar, exploração sexual e violência.


3) Participe da escolha dos seus governantes
Apesar da crescente desconfiança na política e baixo engajamento da população nas políticas sociais, a participação e consciência política são fundamentais para o exercício da cidadania. Estude e escolha governantes que tenham foco na educação e que demonstrem um olhar cuidadoso com o futuro da criança e do adolescente.


4) Doe!
Se for possível contribuir mensalmente, ou mesmo de vez em quando, para auxiliar o desenvolvimento de crianças e adolescentes carentes, faça o quanto antes. Escolha um projeto social ou ONG que queira acompanhar, veja o que eles estão precisando e ajude da maneira que conseguir - mesmo que seja com doação do seu tempo. Uma sugestão é o trabalho realizado pelo Instituto Devolver, com o E-Commerce Social, criado para dar transparência ao doador, por meio de uma lista de necessidades das instituições certificadas. Neste link, você escolhe o produto que deseja doar ou a instituição que quer ajudar, e o instituto se responsabiliza pela entrega e pelo envio do comprovante ao doador. O Devolver não retém nenhuma taxa e 100% da sua doação será revertida ao destinatário final.


Sobre o Instituto Devolver
Fundado em 2018, pela empreendedora social Natalie Melaré, o Instituto Devolver nasceu com a ideia do E-Commerce Social, para dar transparência ao doador e auxiliar diversos projetos sociais e ONGs espalhadas por todo o Brasil. Atualmente, o Devolver também presta consultoria para instituições e realiza o Programa Jovem Aprendiz Social, com o objetivo de desenvolver, treinar, capacitar e criar oportunidades para adolescentes em serviços de acolhimento e/ou que vivem em situação de vulnerabilidade social. Até o momento, já são mais de R$ 1,2 milhão arrecadados, 13 mil crianças e adolescentes impactados, 58 instituições apoiadas e 15 empresas parceiras. 


A importância da música para o desenvolvimento infantil: confira como as canções podem contribuir para deixar o vocabulário da criançada mais rico e variado


A maneira mais fácil de proporcionar um vocabulário rico e diversificado para uma criança é inserir canções infantis desde antes do nascimento até durante os primeiros anos. Enquanto escutam e cantam, as crianças recebem estímulos que facilitarão sua inicialização na leitura, ativando o cérebro e aflorando os sentimentos. 

 

Cada canção é uma oportunidade para pais e filhos se divertirem juntos e fortalecerem laços afetivos. Com letras fáceis de lembrar, graças ao ritmo e a simplicidade das palavras, elas ajudam a exercitar a memória e desenvolver a concentração e o sentido de linguagem. “Quando elas escutam as músicas, mesmo que a princípio não entendam, pouco a pouco assimilam as palavras e aprofundam a compreensão de seus significados”, diz Bruna Duarte Vitorino, com mais de 15 anos de atuação na área e atualmente coordenadora pedagógica do Kumon. A pedagoga ainda lembra que as ações lúdicas ajudam a reforçar o significado do aprendizado.

As canções infantis transmitem tranquilidade e ajudam a desenvolver concentração e percepção musical. As primeiras canções apresentadas devem ser breves, repetitivas e simples de entender. “Apesar da simplicidade, elas precisam ter letra, e não podem ser simplesmente instrumentais, pois é preciso que a criança se envolva com as palavras”, comenta a especialista.

 

Confira mais algumas dicas para estimular as canções em família: 


1.      Busque o momento adequado para envolver a canção na rotina da criança, como a hora de dormir, do banho, no caminho para escola etc.;


2.      Observe as canções preferidas das crianças e dê a liberdade para ela escolher ouvir quantas vezes desejar, mas também apresente novas canções com alguma frequência;


3.      Fique atenta às músicas que a criança já consegue cantar sozinha e observe o desenvolvimento e o aprendizado acumulado.

 

“Mesmo a criança que ainda não sabe ler passa naturalmente a se interessar pelas palavras à medida que acompanham e aprendem a cantar vendo as ilustrações”, comenta Bruna.

Algumas músicas para inserir na rotina das crianças e deixar o aprendizado mais divertido: O Sapo não lava o pé; Alecrim; O cravo e a rosa; Corre cutia; Caranguejo não é peixe; Peixe vivo; Ciranda cirandinha; Fui morar numa casinha; Borboletinha; Se essa rua fosse minha; O sítio do seu Lobato, entre outras.

 


Pesquisas científicas realizadas em diferentes partes do mundo confirmam que as canções auxiliam o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. É por isso que o Kumon incentiva que as famílias cantem em casa com os filhos. O curso de língua pátria, na fase pré-escolar, insere músicas e leitura de histórias para motivar ainda mais as crianças para que sintam desde cedo o prazer pelo universo da leitura.


Como lidar com o luto no ambiente de trabalho?; especialista dá dicas

Pandemia já causou mais de meio milhão de mortos no Brasil e pauta é fundamental no ambiente corporativo; Zenklub criou Guia Prático para Saúde Mental e Pós-Pandemia para ajudar colaboradores e empresas


Com mais de meio milhão de mortos por covid-19 no Brasil, não há como deixar de falar em luto no ambiente corporativo. São muitas as pessoas que estão lidando com perdas de amigos e familiares – estima-se que um em cada oito brasileiros tenha passado por isso na pandemia -, e esse estado emocional afeta as pessoas de diferentes formas e em todas as áreas da vida, inclusive no trabalho, de acordo com Monique Luz, psicóloga do Zenklub formada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e pós-graduada tanto em Psicologia Analítica quanto em Hospitalar. 

“O luto é um processo natural, porém vivenciado de uma forma individual, cada um vai lidar da sua própria maneira, dependendo do contexto. Na pandemia, em particular, vem de uma forma muito diferente, uma vez que os rituais aos quais estamos acostumados não estão acontecendo, a despedida muitas vezes é realizada a distância”, explica. 

Segundo a especialista, deve-se falar sobre o assunto com o funcionário, respeitando sempre a permissão da pessoa enlutada. “O acolhimento é fundamental, escutar, tentar entender o que a pessoa está passando, não desviar de uma conversa. O gestor, nesse momento, precisa ter a sensibilidade de perceber a situação, e atuar como um porta-voz da equipe, promovendo reuniões, ainda que remotas, para falar sobre o tema de uma maneira aberta. Precisa entender também que o luto de um colaborador afeta toda a equipe e pode haver uma mudança de desempenho, mas que é um período específico”. 


O que a empresa pode fazer em caso de luto do colaborador?

A empresa pode considerar financiar um acompanhamento psicológico, principalmente se pensarmos que, na situação atual, esse tipo de serviço está mais acessível. A depender do tamanho da empresa, a promoção de palestras, grupos de apoio e ações que, inclusive, possam ser estendidas para a família, são propostas interessantes. 

Para além disso, a antecipação das férias e diminuição das atividades também podem ser estratégias a serem adotadas. “Tudo isso faz com que a pessoa que está passando pelo luto entenda que existem aliados ali, que é um espaço seguro”, comenta Monique. “É importante também que tais ações passem a fazer parte da cultura da empresa e possam ser postas em prática sempre que for necessário.


E quando o chefe é quem está de luto? 

Muito se fala sobre a atuação das lideranças para com seus colaboradores, e é claro que isso é muito importante, mas é preciso olhar também para essa pessoa que está em um cargo de gestão e que também precisa ser cuidada. “O chefe é uma figura essencial e um modelo para os demais funcionários, então a sua saúde mental impacta diretamente a produtividade”, afirma Monique. 

Se o próprio chefe perdeu alguém próximo e está de luto, a questão também não pode ser ignorada. “Assim como os demais colaboradores, o gestor também é uma pessoa que precisa vivenciar seu processo de luto e, para que isso aconteça, é necessário um diálogo aberto com a sua equipe e o RH da empresa, demonstrando sua própria vulnerabilidade nesse momento”, diz Monique. A partir daí, segundo ela, cabe à empresa reorganizar o fluxo de trabalho para que exista uma reorganização do setor nas questões práticas, seja delegando as tarefas, e, se necessário, adiantando dias de férias. 

A cartilha completa pode ser baixada no link: http://www.zenklub.com.br/setembro-amarelo/

 


Zenklub

 

Preparação para o Enem gera ansiedade em estudantes brasileiros

Psicóloga dá dicas para preservar a saúde mental durante os estudos para o exame, previsto para ser realizado em novembro


As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 estão previstas para os dias 21 e 28 de novembro, mas, para muitos, os estudos já estão a todo vapor. O problema é que essa preparação pode ter um efeito negativo sobre a saúde mental de muitos jovens, principalmente em um ano atípico como este. Segundo uma pesquisa promovida pelo C6 Bank e Datafolha, publicada em junho, 64% dos estudantes brasileiros se sentem mais ansiosos em 2021.

Apesar de ser uma companheira comum dos vestibulandos, a ansiedade pode ser extremamente prejudicial. Como ela tem um grande potencial para reduzir o foco, a motivação e a autoestima, os estudos tendem a se tornarem menos produtivos. Quando a pressão pelo bom desempenho na prova se torna grande demais, ela pode ainda causar problemas como depressão e síndrome do pânico em longo prazo.

Fernanda Abreu é responsável técnica pela clínica-escola de psicologia do Centro Universitário Newton Paiva e também atua com Orientação Profissional e de Carreira. Segundo ela, a psicoterapia é uma boa opção para manter o equilíbrio psicológico durante a preparação. "É um ambiente seguro para trabalhar as angústias e encontrar soluções, utilizando principalmente o autoconhecimento como ferramenta. É tratamento e também prevenção de uma série de problemas que envolvem a saúde mental, não apenas em situações de pressão e estresse", avalia.

Mas, a especialista ressalta que não se deve pensar no tratamento da ansiedade como uma receita de bolo. Enquanto a terapia é a melhor opção para uns, outros podem encontrar em atividades, como esportes, instrumentos musicais e meditação, um refúgio mental. "É bastante particular. O importante é encontrar atividades saudáveis, que permitam uma abstração, e encaixá-las na rotina para evitar que os estudos se tornem uma obsessão", declara Fernanda.


O papel dos pais

Diante da angústia dos filhos com o vestibular, muitos adultos optam por intervir. Mas a especialista alerta que esse momento exige um pouco mais do que boas intenções. Segundo ela, existem incontáveis formas de ajudar, seja contratando serviços ou mesmo oferecendo palavras de conforto. Mas o verdadeiro desafio é encontrar a alternativa mais adequada.

"Neste momento, uma atitude impulsiva ou baseada em experiências de terceiros pode acabar gerando conflitos em vez de ajudar. Para evitar que o estudante se sinta sufocado, a melhor opção é o acolhimento. Quando se investe na observação e no respeito do espaço, ele mesmo se sente à vontade para se abrir, facilitando a identificação da melhor forma de intervir", finaliza Fernanda, da Newton Paiva.

 


Centro Universitário Newton Paiva

https://www.newtonpaiva.br


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