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sábado, 17 de abril de 2021

Instituto de Cosmetologia desenvolve filtro para proteger a pele da radiação das luzes emitidas por telas

Diante do aumento da exposição às telas de computadores, smartphones e celulares durante a pandemia, pesquisadores criaram um produto capaz de bloquear os raios que causam envelhecimento precoce e manchas


Durante a pandemia, as recomendações para o isolamento social intensificaram o trabalho em home office, as aulas virtuais, os encontros a distância e, com isso, aumentaram de forma significativa o tempo em que se passa diariamente diante das telas dos celulares, dos computadores e também da televisão. Estes equipamentos eletrônicos, observa o especialista em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Lucas Portilho, emitem luzes que, entre outros danos, enfraquecem as células responsáveis por sintetizar colágeno e elastina. “Este enfraquecimento resulta no envelhecimento precoce da pele”, pontua. Segundo o especialista, da mesma forma em que se utilizam filtros solares como medida efetiva para proteção contra os efeitos danosos dos raios UVA e UVB, é essencial aplicar uma barreira que bloqueie as luzes emitidas pelos monitores. À frente de uma equipe de formuladores, Portilho desenvolveu o Sérum antiluz de telas. Específico para ambientes indoor, o produto é inovador por oferecer proteção não apenas contra a radiação azul, como os filtros que estão no mercado, mas também sobre as luzes verde e vermelha, que provocam efeitos devastadores na pele. 

Dados pré-pandemia mostram que as pessoas passavam 3,2 horas diárias, em média, utilizando celulares. “Por estarmos mais em casa, o período de uso do aparelho aumentou bastante de um ano para cá”, observa Lucas Portilho. “Hoje, 84% dos usuários de smatphones também assistem simultaneamente à televisão, o que intensifica, significativamente, o tempo de exposição às radiações emitidas por estes equipamentos”, exemplifica. 

Os efeitos da exposição às luzes azul, verde e vermelha provenientes das telas de celulares, computadores e TV mereceram estudos científicos na fundação francesa Gattefossé. Simulando as radiações emitidas pelos equipamentos eletrônicos, pesquisadores comprovaram que o organismo se ressente com a ação de enzimas que degradam o colágeno e a elastina. Da mesma forma, a formação de radicais livres aumenta e provoca inflamações cutâneas. Também as mitocôndrias, que atuam como usinas de energia das células da pele, sofrem danos quando em contato excessivo com essas luzes. 

Entre outras consequências da exposição à luminosidade emitida pelas telas dos aparelhos eletrônicos, Portilho destaca a menor produção de colágeno e elastina que levam ao enfraquecimento e envelhecimento precoce da pele. “As manchas são outro agravante relacionado à exposição excessiva da radiação das telas. As que são causadas por inflamação, potencializam-se diante desse tipo de luz. Também as pessoas que fazem procedimentos estéticos, que têm acne inflamatória, deveriam se proteger ainda mais dessa exposição”, afirma. O especialista considera ainda os danos oxidativos desta radiação ao DNA. 

Para os efeitos nocivos dos raios UVA e UVB, a ciência comprova e investe na eficiência dos filtros solares. Alguns produtos, destaca Portilho, já oferecem proteção com as luzes azuis dos equipamentos eletrônicos. “O desafio, em tempos de pandemia, é fazer com que as pessoas usem os filtros também dentro de casa”, diz. Não menos desafiante foi a tarefa à qual o especialista se lançou com sua equipe. “Consideramos que era preciso desenvolver um produto que oferecesse proteção não apenas contra os raios azuis, mas que fosse eficiente também para as luzes verde e vermelha emitidas pelos aparelhos”, afirma. 

A partir de intensas pesquisas, o especialista formulou o Sérum antiluz de telas, com tecnologia que protege os fibroblastos da pele, garantindo proteção contra a degradação do colágeno e da elastina. 

O sérum é formulado com diversos ativos. Um deles é o Raykami, obtido de uma planta chamada Artemisia capillaris, proveniente do norte do Japão, onde se localiza uma das últimas florestas primordiais do Planeta. Cultivada na região de Shirakami, a planta é produzida a partir de métodos ancentrais, alinhados com conceitos de agricultura orgânica. 

O produto desenvolvido pela equipe de Lucas Portilho pode ser formulado em farmácias de manipulação. “Diante dos efeitos danosos da luminosidade dos equipamentos eletrônicos sobre a pele, nunca é demais ressaltar que o uso do protetor em casa não é desperdício”, conclui o especialista.


Nutrição capilar é o tratamento ideal para seu cabelo? Expert ensina quando é hora de nutrir os fios

Tratamento combate o ressecamento, reduz o frizz, previne pontas e dá brilho aos fios


Muitas pessoas se aventuraram em pintar e cortar os cabelos no famoso estilo "faça você mesmo" e se divertiram com as mudanças - tendo ou não resultados positivos - na quarentena. Mas, quanto aos cuidados como hidratação e nutrição, apesar de produtos e receitas caseiras, nem sempre o resultado esperado é alcançado, e os fios danificados pelos processos químicos e ação do tempo deixaram de receber os cuidados necessários, entre eles a nutrição.

Marina Marques, terapeuta do Fil Hair & Experience, explica que a nutrição capilar é um procedimento para todo tipo de cabelo, indicado principalmente para quem tem química nos fios, podendo ser tintura, descoloração e alisamento. "Particularmente, prefiro não fazer tratamento aplicando óleos diretamente nos fios. Costumo fazer um combinado dos nutrientes e demais substâncias necessárias, de acordo com o que o cabelo de cada cliente demanda", revela.

Além de combater o ressecamento dos fios, o tratamento reduz o frizz, traz brilho ao cabelo, previne as terríveis pontas duplas, e sela os fios prolongando os efeitos da hidratação feita. Para quem quiser experimentar em casa, Marina diz que as melhores máscaras são das linhas L'Oréal, Wella e Schwarzkopf. Para cabelos ressecados, ela indica o óleo da Phyto, que é um elixir botânico do couro cabeludo.

Por fim, a especialista alerta para receitas caseiras "não acredito que a gema do ovo faça realmente efeito, por exemplo". Se for o caso de nutrir em casa, procure pelas máscaras de marcas conhecidas no mercado ou converse com um especialista de confiança para saber o que funcionaria melhor para o seu cabelo. É fundamental conhecer os fios para saber do que o cabelo precisa, considerando o histórico capilar e as próximas aventuras para cuidar e preparar os fios.




Fil Hair & Experience
www.filmyhair.com

Instagram: @filmyhair


sexta-feira, 16 de abril de 2021

Fique ligado: com a suspensão dos postos de drive-thru em SP, Quicko app mostra pontos de vacinação contra Covid-19 na cidade

 20 postos desativados devem ser reativados no dia 21 de abril, quando está previsto o início da vacinação para pessoas de 66 e 65 anos; Quicko App mostra todos os pontos ativos de vacinação

 

A Prefeitura de São Paulo suspendeu nesta semana a vacinação em 20 pontos drive-thru na cidade. A campanha continua acontecendo normalmente nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos 17 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e nos três centros-escola.

Para ter sempre em mãos as informações corretas sobre os principais postos de vacinação, é possível utilizar o Quicko App, que conta com um Mapa da Vacinação na cidade de São Paulo. Em uma única plataforma, a Quicko reúne informações sobre pré-cadastro, endereços e horários dos postos de vacinação, além do calendário por faixa etária. Ajudando ainda o usuário a chegar no local de forma mais rápida e segura, usando transporte público, bicicletas, a pé ou por carros de aplicativo. O Mapa de Vacinação no app da Quicko mostra a unidade de vacinação mais próxima, com a indicação dos melhores trajetos para chegar lá.

A ferramenta do já está disponível para o sistema Android. Em breve, os usuários de iOS passarão a contar com a novidade no app.  

A Quicko é a primeira plataforma de Mobility as a Service (MaaS) 100% brasileira. O App da Quicko reúne em uma só plataforma serviços de transporte e conveniência para os usuários de diversas cidades do Brasil, proporcionando uma jornada mais inteligente, fácil e segura.


Ferramentas que ajudam na luta contra a Covid-19

O Quicko App está disponível para Android e iOS e pode ser uma ferramenta muito útil na luta contra a pandemia, além de facilitar a vida do usuário de transporte público. Com ele, as pessoas podem conferir o horário em que o ônibus vai passar e assim não precisam ficar expostas ao risco de contaminação esperando nos pontos. Eles ainda podem favoritar as linhas que mais utilizam e acessar as informações de forma rápida e fácil.

O aplicativo também reúne na Central de Notificações todas as notícias importantes para quem se desloca pelas cidades e envia alertas sobre mudanças na operação ou qualquer outro problema que afete o seu caminho.

Outra ferramenta que ajuda na movimentação diária é o “Reporte do Usuário”, em que as pessoas podem reportar problemas, como lotação, atraso ou lentidão, parada inesperada, além da possibilidade de avaliar o motorista e as condições do veículo, entre outras categorias, ajudando, de forma colaborativa, os outros usuários.

Mais um diferencial do aplicativo é a Central de Benefícios, em que os usuários do Quicko APP podem aproveitar ofertas e descontos exclusivos de parceiros.

Com foco na segurança, o Quicko App conta ainda com a função de compartilhamento de rota. Com ele, você pode enviar para parentes ou amigos as informações do seu trajeto, como horário e local de embarque, o modal utilizado e o lugar e a hora de chegada.

Em São Paulo e em Salvador, os usuários podem comprar créditos para o Bilhete Único (SP) e o cartão CCR Metrô Bahia (Salvador), diminuindo riscos de contaminação, já que não precisarão ter contato com outras pessoas nas filas, bilheterias ou máquinas de autoatendimento.

 


QUICKO 

http://www.quicko.com.br


Hemofilia: doença rara atinge mais de 12 mil brasileiros

No Dia Internacional da doença, especialistas esclarecem os sintomas mais comuns, além do tratamento para a enfermidade

 

Neste sábado, 17 de abril, é lembrado o Dia Internacional da Hemofilia, doença rara que atinge 12.983 pessoas no Brasil, segundo dados de 2020, do Ministério da Saúde. O país é a quarta maior população mundial de pacientes com o problema, conforme a World Federation of Hemophilia (Federação Mundial de Hemofilia, tradução livre).

A Hematologista da Oncoclínicas Brasília, Marina Aguiar, explica que há a hemofilia tipo A (decorrente da falta do Fator VIII da coagulação e mais comum) e tipo B (decorrente da falta do Fator IX da coagulação e mais rara) cadastrados. "A hemofilia é um distúrbio hemorrágico hereditário que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se geralmente no sexo masculino", complementa.

Ela explica que a hemofilia A, representa cerca de 80% de todos os casos, e é uma deficiência do fator de coagulação VIII, já a hemofilia B é uma deficiência do fator de coagulação IX.



Sintomas

O principal sintoma, segundo a médica, é a hemorragia excessiva. "Ela pode ocorrer em uma articulação ou músculo, dentro do abdômen ou da cabeça, ou devido a cortes, procedimentos odontológicos ou cirurgia", pontua a especialista, que também atua no Hospital Anchieta de Brasília. "Uma criança com hemofilia sofre facilmente equimoses na pele", acrescenta.

Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares provocando: dor forte e aumento da temperatura na articulação ou músculo e restrição de movimento articular. Ela destaca que as articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo. "Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente sob a forma de equimoses (manchas roxas), que se tornam mais evidentes quando a criança começa a andar e a cair. Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações como cirurgias, extração de dentes e traumas", relata.



Diagnóstico

Segundo a professora e hematologista do CEUB, Leda Maria Sales, o diagnóstico é feito através das informações dadas pelo paciente ou acompanhante sobre sangramentos articulares (hemartroses) ou musculares. Tais sangramentos podem ser espontâneos ou provocados por traumas físicos. A confirmação do diagnóstico é dada pela dosagem no sangue do fator VIII.



Tratamento

Já para o tratamento, a professora Leda Maria conta que é feito com a reposição parenteral do fator deficiente. Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as sequelas que deixarão os sangramentos.

Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.

"Em caso de hemartrose ou sangramento muscular, além da reposição do fator deficiente, fazer aplicação de gelo no local no mínimo, três vezes por dia, por 15 ou 20 minutos, até que a hemorragia estanque", afirma Marina Aguiar. Ela conclui: "vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser encaminhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover estabilidade articular"


Pacientes que tiveram Covid-19 relatam falta de ar após cura

“Doutor, eu tive Covid-19. Me disseram que estou curado, mas ainda sinto falta de ar.” Desde o início da pandemia, essa queixa tem sido muito frequente nos consultórios de pneumologia. A Covid-19 realmente é muito diferente de uma gripe ou resfriado comum nos mais diversos aspectos.


Em geral, a doença começa com sintomas leves, o paciente tem a impressão de estar resfriado, tem dor de garganta, coriza, tosse seca e, algumas vezes, febre baixa. Além desses sinais, há ainda dois sintomas marcantes da Coronavírus, que são a perda do olfato e a alteração do paladar. Para muitos pacientes, o vírus não passará disso. Porém, infelizmente, um pequeno grupo de pacientes desenvolverá formas mais sintomáticas e graves da doença.

Na maioria das vezes, o paciente que evolui para as formas mais graves começa a piorar dos sintomas na segunda semana da doença (mas, para alguns, a piora pode ocorrer ainda nos primeiros dias).

Os principais sinais de alarme para as formas graves são a persistência de febre e a falta de ar. Esses pacientes idealmente devem ficar internados em observação, pois muitos deles precisarão de oxigênio e, alguns, de intubação e ventilação mecânica.

Passada a fase crítica da doença, a recuperação também é bastante diferente da gripe e do resfriado comum. Quando um paciente pega um resfriado comum, por exemplo, em geral, após 10 dias, ele nem se lembra que ficou doente, pois a recuperação é rápida e não deixa sequelas. Já com a Covid-19, o paciente provavelmente se lembrará da doença por algumas semanas ou meses.

A ocorrência de sequelas pulmonares após a Covid-19 depende muito da gravidade da doença na sua fase aguda, bem como da necessidade de procedimentos invasivos, como a intubação com ventilação mecânica.

A pior sequela do ponto de vista pneumológico é o desenvolvimento de fibrose pulmonar, cujo principal sintoma é a falta de ar persistente e pode levar a uma dependência permanente de oxigênio. Felizmente, essa sequela é rara.

Outra consequência muito mais frequente é a falta de ar aos esforços físicos, sem a presença de fibrose significativa nos pulmões. Essa falta de ar não deve ser chamada de sequela, pois em geral o termo sequela denota uma alteração irreversível. E, felizmente, esse sintoma tende a melhorar com o tempo.

Existem vários motivos para um paciente apresentar falta de ar mesmo após estar curado da Covid-19. Um dos principais é a perda de massa muscular que ocorre durante uma doença grave. Essa perda muscular faz que os esforços que antes pareciam pequenos se tornem difíceis.

Outros pacientes podem desenvolver uma inflamação nos pulmões, que pode ser tratada com medicamentos. Há, ainda, diversas outras causas, que podem ser avaliadas por um pneumologista.

É muito importante que todo paciente que teve Covid-19 e mantém a queixa de falta de ar seja avaliado por um pneumologista. Esse paciente precisará realizar diversos exames para avaliar a função do sistema respiratório, tanto em repouso quanto durante o esforço físico, para que o diagnóstico correto seja estabelecido e o respectivo tratamento indicado.

 


Dr. Celso Padovesi - coordenador da equipe de Pneumologia da Unidade Santana da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.


Estudo internacional com participação de cirurgião brasileiro demonstra que obesidade aumenta sobremaneira complicações da Covid-19

 Trabalho aponta que inflamação constante em obesos torna-os suscetíveis a formas graves de insuficiência respiratória


Estudo publicado pela Federação Internacional para a Cirurgia da Obesidade e Transtornos Metabólicos – IFSO reuniu cirurgiões bariátricos de diversos países que publicaram conclusões de diversos estudos científicos envolvendo mais de oito milhões de pacientes a fim de pesquisar a relação entre obesidade e a Covid-19. Entre os médicos participantes, está o brasileiro e ex-presidente da instituição, além de também ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o cirurgião bariátrico Almino Cardoso Ramos.

Segundo Ramos, a principal conclusão é que a obesidade aumenta os riscos de contágio e de evolução para uma forma clínica mais grave da doença com maior possibilidade de internação hospitalar, transferência para unidade de terapia intensiva, intubação por insuficiência respiratória e de desfecho fatal. “Quanto maior o IMC – índice de massa corporal do paciente infectado por Covid-19, maior será o risco de complicações, independentemente da idade”, diz. Segundo ele, a questão é que a obesidade se caracteriza por um estado contínuo de inflamação que aumenta, sobremaneira, a chance de ele vir a ter complicações graves como a insuficiência respiratória. “Pelo fato de o coronavírus ter afinidade pelas células de gordura e atacar principalmente os pulmões, a pessoa obesa acaba tendo o seu quadro infeccioso agravado e a doença acaba assumindo um maior perigo. Chegamos à conclusão, por meio deste farto material, que quanto mais obeso, como citei, mais risco ao paciente que se infecta com o coronavírus. Inclusive, de óbito”, revela o médico.

Além disso, o cirurgião alerta para o perigo de formação de coágulos já que essa é uma das consequências da infecção por Covid-19. “Pode ocasionar trombose ou embolia, doenças perigosas e com alto índice de mortalidade. E quanto mais obesa a pessoa é, mais esse risco foi observado também”, afirma. Segundo o ex-presidente da IFSO, outra dificuldade apresentada é a questão de deitar o paciente de bruços para melhorar a oxigenação dos pulmões – técnica muito utilizada e às vezes vital na melhora do infectado pois, entre outros benefícios, melhora o fluxo sanguíneo. “A obesidade dificulta muito esta posição”, explica.

A Pesquisa Nacional de Saúde divulgada no final do ano passado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que 60,3% dos brasileiros com 18 anos ou mais - o que corresponde a 96 milhões de pessoas -, estavam acima do peso em 2019. Dentro desse grupo, 41,2 milhões (25,9% da população) estavam obesos, ou seja, característica observada em uma a cada quatro pessoas.

A pesquisa também identificou que 19,4% dos adolescentes entre 15 e 17 anos no Brasil estão acima do peso, sendo que 6,7% estão obesos. Entre 2003 e 2019, os resultados de duas pesquisas do IBGE mostraram que a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade do país saltou de 12,2% para 26,8%. Já a proporção de pessoas com excesso de peso subiu de 43,3% para 61,7%.

“São dados extremamente preocupantes, que já demonstravam um risco grande à saúde. Agora, por conta da Covid-19, o risco aumentou sobremaneira. É da mais alta importância que a população com obesidade se conscientize, procure tratamento, pois no momento o risco é bem maior. O tratamento adequado da obesidade na atual realidade deve ser encarado como prioridade!”, finaliza o cirurgião bariátrico Almino Cardoso Ramos.


Brasil precisa criar protocolos para tratamento da síndrome pós-COVID-19

Parte dos pacientes recuperados apresenta nos meses seguintes à alta hospitalar problemas cardíacos, neurológicos, dermatológicos e pulmonares, entre outros. Em evento promovido pela Academia Nacional de Medicina, médicos defendem unidades dedicadas a lidar com as sequelas da doença (foto: Isabela Carrari/Prefeitura de Santos)

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Nem sempre a alta hospitalar é o fim dos problemas causados pela COVID-19. No mundo todo, profissionais de saúde observam uma série de complicações decorrentes da doença, que vão de manifestações dermatológicas a distúrbios cardíacos e podem surgir meses após resolvido o quadro agudo da infecção pelo SARS-CoV-2. Para que a carga da pandemia não se torne ainda maior para o sistema de saúde do país, pesquisadores recomendam a criação de protocolos clínicos e unidades para tratamento de pacientes com a chamada síndrome pós-COVID.

O assunto foi debatido em seminário on-line promovido no dia 08 de abril pela Academia Nacional de Medicina (ANM).

“Temos observado que o doente se cura da COVID-19, sai da UTI [Unidade de Terapia Intensiva], mas permanece no hospital, pois não consegue voltar para casa. Ele precisa de reabilitação. Por isso, temos de pensar num modelo que passei a chamar de unidade pós-COVID, onde teríamos atendimento ambulatorial, hospital-dia e algumas áreas para internação daqueles pacientes que não têm condição [de ter alta]”, disse Fábio Jatene, diretor-geral do Instituto do Coração (InCor) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).

Jatene falou sobre a ocorrência de problemas cardiovasculares decorrentes da COVID-19, que não necessariamente ocorrem apenas em pacientes com histórico prévio de doença cardíaca.

“A literatura tem várias observações a respeito de pessoas absolutamente sem doença cardiovascular e que acabaram desenvolvendo no pós-COVID. Inclusive atletas universitários, pessoas sem risco cardiovascular. Estudos revelaram que 55% dos pacientes no pós-COVID apresentaram alterações no bombeamento cardíaco. Num estudo realizado na Alemanha, 78% dos pacientes diagnosticados com COVID-19 mostraram evidência de alguma lesão cardíaca, causada até semanas depois da recuperação da doença propriamente dita”, explicou o pesquisador, que é apoiado pela FAPESP.

Para o presidente da ANM, Rubens Belfort Jr., a síndrome pós-COVID é uma amostra do papel das doenças infecciosas no desenvolvimento de outras moléstias. Segundo o médico, a pandemia está trazendo novos conhecimentos sobre essa relação. Um exemplo anterior é a zika que, embora não cause problemas graves em adultos, pode levar à microcefalia nos fetos em desenvolvimento. Outro é a toxoplasmose, recentemente relacionada à ocorrência de esquizofrenia.

“O problema vai muito além da COVID-19. Quem poderia imaginar que tantas alterações aparentemente não relacionadas a doenças infecciosas decorrem delas? Com toda certeza, muitas outras doenças virais podem causar manifestações tardias, mas a medicina ainda as desconhece”, disse Belfort, que é professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

Segundo Carlos Alberto Barros Franco, membro da ANM e professor da Escola Médica de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Brasil ainda está na fase da pandemia em que a preocupação mais urgente é conter a transmissão do vírus, mas os problemas decorrentes da COVID-19 vão persistir por muito tempo.

“Essa é uma preocupação de países europeus e norte-americanos, que vêm se preparando para essa segunda fase, a da síndrome pós-COVID ou COVID longa. Isso terá consequências da maior gravidade no Brasil. Haverá pessoas que não vão poder voltar a trabalhar normalmente. Então é fundamental que o Brasil se prepare”, disse o acadêmico.


Câncer e COVID-19

Os palestrantes relataram casos e apresentaram estudos realizados no Brasil e no exterior das mais variadas manifestações ocorridas após a resolução da fase aguda da COVID-19. Alterações gastrointestinais, pulmonares, do fígado e das vias biliares; diferentes manifestações dermatológicas, renais e otorrinolaringológicas; problemas psicológicos e até da retina já foram relatados na literatura médica.

Como um dos efeitos colaterais da pandemia, não necessariamente ligados à doença em si, pesquisadores apontaram uma redução significativa no número de diagnósticos e tratamentos de câncer.

Segundo Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer (Icesp) e professor da FM-USP apoiado pela FAPESP, a pandemia trouxe queda significativa nos exames preventivos e, consequentemente, no diagnóstico precoce de tumores.

Uma vez que quanto mais cedo ocorre o diagnóstico, maiores são as chances de cura, a pandemia deverá trazer um número maior de ocorrência de câncer e de mortes no futuro. Estudo realizado na Inglaterra estimou quase 18 mil mortes a mais por câncer naquele país por conta da interrupção dos tratamentos ou pela falta de diagnóstico.

“São dados que se repetem ao redor do mundo. Tivemos redução na ordem de 70% a 90% nos exames de rastreamento de tumores importantes como de mama, próstata e colorretais. [Houve ainda] redução significativa nas cirurgias relacionadas ao diagnóstico de câncer e, talvez mais importante, dados originados nos laboratórios de anatomopatologia mostram até 30% de redução nas biópsias de câncer nesse período. Lembrando que esses casos continuam acontecendo, só não estão sendo diagnosticados no seu estágio mais precoce, o que seria desejável”, contou o pesquisador.

O médico afirmou que a incidência de COVID-19 é similar entre pessoas com e sem câncer, mas que a mortalidade é maior no primeiro grupo, como deve mostrar um estudo realizado por sua equipe, ainda não publicado. Os pacientes especialmente afetados pela COVID-19 são os imunodeprimidos por conta da doença ou do tratamento, os que têm comprometimento pulmonar prévio ou portadores de neoplasias hematológicas.

O médico oncologista afirmou ser essencial que os pacientes diagnosticados mantenham o tratamento, ainda que seguindo protocolos de segurança contra a COVID-19. Além disso, pessoas saudáveis não devem deixar de fazer exames de rotina que possam detectar tumores. Pacientes em tratamento contra o câncer que tenham sido diagnosticados com COVID-19 devem retomar as terapias para os tumores entre 14 e 21 dias depois da resolução dos sintomas da infecção pelo SARS-CoV-2, alertou.

A íntegra do evento estará disponível em www.youtube.com/watch?v=B-UOLY51Iis.

 


André Julião

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/brasil-precisa-criar-protocolos-para-tratamento-da-sindrome-pos-covid-19/35648/


Dia Mundial da Voz (16/4): especialista da BP dá dicas para cuidar bem da voz e alerta para cuidados durante a pandemia

Hoje é comemorado o Dia Mundial da Voz. A data surgiu em 1999 no Brasil e se espalhou pelo mundo. A voz é muito utilizada na comunicação, nas artes, na expressão de sentimentos e ideias, sendo uma importante ferramenta social e profissional. Por conta disso, a data também é o momento de chamar a atenção para os cuidados com a voz, para as doenças que podem comprometê-la e a necessidade de diagnosticá-las precocemente. 

De acordo com Fernão Costa, médico otorrinolaringologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, os problemas de voz mais comumente relatados são a tosse, a rouquidão e o pigarro. “A voz é produzida nas pregas vocais, localizadas na laringe, durante a passagem de ar, que provoca uma vibração. Como a prega vocal é uma mucosa úmida, pessoas que falam muito ou muito alto – seja por conta da profissão ou por hábito – podem ter um desgaste dessa estrutura, o que gera um escape de ar e, por consequência, a rouquidão”, relata o especialista. “Por conta disso, a primeira medida que deve ser adotada para melhorar a voz é intensificar a hidratação, não apenas pelo ato de beber água, mas pela umidade da laringe, que é maior quando o organismo está bem hidratado”, destaca Costa. 

Junto da rouquidão normalmente vem a falta de ar por conta desse escape irregular que ocorre ao articular as palavras. O especialista recomenda repouso vocal, hidratação via oral e observação. “Se os sintomas persistem por 15 dias ou mais é necessária avaliação de um médico otorrinolaringologista para verificar as causas”, afirma Costa, reforçando que o uso de soluções caseiras como pastilhas, sprays e gargarejos deve ser evitado para não mascarar ou agravar o quadro. 

Para garantir a saúde da voz é importante evitar o tabagismo e a ingestão de álcool, que também desidratam e agridem as cordas vocais – e exigem uma frequência maior de visitas ao médico. Uma alimentação saudável, ingestão correta de água, sono em dia e atividade física regular são também importantes para o cuidado com a voz. No caso de profissionais que se utilizam dela no trabalho como jornalistas, atores, professores, cantores, vendedores, entre outros, é necessário um cuidado ainda maior como respeitar as pausas, aumentar a hidratação, realizar inalações com soro fisiológico e exercícios de aquecimento da voz antes de iniciar o trabalho.

 

Voz x pandemia de Covid-19

A voz também sofre com os efeitos da pandemia de Covid-19, pois quem teve a doença pode ter a voz afetada. “Por se tratar de uma doença que atinge as vias aéreas superiores, a rouquidão e o enfraquecimento da voz por conta da falta de ar podem ser consequências presentes até no quadro pós-doença. Quem teve que ser intubado por tempo prolongado para o tratamento também deve respeitar um período de repouso vocal após a retirada dos equipamentos. 

O uso de máscara é essencial para a proteção contra o novo coronavírus e ela em si não danifica a voz, mas algumas medidas devem ser observadas. Como a voz fica mais abafada (especialmente com os equipamentos mais espessos) e não há como realizar a leitura da articulação labial das palavras, as pessoas muitas vezes aumentam o volume da voz para se fazer entender. Para evitar essa sobrecarga, é importante aumentar a hidratação e, sempre que possível, respeitar o silêncio para descansar a voz. 

Para comentar sobre esse assunto e outras novidades da área, a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, instituição de referência em atendimento médico no País, disponibiliza o otorrinolaringologista Fernão Costa e outros especialistas para entrevistas. Não deixe de nos procurar quando necessitar de uma fonte médica para sua pauta.

 


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 


Serviço de Transplante de Medula Óssea oferecido em Curitiba se consolida como um dos maiores do Brasil a atender pelo SU


 Em uma década, mais de 300 procedimentos foram realizados para tratar desde leucemias até doenças raras. Pacientes vieram de todas as regiões do país


O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do maior hospital pediátrico do Brasil, o Pequeno Príncipe, com sede em Curitiba (PR), completa uma década de atendimento neste mês. Durante esse período foram mais de 300 vidas transformadas com a realização de procedimentos para tratar desde leucemias até doenças raras. A instituição filantrópica comemora ainda seu reconhecimento como referência nacional nessa área. “Nesse período, nos tornamos um dos maiores centros de transplante pediátrico da América Latina, principalmente na área de transplantes alogênicos [quando as células transplantadas vêm de outro doador]”, conta a médica-chefe do Serviço, Carmem Maria Sales Bonfim.

Mesmo com a pandemia do coronavírus, o Hospital realizou 61 transplantes em 2020. Um deles foi o de Henry, que nasceu com a mesma doença rara do irmão, a SCID (Imunodeficiência Combinada Grave), também conhecida como doença do menino da bolha. Como havia chances de ele ter o mesmo diagnóstico, sua mãe, Kelly Akemi Bueno, foi acompanhada durante toda a gravidez. A família foi integrada a um projeto do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe que investiga as doenças raras, e com 2 dias de vida o bebê foi diagnosticado. Dois meses depois, ele recebeu a medula óssea doada pelo pai e agora está curado. “O diagnóstico precoce, que foi possível por meio da pesquisa, e a excelência da equipe do TMO fizeram toda a diferença na vida do meu filho mais novo”, declara a mãe.

Nestes dez anos, 26% dos transplantes realizados foram em crianças com idade abaixo de 3 anos. O atendimento de crianças de pouca idade e com doenças raras é uma das especificidades que fizeram com que o Serviço de TMO do Pequeno Príncipe recebesse pacientes de todo o país – 61% dos atendimentos são de fora de Curitiba. O reconhecimento nacional também se deve aos procedimentos realizados com doadores haploidênticos – quando a compatibilidade não é de 100%, uma vez que encontrar um doador compatível é um dos grandes desafios para realizar um TMO. Mesmo dentro da família, as chances de conseguir um doador 100% compatível é de apenas 25%.

O Pequeno Príncipe conta com uma pessoa exclusivamente dedicada a essa busca. Ela pode identificar rapidamente as chances que um determinado paciente tem para encontrar um doador nos bancos nacionais ou internacionais. “Se esta chance for pequena ou a disponibilidade do doador não for imediata, temos experiência para prosseguir com outros tipos de doadores, como, por exemplo, os doadores haploidênticos identificados dentro da própria família”, explica a chefe do serviço.

Essa era a condição de Maria Eduarda Fransozi, 13 anos, de Dionísio Cerqueira (SC). Seus pais mobilizaram aproximadamente 300 pessoas para se cadastrarem no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), mas ninguém completamente compatível foi localizado. A equipe médica do Pequeno Príncipe decidiu então realizar o transplante com a medula do pai de Duda – que era 50% compatível. “O procedimento em si foi muito tranquilo, e recebemos a melhor notícia de todas quando descobrimos que a medula tinha funcionado! Foi uma nova chance para nossa família”, diz Uilson Fransozi, o pai da adolescente que venceu a leucemia durante a pandemia.

Equipe multidisciplinar

O fato de ser um hospital que oferece 32 especialidades e dispõe de equipes multidisciplinares também é determinante para o sucesso do Serviço de TMO do Pequeno Príncipe. O atendimento é realizado por médicos com formação em transplante pediátrico, que recebem o suporte diário de profissionais de outras especialidades, como infectologistas, intensivistas, nefrologistas, cardiologistas, neurologistas, endocrinologistas, dermatologistas e hemoterapeuta. O trabalho é realizado em conjunto com uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, dentistas e farmacêuticos. O serviço também atua em parceria com as unidades de terapia intensiva do Pequeno Príncipe, o Laboratório Genômico e o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, por exemplo. Esse trabalho em equipe garante um atendimento de excelência e faz diferença no tratamento dos pacientes e nos resultados dos transplantes.


Planos futuros

O Serviço de TMO do Pequeno Príncipe iniciou sua história no Setor de Oncologia e foi implantado em abril de 2011, inicialmente com três leitos. Um sonho realizado em parceria com o médico Eurípides Ferreira. O hematologista foi pioneiro no Brasil ao realizar o transplante de medula óssea (TMO), nos anos 1970. Em 2016, o TMO foi ampliado, passando a ter dez leitos e proporcionando a um número maior de crianças e adolescentes um tratamento humanizado e de qualidade, referência no país. Em 2021, o objetivo é inaugurar mais dois leitos. “Com esta nova ampliação, acreditamos que poderemos transplantar mais dez pacientes por ano”, planeja a atual chefe do serviço. 


6 em cada 10 brasileiros acreditam que pandemia de Covid-19 será controlada em menos de um ano


Estudo com 30 países mostra que expectativas brasileiras para contenção do vírus e retorno à normalidade são mais otimistas do que a média global


Para 61% das pessoas no Brasil, levará menos de 12 meses até a total contenção do novo coronavírus. É o que aponta o levantamento One Year of Covid-19, realizado pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial com entrevistados de 30 países. Questionados sobre quanto tempo demoraria até que a pandemia fosse contida, 9% dos brasileiros responderam “entre 0 e 3 meses”, 15% disseram “entre 4 e 6 meses”, 36% - ou seja, a alternativa com maior número de respostas - opinaram “entre 7 e 12 meses”, 35% acham que demorará mais de um ano e 4% acreditam que a crise na saúde nunca será controlada.

Assim como o Brasil, em outras 19 nações o período entre 7 e 12 meses foi o que apresentou porcentagem mais alta. Dois grupos diferem deste resultado. O mais positivo, com Índia, China e Arábia Saudita, aposta na contenção da pandemia daqui 4 a 6 meses. Por outro lado, Japão, Suécia, França, Polônia, Espanha, Austrália e África do Sul possuem uma visão mais negativa e acreditam majoritariamente que demorará mais do que 12 meses até uma completa recuperação da situação sanitária global.

Na média de todos os entrevistados dos 30 países, 13% acreditam que a Covid-19 será contida nos próximos 3 meses, 13% acham que será entre 4 e 6 meses, 32% responderam “de 7 a 12 meses”, 35% avaliam que a contenção só acontecerá daqui um ano e 7% disseram que a pandemia não será controlada nunca.


Retorno à normalidade

Ainda que 39% dos brasileiros apostem que a pandemia demorará mais de 12 meses para ser contida, o percentual de entrevistados no Brasil que acredita não ser possível voltar à normalidade em menos de um ano é de 35%. Considerando a média global, o pessimismo cresce: 4 em cada 10 (41%) não veem qualquer possibilidade de vida normal pelos próximos 12 meses.

Enquanto 35% dos respondentes no Brasil creem que a volta à normalidade não acontecerá nos próximos 12 meses, 15% acreditam que o retorno à normalidade acontecerá entre 0 e 3 meses, 14% acham que demorará de 4 a 6 meses e 36% responderam “entre 7 e 12 meses”

Na média global, são 14% os que apostam em um retorno à rotina pré-Covid entre 0 e 3 meses, 13% disseram que será entre 4 e 6 meses, 32% escolheram o período entre 7 e 12 meses e 41% não acreditam que será possível voltar à vida normal nos próximos 12 meses.

A pesquisa on-line foi realizada com 21.011 entrevistados, com idades entre 16 e 74 anos, de 30 países – sendo mil brasileiros. Os dados foram colhidos entre os dias 19 de fevereiro de 05 de março de 2021. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

 



Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


Odontofobia? Cirurgiões-dentistas falam de alternativas para otimizar tratamentos de pacientes com esse problema

 Pacientes odontofóbicos contam com novas opções de tratamento! São as abordagens multidisciplinares para quem foge da cadeira do cirurgião-dentista, mas precisa de uma intervenção odontológica. Para lidar com o medo, somente um planejamento completo e com mais de um profissional pode ser capaz de atender às necessidades da saúde bucal de forma segura e tranquila para os portadores da fobia. 

“As fobias, por si só, se caracterizam como patologias que têm como natureza a necessidade de uma atenção multidisciplinar. Às vezes com envolvimento de especialidades além da Odontologia, com psicólogo, médico psiquiatra em casos mais severos, e até o médico anestesista”, explica José Roberto Barone, presidente da Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). 

Seja pelo medo de contaminação na pandemia ou por situações traumáticas do passado, não é recomendado abrir mão do acompanhamento odontológico. Deixar de fazer as visitas periódicas ao consultório pode acarretar em sérios problemas. “Os problemas mais frequentemente encontrados são de cárie, que, muitas vezes, chegam a estágios avançados precisando de tratamentos mais radicais, como a extração”, conta Nelson Corazza Jr, membro da mesma Câmara Técnica do CROSP. 

Em situações de muita gravidade, o auxílio de um anestesista faz toda a diferença. “Em casos que se faz o tratamento sob anestesia geral em ambiente hospitalar, o procedimento fica mais confortável e o limite de tempo de intervenção pode ser maior, uma vez que o paciente está sedado e entubado, com controle de respiração e monitoração hemodinâmica”, afirma Barone. “Já tivemos experiências bastante gratificantes com até quatro cirurgiões-dentistas e dois técnicos em Higiene Dental, auxiliados por um médico anestesista e um auxiliar de Anestesia”, relata. Com isso, a vivência do paciente é de cuidado completo em atenção ao seu emocional.

E como sugerir isso a um paciente que já apresenta resistência? “A avaliação e discussão do caso com todos os envolvidos na problemática emocional é a chave para o sucesso das abordagens”, defende Corazza. Fora o trabalho realizado por trás disso. Os exames para o planejamento de procedimentos com anestesia incluem os mesmos necessários a um regime hospitalar para que se conheça a realidade fisiológica do paciente e seus limites orgânicos. Avaliação com clínico geral, cardiologista e o próprio anestesista é o recomendado. Também há o ‘risco cirúrgico’, que é aquele relacionado à sedação. Por isso, é importante um ambiente preparado, com todos os equipamentos necessários para o procedimento e suas possíveis intercorrências. O que acaba resultando em custos maiores do que os tratamentos convencionais. 

As abordagens multidisciplinares com sedação para pacientes odontofóbicos surgem como mais uma ferramenta da Odontologia e já são realidade, sendo indicadas para situações específicas onde a qualidade de vida do paciente é limitada pelo medo. Por isso, um acompanhamento completo e humanizado é tão importante para tratar não só do problema de saúde bucal, como também de suas origens.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Durante a primeira onda da pandemia de coronavírus, os idosos saíram de casa principalmente para praticar exercícios físicos

Na primavera de 2020, quando a primeira onda da pandemia de coronavírus atingiu a Finlândia, os idosos reduziram drasticamente suas atividades fora de casa. Durante o período de restrições governamentais, o exercício físico foi o motivo mais comum para sair de casa, concluiu um estudo recente da Faculdade de Ciências do Esporte e Saúde da Universidade de Jyväskylä.

"Este estudo mostra que o exercício físico era o motivo mais comum para sair de casa", acrescenta Portegijs. "Caso contrário, os participantes mais velhos tinham poucos motivos para ir, além das compras de supermercado durante a primeira primavera da pandemia."

Pesquisas anteriores mostraram que todas as atividades fora de casa são benéficas para a atividade física. Como as razões para sair de casa foram marcadamente limitadas durante a primeira primavera da pandemia, mais estudos são necessários para determinar os efeitos de longo prazo sobre a mobilidade e a manutenção da capacidade funcional.

"Esta pesquisa é única, embora tenha sido baseada nos dados de apenas 44 participantes", diz Portegijs. "Anteriormente, não sabíamos para onde os idosos se mudavam e por que razão. É possível estudar para onde as pessoas vão usando um questionário baseado em mapas. Este é um dos primeiros estudos utilizando esse tipo de questionário entre os idosos."

Como as medidas relacionadas ao coronavírus variaram significativamente entre os países, não é certo se esses resultados são generalizáveis para outros países. Na Finlândia, os toques de recolher não foram implementados e as restrições governamentais baseavam-se principalmente em recomendações, em vez de regulamentos impostos.

"À medida que as habilidades de uso de dispositivos digitais melhoram entre a população idosa, a relevância dos métodos de pesquisa baseados em mapas aumentará ainda mais", diz Portegijs.

 



Fonte: Erja Portegijs et al. Older adults' activity destinations before and during COVID-19 restrictions: From a variety of activities to mostly physical exercise close to home, Health & Place (2021). DOI: 10.1016/j.healthplace.2021.102533

 

Rubens De Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia.


Home office na pandemia: Desenvolva habilidade para resolver problemas em uma crise

Uma das habilidades que ganhou mais destaque no Relatório 'Futuro do Trabalho', veja as 5 dicas para simplificar o desenvolvimento dessa habilidade


Todos temos alguns problemas complexos para resolver em algum momento da vida, e essa habilidade de resolução de problemas já era um atributo notável em profissionais antes mesmo da pandemia. Hoje, após um ano vivendo uma crise, o que não falta são desafios, enquanto rotina, estabilidade e segurança passaram a ser realidade cada vez mais rara na rotina profissional. Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira, comenta sobre a ‘Resolução de Problemas Complexos', uma habilidade que ganhou mais destaque no ranking de habilidades do relatório ‘Futuro do Trabalho’ do Fórum Econômico Mundial de 2021. A especialista traz ainda 5 dicas para descomplicar e desenvolver essa tão importante competência.

A pandemia de COVID-19 reforçou ainda mais a dimensão da competência em resolver problemas complexos, seja na esfera pública, privada ou pessoal. E quando não desenvolvida essa habilidade, as pessoas perante o problema geralmente expressam comportamentos como falta de coragem, soluções rápidas e não efetivas e até mesmo pode resultar na busca de um culpado ou acreditar que tudo está conspirando contra, tudo por não ter entendido a raiz do problema e pela influência das emoções.

Para a especialista em estratégia de carreira, a postura negativa que podemos desenvolver diante de um problema só acontece quando se ignora o conceito ‘lifelong learning’, o chamado aprendizado contínuo.

“Esse conceito nos mostra que a jornada de desenvolvimento nunca cessa, pois é por meio dela, que os profissionais conseguem preencher as lacunas para entender e resolver a complexidade de um problema. E para exemplificar melhor, precisamos entender que: o problema é formado por partes, e essa compreensão ajuda a dividir o problema em etapas menores e a mapear a solução. Além disso, é necessário ampliarmos a nossa compreensão sobre ele, e ainda compreender as causas e consequências, assim conseguiremos encontrar soluções mais efetivas e eficazes.”, explica Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.


 A estratégia

Fugir e negar um problema não é o melhor caminho, pois sempre vão surgir mais desafios e normalmente novos problemas poderão aparecer, afinal todos estão em constante aprendizado, mas o segredo está no caminho para passar por esses obstáculos.

Diante de qualquer situação, pare e analise o contexto, pois o melhor procedimento para se resolver um problema complexo é utilizar uma estratégia onde se consegue definir, estruturar, priorizar questões, sintetizar os resultados e trazer a solução do problema.

A especialista ainda traz uma reflexão sobre o modo como nos posicionamos perante os problemas, pois são esses problemas que nos fazem observar algo relevante que, provavelmente, não estava dando a devida atenção. “Experimente observar seus problemas, tenho certeza de que você também fará descobertas incríveis e grandes aprendizados sobre a vida nesses momentos, como eu já tive. ”, finaliza Rebeca Toyama.


E para simplificar a habilidade de Resolução de Problemas Complexos, confira as 5 dicas da especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama.


1. Entenda como sua mente funciona, desenvolva um processo de raciocínio diagnóstico duplo, em que o sistema 1 (não analítico) interage com o sistema 2 (analítico);

2. Observe a influências de suas emoções, evitando diagnósticos rasos e soluções precipitadas que podem amplificar o problema;

3. Fique atento a sua postura perante o problema, evite bancar o herói, a vítima ou o justiceiro, isso apenas prolonga o problema;

4. Analise não apenas os impactos financeiro do problema ou da solução, custo emocional e a demanda de energia e tempo merecem ser consideradas;

5. Procure dar um significado positivo ao problema, por mais complexo e desconfortável que seja, você pode transformá-lo em aprendizado.

  



Rebeca Toyama - fundadora da ACI que integra competências e inteligências e transforma propósitos em carreiras e negócios. Especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.


Proprietários x Inquilinos - Quem é responsável por que?

Muitas dúvidas cercam essa relação, portanto é importante conhecer direitos e deveres de locatários e locadores, para garantir uma boa convivência no condomínio, especialmente porque a locação de apartamentos tem crescido sistematicamente no Brasil, principalmente em cidades grandes, onde as pessoas optam por esse tipo de imóvel pela praticidade e segurança.

Com o aumento de inquilinos nos condomínios, algumas dúvidas são levantadas com maior frequência, principalmente sobre as despesas relacionadas ao condomínio. Muitas vezes a relação de direitos e obrigações não ficam tão claras quanto deveriam. Por isso elencamos algumas das dúvidas mais frequentes sobre esse assunto, como por exemplo: Inquilino é um condômino? Antes de mais nada é importante esclarecer que apesar de ter direitos bem parecidos com os demais condôminos, o inquilino não é considerado condômino. Segundo o Código Civil, o termo só se aplica ao proprietário do imóvel.

Outra dúvida frequente é: Quais as despesas do condomínio são de responsabilidade do locador e quais são do locatário? Vamos tentar ser didáticos, as despesas ordinárias, como salário dos funcionários, consumo de água e luz, limpeza, conservação, manutenção, pintura, seguro condominial são de responsabilidade do inquilino.

As despesas extraordinárias, no entanto, como mudança na fachada do prédio, uma área gourmet, modernização das cabines do elevador, que são alguns exemplos de despesas extraordinárias ficam sob a responsabilidade do proprietário.

As chamadas melhorias uteis, como por exemplo a impermeabilização, que visa conservar e evitar a deterioração do bem, também deverá ser de responsabilidade do proprietário, enquanto que o locador/proprietário deve ser responsável por todas as despesas extraordinárias que ocorram no condomínio.

Outra dúvida muito frequente é se os inquilinos devem contribuir para reposição do fundo de reserva? E a resposta é sim, mas apenas se o fundo de reserva foi usado para pagamento de despesas ordinárias no período em que o inquilino já morava no prédio e em

casos de dúvidas, é sempre válido consultar a convenção do condomínio.

Com relação às reformas do imóvel, uma das principais obrigações de quem aluga o imóvel,ou seja, do proprietário é entregá-lo em boas condições, de modo que ele sirva ao uso que se destina. Qualquer problema que atrapalhe ou prejudique de alguma forma o inquilino, deve ser consertado antes de entregar o imóvel, sendo assim, a primeira despesa com reforma fica a cargo do proprietário. Ao entrar no apartamento, caso o inquilino perceba que tem infiltrações, vazamentos (ou qualquer defeito na estrutura), o locador deverá ser acionado para providenciar o conserto.

De outro lado, é dever e obrigação do inquilino conserva-lo, sendo o locatário responsável pelo pagamento de reformas e manutenções que envolvam o mau uso do local, ou incidentes que venham a ocorrer depois da entrega do imóvel.

Com relação às benfeitorias que valorizam o imóvel, se forem em áreas privadas , caso o inquilino queira fazer melhorias no interior do imóvel, como por exemplo: trocar os armários da cozinha, mudar as cores da parede, mudar o box ou as louças do banheiro etc, ele deverá assumir as despesas com as mudanças.

O locador, porém, deve ser informado, e tal mudança deve ser acordada entre ambas as partes. Qualquer mudança na estrutura sem previa autorização do proprietário, poderá ser desfeita, visto que o imóvel deve ser entregue como estava no início do contrato.

As melhorias nas áreas externas, no entanto, que sejam feitas por estética, como mudança na cor da fachada do prédio, construção de uma piscina, área gourmet etc., será de responsabilidade do proprietário.

E para finalizar, é importante lembrar que a relação legal sempre será entre condomínio e condômino (proprietário), portanto, todo documento de cobrança emitido para a unidade deverá estar em nome do proprietário, cabendo a ele cobrar do inquilino.

 



Jose R. Iampolsky - CEO da Paris condomínios, empresa criada em 1945 para administrar condomínios e alugueis. www.pariscondominios.com.br

 

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