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domingo, 20 de setembro de 2020

Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de SP realiza campanha para Semana Nacional de Trânsito

 Websérie, podcast e vídeo depoimento fazem parte da programação especial


A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência realiza, na Semana Nacional de Trânsito (até 25 de setembro), uma programação especial digital que visa conscientizar a população sobre acidentes de trânsito. A ação faz parte da campanha do programa do Governo do Estado de São Paulo, Respeito à Vida.

O foco de toda a campanha da Secretaria é a prevenção de sequelas ocasionadas por acidentes de trânsito. Também tem o objetivo de mostrar a importância da reabilitação na vida das pessoas que sofrem esse tipo de ocorrência.

Uma das ações de destaque, é um vídeo depoimento da Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão, sobre a importância da prevenção de ocorrências de trânsito. A Secretária se tornou paraplégica por conta de um acidente de automóvel.

A Secretária Célia Leão ressalta a importância de ações efetivas para a conscientização da população, "na Semana Nacional do Trânsito é importante ressaltar as ações que o Governo de São Paulo tem feito para minimizar essa situação e para garantir uma sociedade, que de fato tenha saúde e, sobretudo, vida".

Diariamente, durante toda a semana, será disponibilizada uma websérie nas redes sociais da Secretaria com pacientes reabilitados da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, unidade de São José dos Campos. Em cada capítulo, uma história será contada em primeira pessoa, com detalhes sobre o acidente e a vida após ele.

Também como parte integrante das ações, um podcast com a Secretária Célia Leão será divulgado no último dia da campanha, trazendo reflexões acerca do tema e do programa Respeito à Vida.


REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

O Governo de São Paulo conta com uma ação efetiva na questão da mobilidade urbana, o programa Respeito à Vida. Ele foi criado com a missão de atuar como agente articulador para a promoção de ações com foco na redução de acidentes de trânsito.

O Respeito à Vida também é responsável pelo Infosiga SP, sistema pioneiro no país, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes fatais de trânsito nos municípios do Estado. Visite: http://www.respeitoavida.sp.gov.br/



Serviço:
Semana Nacional de Trânsito
Data:
até 25 de setembro
Publicações:
http://www.facebook.com/InclusaoSP


Conheça quatro regras importantes para a convivência em condomínios

Para você que mora em condomínio, deve entender que é bastante comum haver desavenças entre os moradores, e sem motivo específico, podendo ser por conta do barulho, infiltrações e ou até mesmo a confusão de agendas por outros espaços do ambiente.

Por isso, é sempre importante que as pessoas saibam essas regras mesmo que estas não estejam postas e documentadas, elas são conhecidas por todos que anseiam por um bom convívio.

 

Respeito ao limite do horário de silêncio:


Quantas vezes já existiram discussões em assembleias sobre ocorrência de sons em horários inadequados? Esta é uma regra presente em diversos condomínios. Muitos prédios estipulam o horário das 22h para que seja mantido o devido silêncio do ambiente. Pode não estar no regulamento de condomínio, mas é uma regra bastante presente no senso comum dos moradores.

 

Atenção com o regulamento para reformas:


Fazer ajustes no seu apartamento e deixar ele mais a sua cara é muito importante para se sentir mais confortável com o ambiente que você irá passar boa parte do seu tempo, no entanto, para iniciar este trabalho, é preciso contatar pessoas que administram o prédio e, também, profissionais de engenharia e arquitetura, para que as reformas sejam aprovadas e não danifiquem a estrutura.

Para ter todos os avais, é preciso se informar sobre o tempo de reforma no local, os horários e quais os trabalhadores que estarão presentes para executar. 

 

Cuidado com o elevador:


O uso com cuidados dos elevadores do prédio também costumam causar muitas desavenças. Muitas pessoas ao utilizar o elevador, por vezes, podem acabar segurando-os e atrasando outras pessoas em prol de um benefício próprio. A atenção com os elevadores merece uso com sabedoria.

 

Além disso, é importante que os moradores saibam diferenciar o uso do elevador social para o elevador de serviço, cada um tem a sua função e elas devem ser respeitadas.

 

Atenção com os animais de estimação:


Existem muitas divergências com prédios e condomínios relacionados com a presença de animais de estimação nos apartamentos. Muito por conta do barulho e pela administração das áreas comuns do local. Por isso, é importante que os donos tenham controle e ajude na limpeza dessas áreas caso o animal faça alguma sujeira e, também, com o horário de silêncio para que não incomode outros moradores.

Para Guilherme Barbosa, dono do aplicativo Grupaly, que cuida da administração de condomínios, essas regras mesmo que pequenas são primordiais para a ordem dos condomínios. “Mesmo que não estejam documentadas, as pessoas já tomam essas pequenas regras como base para a convivência dos condomínios. Então mesmo que não tenha sido abordado em nenhuma reunião ou assembleia, isso é uma maneira de facilitar o relacionamento com o próximo e manter a ordem com seus vizinhos”, afirma o desenvolvedor do aplicativo.

 

Família: Sinônimo de amor, mas de conflitos também

É natural que a relação familiar seja uma engrenagem complexa, pois é a união de várias singularidades. Onde há muito amor, várias afinidades, muitas conexões, também há divergências de opiniões. A neuropsicóloga Leninha Wagner explica como estes conflitos fazem parte de nossa vida e são inevitáveis nas relações humanas em razão das diferenças individuais. Mas é fundamental que eles sejam resolvidos antes de se transformarem em mágoas e ressentimentos.

 

Neste período de quarentena, muitas famílias estão confinadas. E conviver demais com uma pessoa, pode virar motivo para alguns desentendimentos. No entanto, antes de mais nada é importante entender que, no domínio das relações familiares, os conflitos acontecem frequentemente.

Portanto, família é sinônimo de conflito. Só que é preciso saber ultrapassar cada situação dessa de modo construtivo em vez de evitá-los ou ignorá-los, reforça a neuropsicóloga Leninha Wagner: “No processo de pandemia, a primeira fase que tivemos que encarar foi o confinamento, a exclusão dos relacionamentos sociais. O homem como espécie é um ser relacional. As relações sociais, nos distraem de nós mesmos, nos sentimos seduzidos, tentados a fazer comentários da vida alheia e acabamos por nos distrair de nossos próprios conflitos”.

Mas, diante do excesso de vida íntima familiar, “nos damos conta de que nossas maiores questões estão dentro de nós e do nosso próprio lar. Uso a metáfora da cebola, para explicar isso de forma leve: Quando descascamos cebolas, as primeiras camadas, são leves, superficiais. Mas conforme vamos entrando na intimidade, cortando a cebola, picando, ela solta um gás que arde os olhos e faz chorar. O amor na intimidade familiar também arde e muitas vezes faz chorar”. Mas, calma, Leninha destaca que “a família ainda é o melhor tempero e sabor para a vida”.

Para evitar que os conflitos tragam consequências piores para a família, Leninha Wagner recomenda que “é fundamental que se mantenha a hierarquia aliada ao respeito às diferenças de cada um”. Além disso, "a hierarquia observada entre os familiares (pais e filhos) evitará grandes desacordos e até mesmo a implantação de restrições severas (punições), já que garantirá a prática dos espaços individuais. A base da boa convivência é a ordem: a manutenção de uma organização segura e flexível”, explica.

Ao mesmo tempo que os conflitos podem surgir dentro de casa, é fundamental compreender a importância da mesma como a melhor forma de solucionar estes problemas: “Quando a vida nos apresenta ameaças, dores, desafios, sofrimentos. A solução, o amparo, a compreensão vêm sempre da família. É claro que existem famílias disfuncionais, que não se encaixam nessa normativa. Mas por via de regra, é sempre nesta aliança, que nos sentimos importantes e pertencendo a um clã, que irá nos proteger, defender, e comprar a nossa briga. Ter amigos é o maior presente que nos damos, escolher irmãos de coração, por pura a finidade é o que de melhor podemos fazer por nós. Mas a família consanguínea tem a priori o compromisso, a obrigação, a responsabilidade de nos amar e nos defender”, reforça a neuropsicóloga.

 

Como saber lidar com conflitos: 

Quando se fala em conflito, é importante entender que esta palavra não é sinônimo de confronto, é sim uma divergência de opiniões. Porém, Lenina Wagner destaca que “quando as relações familiares chegarem a um momento conflituoso em que não mais exista o diálogo como um canal aberto e norteador da relação, ou mesmo diante de qualquer adversidade própria da convivência, é o momento de buscar ajuda profissional, que pode ser um terapeuta de família ou um psicólogo para auxiliar nesses momentos”

Quando existem conflitos não resolvidos, “é muito provável que haja um maior distanciamento emocional da família, acarretando numa disfunção psicológica tanto dos pais, quanto dos filhos” ressalta.  A falta de comunicação, que comumente é o fato gerador desses conflitos, somado à dificuldade de solucionar os problemas familiares, “pode desenvolver diversos fatores negativos tanto para o relacionamento amoroso dos pais como na criação dos filhos”.

De toda forma, Lenina reforça para a reaproximação da família cada um dos membros deve mudar de atitude: “É comum o orgulho ser o responsável pela maior quantidade de brigas em família. Cada um está preso numa imagem ideal de si mesmo. Um acha que é o mais correto, o outro o mais amoroso, outro diz que dá de si mais do que todos, outro que é o mais esperto. Assim giram as identidades falsas de si mesmos causando conflitos de poder, bloqueando a generosidade e impedindo que os outros se relacionem para além das próprias identidades orgulhosas”.

Além disso, a empatia também é um fator a ser colocado em pauta: “É a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender que o outro tem sentimentos e passa por momentos difíceis – assim como você. Isso é especialmente importante para reconciliar uma briga entre pessoas próximas”.

E o mais importante de tudo, reforça a neuropsicóloga: “Entender que os dois lados têm seus motivos que precisam ser levados em conta, é essencial para resolver conflitos. Isso também é importante para compreender quando os outros estão de mau humor, não querem conversar, não querem participar de atividades. Todo mundo tem direito a estar cansado, irritado ou apenas quieto às vezes. Compreender essa dinâmica, respeitar o seu limite e o dos outros, é parte integrante do bom convívio”, finaliza.

 

Mais diversidade, por favor

 No mês da campanha de prevenção ao atentado contra a própria vida, devemos pensar em empatia, acolhimento e aceitação


 “Diversidade.” Uma palavra pequena que significa tanta coisa. Substantivo feminino, que na vida como ela é não tem gênero, nem cor, nem ideologia, nem religião. Diversidade diz respeito à qualidade daquilo que é diverso, diferente, variado. É multiplicidade.

No Setembro Amarelo, mês em que é realizada a campanha brasileira de prevenção ao atentado à própria vida, falar de diversidade, acolhimento e aceitação é algo essencial.

Desde criança me sentia diversa. Não me encaixava nos padrões em nada. Fui criada por duas mulheres e descobri desde cedo que amor não tem formato e nem sexo. Fui tia aos 6 anos, trabalhar e morar sozinha aos 17, fui mãe solo aos 26, enfim, estava sempre fora do tempo e meio que pessoas viviam ou consideravam “normal”.

Em diversos momentos da minha vida, não entendia que é na diversidade que nascem milhares de sentimentos e movimentos positivos como criatividade, solidariedade, sororidade, empatia… E sofri com isso. Todas essas percepções positivas vieram com o tempo, a maturidade, e estão sempre sendo trabalhadas por mim.

O problema é que a vida real não é ainda o mundo ideal. Vivemos hoje mais trabalhando do que qualquer outra coisa e é justamente no trabalho que não encontramos o que mais precisamos para nos mantermos otimistas, felizes, motivados: a empatia, o acolhimento e a aceitação. Por muitas vezes suportei o peso de um ambiente tóxico e hostil, acabei sucumbindo no início deste ano de 2020, quando fiquei internada por quatro dias num hospital, diagnosticada com burnout. Mesmo assim, não parei e olhei para mim.

No meio desse caminho, resolvi mudar a minha forma de enxergar meu próprio trabalho. Em vez de desanimar, me fortaleci e resolvi empreender, freelando como profissional especialista em comunicação. Ou seja: o copo “meio cheio” ou “meio vazio” foi só uma questão de perspectiva.

Aprendi na marra, só depois que começou esta pandemia, que na vida nossa paz, nosso respeito, nossa autoestima não tem preço. Isso significa que devemos sempre nos priorizar e, com isso, escolher empresas que tenham os mesmos valores que nós temos; que invistam na diversidade de verdade, que deem voz, que abracem, que apoiem.

Além disso, em setembro, conquistei a posição de redatora em uma agência consolidada. Com novas portas se abrindo e a receptividade de quem me acolheu neste momento, me sinto respeitada e valorizada pelo meu trabalho, minha experiência faz toda a diferença e minha trajetória também.

Recomendo que as empresas e os empresários façam o mesmo que eu e estejam de coração aberto para receber, aceitar e sobretudo respeitar o novo e o diferente. Afinal, se tem uma frase que adoro citar, esta é: “O mundo seria um lugar melhor se todos seguissem a mesma premissa: trate os outros como gostaria de ser tratado”. Acolha. Escute. Respeite. Aposte no que é diferente para você. Aprenda. E você: o que tem feito para seguir otimista e conquistar o mundo em tempos tão incertos quanto estes?

 



Mirella Rossini - redatora na um.a #divesidadecriativa (mirella@uma.ag).

 

Cuidados e observação às carências da pessoa idosa salva vidas

Tema foi apresentado durante Ciclo de Palestras AMRIGS


O Ciclo de Palestras AMRIGS realizou sua quarta edição focando no mês da pessoa idosa e abordando a qualidade de vida durante o envelhecimento e os cuidados para prevenir a depressão, suicídio e Alzheimer. O evento ocorreu de forma online na terça-feira (15/09).

O psiquiatra Eduardo Hostyn Sabbi, Presidente da ABRAz Regional RS e diretor-proprietário da Vitalis Morada Sênior, interligou questões sobre a importância do bem-estar durante o envelhecimento, Setembro Amarelo e a atenção especial aos detalhes que a pessoa idosa necessita. Segundo o médico, é fundamental o cuidado na identificação da depressão nessa faixa etária, sendo uma condição que afeta cerca de 15% dos idosos, porém, com apenas um quarto recebendo o tratamento adequado.

“Um dos fatores comuns na quantidade de pessoas sem um acompanhamento é a ausência de diagnóstico, até por conta de alguns preconceitos de achar comum o idoso ter mais tristeza, irritabilidade e ter mais dores. Outro aspecto é o desconhecimento sobre a depressão, muitas vezes interpretada apenas como extrema tristeza, ao invés de atentar para aspectos como desmotivação, desinteresse, recorrência de ideias negativas e distúrbios de sono”, explica.

Além da importância de promover qualidade de vida e conforto durante o envelhecimento, deve-se observar que a depressão é o transtorno mental potencialmente tratável mais comum na idade avançada e precisa ser observada com suas particularidades para não progredir a quadros mais trágicos.

“É preciso entender o idoso em toda sua complexidade, desde o passado e as coisas que aconteceram com ele, passando pelas vivências e situações que enfrenta no seu cotidiano e, também, o que acontecerá com ele, suas expectativas e preocupações referentes ao futuro. Cerca de 70% dos idosos que cometem suicídio partilham suas intenções com um membro da família ou outros indivíduos antes de fazer, por isso devemos ter cuidados com mitos de quem fala, não faz, pois muitas vezes é um sinal de alerta do que pode vir”, sublinha.

A depressão é identificada como uma doença com recorrência durante o pré-diagnóstico de casos de Alzheimer e também como um fator de risco. O geriatra João Senger, especialista em Geriatria e Nutrologia pela AMB, com Pós Graduação em Geriatria, Mestre em Saúde Coletiva e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia/Secção RS, ratifica essa ideia e aponta que se trata de uma enfermidade que tem seu princípio com 15 a 20 anos antes de seu reconhecimento.

“Quando nós atingimos o diagnóstico, já houve uma queda da função neuronal. Temos a dificuldade de tentar antecipar essa condição e entender o quanto antes tais problemas, pois ao saber, o declínio de capacidade mental é considerável. Nosso grande desafio é descobrir quais pacientes podem desenvolver essas características no intuito de evitar essa perda progressiva”, aponta.

Para identificação e cuidados da pessoa idosa com essa condição, é preponderante ter atenção aos detalhes particulares de cada indivíduo. Estima-se que 70% dos idosos se queixam em relação a memória e, por mais que seja uma situação frequente, é necessário distinguir o que é comum do que é um sintoma de Alzheimer.

“Um fator importante é observar se as coisas são normais do paciente. Se ele sempre teve aquilo e se é uma característica dele. Outro detalhe é não confundir a demência com a desatenção. Existem pontos chaves como: a natureza do esquecimento tal qual esquecer de uma parte de um evento e não da existência dele; dinâmica evolutiva identificando se sempre foi assim ou não; outras alterações cognitivas como a execução de atividades recorrentes do seu cotidiano e o grau de dependência do paciente”, define.

A atividade teve mediação do psiquiatra, Mestre e Doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Eduardo Daura. O evento ocorreu de forma gratuita e transmitida online com audiência de mais de cem pessoas.

 


Giovanni Andrade

 

Crescimento das crianças: quando se preocupar?

Acompanhamento regular com pediatra é fundamental   para detectar se criança possui um bom crescimento

Divulgação


Endocrinologista pediátrica de Goiânia explica tratamento que auxilia no desenvolvimento da altura


O homem brasileiro tem, em média, 1,73m, e a mulher, 1,60m. Ambos registraram o mesmo crescimento desde 1914: 8,6cm de acordo com pesquisa publicada na revista científica eLife em 2016, que mapeou tendências de crescimento em 187 países entre 1914 e 2014. Para homens, o Brasil é o 68º colocado em altura entre os países analisados, a mulher brasileira alcançou a 71ª posição. Sabendo ou não dessa estatística, muitos pais se preocupam com o crescimento dos filhos e ficam atentos quando o desenvolvimento parece não estar indo bem.

A endocrinologista infantil Lara Barros, da Bela Infância Clínica Pediatra, situada no Órion Complex, em Goiânia, afirma que nem sempre a criança atingirá a estatura média da população e, mesmo assim, poderá estar dentro da normalidade. Mais importante do que observar a altura dela é determinar se o ritmo de crescimento está normal e se não existem doenças associadas. Ela explica que até os dois anos de idade os principais fatores que determinam o crescimento são nutricionais e o estado geral de saúde. 

A partir dos dois anos, a estatura dos pais, ou seja, a herança genética, começa a ter papel fundamental no crescimento, sendo responsável por até 80% da estatura final do indivíduo. Outros fatores podem prejudicar o crescimento da criança, como a puberdade precoce e deficiências hormonais, como do hormônio da tireoide ou do hormônio de crescimento, conhecido como GH (Growth Hormone).

 

Quando suspeitar que a criança não está crescendo bem?


De acordo com Lara Barros, o acompanhamento com o pediatra é a melhor forma de detectar precocemente problemas de crescimento. O pediatra utiliza curvas padronizadas de crescimento para saber se o ritmo da criança está normal. “Caso o pediatra observe uma baixa velocidade de crescimento uma investigação detalhada deve ser realizada”, diz.

A especialista alerta que a comparação feita pelos pais, entre crianças da mesma idade não é um bom parâmetro: “Crianças da mesma idade cronológica podem estar em fases diferentes da puberdade, terem idades ósseas diferentes, além de estatura alvo familiar diferentes, por isso, terão estaturas diferentes sem, necessariamente, ser um problema de saúde”.

 

Quando o tratamento é imprescindível?


Após detectar a baixa estatura, o médico deve estabelecer qual foi a causa para iniciar o tratamento específico. Em algumas situações, o uso do hormônio de crescimento pode ser necessário. “A deficiência do hormônio de crescimento é a indicação clássica para a reposição medicamentosa. Porém, existem outras indicações como algumas síndromes, Síndrome de Turner e de Prader Willi, doença crônica (principalmente a doença renal crônica) e a baixa estatura idiopática (sem causa definida)”, explica a endocrinologista.

Em relação a idade, a médica afirma que não existe uma idade mínima para o início do tratamento com o GH, este dependerá do grau da baixa estatura e do diagnóstico. “Casos de baixa estatura grave ou de deficiência do hormônio de crescimento devem iniciar o tratamento o mais precoce possível, pois assim a resposta será melhor”. O tratamento deve ser interrompido quando a idade óssea atingir 14 anos nas meninas e 16 anos nos meninos, pois a partir daí o crescimento longitudinal já não é mais satisfatório, ressalta a médica.


COVID-19 pode causar tontura / labirintite?

Existem indícios científicos que o COVID-19 atua no cérebro, provocando diversos sintomas, sendo o principal, TONTURA.

 
Como o  vírus chega ao nosso sistema nervoso central? Existem duas principais hipóteses:
 
1- Pelo sangue ou 2 - diretamente pelo nariz, pegando carona com o nervo olfativo (o nervo que liga nosso nariz ao cérebro, assim como faz o vírus da herpes, por exemplo).
 
Fato que existe nas células do cérebro receptores (poucos mas existem) para o COVID-19 (receptores ACE2, que é quem carrega o vírus para dentro das células, iniciando seu processo de replicação). Já em estudo de 11 de fevereiro, surgiram hipóteses que o COVID-19 poderia até mesmo provocar (ou piorar) a falta de ar nas pessoas infectadas, agindo nos centros respiratórios do cérebro (ou seja, a falta de ar não seria exclusivamente pela pneumonia e o estrago que o vírus provoca nos pulmões). Relatos de pessoas conscientes que perdiam o controle de movimentar o diafragma e respirar, reforçam ainda mais essa idéia.

Em 11 de março, saiu publicação científica séria, relatando sintomas neurológicos em pacientes internados com COVID-19 em Wuhan, na China. Foram avaliados pacientes mais graves e menos graves internados e descoberto que 16% dos infectados sentiam TONTURA (independentemente de serem muito graves ou pouco graves). Ou seja, aprox., ¼ das pessoas infectadas podem vivenciar a sensação de tontura e vertigem pela atuação do vírus no cérebro.
 
Também foi mostrado que pode ocorrer dor de cabeça, alteração da consciência e até mesmo AVC em pessoas infectadas. Outrossim, também existem manifestações em nervos do corpos, sendo a perda de olfato e perda de paladar o principal exemplo (5% das pessoas infectadas).
 
Embora sejam indícios científicos (como sempre digo, estamos aprendendo sobre o COVID-19, junto com sua progressão pelo mundo, muito pouco se sabe e muito se tem a aprender sobre esse temido vírus), esse estudo chama a atenção para que sinais de tontura sem motivo aparente, possa ser um sinal de infecção por COVID-19 em aproximadamente ¼ das pessoas (25%). Em especial, se a tontura vier associado com sintomas gripais, este pode ser um sinal de alerta importante, tendo em vista que tontura não é lá um sintoma tão comum na gripe típica pela influenza.

 

 

Dr. Saulo Nader - neurologista da USP e do Albert Einstein


Câncer de intestino: entenda a doença e saiba como se prevenir

Setembro é o mês da prevenção do câncer de intestino. A doença que foi responsável pela precoce morte do ator Chadwick Boseman, famoso pelo seu papel no filme Pantera Negra, que mobilizou fãs no mundo inteiro, requer atenção e cuidados, pois a patologia é mais frequente do que a maioria das pessoas imagina e porque costuma se desenvolver de forma silenciosa. Além disto, a detecção e diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura.

O câncer de intestino abrange os tumores que se localizam no intestino grosso - chamado tecnicamente de cólon - no reto e no ânus. Por isso também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

Segundo dados do INCA, esse tipo de câncer é o segundo mais frequente entre homens e mulheres, e é consequência de ‘interações’ entre fatores genéticos e ambientais. Sua prevenção está principalmente na mudança de hábitos, alimentação saudável, e também na realização de exames preventivos periódicos.


Manifestação e sintomas

Uma grande porcentagem desse câncer se inicia como um pólipo benigno dentro do intestino. Quando o diagnóstico destes pólipos é realizado precocemente, pode-se impedir a evolução para um quadro mais preocupante. O problema é que, geralmente, essa lesão se desenvolve de forma assintomática sendo apenas descoberto, muitas vezes, quando já se transformou em um tumor maligno de tamanho considerável.

Os sintomas mais comuns do câncer colorretal são sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), dor abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e alteração na forma das fezes. Tais sintomas podem estar ou não presentes, dependendo da localização do tumor no intestino, e é muito importante dizer que esses sintomas também são comuns em outras patologias gastrointestinais e por isso devem ser sempre avaliadas por um médico especialista.


Causas e fatores de risco

A idade avançada aumenta os riscos de câncer de intestino, por isso a partir dos 40 anos já é preciso redobrar a atenção. Sobrepeso, alimentação não saudável (pobre em frutas, vegetais e fibras e com excesso de carne vermelha e alimentos ultraprocessados), tabagismo e consumo de álcool também contribuem para o aumento do risco desta patologia.

A incidência de câncer de intestino também aumenta caso haja familiares próximos que tenham tido a doença e caso o próprio paciente tenha o diagnóstico de alguma doença inflamatória intestinal como a Retocolite ulcerativa crônica e a doença de Crohn.


Diagnóstico e tratamento

Qualquer alteração do hábito intestinal abrupta e persistente a partir dos 40 anos, além do aparecimento de algum dos sintomas comuns do câncer colorretal, deve ser considerado como alerta. Por isso, é importante procurar um médico especialista que saiba distinguir os sintomas de outras doenças parecidas, como hemorróidas, e ofereça a investigação adequada.

O diagnóstico é feito através do exame que se chama colonoscopia na qual é realizada a retirada de um pequeno fragmento (biópsia) do pólipo/lesão suspeito.

Quando diagnosticado é, na maioria dos casos, uma doença tratável e frequentemente curável. O tratamento inicial é a cirurgia. A cirurgia pode ser feita de forma convencional (aberta), laparoscópica e também robótica. Nela é retirado o segmento do intestino afetado além de gânglios linfáticos próximos. A quimioterapia e a radioterapia também podem ser utilizadas para tratamento e também na prevenção de recidiva do tumor.


Prevenção

Para evitar o câncer de intestino, além de procurar um especialista ao notar qualquer sintoma suspeito, é muito importante se manter no peso corporal adequado, praticar atividades físicas, evitar o consumo de bebida alcoólica, não fumar e não se expor ao tabagismo. Também é fundamental a realização periódica de exames de check-up preventivos, no caso, a colonoscopia. Ela deve ser realizada a partir dos 50 anos mesmo em pessoas assintomáticas e a partir dos 40 anos caso haja algum fator de risco presente.

Uma alimentação saudável e balanceada é um importantíssimo aliado na prevenção do câncer colorretal.

Carnes em excesso devem ser evitadas, principalmente as mais gordurosas e embutidos como presunto e salame. Até mesmo aqueles que são vendidos como opções "saudáveis", como peito de peru, são ricos em substâncias conservantes como nitrito e nitrato, altamente cancerígenas.

Corantes também devem ser dispensados do cardápio sempre que possível. E não pense que apenas estão presentes em doces ultra coloridos como balas e pirulitos. Grande parte dos produtos ultraprocessados os contém, inclusive os populares tabletes e sachês de temperos prontos.

Portanto, dê preferência para comer em casa sempre que puder, com pratos saborizados com ervas e temperos naturais (a lista é infinita: cebola, alho, orégano, manjericão, páprica, cúrcuma…) e ricos em grãos, frutas e legumes.

Na dúvida, aposte mais nas feiras e menos nos supermercados. Dessa maneira, não só o risco de câncer de intestino é drasticamente reduzido, como de muitas outras enfermidades.

 

 

 

Dr. Samuel Okazaki - Clínico e Cirurgião do Aparelho digestivo

 

Setembro Amarelo: Depressão X Alimentação


Dieta rica em carboidratos refinados, fast food e refrigerantes aumenta em até 41% o risco


Mulheres cuja dieta inclui mais alimentos inflamatórios, como bebidas açucaradas, refrigerantes, grãos refinados, carne vermelha e margarina, além de pobres em alimentos anti-inflamatórios, como vinho, café, azeite de oliva e verduras e vegetais verdes e amarelos têm um risco maior de sofrer com depressão. É o que afirma um estudo realizado por pesquisadores da Harvard School of Public Health (EUA). 

Os cientistas descobriram que as mulheres que bebiam regularmente refrigerantes, comiam carne vermelha ou grãos refinados – além de consumirem raramente  vinho, café, azeite e legumes – eram de 29% a 41% mais propensas de ser deprimidas do que aquelas que fizeram uma dieta menos inflamatória. Pesquisas anteriores sugeriram uma ligação entre a inflamação e a depressão, mas a associação entre o padrão alimentar inflamatório e depressão era desconhecida. Estudos têm relacionado inflamação excessiva a doenças cardíacas, AVC, diabetes, câncer e outras condições. 

O consumo exagerado de gorduras trans está diretamente relacionado a um maior risco de depressão, “Isso acontece porque o excesso de gorduras trans e saturadas em nosso organismo aumentam a produção de citocinas, moléculas pró-inflamatórias que causam o mau funcionamento dos neurônios”, afirma a Dra. Luanna Caramalac. 

Já os refrigerantes são ricos em substâncias que podem interferir nas atividades do nosso organismo de forma negativa. “As pessoas que tomam refrigerante com frequência acabam favorecendo o aparecimento de doenças como depressão,” alerta a nutricionista 

Outro fator para se preocupar é a insatisfação com o corpo que pode levar tanto à depressão em relação aos transtornos alimentares. “Ou seja, ter  uma alimentação desregrada, compulsiva e rica em gorduras ou insuficientes em nutrientes, irá favorecer esse quadro depressivo podendo desencadear uma anorexia ou bulimia, principalmente em jovens e adolescentes”, informa Caramalac. 

Por fim, a ingestão frequente de fast food pode afetar negativamente a saúde mental de um indivíduo. Sendo assim, ter padrão alimentar baseado em carnes processadas e aditivos alimentares (corantes, conservantes etc.) dobra o risco de depressão na meia idade. “É importante ressaltar que as gorduras presentes nesses alimentos em excesso cultivam outros hábitos que favorecem a depressão, como sedentarismo, tabagismo e baixo consumo de frutas e legumes”, finaliza a nutricionista Luanna Caramalac.

 

 

Dra. Luanna Caramalac Munaro - CRN-3 49383 - Nutricionista pela UNIDERP, pós-graduada em nutrição clínica funcional, pela VP – Centro de Nutrição Funcional, pós-graduanda em adequação nutricional e manutenção da homeostase, pós-graduanda em nutrição comportamental pela IPGS, formação em modulação intestinal. Atua na área integrativa com foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas degenerativas e emagrecimento saudável.

 

Saiba o que é mito ou verdade nas disfunções do sono em pessoas 50+

Especialista explica sobre mudanças nessa fase da vida


Conforme a idade vai chegando, dependendo do histórico e dos hábitos praticados, alguns aspectos da vida podem apresentar mudanças em pessoas acima de 50 anos. Estar com o sono em dia é um dos sinais de boa saúde, mas vários fatores influenciam para que isso ocorra. “Aquela ideia de que todo idoso dorme mal ou todo idoso dorme pouco é um mito, é preciso desmistificar isso. Mas, sim, acontecem alterações do sono relacionadas à idade que precisamos conhecer”, explica o geriatra Felipe Bozi, médico da startup Nilo Saúde, uma clínica multidisciplinar digital. 

O especialista diz que acontece uma redução no tempo da fase de sono mais profundo, ou seja, o indivíduo mais velho tem um sono mais superficial, podendo acordar com mais facilidade e com pequenos estímulos de barulho e iluminação. Mudanças fisiológicas do organismo e algumas doenças também influenciam na qualidade do sono, causando a temida insônia. “As alterações de sono em pessoas acima de 50 e 60 anos são extremamente comuns. Acima dos 60 anos, entre 30 e 40% das pessoas vão ter algum episódio de insônia, que está diretamente ligada a uma piora da qualidade de vida”.

Antes de um diagnóstico, é necessário fazer uma avaliação do paciente, observando hábitos diurnos, noturnos e a rotina antes de dormir, já que essas condições impactam diretamente na qualidade do descanso. Se a pessoa toma alguma medicação isso também deve ser considerado, pois alguns remédios tendem a piorar o sono, assim com o uso de álcool e tabaco. Algumas doenças como apneia obstrutiva do sono, síndrome das pernas inquietas, depressão, demência e outros problemas de memória, também podem levar à insônia, piorando a qualidade do sono, causando sonolência diurna e até limitações nas atividades do dia a dia por cansaço. A avaliação médica é importante para um diagnóstico adequado e tratamento oportuno.

Para ter um sono de qualidade, é necessário manter algumas medidas de higiene do sono, que conseguem resolver a maior parte dos problemas de insônia primária. O geriatra da Nilo Saúde cita alguns exemplos: ir para a cama apenas quando estiver com sono, não tomar café ou outras bebidas estimulantes pelo menos 6 horas antes de dormir, não fazer atividades físicas nas 3 horas anteriores de ir para a cama - mas fazer atividade física durante o dia porque ajuda no padrão de sono, evitar tirar cochilos ao longo do dia e evitar fazer atividades na cama, como leituras, ver TV e usar o celular. “Mas a principal medida é manter uma rotina de acordar e de dormir, que se mantenha também ao longo do fim de semana”, comenta.

Se o paciente tem insônia secundária, em consequência das doenças citadas anteriormente, é preciso realizar um tratamento adequado antes, em sintonia com o reforço e estímulo das medidas de higiene do sono. Em alguns casos o médico deve encaminhar para uma terapia cognitivo comportamental direcionada para a melhora do sono, e, em último caso, prescrever o uso de medicações. “Existem diversas medicações que ajudam o paciente que tem insônia, os mais conhecidos são os benzodiazepínicos, a melatonina e as drogas z, dentre elas o zolpidem. Essas medicações, no entanto, precisam ser usadas na menor dose e pelo menor tempo possível para que a pessoa consiga ajustar a sua rotina”, completa Bozi. O médico adverte ainda que esses remédios têm efeitos colaterais a longo prazo, podem afetar a memória e aumentar o risco de queda, por isso não é recomendado o uso crônico. “Caso a pessoa já faça o uso crônico, é importante rever a indicação de manter essas medicações e fazer uma tentativa de retirá-las”, finaliza.

 




Felipe Bozi - médico formado pela Escola Superior de Ciências da Saúde em Brasília (ESCS) e especializado em Clínica Médica e Geriatria pelo Hospital das Clínicas da USP. Seu interesse pela geriatria começou ao perceber que o paciente idoso precisa de um olhar diferenciado que respeite sua biografia e suas expectativas, pois só assim é possível fazer um cuidado adequado de sua saúde. Após terminar a residência de Geriatria, trabalhou por um ano como preceptor dos residentes no HCFMUSP, contribuindo para a formação dos novos médicos residentes em Geriatria. Depois, passou a integrar o time da Nilo Saúde, uma clínica multidisciplinar digital especializada na saúde integrada do público 50+.

 

Nilo Saúde

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Setembro Amarelo

 


Como reprogramar a mente e mudar suas percepções sobre a vida

Tudo o que você faz e que tem vontade de fazer são mecanismos de uma programação aprendida e registrada no cérebro, ao longo da vida. Mas, por conta da nossa capacidade de reaprender o tempo todo, o cérebro é constantemente reprogramado. No entanto, essa reprogramação depende única e exclusivamente do próprio indivíduo. Isso porque o cérebro responde às experiências externas com base no que já está registrado nele.

“Por exemplo, quando uma pessoa te olha de um jeito demorado e isso te gera desconforto, é possível que, em algum momento da sua vida, ele registrou que esse olhar tem um significado de crítica. Mas, se você adotar um modo mais abrangente de encarar as situações e perceber que aquele olhar pode ser um sinal de interesse ou curiosidade, automaticamente, seu cérebro será reprogramado a desenvolver outros modelos de interpretação”, analisa Marcia Dolores Resende, psicóloga, conselheira em Desenvolvimento Humano e Estudos da Família no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), especialista em Estudos da Medicina Comportamental e pós-graduada em Criatividade e Inovação pela FAAP.  

Segundo Marcia, quando você abre seu leque de percepções sobre a vida, o cérebro acompanha esse processo, e aquela experiência que antes tinha um significado traumático ou desagradável, passa a ter novas interpretações. “A mente tem a facilidade de concretizar o que você quiser. Basta estar aberto ao novo e às mudanças. Não é um exercício que você irá dominar da noite para o dia. Mas, com a prática constante, ele se torna natural e espontâneo”, afirma Marcia Dolores.  

Para auxiliar, a psicóloga cita 3 dicas que irão facilitar a utilização promissora da mente:

 

Construa imagens que te aproximem dos seus objetivos

Como seria levantar da cama e já imaginar o seu dia? Basta construir imagens que representem o seu estado interno ideal, aquilo que você deseja vivenciar e realizar. Ao fazer isso todos os dias, essa habilidade já entra no modo automático, fazendo sua mente acordar com foco no que é realmente importante para você.

 

Transforme o passado em novos aprendizados

Saber construir uma nova realidade requer o desprendimento em relação ao que já passou, principalmente às experiências ruins. Resgate do seu passado somente o que poderá servir como um aprendizado útil e benéfico para o seu presente. Além de te libertar, este exercício irá proporcionar amadurecimento e decisões mais produtivas.


Não dê espaço para frustrações
Uma competência fascinante do cérebr

o é a capacidade de regeneração. Se seu dia não saiu como planejado, não pense em frustração. Já imagine o dia seguinte. Imediatamente, sua mente muda o foco e dá o espaço que você precisa para avaliar as situações em novas perspectivas. Muito mais interessante do que se autopunir por ter feito algo diferente do que se esperava.

 

Estudo avalia relação dos profissionais da Saúde com o luto na pandemia

Pesquisa, que busca voluntários, é realizada na UFSCar em parceria com universidade holandesa

 

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende avaliar as experiências dos profissionais da Saúde que prestaram assistência de fim de vida a pacientes que faleceram recentemente e como eles têm sido afetados pela atual crise da Covid-19. A pesquisa é coordenada, na UFSCar, por Esther Ferreira, docente do Departamento de Medicina (DMed), e integra o projeto iLIVE (www.iliveproject.eu), sob o comando da professora Agnes van der Heide, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Erasmus de Rotterdam, na Holanda.


Ferreira afirma que a pandemia do novo Coronavírus pode afetar seriamente a relação com a morte de pacientes, familiares e profissionais da Saúde, tanto nos casos da própria Covid-19 quanto de outras causas. "O impacto não diz respeito apenas ao domínio físico, mas também aos domínios psicológico, social e espiritual", destaca a professora. 


Também de acordo com a pesquisadora, a morte deve ser compreendida como um fenômeno natural, tal como ela é, mas que pode desencadear processos de luto especialmente em amigos e familiares os quais, em algumas situações, precisarão de ajuda especializada. Para Ferreira, o atual contexto pandêmico tende a dificultar as experiências desses processos.


No caso específico dos profissionais da Saúde, que convivem com óbitos em seus cenários de trabalho, a dificuldade de lidar com o luto pode acarretar muitos problemas, inclusive "relacionados à saúde mental, como a depressão", como exemplifica a docente. A expectativa do estudo é levantar pontos críticos nessa relação dos profissionais com o processo de fim de vida e discuti-los, propondo ideias para minimizar danos em situações semelhantes no futuro.


"Estamos avaliando não apenas como o profissional da Saúde se auto percebe, mas também se o ambiente em que ele está inserido tem alguma relação com o processo de luto, o que possibilitará a proposição de melhorias", afirma. Além disso, por meio da parceria com o projeto holandês, os dados coletados no Brasil serão juntados com os de outros países, ampliando as análises dos resultados. 



Voluntários


Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados profissionais da Medicina, Enfermagem e Fisioterapia, de qualquer região do País, que vivenciaram situações de morte de pacientes a partir de março de 2020. Os voluntários responderão a um questionário online (https://bit.ly/3g2Mp72), disponível até o dia 10 de outubro. Projeto aprovado pela Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 31896820.1.0000.5504).

 

Respira, inspira e não pira: a respiração para aliviar a ansiedade

Professor de yoga cadastrado no GetNinjas explica como o ato de respirar e a saúde mental caminham lado a lado


Na quarentena, a ansiedade é uma companhia "non grata". Apesar de ser um sentimento comum, quando em excesso, a angústia afeta funções físicas do corpo, como a respiração. Segundo Victor Mazzoli, professor de yoga cadastrado no GetNinjas, a respiração fica desregulada, pois assim como as atividades da mente influenciam no ato de respirar, este influencia o estado mental; como em uma via de mão dupla.


Para lidar com isso, é possível praticar exercícios de respiração que ajudam a controlar a ansiedade. "Existe uma relação entre os ritmos respiratórios e os estados mentais. Tais mudanças no ritmo da respiração correspondem não só a mudanças no ritmo do coração, mas a mudanças no potencial elétrico na superfície do cérebro também", comenta Victor. No universo dos exercícios respiratórios há técnicas conhecidas como Kryias (de purificação) e técnicas de Pranayama (de controle de respiração). Ambas as técnicas podem ativar o sistema parassimpático e levar a um estado mais sedativo, promovendo um relaxamento.


Além da sensação de relaxamento, a prática de técnicas de Pranayama também podem complementar o tratamento de doenças respiratórias e melhora a capacidade pulmonar de ex-fumantes. Porém, no caso de condições pré-existentes como diabetes, hipertensão e problemas posturais, podem existir algumas limitações. Além disso, outro ponto de atenção é o de se exercitar sem a orientação de um professor. Ao ser realizado de forma incorreta, a prática pode causar danos para o corpo e para a mente. "Problemas podem surgir quando alteramos a respiração e não damos atenção a uma reação corporal negativa", alerta o professor.


Na prática 


Como o Pranayama é um dos membros do Yoga, é possível praticar os dois juntos ou até mesmo antes ou depois do exercício das posturas. Para praticar, é necessário manter a coluna ereta e encontrar uma posição confortável em que o corpo não perturbe a respiração. A postura do lótus com uma base triangular é o ideal, mas os iniciantes podem começar sentando-se em um banco afastado do espaldar, para poder manter o alinhamento da coluna. Apesar de poder ser feito em qualquer momento do dia, o ideal é que o praticante reserve duas horas antes do amanhecer, já que nesse horário a atmosfera está pura e calma.

 



GetNinjas

www.getninjas.com.br


sábado, 19 de setembro de 2020

Campanha destaca serviço gratuito de imunização para pacientes especiais

 


Com diferentes ações, a iniciativa "CRIE + Proteção" valoriza a vacinação de pessoas mais suscetíveis a infecções, como aquelas que enfrentam o câncer ou vivem com HIV


Alguns pacientes são mais vulneráveis a infecções e, por isso, têm necessidades específicas de vacinação. Essas pessoas podem ser atendidas gratuitamente em unidades de saúde do SUS: os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), uma rede que já existe há 27 anos¹. Apesar desse histórico, o serviço ainda é pouco conhecido no Brasil, inclusive entre os médicos². Com o apoio de toda a sociedade, contudo, é possível mudar o cenário de desconhecimento e formar uma verdadeira rede de proteção em torno daqueles que correm maior risco de adoecer. Esse é o objetivo da campanha CRIE + Proteção, uma iniciativa da Pfizer, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Várias condições clínicas e procedimentos podem tornar um organismo mais suscetível a infecções, como enfrentar um câncer, passar por um transplante, viver com HIV ou com diabetes. "O envelhecimento da população está associado a um incremento no número de quadros crônicos. Graças aos avanços da medicina, os pacientes oncológicos, por exemplo, vivem cada vez mais, mesmo nos estágios avançados da doença, assim como os indivíduos que vivem com HIV. Além disso, infecções podem ser causa de descompensação de doenças como cardiopatias, diabetes, entre outras. Essas doenças de base aumentam o risco de contrair infecções graves e, portanto, a vacinação desses grupos precisa estar no centro das atenções", afirma o presidente da SBIm, Juarez Cunha.

Para estimular o conhecimento sobre a importância e a segurança da vacinação dos chamados paciente especiais a campanha CRIE + Proteção reúne ações presenciais e digitais. A primeira delas é uma websérie especial apresentada pelo médico Dráuzio Varella, que tem uma forte ligação com a temática. Cancerologista, dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer de São Paulo por 20 anos e foi um dos pioneiros em iniciativas de enfrentamento da aids no Brasil, ainda na década de 1980. Nos três vídeos da série, o médico visita unidades do CRIE para apresentar o serviço à sociedade e discutir as opções oferecidas aos pacientes imunocomprometidos.

Em cada um dos episódios, Dráuzio Varella conversa com profissionais das unidades de referência e acompanha pacientes que visitam esses locais pela primeira vez: Jussara Del Moral, diagnosticada com câncer de mama em 2007, Pedro Frazão, que passou por um transplante renal em 2018, e Lucas Raniel, que vive com HIV desde 2013. Exibidos a partir do mês de setembro, os vídeos ficarão disponíveis no canal do médico Dráuzio Varella no Youtube e, também, no portal da SBIm: http://www.familia.sbim.org.br/pacientes-especiais. Na plataforma, o internauta também pode se informar sobre as condições crônicas de saúde contempladas com a vacinação gratuita, conhecer as indicações e contraindicações para cada caso, bem como acessar a lista completa de endereços das unidades dos CRIE em todo o Brasil.


Criando proteção

A campanha CRIE + Proteção também conta com o apoio de influenciadores digitais de diferentes segmentos na divulgação da causa. "Esperamos que a campanha possa melhorar o conhecimento sobre as unidades do CRIE e estimular a adesão dos imunocomprometidos e pessoas com doenças crônicas à vacinação, valorizando um atendimento importante que é prestado gratuitamente pelo SUS", afirma a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.

Uma das novidades mais recentes no âmbito do CRIE foi a ampliação das possibilidades de prevenção contra as doenças pneumocócicas, a partir da incorporação de uma vacina que protege contra os 13 tipos mais prevalentes da bactéria pneumococo em todo o mundo. Pessoas com condições clínicas que comprometem o sistema imunológico apresentam um risco aumentado para pneumonia e doenças pneumocócicas invasivas, em relação aos indivíduos saudáveis. Entre aquelas que vivem com HIV, por exemplo, o risco de contrair pneumonia é de 50 a 100 vezes maior na comparação com pessoas sem essa condição³.

Pacientes oncológicos representam outro grupo suscetível à pneumonia e outras infecções, uma vez que o sistema imune pode ser enfraquecido pelo próprio câncer e pelos tratamentos que afetam as células de defesa. Também devem receber atenção especial indivíduos que utilizam imunossupressores, como as medicações usadas para evitar a rejeição em transplantados ou mesmo os pacientes submetidos a transplante de medula, o que pode prejudicar as memórias imunológicas adquiridas ao longo da vida.

"A vacinação contra o pneumococo está muito bem estabelecida nos calendários vacinais do Brasil e do mundo, de modo que a incorporação da 13-valente aos CRIE representa um grande avanço em termos de acesso. É fundamental que todos estejam atentos às atualizações nas recomendações de imunização, respeitando as particularidades de cada paciente e de sua condição clínica", avalia Márjori.

 


Referências:

1. NOBREGA, Laura Andrade Lagôa; NOVAES, Hillegonda Maria Dutilh; SARTORI, Ana Marli Christovam. Avaliação da implantação dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. Revista de Saúde Pública, 2016. Acesso em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50/pt_0034-8910-rsp-S1518-87872016050006183.pdf
2. INSTITUTO IPSOS. Pesquisa: Estudo da Jornada do Paciente CRIE, 2018.
3. PELTON SI e al. Rates of pneumonia among children and adults with chronic medical conditions in Germany. BMC Infect Dis. 2015;15(1):470.


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