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quinta-feira, 22 de julho de 2021

BRASIL AMPLIA PESQUISAS NO LEITO MARINHO EM BUSCA DE MINERAIS PRECIOSOS E TERRAS RARAS

Não é só o petróleo e o gás que interessam ao Brasil no Mar. O país  está ampliando suas pesquisas no leito marinho de olhos bem abertos nos recursos minerais, nas terras raras Os estudos mostram que há muito mais do que petróleo e gás para explorar no fundo do oceano. Esta é a base também de um amplo movimento do governo e da Marinha  e de algumas indústrias mineradoras, que tem como alvo  um enorme e ainda pouco conhecido reduto: o fundo do mar. As primeiras expedições foram dedicadas a explorar as profundezas oceânicas ocorreram nas décadas de 1960 e 1970. No Brasil estas pesquisas feitas pela CPRM vieram bem depois, também com a ajuda da Marinha brasileira.

As expedições internacionais começaram no no Pacífico Norte e encontraram  nódulos de manganês ricos em cobalto, cobre e níquel. A descoberta, porém, ficou apenas no nível científico em virtude de dois fatores básicos, um político e um tecnológico. De início, não havia um acordo sobre qual área da plataforma continental pertencia a determinado país e, em consequência, onde começavam as águas internacionais. As respostas a essas questões só avançaram com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, que estabeleceu os princípios gerais da exploração dos recursos submarinos. Havia também as dificuldades  em relação aos altos custos gerados por equipamentos especiais que ainda eram precários  e precisavam ser modernizados. A evolução tecnológica e a procura crescente por esses recursos foram  tornando a relação custo-benefício mais favorável.


Os equipamentos evoluíram para um Robô submarino usado para prospecção de minérios no fundo do mar. Atualmente,  praticamente todos os minerais e pedras preciosas são explorados no oceano. Nove entre dez diamantes extraídos atualmente vêm do mar que banha o litoral da Namíbia e da África do Sul. No início deste século foram encontrados nas 
profundezas grandes depósitos de sulfetos polimetálicos, cuja composição inclui ouro, prata, cobre, ferro e zinco. O potencial brasileiro é imenso. Um litoral de cerca de 7.400 quilômetros, nós temos  um vasto patrimônio submarino a explorar. Hoje, o país ganhou uma ferramenta preciosa: os estudos geológicos feitos pela Petrobrás nos últimos 20 anos na Bacia de Santos.

A segurança é fundamental para garantir as riquezas em solo submarino brasileiro

Esses dados foram reunidos pela empresa, mas  só recentemente passaram a ser divididos com outras instituições brasileiras. O governo federal demonstra interesse na pesquisa mineral marinha, destinando-lhe recursos pelo Programa de Aceleração do Crescimento e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O Brasil já levou  às autoridades Internacionais, que cuidam  do controle da exploração no leito dos mares, os seus primeiros pedidos para desenvolver pesquisas de mineração oceânica. O primeiro deles a ser desenvolvido fica na Elevação do Rio Grande, área de cerca de 3.000 km2 no Atlântico Sul  e deverá envolver um investimento superior a US$ 10 milhões nos primeiros cinco anos. O trabalho no setor ainda depende de ajustes  e   de muito do apoio da Petrobrás e da nossa Marinha. Assim como a estatal esteve envolvida nos últimos 20 anos com as pesquisas sobre a Bacia de Santos, a Marinha dedicou-se nesse período a um programa de investigação da plataforma continental, o Leplac, a fim de pleitear junto à ONU a soberania brasileira sobre a área da plataforma oceânica situada fora da zona econômica exclusiva (a reivindicação foi atendida em 81%). Só quando todas essas prioridades foram equacionadas é que os cientistas começaram a embarcar para fazer pesquisas geológicas no mar.

A geologia marinha brasileira é bem melhor que no passado. Os equipamentos estão mais compactos e mais acessíveis financeiramente, permitindo que mais universidades possam adquiri-los.  Tanto o Leplac como o pré-sal  foram muito importantes para se chegar ao conhecimento atual. Ele é um dos responsáveis por um programa governamental, o Remplac, criado em 1997, feito para mapear os nossos recursos minerais marinhos nos 4,5 milhões de quilômetros quadrados da plataforma continental brasileira. A iniciativa, coordenada pelo Ministério das Minas e Energia no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, envolve a Casa Civil, 13 ministérios, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais  e o CNPq, além da Marinha,  quinze universidades e de outras instituições federais. Além do Proarea, o Remplac responde pelos grandes projetos de pesquisa de mineração marinha desenvolvidos no Brasil. Dois deles dedicam-se à busca de pedras preciosas: ouro na região da foz do Rio Gurupi, entre o Pará e o Maranhão, e diamantes na costa baiana, na área da foz do Rio Jequitinhonha.

Sulfetos polimetálicos depositados a profundidades entre mil e 4 mil metros estão sendo Sulfetos polimetálicos depositados a profundidades entre mil e 4 mil metros estão sendo pesquisados nas águas em torno do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, a cerca de 1.000 km de Natal. Ótima fonte de fósforo,  minério já raro em terra e muito usado nas indústrias de fertilizantes e de ração animal, a fosforita, que  é objeto de estudos no litoral da Região Sul. Por ser encontrado em águas rasas, o calcário marinho, pesquisado nos litorais do Nordeste e do Sudeste, já é explorado comercialmente, no Maranhão e no Espírito Santo. Além do Brasil, outros países esperam o sinal verde para ampliar suas explorações, como Alemanha, França, Rússia, Japão, Coreia do Sul, China e Índia, além de um consórcio que reúne Cuba e países do Leste Europeu, que também  aguardam o parecer da ONU quanto às suas solicitações.

 

 

https://petronoticias.com.br/brasil-amplia-pesquisas-no-leito-marinho-em-busca-de-minerais-preciosos-e-terras-raras/

PORTABILIDADE NUMÉRICA - SÃO PAULO fez mais de 1,35 milhão trocas de operadoras de telefonia em seis meses

No primeiro semestre deste ano, 4,39 milhões de transferências entre operadoras de telefonia fixa e móvel foram efetivadas no País sem alteração do número de identificação do usuário.

De acordo com o último relatório da Entidade Administradora da portabilidade numérica - ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações), entre os meses de janeiro e junho deste ano, foram efetivadas 728,21 mil (17%) trocas de operadoras de telefonia por solicitação de usuários de serviço fixo e 3,66 milhões (83%) para os do serviço móvel.

Semestre em São Paulo – No período de janeiro a junho de 2021, os usuários de telefones da área dos DDDs (11 a 19), realizaram 1,35 milhão de ações de portabilidade numérica. O equivalente a 174,89 mil (11%) solicitações feitas por usuários de telefones fixos e 1,17 milhão (89%) de telefones móveis.

A portabilidade numérica existe, no Brasil, desde setembro de 2008. Implantada de forma gradativa nos 67 DDDs ativos, permite que o número de identificação dos telefones fixos e móveis sejam mantidos mesmo após a transferência de operadora.

Segundo trimestre no Brasil – A ABR Telecom destaca os meses de abril a junho, trimestre em que foram realizadas 2,15 milhões de migrações entre operadoras. No serviço fixo, 388,03 mil (18%) trocas foram concluídas, neste segundo trimestre, e 1,76 milhão (82%) no serviço móvel.

Histórico – Desde que a portabilidade numérica passou a ser possível no Brasil, em setembro de 2008, até o dia 30 de junho deste ano, 69,19 milhões de transferências foram feitas, sendo 19,02 milhões (27%) no serviço fixo e 50,17 milhões (73%) no serviço móvel.

Segundo trimestre em São Paulo – De acordo com a apuração entre os telefones atendidos pelos DDDs (11 a 19), o relatório mostra a efetivação de 653,13 mil solicitações de portabilidade numérica entre os meses de abril a junho deste ano. Os usuários de telefones fixos respondem por 93,21 mil (14%) transferências e os de móveis, por 559,92 mil (86%).


Para fazer a portabilidade numérica

Para realizar o processo da portabilidade numérica o usuário deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. Conforme o regulamento do serviço, entre os critérios que devem ser atendidos para que o usuário efetive sua migração, estão:

- Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo;

- Comprovar a titularidade da linha telefônica;

- Informar o número do documento de identidade;

- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica;

- Informar o endereço completo do assinante do serviço;

- Informar o código de acesso;

- Informar o nome da operadora de onde está saindo.

A operadora para a qual o usuário deseja migrar fornecerá um número de protocolo da solicitação a fim de que ele possa acompanhar o processo de transferência. O modelo de portabilidade numérica no Brasil determina que as migrações só podem se efetivar dentro do mesmo serviço – móvel para móvel ou fixo para fixo – e na área de abrangência do mesmo DDD.


Prazos – O tempo de transferência para efetivação da portabilidade numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário preferir agendar.

Para desistir da portabilidade numérica, o usuário tem dois dias úteis, após a solicitação de transferência, para suspender o processo de migração.

 

Consultas – Acompanhe o movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e a data de início do serviço, pelo site

O site da ABR Telecom também disponibiliza uma ferramenta de busca para pesquisar a qual operadora pertencem os números de telefones que já realizaram a portabilidade numérica: https://consultanumero.abrtelecom.com.br


Gestores educacionais discutem FUNDEB permanente

O Fundeb Permanente é a política de financiamento da educação pública do Brasil
Créditos: Divulgação

Secretários Municipais de Educação e equipe técnica de secretarias de diferentes municípios brasileiros que atuam em regime de colaboração por meio do Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) participaram de uma reunião com o consultor e especialista em educação e orçamento público, Carlos Eduardo Sanches, para entender e sanar dúvidas sobre o Fundeb Permanente. O encontro, promovido pelo Instituto Positivo, com apoio da Comunidade Educativa Cedac, aconteceu na última terça-feira, 20, de forma on-line.

De acordo com a diretora do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak, o movimento dos ADEs tem ganhado força no Brasil. Atualmente, cerca de 290 municípios estão organizados neste modelo e trazer um assunto tão importante para todos os que atuam na área fortalece o trabalho desenvolvido, cada um na sua região. “Por atuarmos em regime de colaboração, buscamos aprimorar nosso conhecimento a partir da troca de experiências e vivências. É isso que este encontro proporciona: compartilhar os desafios e as soluções em relação ao Fundeb para avançarmos na utilização do recurso público e melhorarmos a qualidade da educação com equidade”, destaca.

De acordo com Sanches, o Fundeb Permanente é a política de financiamento da educação pública do Brasil que, para este ano, trouxe algumas mudanças. “Ele poderá impulsionar ainda mais o desenvolvimento educacional. Ainda existem muitas dúvidas e o entendimento da utilização do recurso é fundamental para o bom andamento da gestão”, explica o especialista.

A emenda constitucional 108 tornou o Fundeb permanente com aumento da complementação de recurso da União de 10% para 23%. O processo será gradativo, aumentando ano a ano até 2026. A complementação pode ser feita para estados e municípios que não alcançaram o Valor Aluno Ano Total (VAAT), per capita calculado com base em todas as receitas da educação, de R$ 4.821,99. Este ano, o VAAT repassará R$ 3,2 bilhões, distribuídos em 1.374 municípios, de julho de 2021 a janeiro de 2022. A base de cálculo é o Censo Escolar do ano anterior.

Outra forma de complementação começa em 2023 para estados e municípios que melhorarem indicadores educacionais, que inclui aprendizagem e redução das desigualdades educacionais. Segundo Sanches, outra mudança importante que se deve observar sobre o Fundeb é que, a partir deste ano, é preciso aplicar 70% do recurso na remuneração de profissionais da Educação ou de assistentes sociais e psicólogos que atuam na rede de ensino. “Até 2020, 60% do recurso era utilizado para folha de pagamento, exclusivamente para profissionais da educação, agora isso foi ampliado para assistentes sociais e psicólogos, porém, apenas para aqueles que atuam na educação. É preciso estar atento na aplicação do recurso”, alerta.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o recurso do Fundeb pode ser utilizado para: renumeração de pessoal da educação; formação profissional da educação; construção e manutenção da escola, do muro para dentro; aquisição de recursos pedagógico, técnico e tecnológico; aquisição de veículos e transporte escolar da rede municipal; e levantamento estatístico com foco na educação e realização de atividades meio. Porém, o recurso não pode ser utilizado para: remuneração de pessoal da educação municipal em desvio de função ou de outras áreas, assim como formação para esses profissionais; obras de infraestrutura mesmo que favoreçam as escolas municipais; programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; aquisição de veículos e combustível para outras áreas e transporte escolar para ensino superior; e levantamento estatístico se o foco não for educação e subvenção a instituição pública ou privada.

“O Fundeb Permanente é uma reforma de gestão que provoca efeitos nas secretarias e, por isso, precisamos adotar uma nova postura de gestão para alcançar melhores resultados. Ele traz o desafio do empoderamento e capacidade técnica do gestor da educação para participar do planejamento, da execução e da prestação de contas da utilização do recurso do Fundeb. Minha sugestão é conversar com o contador da prefeitura e o prefeito para discutir e alinhar o planejamento e utilização dos recursos”, finaliza Sanches.

Sobre os Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs)

Os ADEs são um modelo de trabalho em rede, no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências
Créditos: Divulgação
 

Os Arranjos são um modelo de trabalho em rede, no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências, planejar e trabalhar em conjunto - e não mais isoladamente, somando esforços, recursos e competências para solucionar conjuntamente as dificuldades na área da Educação. A proposta dos Arranjos foi homologada pelo MEC em 2011, e incluída como uma opção para o alcance das metas e das estratégias previstas no Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014 (artigo 7º, parágrafo 7º).

O Brasil possui atualmente 13 ADEs, com mais de 414 mil crianças contempladas com as ações desenvolvidas por 225 municípios, que trabalham nesse modelo de colaboração, e alguns já conquistaram avanços consistentes que indicam que estão no caminho certo. Outras 11 regiões do país estão implantando o modelo.

Dedicado a estudar e a difundir a metodologia dos ADEs no Brasil, o Instituto Positivo é parceiro da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (Granfpolis), em Santa Catarina, e, em uma articulação pioneira, lançaram em 2015 o primeiro ADE do Sul do país.

 


Instituto Positivo (IP)

instituto.positivo.com.br


Volta às aulas: pais não podem ser obrigados a mandar os filhos para a escola em meio à pandemia

Rede pública de diversos estados anuncia retorno das aulas presenciais; advogada orienta pais que não se sentem seguros quanto aos protocolos de segurança prometidos pelas escolas


Com o início da aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 aos profissionais da Educação, os estados têm planejado retomar e ampliar as aulas presenciais das escolas públicas em 3 de agosto. A vacinação para a faixa etária abaixo dos 18, no entanto, ainda parece distante. Por isso, a decisão encontra resistências. No DF, por exemplo, grupos de pais se organizaram em petição contra o retorno, por medo de que os protocolos de segurança prometidos pelas escolas sejam inviáveis - ou que simplesmente não sejam aplicados adequadamente por estas instituições.

Neste cenário, uma pergunta não quer calar: os pais podem ser obrigados - ainda que temendo por sua segurança - a mandar os seus filhos às aulas presenciais? A advogada Mérces da Silva Nunes acredita que não. "O ensino no país é legalmente realizado na modalidade presencial, mas ainda é muito precoce qualquer decisão das autoridades no sentido de tornar obrigatório o comparecimento dos alunos", diz a especialista - acrescentando que, ainda que "o retorno às aulas presenciais se dê em regime híbrido [semana presencial e semana online], o receio das famílias é pertinente, porque não é possível garantir que os protocolos de segurança sejam implementados e rigorosamente cumpridos".

A advogada explica que, se os pais decidirem não enviar os filhos, podem "ingressar com ação no Judiciário e obter uma ordem liminar para afastar a obrigatoriedade do ensino presencial". Além disso, "se algum membro da família ou a própria criança integrarem um grupo de risco, devem evitar a modalidade presencial, para não agravar a situação ou o estado de saúde do familiar ou da criança".

Vale lembrar que as escolas públicas são obrigadas a prover condições usuais e especiais neste cenário de pandemia: manter as medidas normais de higiene; promover o uso obrigatório de máscara; garantir o distanciamento social; definir o número máximo de pessoas na sala de aula e o distanciamento entre as carteiras dos alunos. Os estudantes devem ser lembrados, todos os dias, a não compartilhar objetos de uso pessoal nem materiais pedagógicos - e a frequentemente higienizar as mãos com água, sabão e álcool 70%, por exemplo.

A situação da volta às aulas presenciais em meio à pandemia é agravada por um fato conhecido: mesmo sem a crise sanitária, falta infraestrutura às escolas da rede pública brasileira. "Acredito que a deficiência das escolas públicas em relação à falta de insumos básicos deverá permanecer, mas ela poderá servir de argumento das famílias para obter uma ordem judicial e evitar o ensino presencial enquanto a sociedade não estiver em segurança", orienta a advogada Mérces.

 

 

Fonte: Mérces da Silva Nunes - graduada em Direito na Instituição Toledo de Ensino - Faculdade de Direito de Araçatuba, Mestre e Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sócia-titular da Silva Nunes Advogados Associados. Autora de obras e artigos sobre Direito Médico.

 

Check Point Software detecta nova cadeia de malware que rouba informações de usuários de MacO

Por apenas US$ 49 na Darknet, os hackers compram licenças do novo malware que lhes permite roubar credenciais de login, capturar telas, registrar teclas digitadas e executar arquivos maliciosos no sistema operacional da Apple; no Brasil, 4,95% dos sistemas operacionais são MacOS

 

A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, detecta uma nova cadeia de malware que evoluiu para roubar as informações dos usuários do sistema operacional MacOS. Batizada de "XLoader", a nova variedade deriva da conhecida família de malware "Formbook" voltada principalmente para usuários do Windows. Após não ter sido mais vendido em 2018, o Formbook foi reformulado em 2020 para XLoader. Nos últimos seis meses, a divisão CPR acompanhou as atividades do XLoader, descobrindo que este malware é prolífico, visando não apenas os usuários do Windows, assim como do sistema operacional do Mac.

Os atacantes podem comprar licenças do XLoader na Darknet por apenas US$ 49, com o qual poderão roubar credenciais de login, capturar telas, registrar teclas digitadas e executar arquivos maliciosos. A equipe da Check Point Research concluiu que o método mais comum de infecção ocorre por meio de e-mails falsos que contêm arquivos maliciosos anexados do Microsoft Office.

Esta é uma ameaça potencial para todos os usuários de MacOS. Em 2018, a Apple estimou que mais de 100 milhões de Macs estavam em uso. No Brasil, estima-se que 4,95% da fatia do mercado de sistemas operacionais para computadores pertença ao MacOS.

Vítimas

A Check Point Research rastreou a atividade do XLoader no período entre 01 de dezembro de 2020 e 01 de junho de 2021, verificando que houve pedidos deste malware em 69 países. Até o momento, mais da metade (53%) das vítimas residem nos Estados Unidos. Apesar de ainda não existirem dados sobre o Brasil, a distribuição global do XLoader é a seguinte:



Vítimas do malware Formbook pelo mundo entre dezembro de 2020 e maio de 2021


Dicas de Prevenção

Para evitar a infecção, a CPR recomenda que os usuários de Mac e Windows:

1. Não abram anexos suspeitos ou maliciosos.

2. Evitem visitar sites suspeitos.

3. Usem software de proteção de terceiros para ajudar a identificar e prevenir comportamento malicioso em seu computador.


Orientação sobre detecção e remoção

Uma vez que esse malware é oculto por natureza, é difícil para quem tem "um olho não técnico" reconhecer a infecção. Portanto, se o usuário suspeitar que foi infectado, é recomendado consultar um profissional de segurança ou usar ferramentas e proteções de terceiros desenvolvidas para identificar, bloquear e até mesmo remover essa ameaça de seu computador. Para mais detalhes técnicos para auxiliar, a equipe da CPR recomenda ir ao Autorun e:

1. Verificar o nome de usuário no sistema operacional.

2. Ir para o diretório / Users / [nome de usuário] / Library / LaunchAgents

3. Verificar se há nomes de arquivos suspeitos neste diretório (o exemplo a seguir é um nome meramente ilustrativo)

/Users/user/Library/LaunchAgents/com.wznlVRt83Jsd.HPyT0b4Hwxh.plist

4. Remover o arquivo suspeito.

"Como parte de nosso rastreamento de cibercrimes, observamos desenvolvimentos interessantes pela conhecida família de malware ‘Formbook’. Vimos uma nova variedade de malware derivada do Formbook original. Chamado de ‘XLoader’, este malware é muito mais maduro e sofisticado em relação aos seus predecessores, suportando diferentes sistemas operacionais, especificamente computadores MacOS", explica Yaniv Balmas, head de Pesquisa Cibernética da Check Point Software Technologies.

Ainda de acordo com Balmas, historicamente, o malware para MacOS não era tão comum. "Eles geralmente se enquadram na categoria de 'spyware', não causando muitos danos. Acho que há uma crença incorreta entre os usuários do MacOS de que as plataformas da Apple são mais seguras que outras plataformas mais amplamente utilizadas. Embora possa haver uma brecha entre o malware do Windows e do MacOS, esta lacuna está diminuindo lentamente com o tempo. A verdade é que o malware do MacOS está se tornando cada vez maior e mais perigoso."

As descobertas recentes da equipe da CPR são um exemplo perfeito e confirmam essa tendência crescente. "Com a popularidade gradual das plataformas MacOS, faz sentido que os cibercriminosos mostrem mais interesse neste domínio e, pessoalmente, acredito que veremos mais ameaças cibernéticas seguindo a família de malware Formbook. Eu pensaria duas vezes antes de abrir qualquer anexo de e-mails que recebo de remetentes que não conheço", finaliza Balmas.

 


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Soluções baseadas na natureza são essenciais para combater mudanças climáticas e a perda de biodiversidade

 

Pesquisadores analisam estratégias de conservação de ecossistemas e recuperação de áreas degradadas na segunda edição da série Conferências FAPESP 60 anos (foto: Agência Brasil)


A conservação de ecossistemas, como áreas florestais, pantanosas ou ocupadas por pastagens naturais, e a restauração de áreas já degradadas são essenciais para enfrentar, conjuntamente, dois dos maiores desafios globais atualmente: as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade.

Essas soluções baseadas na natureza são especialmente importantes para serem implementadas no Brasil, uma vez que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do país, que impulsionam o aquecimento global, está associada a mudanças no uso da terra, lideradas pelo desmatamento para abertura de áreas de pastagem ou agrícolas. A prática provoca a liberação de gás carbônico armazenado nas plantas e também a fragmentação e perda de hábitats, apontadas como duas das principais causas de declínio de espécies mundialmente.

A avaliação foi feita por pesquisadores palestrantes da segunda edição da série Conferências FAPESP 60 anos, com o tema “Mudanças climáticas e biodiversidade: os avanços da ciência”, realizada ontem (21/07). Os debates foram mediados por Ronaldo Pilli, vice-presidente da FAPESP.

“A conservação de áreas intactas representa hoje uma opção para manter os estoques de carbono. Já a restauração de áreas degradadas permitiria sequestrar carbono da atmosfera e a reconexão de fragmentos naturais, o que pode resultar em benefícios para a biodiversidade”, disse Mercedes Bustamante, professora da Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com a pesquisadora, globalmente as mudanças no uso da terra e floresta representam 24% das emissões globais. No Brasil, atingem mais de 60% e vêm aumentando nos últimos anos em razão do desmatamento, principalmente da Floresta Amazônica.

Em 2019, por exemplo, o Brasil respondeu pela perda de um terço de florestas tropicais primárias no mundo e por 41% no período de 2002 a 2020.

“O que se observa é que essa perda de floresta primária vem ocorrendo acentuadamente em territórios indígenas, que tradicionalmente são áreas onde o desmatamento é muito baixo e que têm protegido a floresta ao longo dos últimos anos”, apontou.

Apesar de ocorrer em maior escala na Amazônia, essa perda não tem se restringido a esse bioma. Em 2020, o Cerrado perdeu uma área quatro vezes maior que a Grande São Paulo e o desmatamento tem crescido também da Mata Atlântica.

“Essas mudanças no uso do solo no Brasil representam uma via de mão dupla”, avaliou Bustamante. 

“Ao mesmo tempo em que a conversão de vegetação nativa para a agropecuária, associada ao aumento da frequência de queimadas, tem impacto direto sobre as emissões de gases de efeito estufa, terá também impacto no setor agrícola, que será o que mais vai sofrer com as mudanças climáticas e com os efeitos das alterações na temperatura e na disponibilidade hídrica”, disse Bustamante.


Impactos na agricultura

Alguns dados apresentados por Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), referendam essas constatações.

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apresentado por Artaxo, indicou um aumento médio entre 4 ºC e 5,5 ºC na temperatura entre 2071 e 2099 na região central do Brasil, onde está estabelecido o agronegócio.

Outro estudo de autoria de pesquisadores da Embrapa Informática Agropecuária, publicado em 2019 e também citado por Artaxo, apontou que o Brasil está se tornando mais seco. As áreas no país com registro de alto índice de déficit de chuva, antes restritas à região do Nordeste, se estenderam para Goiás e Mato Grosso – dois dos principais Estados produtores de soja e carne.

“A economia brasileira baseada só na produção de carne e de soja, por exemplo, pode não ser competitiva daqui a dez anos ou mesmo na década atual”, disse Artaxo.

Segundo o pesquisador, as evidências das mudanças climáticas no planeta são extensas e incluem o aumento de eventos climáticos extremos, como as recentes inundações na Europa, ondas de calor nos Estados Unidos e no Canadá, crise hídrica no Brasil e aquecimento do oceano e da atmosfera.

As emissões de carbono, ele explica, estão fazendo com que as concentrações de gases que controlam o clima do planeta aumentem rapidamente – a de dióxido de carbono (CO2) aumentou 66%, a de metano 259% e a do óxido nitroso (N2O) 120% desde 1750 – e mudando a composição da atmosfera terrestre. Com isso, a temperatura do planeta já aumentou 1,2 ºC.

“Esse aumento de temperatura pode parecer pouco, mas é muito significativo para o funcionamento básico de um ecossistema. E tem contribuído para o aumento da frequência de eventos climáticos extremos que temos visto”, afirmou Artaxo.

De acordo com o pesquisador, a temperatura média nos continentes já aumentou 1,7 ºC, uma vez que eles aquecem muito mais do que o planeta como um todo porque os oceanos absorvem gigantescas quantidades de calor.

“Nos continentes, já ultrapassamos o limite seguro de aumento da temperatura, de 1,5 ºC, indicado pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas]”, disse Artaxo.

Nos últimos 110 anos, a temperatura no Nordeste do Brasil, por exemplo, aumentou entre 2,2 ºC e 2,5 ºC. Já na região do Ártico aumentou mais de 3 ºC.

“Esse aumento muito significativo da temperatura afeta o funcionamento de ecossistemas, a biodiversidade, a saúde da pessoas e tem impactos socioeconômicos muito grandes”, afirmou Artaxo.


Impactos na biodiversidade

A partir de 2050, as mudanças climáticas podem se tornar o principal vetor da perda de biodiversidade global, apontou Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e membro da coordenação do Programa BIOTA-FAPESP

“Temos um conjunto enorme de fatores, que vão desde o aquecimento global, passando por mudanças na distribuição de chuvas, pela poluição, pelo uso excessivo de fertilizantes e pela introdução de espécies exóticas, entres outros fatores que têm exercido enorme pressão e levado ao desaparecimento de toda uma fauna de invertebrados”, apontou Joly.

Alguns desses invertebrados, como as abelhas, são importantíssimos para a manutenção da polinização das principais culturas agrícolas cultivadas em países como o Brasil, ele exemplificou.

O ritmo de perda de espécies indica que o mundo corre o sério risco de assistir nas próximas décadas a uma sexta extinção em massa.“A crise da biodiversidade está atingindo um limite muito perigoso”, afirmou Joly.

Na avaliação do pesquisador, enquanto a atual crise sanitária, causada pela pandemia de COVID-19, tem a perspectiva de ser solucionada nos próximos dois anos com o avanço da vacinação e a emergência climática poderá ser debelada em 100 a 150 anos com a redução significativa nas emissões de GEE, a perda da biodiversidade global poderá ser irreversível.

“Não vamos recuperar as espécies que estão sendo extintas hoje. Por isso, é preciso reverter as taxas de extinção antes que serviços ecossistêmicos [prestados pela natureza, como prover água limpa] sejam definitivamente comprometidos”, alertou.

A atuação da FAPESP no financiamento à pesquisa nesses dois temas – biodiversidade e mudanças climáticas – tem sido fundamental para o avanço dessas agendas em nível global, apontaram os participantes do evento.

“Cada vez mais diferentes nações e entidades supranacionais, mas também empresas responsáveis e partidos políticos têm fortalecido uma agenda que privilegia esses dois tópicos”, avaliou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.

“No Brasil, a FAPESP, a ABC [Academia Brasileira de Ciências], a SBPC [Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência], a Aciesp [Academia de Ciências do Estado de São Paulo] e as nossas universidades têm liderado um movimento para fundamentar o desenvolvimento do conhecimento baseado na pesquisa sobre a biodiversidade e as mudanças climáticas globais”, afirmou Zago.

A íntegra da Conferência pode ser assistida em https://www.youtube.com/watch?v=PEP56Gnk3YU.

 

 

Elton Alisson 

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/solucoes-baseadas-na-natureza-sao-essenciais-para-combater-mudancas-climaticas-e-a-perda-de-biodiversidade/36406/


A relação da moda e olimpíadas: uma conversa de séculos!

Enfim chegamos aos jogos olímpicos, um evento que já começa marcado por superação mental, física para organizadores e atletas que tiveram que adaptar as condições impostas pela pandemia. Esta provavelmente será a Olimpíada de mais histórias de superação do que de recordes e performance.  

Fato ou lenda, o curioso é que a primeira disputa olímpica, do que hoje seria próximo ao atletismo, foi vencida por Corobeu, cidadão de Olímpia, que correu despido por crer que assim teria melhor desempenho. O desafio da performance com menor ou melhor impacto por meio da roupa nasceu com a própria competição e este desafio vem sendo o propulsor de inovação tecnológica no vestuário atlético se expandindo para outros segmentos.

A moda absorve todos estes movimentos e transforma em estilo, é o caso da roupa para a prática do skate, antes um esporte marginalizado e agora oficialmente olímpico, com isso ela ganha maior evidência na moda por meio das marcas sportswear.

A demanda por peças confortáveis, levaram os skatistas a usar o moletom, logo no final da década de 70, quando Norma Kamali estilista nova-iorquina, começou a fazer roupas com o tecido, já usado desde a década de 30 para aquecer os trabalhadores de frigoríficos de Nova York, porém com modelagem e design mais atual para a época. O moletom que oferecia conforto, mas não resistência, passa a dar lugar as calças cargo e jeans pesados bem amplos, já que não existia jeans stretch e nada poderia impedir seus movimentos. Logo, foi redefinido a cara do esporte de rua. É obvio que isso foi absorvido pela moda que aos poucos passou a oferecer cada vez mais atributos necessários de resistência, conforto térmico e flexibilidade à detalhes de costura, entre outros.

A construção dessa estética acontece nos espaços olímpicos e esportivos, mas também nas academias e ruas que revelam os atletas urbanos com seus corpos normais, seus sobrepesos, ou seus músculos conquistados com muita disciplina. O esporte tomou nossas vidas numa busca pelo equilíbrio, saúde e bem-estar; e a moda abraça seu papel nessa empreitada. Uma pesquisa realizada pela agência Grey mostrou quatro estilos predominantes de beleza, o esportivo está entre eles e representa para os adeptos o autocontrole, num mundo que pouco podemos controlar. O esporte é mais que uma onda, é um norteador permanente que tem a ver com estilo de vida e com valores comportamentais que evolui e avança para as principais marcas.

Cada vez mais nossas identidades são múltiplas, o belo é mais do que um estado físico -- descontruir o belo o corpo escultural que tanto perseguimos, é um desafio nada fácil, mas esta olimpíada promete ser  palco desta nova inclusão de atletas como Ana Patrícia Ramos, jogadora de vôlei de praia, que sofria bullying quando criança pelo seu tamanho e na equipe era vista com limitação pelos seus 1m94cm de altura. Ana distingue-se da barriga tanquinho e do corpo de beleza simétrica impecável idealizada, mas despontou entre as atletas, sendo a primeira a garantir a vaga nas olimpíadas de Tóquio.

Por outro lado, a atleta amadora Ellen Valias (@atleta_de_peso) luta para conscientizar a sociedade de que é possível ser gorda e praticar esportes. Ellen não se profissionalizou por não se “enquadrar” no padrão imposto.  Hoje ela é patrocinada pela Adidas, uma marca esportiva que entendeu que o corpo gordo tem o direito de se movimentar e que como outras marcas vêm atendo estas demandas que, além de gerar bem-estar, geram grandes negócios e movimentam toda a cadeia. 

A indústria têxtil também corre atrás da alta performance. Hoje vemos tecidos com quase 100% de power stretch, se adaptando aos mais diversos corpos e reproduzindo as roupas esportivas, seja com aspectos do moletom ou leggings, permitindo que a roupa caia como uma luva, inclusive nos tamanhos ofertados em PMG, como na moda esportiva.  

Entre as mídias e atletas dando voz ao diverso, o movimento da positividade corporal vem crescendo e atingindo o mainstream, marcas American Eagle, Nike e Torrid ofertando tamanhos estendidos. A rede americana Athleta, do grupo Gap treinará todos os funcionários de suas lojas com a certificação bodySTRONG® para ensinar linguagem corporal positiva além de um grande plano para clientes plus size, com oferta de tamanhos em todas  categorias até 2022, o que representará 70% da oferta da marca sem diferenciar as linhas convencionais de plus size.

Enquanto isso, os atletas americanos usarão Skims, a marca de shapewear lançado por Kim Kardashian em 2019, por baixo de sua Ralph Lauren e Nike. Com mensagem corporal e racialmente inclusiva, a marca está firmando sua reivindicação como a abordagem americana da próxima geração

E falando em skims, retomo à Corobeu, séculos se passaram e o seu desafio ainda está na pauta do têxtil, desenvolver tecidos que façam as pessoas sentirem-se tão leves e confortáveis como em suas próprias peles, independente da forma e contexto, numa espécie de simbiose.

A moda vai além da necessidade de vestir construindo entre performance e identidades, entre o corpo físico e emocional, sendo grande condutora da transformação e acolhimento do diverso. E você ainda acha que a moda é apenas um jogo estético ou sistema poderoso que mobiliza massa como os jogos olímpicos?   

 


Sueli Pereira - tem mais de 20 anos de experiência no setor têxtil e formada em jornalismo, história da moda e gestão empresarial, e um estudiosa do comportamento humano.


quarta-feira, 21 de julho de 2021

A queda de Vênus em Virgem. E agora?


 

O que significa e como esse movimento impacta na energia do período


Vênus entra no signo de Virgem nesta quarta-feira, 21. O planeta do amor, do relacionamento, da beleza e do prazer tem problemas para expressar suas qualidades durante esse trânsito, por isso, na astrologia diz-se que Vênus está em queda em Virgem. A astróloga Sara Koimbra explica que os detalhes que Virgem coloca à frente dos olhos podem incomodar e trazer à tona o que não está tão bom.

“Virgem é o signo da minúcia, do detalhe, de Terra, mutável, regido por Mercúrio. É preciso tomar cuidado para não ser muito crítico com o parceiro durante a passagem de Vênus por este signo. Podemos facilmente nos sentir culpados se formos excessivamente autoindulgentes neste momento também”, alerta a especialista.

Koimbra aconselha a aproveitar o momento para expressar o amor por meios e gestos práticos, com recados, ou apenas se fazendo presente. “O amor precisa fazer sentido e ter um propósito com Vênus em Virgem”, conta a astróloga.

Ao final do período, os casais podem perceber que aquilo que incomodava e podia ser melhorado passou por mudanças e foi resolvido, já que durante esse movimento as pessoas vão prestar mais atenção no que destoa, nos detalhes do relacionamento e nas próprias atitudes que podem ser aprimoradas.

 


Sara Koimbra - atua há mais de 10 anos como astróloga, numeróloga e taróloga. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas.


Corpo em movimento previne doenças e pode ser aliado na qualidade de vida

Campanha da ABIMIP na Semana do Autocuidado trata de mais um pilar de autocuidado, a atividade física, ferramenta de prevenção de doenças


Um dos pilares do autocuidado mais mencionado em pesquisas sobre mudança de comportamento na pandemia de Covid-19 é o da atividade física regular - ou a falta dela. Nem sempre é possível seguir as novas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo as quais é necessário praticar pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica, de moderada intensidade, por semana. Principalmente porque, já se sabe: a falta de atividade física pode provocar a deterioração da saúde cardiovascular, levar à obesidade e até mesmo trazer maior risco de enfermidades crônicas.

De acordo com pesquisas recentes, muitos daqueles que se exercitavam regularmente antes da pandemia deixaram de praticar uma atividade física durante a crise sanitária. É o que revela estudo feito pela Fundação Instituto Fiocruz e mais quatro universidades, que ouviu 41.161 brasileiros com 18 anos ou mais: antes da pandemia 30,1% dos entrevistados revelaram fazer atividade física - durante a pandemia esse número caiu para 12%.

"Desde o final de fevereiro do ano passado, quando a pandemia de Covid 19 se instalou no Brasil, a população foi obrigada a reduzir a atividade física que, na maioria das vezes, era feita em academias, parques e até nas ruas, hoje locais considerados vulneráveis para se contrair o coronavírus", lembra Marli Martins Sileci, vice-presidente da ABIMIP - Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição. Segundo ela, entre os sete pilares do autocuidado, lembrados nesta Semana do Autocuidado, a atividade física é um dos mais importantes. "Nossa saúde depende de mantermos o corpo e a mente em movimento", lembra a executiva.

Para se ter uma ideia do problema que se apresenta, outro estudo da Fundação Instituto Fiocruz, realizado online com 41.184 brasileiros de 18 anos ou mais, mostra que a pandemia trouxe aumento do comportamento sedentário, com maior tempo dedicado às telas, seja televisão, tablet, celular ou computador. Somente o tempo médio em que se fica diante da televisão aumentou de 3,81 horas para 5,30 horas. Segundo o levantamento, o tempo médio dedicado a tablet e computador passou de 1,85 hora para 3,31 horas durante a pandemia. E pior: entre os adultos jovens, de 18 a 29 anos, o tempo médio de uso do computador e tablet durante a pandemia foi de 7 horas e 15 minutos, representando um aumento de quase 3 horas sobre o tempo de uso antes da pandemia da Covid-19.

De acordo com a OMS, exercitar-se em casa pode ser uma opção para driblar o sedentarismo. A dica é aproveitar qualquer trabalho ou função dentro de casa para se exercitar. Dançar, fazer simples movimentos repetitivos, como levantar pernas e braços, um de cada vez, já ajuda. Até mesmo andar de um cômodo ao outro, enquanto se fala ao telefone, ou fazer intervalos regulares para andar enquanto se trabalha em home office, fazem a diferença no final do dia.

As chamadas "Diretrizes da OMS sobre atividade física e comportamento sedentário" indicam soluções para todas as populações e grupos etários de 5 a 65 anos e idosos. Brincar com as crianças e até a realização de tarefas domésticas podem ser úteis para se manter ativo durante a quarentena.

"Adultos devem realizar atividades de fortalecimento muscular de moderada intensidade, ou maior, que envolvam os principais grupos musculares, dois ou mais dias por semana pois estes proporcionam benefícios adicionais à saúde," afirma a cartilha da OMS.


ABIMIP - A Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição

 

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