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quarta-feira, 12 de maio de 2021

17 de maio, Dia Mundial da Hipertensão


Pressão arterial e Covid-19: não facilite  


 

A hipertensão arterial é fator de risco para as doenças cardiovasculares, responsáveis pelas principais causas de morte em nosso país e no mundo, como o infarto do miocárdio e o derrame cerebral. A agravante, hoje, é que indivíduos hipertensos, com a pressão arterial descontrolada, figuram entre aqueles que apresentam mais possibilidades de complicações decorrentes da infecção pelo novo coronavirus, ao lado de outros distúrbios, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares pré-existentes.

 

O controle da pressão arterial pela adoção de hábitos saudáveis e o uso correto da medicação, quando necessária; e eficaz como prevenção.

 

Recentes estudos confirmam que, no isolamento, muitas vezes, a alimentação inadequada e o sedentarismo viram válvula de escape, aumentando as chances de descontrole da pressão arterial. Então, fique ligado e não cede às tentações. Opte por refeições frugais e nos horários regulares.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) assevera que, neste momento de grave crise da saúde mundial mantém atenção integral aos pacientes, para assisti-los adequadamente em todas as demandas.

 

Aliás, destacando que 17 de maio é o Dia Mundial da Hipertensão, a SBH aproveita para conclamar você a adotar cuidados simples, mas que fazem toda a diferença para a boa saúde. 

 

 

O QUE FAZER PARA A BOA SAÚDE

 

O tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovas- culares e é apontado como fator negativo no controle de hipertensos.


Prefira sempre os alimentos frescos e limite as refeições congeladas, embutidas e enlatadas.

 

O excesso de peso pode aumentar a pressão em 30%, além de dificultar o controle nos hipertensos.

 

Limitar o consumo diário de álcool a 1 dose (mulheres) e 2 doses (homens).


Faça pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, que pode ser dividido em 2 períodos de 15 min ou 3 de 10 min. Seu corpo foi feito para se movimentar.


Procure uma melhor qualidade de vida.


Aplicativo da Sanofi que une tecnologia a auxilia pacientes no controle do diabetes

Dits busca estabelecer uma rotina de hábitos para o monitoramento da glicemia, da alimentação e aplicação de insulina

 

Disponível de forma gratuita para aparelhos com sistema operacional Android ou IOS, o aplicativo Dits é uma das principais ferramentas tecnológicas para auxiliar as pessoas com diabetes no seu controle diário. Criado em 2020 pela Sanofi, maior farmacêutica multinacional do mercado brasileiro, o aplicativo este ano promoverá a campanha “Diabetes não me define”, que tem como objetivo desmistificar assuntos e reforçar os hábitos e pilares mais importantes para a manutenção do bom controle da doença: a alimentação, o controle da glicemia e o uso correto dos medicamentos.

O Dits reforça a importância do cuidado contínuo do Diabetes, tendo a tecnologia e a inovação como parceiras da jornada de saúde das pessoas com diabetes e parceira dos profissionais de saúde, que podem acompanhar pelo aplicativo a rotina de seus pacientes. Como o controle glicêmico é uma das chaves para o sucesso, monitorar frequentemente a glicemia e ajustar medicações em geral ou insulinas, mediante orientação médica, é um dos procedimentos que pode auxiliar a prevenir complicações do diabetes e, neste momento em especial, previne complicações atreladas ao novo coronavírus1.

O aplicativo é simples e intuitivo e traz uma série de funcionalidades indispensáveis para a observação dos parâmetros de saúde do paciente, inclusive o compartilhamento das informações com o médico que acompanha o tratamento. Nele é possível registrar os índices glicêmicos (atuais e retroativos), mantendo um diário; consultar a tabela nutricional de mais de 2.500 alimentos; automatizar todas as etapas para a realização do cálculo de dose de insulina (correção de glicemia e pós refeição); além de ter uma linha do tempo educacional com vídeos, imagens e notícias sobre o diabetes.

“A Sanofi segue como grande aliada na jornada da saúde do paciente proporcionando a utilização de soluções digitais que fazem parte do nosso pilar de inovação. O Dits pode auxiliar na adesão ao tratamento e no monitoramento, com alertas para medição de glicemia, aplicação de insulina e conteúdos educativos para apoiar nesse processo, facilitando a convivência e prezando pela saúde do paciente”, explica Marcelo Nadruz, Diretor de Aceleração Digital da Sanofi.

 

Sobre o diabetes

O diabetes segue sendo um dos desafios de saúde com o crescimento mais rápido do século 21, com a quantidade de adultos com a doença tendo mais do que triplicado nos últimos 20 anos. Previsões indicam que o número de pessoas com diabetes deve aumentar para 578 milhões em 2030 e para 700 milhões em 20452. Além disso, 1 em cada 3 pessoas não são diagnosticadas3 e seguem correndo risco de desenvolver complicações sérias e de alto custo. O diabetes ainda pode causar o aumento da glicemia, que em as altas taxas pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nervos. Em casos mais graves, o diabetes, quando não controlado, pode levar à morte.4

 

Sanofi

 

 

Referências

 

  1. Notas de esclarecimentos da Sociedade Brasileira de Diabetes sobre o coronavírus (COVID-19). Disponível em: https://www.diabetes.org.br/notas-de-esclarecimentos-da-sociedade-brasileira-de-diabetes-sobre-o-coronavirus-covid-19/. Acesso em 19 de abril de 2021.
  2. Diabetes Atlas 9th edition. International Diabetes Federation. Disponível em https://www.diabetesatlas.org/upload/resources/2019/IDF_Atlas_9th_Edition_2019.pdf - última edição. Acesso em 16 de abril de 2021.
  3. ATLAS IDF 2021 – Diabetes no Mundo. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/publico/images/Atlas_IDF_2019.pdf. Acesso em 19 de abril de 2021.

4.   Diabetes (diabetes mellitus): Sintomas, Causas e Tratamentos. Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes#:~:text=Diabetes%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a%20causada,das%20c%C3%A9lulas%20do%20nosso%20organismo. Acesso em 15 de abril de 2021


76% das grávidas sentem enjoos ou náuseas, aponta estudo

 

O percentual é ainda maior entre as mulheres dos 18 aos 34 anos.


Não existe um consenso científico sobre os motivos que levam as gestantes a sentir enjoos ou náuseas. Porém, é sabido que as rápidas alterações hormonais do início da gravidez desempenham um papel importante neste quadro. Apesar de ser comum as grávidas sentirem enjoos ou náuseas durante a gestação, nem todas apresentam este quadro. 

Conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 76% das brasileiras sentem ou sentiram enjoos durante a gravidez. Principalmente as mulheres dos 18 aos 34 anos, pelo menos 80% delas. Além disso, as mulheres que já são mães, 85%, sentem ou sentiram mais enjoos ou náuseas, do que as que ainda não são, 58%.

Os dados por estado demonstram que Roraima é o estado em que mais gestantes sentem enjoos ou náuseas, com 90% das participantes. No Distrito Federal e no Rio de Janeiro, 83% e 81%, respectivamente, passam por esse estágio. Já no Espírito Santo e em São Paulo, pelo menos 76% sentem enjoos. Enquanto o Amapá é o estado com menos relatos de enjoos ou náuseas, com 68% das entrevistadas.

As náuseas e os enjoos podem afetar diretamente a qualidade da alimentação das gestantes, e conforme também demonstrou nosso estudo, 71% das brasileiras tiveram sua alimentação impactada por causa dos enjoos e náuseas. Principalmente as mulheres dos 45 aos 49 anos, 84% delas, e dos 18 aos 24 anos, com 73% das participantes.


Prisão de ventre nunca mais! Conheça alimentos que favorecem o funcionamento do intestino

Freepik
Nutricionista da Superbom destaca como o consumo de fibra pode evitar o desconfortos


Embora seja um dos sintomas relacionado a algumas doenças digestivas e distúrbios intestinais, a prisão de ventre geralmente está ligada à alimentação. Comum em várias idades, esse desconforto é decorrente de diversos fatores, como o baixa ingestão de fibras, pouca ingestão de líquidos, sedentarismo, além do consumo excessivo de proteína animal e de produtos industrializados. Segundo a Sociedade Brasileira de Coroproctologia, cerca de 30% dos brasileiros sofrem com esse incômodo abdominal.

Segundo Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom , empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, consumir alimentos ricos em fibras e beber muita água facilita o bom funcionamento do intestino. "O intestino é o órgão responsável por absorver os nutrientes dos alimentos que ingerimos e eliminar aquilo que não será utilizado pelo corpo. A falta de líquido pode tornar o percurso mais difícil, pois a água dos alimentos será absorvida para a manutenção das funções vitais, consequentemente, deixando as fezes mais secas. Além disso, as fibras tem papel importantíssimo para o bom funcionamento intestinal, pois, contribuem para a formação do bolo fecal e também alimentam as bactérias boas que facilitam o processo", explica.

De acordo com a especialista, a constipação pode ser causada pelo consumo excessivo de açúcar e gordura, além da falta de exercícios físicos. Pensando nisso, ela separou cinco alimentos que ajudam o trabalho do sistema digestivo e garantem melhora nas complicações intestinais. Confira:

• Cereais integrais: "Em sua forma natural ou como farinha, arroz integral, aveia, trigo e granola são componentes que podem auxiliar no combate a prisão de ventre e até mesmo o câncer de intestino", menciona. As fibras desses alimentos nutrem as bactérias intestinais e estimulam os movimentos peristálticos, favorecendo a eliminação de substâncias tóxicas.

• Sementes: a linhaça e chia concentram um tipo de fibra que tem capacidade de absorver água e não soltar mais. Assim, é muito mais fácil evacuar, pois será exigido menos esforço. "Também é importante ingerir muita água junto com esses alimentos, para que eles consigam desempenhar sua função", destaca Cyntia.

• Ameixa: Muito conhecida por suas atribuições laxativas, a ameixa é rica em fibras e contém substâncias que absorvem mais água do organismo. "Sua ingestão acelera o trânsito intestinal", aponta.

• Maçã: "Conhecida por auxiliar na reversão dos quadros de diarreia, a maçã quando ingerida com a casca facilita o trabalho do sistema digestivo", ressalta a especialista. Alimentos cozidos costumam não apresentar resistência na digestão, por isso é importante a ingestão daqueles que podem ser consumidos crus e com casca.

• Mamão: Essa fruta possui uma enzima que auxilia a digerir proteínas e acelerar o percurso do bolo fecal. "O mamão proporciona grandes melhorias na absorção de nutrientes e é excelente para diminuir a constipação. Consumir ¼ dessa fruta por dia já é capaz de melhorar o quadro", finaliza Cyntia.


Transplante de fezes: o recomeço de uma vida

Procedimento, que consiste em colonizar novamente o organismo com bactérias saudáveis, traz mais qualidade de vida para autistas, depressivos e pessoas que tiveram a microbiota intestinal destruída pelo uso excessivo de antibióticos


O transplante de fezes é um dos assuntos abordados pelo farmacêutico, bioquímico e pós-doutor em microbiologia, Alessandro Silveira, em seu livro “O lado bom das bactérias – O poder invisível que fortalece sua defesa natural para ter uma vida mais feliz e longeva”, recém-lançado pela Editora Gente. Trata-se de intervenção externa empregada em casos específicos, por exemplo, quando o uso recorrente de antibióticos causou estragos permanentes às bactérias do intestino de um indivíduo. “A premissa do transplante de fezes é retirar todas aquelas bactérias prejudiciais e fazer uma nova colonização com a microbiota boa”, explica Silveira.

É preciso, antes de tudo, conforme o pós-doutor em microbiologia, esclarecer a importância das bactérias boas presentes no organismo humano para o bom funcionamento do sistema imunológico. A microbiota intestinal, especificamente, é a responsável por formar uma barreira no órgão, que impedirá a ação de microrganismos nocivos capazes de gerar inflamações e doenças.

A alimentação saudável – restringindo industrializados e ultraprocessados, ricos em açúcar – é um dos fatores chave para alimentar as bactérias boas do organismo, que contribuem para a promoção de saúde. Entretanto, alimentar-se de maneira adequada e mudar o estilo de vida (ter bom sono, praticar exercícios físicos, evitar stress etc.) exige mudança de hábitos e leva algum tempo para que ocorra a colonização por bactérias adequadas. Nesses casos o transplante de fezes é uma boa opção.

Antes de tudo, para realizar o procedimento, é necessário encontrar um doador. Ele precisa ter um perfil bacteriano específico. Não à toa, o mais comum é escolher familiares pois são pessoas cujo histórico de vida é conhecido ficando mais fácil atestar saúde. Mesmo assim, é preciso provar que tem a microbiota saudável. Se nasceu de cesárea ou parto normal, qual a dieta alimentar, o histórico de doenças, se exames detectaram hepatite, HIV, rotavírus, giardia e outras parasitoses, tudo isso será levado em conta para classificar a pessoa como um doador. 

O procedimento, apesar de simples, só pode ser realizado após indicação clínica e sob supervisão médica direta. Um dos modos de fazer o transplante é por meio de uma colonoscopia: as fezes do doador (preparadas por um microbiologista) são colocadas em um mixer e diluídas no soro e posteriormente borrifadas, através de uma seringa, nos intestinos grosso e delgado durante 30 minutos. O pós-doutor em microbiologia informa que o procedimento apresenta resultados instantâneos.

Até por isso já é usado em muitos países como coadjuvante no tratamento de diversas doenças tais como obesidade, doenças crônicas, depressão, TDAH, autismo e obesidade, Na Europa, por exemplo, alguns consórcios já trabalham com banco de fezes. Por sua vez, no Brasil, este procedimento é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas para tratamento de infecção por Clostridioides difficile, bactéria responsável por doenças gastrointestinais associadas a antibióticos, que variam desde uma diarreia até uma colite pseudomembranosa.

Entusiasta do transplante de fezes, Silveira defende o uso do procedimento no Brasil para tratamento de outras doenças, além das causadas pela Clostridioides difficile, assim como ocorre na Europa, por exemplo. Conforme o pós-doutor em microbiologia, isso seria simples de ocorrer, desde que houvesse uma forte regulamentação, obedecendo critérios rigorosos para a seleção dos doadores. “Para doar sangue é preciso, inicialmente, responder um longo questionário e, depois de aprovado, passar por exames de sangue. Por que não podemos ter um protocolo semelhante para o transplante de fezes?”, indaga.

O pós-doutor em microbiologia explica que, mesmo não sendo regulamentado pela Anvisa, o transplante de fezes não é proibido no Brasil, desde que seja recomendado e avalizado por um médico. Silveira conhece algumas pessoas que fizeram e obtiveram bons resultados com o procedimento. É o caso de um amigo médico neurologista, que já defendia a utilização do intestino como ferramenta de intervenção para problemas neurológicos, e decidiu avaliar os benefícios do transplante de fezes em si próprio, com o aval de seu gastroenterologista.

O neurologista apresentava sintomas relacionados a uma microbiota doente, tais como insônia, TDAH, intestino irritável e resistência insulínica – apesar de não ser diabético, sua glicose em jejum era alta. Fez inúmeras tentativas para diminuir a inflamação intestinal, tais como a prática de atividade física e a ingestão de alimentos probióticos e prebióticos, nenhuma intervenção foi bem-sucedida.

Sabia que o seu problema era o microbioma, porque o seu histórico de vida apontava para isso. Seu parto fora realizado por cesárea, na infância havia consumido muitos antibióticos para combater constantes inflamações de ouvido e seus refluxos foram sempre combatidos por altas doses de Omeprazol. Tudo isso fez o neurologista optar pelo transplante de fezes, que resultou, segundo ele, em uma inversão inacreditável de seu microbioma. Além da inflamação diminuir, seu intestino começou a funcionar normalmente, o sono melhorou, a glicose voltou o lugar e sua mente ficou mais focada.

Não obstante os ótimos resultados, Silveira pondera que o transplante de fezes não pode ser visto como uma salvação milagrosa. Conforme o autor do livro “O lado bom das bactérias”, o procedimento funciona como se a pessoa estivesse reiniciando o sistema operacional do computador. “A transferência de bactérias vivas traz um resultado efetivo, mas fugaz. Trata-se de uma estratégia para ser empregada em momentos pontuais, mas não se pode e bem deve depender dela para uma vida mais saudável”, afirma. Nesse sentido, o procedimento é uma nova chance para rever e mudar os hábitos cotidianos. “Somente adotando um estilo de vida mais saudável será possível obter resultados duradouros”, garante.

 



Dr. Alessandro Silveira - Graduado em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Ciência Médicas pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e pós-doutor em Análises Clínicas, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é professor titular de Microbiologia Clínica para os cursos de Medicina, Farmácia e Biomedicina da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), em Santa Catarina. Desempenha, ainda pela FURB, as funções de consultor técnico de Microbiologia Clínica e Bacteriologia Clínica e coordenador do curso de Especialização em Bacteriologia Clínica. Atua também como coordenador de Microbiologia Clínica da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM), gestor da Microbiologia do Ghanem Laboratório de Joinville e consultor de Microbiologia Clínica e Molecular na DASA. Suas linhas de pesquisa incluem a análise metagemônica do microbioma intestinal e a detecção da diminuição da susceptibilidade de Staphylococcus aureus à vancomicina.

 

 

Ficha Técnica

Título: O lado bom das bactérias

Subtítulo: O poder invisível que fortalece sua defesa natural para uma vida mais feliz e longeva

Autor: Alessandro Silveira

ISBN: 978-65-5544-071-3

Gênero: Desenvolvimento pessoal/Bem-estar/Saúde


Cólicas no bebê: o que devo fazer?


As cólicas podem ter várias causas diferentes. Compreender esses gatilhos é um passo importante para diminuir a frequência desses quadros
 

 

Não há nada mais normal na rotina dos bebês do que as crises de choro. Para os pais, elas são motivo de desespero e dúvida, afinal, como diferenciar cólica de bebê, de fralda suja? A pediatra da Maternidade Brasília Sandi Sato dá algumas dicas que vão ajudar a descobrir se é cólica ou não, e a trazer alívio para essa fase da infância.

As cólicas nos primeiros meses de vida são muito comuns e estão associadas a vários fatores. Elas podem significar imaturidade gastrointestinal ou do sistema nervoso, intolerância a algum alimento ou até mesmo questões externas. Trata-se de um processo natural do desenvolvimento da criança, sem maiores agravantes. Essa etapa exigirá apenas cuidado e paciência. Vale lembrar que as cólicas em bebês são autolimitadas, ou seja, passam logo, logo, com o crescimento da criança.


Como saber se o bebê está com cólica?

Essa é uma dúvida comum que deixa as famílias desnorteadas, mas que encontra boas respostas tendo a observação como uma aliada. O choro é o principal recurso linguístico dos bebês, é a forma com que eles se comunicam, como mostram que algo de errado está acontecendo.  Portanto, choro intenso é, sim, um alerta vermelho, mas é preciso traduzi-lo. Um bebê com cólica costuma chorar muito, mas o bebê com fralda suja também, assim como com fome ou frio. Dessa forma, essas outras pequenas causas devem ser descartadas antes de diagnosticar a cólica. Se mesmo assim o choro persistir, talvez seja a hora de consultar um médico ou colocar em prática algumas dicas. 


O que causa cólica nos recém-nascidos?

Identificada a doença, o próximo passo é investigar o que agrava o sintoma em cada bebê. É exatamente aqui que o pediatra é tão fundamental. Afinal, a dor causada pela cólica não tem nada de anormal, mas alguns fatores a acentuam. Nesses casos, é provável que uma pequena mudança na rotina alimentar da criança ou da mãe traga mais conforto para a fase.

As cólicas do lactante acontecem tanto para os bebês que se alimentam de leite materno quanto para aqueles que já iniciaram a alimentação na mamadeira. No entanto, algumas fórmulas causam quase que o dobro do risco de cólicas, o que exige cuidado redobrado. Desse modo, evite iniciar qualquer fórmula ou alimentação sem instruções adequadas e acompanhe o tempo de adaptação. Pode acontecer também, embora mais raro, de o leite materno conter substâncias que não fazem bem ao bebê. Caso isso ocorra, é provável que a orientação médica seja uma dieta específica para as mães durante a amamentação.

Dicas de como aliviar cólica de bebê

    Segure o bebê no colo e coloque-o de barriga sobre a barriga da mãe. O contato direto e aproximado tranquiliza a criança, reduzindo a sensação de dor. 

    Enrole o bebê em uma manta ou um cobertor e mantenha-o bem aquecido.

    Faça a posição de cócoras na horizontal. Para isso, basta flexionar as coxas do bebê contra sua barriga, com calma e leveza, similar a uma massagem.

    Dê banho morno ou faça compressas de água quente na barriga também ajudam bastante.

    Evite locais barulhentos ou repletos de estímulos como luz ou pessoas.

    Não utilize nenhum medicamento, chás ou substâncias que não tenham sido prescritos pelo pediatra como adequados para cólica de bebê.


Massagem

Massagear o abdome do neném é muito simples e benéfico, já que não só reduz a dor como acalma a criança. Há alguns movimentos que favorecem as atividades intestinais. Experimente mover os dedos no sentido horário ao redor do umbigo do bebê; faça isso com suavidade e uma leve pressão. 


Banho de ofurô

Parece chique, não é mesmo? Porém, a prática é muito simples e pode ser um momento de cuidado e carinho com o bebê. Basta imergir a criança, até os ombros, em água morna; pode ser feito em uma banheira ou balde. A ideia é que o bebê fique seguro na posição e consiga relaxar. A teoria dessa prática é criar um ambiente semelhante ao útero da mãe, sensação que os bebês adoram.


Jamais esqueça

Cólicas em recém-nascidos são passageiras. Assim, procure ter paciência e não recorra a medicamentos não indicados pelo médico nem às chupetas. Essas práticas podem ser muito prejudiciais à criança.

 

Apneia Obstrutiva do Sono: você sabe identificá-la?

Especialista do Grupo São Cristóvão aponta os principais fatores para identificar a síndrome AOS, como tratá-la e preveni-la

 

Uma boa noite de sono é reconhecida por décadas como um processo vital para o organismo manter as condições fisiológicas internas, além de influenciar em nossa disposição, humor e na atenção durante a execução de tarefas. A emissão de barulhos durante a noite, somados a dores de cabeça, sonolência e recorrentes despertares, podem não ser apenas coincidência.

A Apneia Obstrutiva do Sono - AOS, compreende situações em que há obstrução parcial ou total das vias respiratórias durante o sono. "É quando por alguma razão o ar inspirado pelo nariz ou pela boca não chega na traqueia para alcançar os pulmões. Quando a obstrução das vias aéreas inferiores é parcial, ocorre uma hipopneia. No caso de fechamento total com duração acima de 10 segundos, é considerada apneia e há riscos de paradas respiratórias enquanto o indivíduo dorme", esclarece o otorrinolaringologista do Grupo São Cristóvão, Dr. Luiz Augusto de Lima e Silva.

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), revela pelo menos cerca de 40 a 60% da população adulta com distúrbios de sono. Porém, nem todos os indivíduos que roncam possuem AOS: a apneia e hipopneia acometem com maior frequência indivíduos na fase adulta, com obesidade, retrognatas, de pescoço curto ou alterações anatômicas nas vias aéreas superiores, relata Dr. Luiz Augusto.

Além disso, engana-se quem pensa que as crianças não têm esse transtorno. "Infantes com dificuldade de mamar, mastigar ou engolir um alimento sem interromper a respiração, ou com sono agitado, podem estar com hipopneia", destaca o especialista. Como quadros de rinite, sinusite ou resfriados também podem dificultar a respiração, é importante observar menores de idade e investigar outros sintomas, como falta de apetite.

De acordo com o otorrino, o tratamento depende de um diagnóstico etiológico, ou seja, para detectar a origem da apneia. Para isso, será preciso iniciar com uma boa anamnese e exame físico, seguidos de exames complementares, como polissonografia, eletrocardiograma, tomografia computadorizada e mais recentemente o exame de endoscopia do sono, sendo este uma nasofibroscopia realizada com o paciente sedado, em ambiente hospitalar e acompanhado por um anestesista.

É de extrema importância zelar pela saúde e observar tais características em seu cotidiano e de seus familiares. Assim, com diagnostico fechado, "o tratamento pode ser desde o uso do cepap, próteses orais e cirurgias, inclusive a robótica", enfatiza Dr. Luiz. Desse modo, riscos como arritmias cardíacas, hipertensão, diabetes e sonolência diurna, grande causadora de acidentes, poderão ser cessados. "Evitar ganho de peso, fumo, bebidas alcoólicas e dormir logo após o jantar também são métodos preventivos", finaliza o médico.

Sendo assim, converse com seu parceiro(a) e família e ao menor sinal, agende uma visita ao médico capacitado. Cuidando de sua saúde e bem-estar, sua qualidade de vida quanto indivíduo aumenta proporcionalmente.

 


Grupo São Cristóvão Saúde


Asma: 5 medidas para manter a doença sob controle

Imagem: Rawpixel
Brasil é o 8º país no ranking mundial de prevalência da asma, que não tem cura

 

Chiado, tosse seca, falta de ar, sensação de pressão no peito: esses são alguns dos sintomas mais comuns da asma, que interferem diretamente na qualidade de vida dos pacientes. 

 

A doença, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, ficou sob os holofotes nos últimos dias, por conta do falecimento do ator Paulo Gustavo, em decorrência de complicações da Covid-19. 

 

Paulo tinha uma forma leve de asma e, segundo especialistas, a doença estava controlada e não teve qualquer interferência na piora do quadro do artista. Aliás, esse é um dado que vem sendo constantemente reforçado: em suas formas mais leves, a asma não é considerada uma comorbidade para quadros graves de Covid-19. 

 

No entanto, a asma por si só também pode ser fatal. Aproximadamente 250 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência da doença, que é crônica, ou seja, não tem cura, mas pode ser mantida sob controle, com o alívio e até mesmo o desaparecimento dos sintomas. 

 

Além do uso da medicação correta, indicada pelo pneumologista, e o acompanhamento adequado, o paciente asmático também pode adotar uma série de medidas preventivas que ajudam a manter o quadro bem controlado e evitar crises. Reunimos abaixo 5 dicas, confira!

1) De olho no peso corporal

Diversos estudos demonstram que indivíduos obesos ou com sobrepeso e que tinham asma sentiram uma grande melhora do quadro ao reduzir o peso corporal. 

 Ainda não se sabe exatamente como isso se associa, mas tudo indica que a predisposição do estreitamento dos brônquios em indivíduos obesos pode ser a chave.  

Além disso, a inflamação do tecido adiposo pode aumentar a resposta inflamatória nas vias aéreas, estimulando o surgimento de crises de asma. 


2) Cuidado com o mofo

O mofo pode desencadear sérias crises de asma até mesmo em quem tem a doença controlada. Portanto, é preciso todo o cuidado e prevenção para evitar o aparecimento do problema. 

“É crucial manter a correta higiene e ventilação dos ambientes da casa. Além disso, é preciso deixar ventilar armários e guarda-roupas, que também podem acumular mofo. Caso o mofo já tenha se instalado, a remoção deve ser realizada com o uso de produtos específicos para este fim, que eliminam os fungos com segurança”, explica a CEO da Aya Tech e engenheira química, Fernanda Checchinato. 

 

A empresa de Fernanda criou uma linha específica para este fim, a Microbac, que tem como objetivo auxiliar na manutenção de um ambiente mais saudável e livre de fungos. 


3) Cuidados com a intensidade dos exercícios físicos

As práticas físicas são excelentes para manter o corpo saudável e os pulmões em dia. No entanto, os treinos realizados por pessoas que não têm o quadro controlado podem causar crises de asma. 

 

Isso ocorre por conta da desidratação das vias aéreas e do aumento do fluxo de ar, e pode piorar por causa da variação de temperatura também nas vias aéreas. 

 

Para diminuir o impacto, é preciso se hidratar bem e exercitar-se prestando atenção às respostas do corpo. O uso de broncodilatadores antes das atividades pode ser recomendado, mas isso vai depender diretamente do quadro individual de cada paciente. 


4) Xô, cigarro!

Cigarro e asma definitivamente não combinam. A fumaça do cigarro é muito prejudicial aos asmáticos, até mesmo se o doente não for fumante. 

 

Ela pode agravar seriamente os sintomas e aumentar a inflamação dos brônquios, tornando mais difícil o controle da doença. Além disso, a pessoa asmática tabagista tende a perder progressivamente a função pulmonar, e conta com risco maior de mortalidade. 


5) Tudo sempre limpo 

Poeira, ácaros, pelo de animais: esses elementos podem desencadear crises alérgicas, que pioram o quadro de asma. Portanto, mantenha o ambiente sempre limpo, livre de pó. 

 

Aspire sofás e tapetes diariamente, lave as cortinas com frequência e troque a roupa de cama ao menos duas vezes por semana. Essas são medidas simples mas de grande valia para controle da asma. 




Aya Tech

www.aya-tech.com.br


O caminho das infecções hospitalares pode começar na boca

Nesses casos, são os cirurgiões-dentistas que também salvam vidas, auxiliando na recuperação e reabilitação dos pacientes


A missão do Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares (15/5) passa pelas mãos de pouco mais de 600 cirurgiões-dentistas que atuam em hospitais no estado de São Paulo. Esses profissionais lidam diariamente contra doenças que podem se originar na boca e agravar o quadro dos pacientes em leitos hospitalares, seja em enfermarias ou nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Em meio à pandemia da Covid-19, o desafio do cirurgião-dentista é ainda maior entre os trabalhadores da Saúde por atuarem diretamente na cavidade oral dos pacientes infectados. 

Enquanto antes do novo coronavírus, a atuação dos profissionais de Saúde Bucal chegou a reduzir em até 56% as infecções respiratórias nas UTIs, segundo dados de 2018 da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), hoje, o cuidado odontológico se faz ainda mais necessário. “A pandemia trouxe vários desafios aos profissionais de Saúde e, muito mais, ao cirurgião-dentista pelo contato direto que temos com a boca e a via respiratória. Sabemos da relação entre o aumento do tempo de internação e a piora da saúde bucal em qualquer paciente hospitalizado. O que nos chama atenção nos infectados pelo Sars-CoV-2 é o aumento do tempo de permanência em UTI e da necessidade da intubação orotraqueal com ventilação mecânica, o que ocasiona lesões orais traumáticas, por conta da presença dos mantenedores de vida, assim como infecções oportunistas orais e lesões orais inespecíficas. Ou seja, o paciente permanece mais tempo em UTI, intubado por longos períodos, muitas vezes pronado (quando colocado de bruços para melhor ventilação pulmonar), e com muitas demandas odontológicas”, explica Juliana Bertoldi Franco, cirurgiã-dentista que integra as câmaras técnicas de Odontologia Hospitalar e de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).


Riscos evitados pelo cirurgião-dentista hospitalar

Pneumonia associada à ventilação (PAV) - nos casos de intubação, sangramentos, ressecamento dos lábios e da mucosa oral, quadros de babação, traumas orais por mordedura e candidíase oral são algumas das condições que podem ser diagnosticadas e tratadas pela Odontologia Hospitalar. Mas o cenário, assim como nos demais departamentos de Saúde diante da crise sanitária, não é favorável. Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) somam quase 24 mil leitos de UTIs em todo o estado de São Paulo, uma proporção de cerca de 40 leitos para cada cirurgião-dentista habilitado em Odontologia Hospitalar. 

Juliana também é cirurgiã-dentista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, atua no Hospital Auxiliar de Suzano e no Instituto Central, além de coordenadora Clínica da Assistência Odontológica em UTI, e tem visto de perto os esforços para atender todos esses pacientes. “Dentro do hospital, o cirurgião-dentista atua em equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, assistentes sociais e farmacêuticos. O entendimento das ações de cada um é primordial para os melhores resultados conjuntos e, quando temos profissionais da Odontologia realizando ou treinando o time de especialidades sobre procedimentos orais à beira leito, temos inúmeros benefícios ao paciente, em qualquer cenário, durante a internação”, afirma.


O caminho da infecção

“A cavidade oral é o começo de dois importantes sistemas do corpo humano: o respiratório e o digestivo. Nosso objetivo é o diagnóstico de infecções odontogênicas, ou seja, de origem dentária ou periodontal, e a remoção através dos procedimentos odontológicos, auxiliando na melhora clínica do quadro geral do paciente, na reabilitação e na prevenção de outras infecções”, conta Juliana. Ou seja, por mais que a infecção esteja localizada em um dente ou no tecido periodontal, como é chamada toda a parte que dá suporte aos dentes, ela pode ser disseminada pelo sangue e modificar todo o curso do tratamento médico ou até agravar as condições do paciente. Isso quer dizer que mesmo a boca sendo a entrada para os sistemas respiratório e digestivo ela também pode oferecer condições para a piora de outras patologias devido à produção e liberação de toxinas bacterianas e mediadores inflamatórios.

Até 2019, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a taxa de infecção hospitalar atingiu 14% das internações no Brasil. O número pode mudar consideravelmente com os registros da pandemia. Por isso, a presença dos profissionais da Odontologia Hospitalar é tão fundamental, atuando na prevenção das infecções hospitalares e no tratamento dos agravos decorrentes da longa hospitalização. Ainda que sejam poucos, eles trabalham todos os dias para salvar vidas e, consequentemente, resgatar verdadeiros motivos para sorrir.



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

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