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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Impactos da LGPD nas relações de trabalho

O Senado Federal decidiu que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), não terá seu prazo adiado. O início da vigência está no aguardo de sanção presidencial.

A Lei Geral de Proteção de Dados dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.

Neste contexto, as relações laborais encontram-se inseridas.

Dada a complexidade do Direito do Trabalho e sua evolução, a utilização de dados pessoais do empregado pelo empregador, definidos como “sensíveis”, demandará dos Departamentos de Recursos Humanos das empresas, a realização de verdadeiro inventário das informações  pessoais dos empregados, dado o alto poder lesivo de eventual tratamento irregular.

A implementação de gestão de dados sensíveis pelo RH, com possibilidade de limitação ao acesso e o correto descarte, será medida urgente e necessária.

Isso porque, em todas as fases que compõe as relações laborais, seja na fase de recrutamento e seleção, seja durante a vigência ou após o término do contrato de trabalho, o empregador lida com dados pessoais, tidos como sensíveis.

Como parte do processo de adequação, as empresas devem revisar esse fluxo de dados pessoais sensíveis, e mais do que isso, estabelecer controles dos níveis de acesso às informações, para a garantia da segurança e da privacidade dos seus titulares, nos termos do que dispõe a LGPD.

Ao contrário do que parece, o objetivo da LGPD não é a restrição da utilização dos dados pessoais, mas legitimar e protegê-los, publicizando aos titulares a existência de uma política de tratamento segura em relação aos mesmos.

No âmbito das relações regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho, a  LGPD demandará que o empregador informe ao empregado sobre o modo como trata seus dados, por quanto tempo os guarda e com quem os compartilha, já que o tratamento dos dados pessoais deve observar os princípios da licitude, lealdade e transparência.

Relativamente ao tratamento lícito, o titular dos dados pessoais sensíveis deve emitir seu consentimento para uma ou mais finalidades, quando for aplicável, a depender da finalidade.

Assim, os dados pessoais que já eram protegidos pela legislação brasileira e jurisprudência dos Tribunais, passaram a ser contemplados como de máxima proteção pela LGPD.

Importa verificar que a Lei Geral de Proteção de Dados apresenta princípios de proteção de dados pessoais sensíveis comuns a todas as legislações que tratam da matéria no mundo, estabelecendo condições de legitimidade para o tratamento dos dados pessoais da pessoa natural e as responsabilidades para o caso de descumprimento.

A nova Lei imporá às empresas que os procedimentos envolvendo os dados pessoais dos empregados devam ser desenvolvidos de forma a garantir tratamento seguro, a privacidade dos titulares e mecanismos de tratamento adequado às especificidades do empreendimento.

Recomenda-se que sejam criadas regras de boas práticas e governança, que estabeleçam procedimentos, normas de segurança e ações educativas para a mitigação de riscos, além de uma política de privacidade acessível e que descreva todos os processos relacionados a dados sensíveis dos empregados.

De absoluta importância que busquem conhecer as operações possíveis de tratamento dos dados pessoais sensíveis dos empregadores e dos prestadores de serviços contratados, no sentido de viabilizar o processo de adequação e implementação das medidas de segurança inevitáveis.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANDP) irá fiscalizar e editar normas sobre o tratamento de dados pessoais por pessoas físicas e jurídicas, sendo que as sanções administrativas pecuniárias são elevadíssimas aos responsáveis pelo tratamento de dados pessoais.

A LGPD consagra direitos aos titulares dos dados pessoais sensíveis e impõe deveres aos responsáveis pelo tratamento, que deverão adequar suas operações sob a ótica da uma política segura de privacidade. 

 

 

Elizabeth Grecov- especialista em relações de trabalho da Lopes & Castelo Sociedade de Advogados


Foco do próximo normal é a experiência do cliente

O impacto da Covid no comportamento do cliente foi abrangente, imediato e forçou os gestores repensarem tudo que, até então, era estratégico. Os gastos na maioria dos setores estão baixos, as compras mudaram dos canais presenciais para os digitais e a segurança pública se tornou uma prioridade para todos. Os executivos que elaboraram cuidadosamente estratégias omnichannel, para criar experiências exclusivas e atraentes para o cliente, tiveram que jogar fora seus manuais e improvisar para acompanhar o ritmo.

À medida que as empresas se preparam para o longo prazo, o que chamamos de ‘próximo normal’, a situação continua mudando a cada semana e pode variar drasticamente por região. Um dos desafios mais incômodos é determinar quais comportamentos e tendências dos clientes vieram para ficar e quais mudarão com a volta da tal normalidade.

Para vencer no próximo normal, é preciso identificar os comportamentos atuais que definirão a experiência do cliente em curto prazo. De acordo com a McKinsey, são três as prioridades que definirão a experiência do cliente na era pós-pandemia: excelência digital, envolvimento seguro e sem contato e percepções dinâmicas do cliente. Cada organização buscará essas prioridades de maneira diferente com base em seu setor, ponto de partida e cenário competitivo.

Os clientes estão reduzindo significativamente seus gastos em quase todas as categorias, antecipando tempos difíceis pela frente. É provável que essa tendência continue. Com o pico da crise nas economias ocidentais, mais de um terço dos europeus e americanos disseram que sua renda foi afetada negativamente pela Covid, afirma a McKinsey. Espera-se que os gastos gerais diminuam em 50% em todas as categorias de consumo, mas certas necessidades aumentarão: alimentação (até 14%), entretenimento (até 13%) e suprimentos para casa (até 3%).


Comportamentos que vieram para ficar

A China, que está várias semanas à frente de outros países na crise da pandemia, ainda não viu os gastos do consumidor voltarem ao normal. A pesquisa da McKinsey revelou que os gastos caíram de 30% a 60%.

Embora a flexibilidade financeira possa ser cada vez mais limitada, muitos clientes agora enfrentam um excesso de tempo. O isolamento social estimulou um engajamento recorde nas plataformas digitais, onde os clientes estão substituindo ou complementando atividades físicas e presenciais com equivalentes digitais.

Em paralelo, a demanda por dados e largura de banda disparou. Um levantamento recente de análise da web revela um aumento mundial de quatro vezes nas pesquisas do Google por ‘atualização do plano de dados’.

Quase todas as organizações, sejam empresas tradicionais ou startups, estão reorientando os modelos de negócios para ser mais digital, porque é questão de sobrevivência. E é altamente provável que os consumidores prefiram usar esses meios após a crise. Por exemplo, a China prevê que a penetração online terá um aumento permanente de três a seis pontos percentuais devido aos comportamentos incorporados durante a Covid-19.

Nesse cenário, os gestores devem ter a habilidade de priorizar o que é mais importante, evitando a tentação de simplesmente ficar atrás das últimas notícias sobre o vírus e a cura. A onda de produtos e aplicativos para atender à demanda específica do coronavírus pode, em breve, saturar o mercado e, provavelmente, veremos novas práticas chegarem ao topo.



Odilon Costa - CEO da Tree Solution


Mais de 250 mil beneficiários deixam planos de saúde

Setor começa a registrar estabilidade após sucessivas quedas em função da pandemia de Covid-19


Em três meses, o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares registrou perda de mais de 250 mil beneficiários, o que equivale a uma queda de 0,5%, constata a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). No total, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o segmento conta, agora, com 46,8 milhões de beneficiários.

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, a leve queda de 0,2% em relação a julho do ano passado pode representar uma tendência de estabilidade para os próximos meses. "No início da pandemia pelo novo Coronavírus, em fevereiro e março, houve mais adesões do que cancelamentos aos planos médico-hospitalares. A partir de abril, o setor passou a registrar sucessivas baixas, particularmente intensa em maio e menos intensa em junho, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo", aponta. "Claro que alguns números podem ser alterados pela Agência em função das revisões por parte das operadoras, mas o leve saldo positivo no mês de julho pode indicar que o mercado brasileiro começa a se estabilizar após o forte impacto da crise sanitária", destaca.

O setor ainda deve ficar alerta nos próximos meses, já que não é possível saber como todo o mercado brasileiro irá se comportar. "O que depende diretamente dos rumos que a Covid-19 irá tomar no Brasil, do comportamento das pessoas e das ações dos poderes público e privado", completa o especialista. Apenas no Estado de São Paulo, 50 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde médico-hospitalar em 12 meses, o que equivale a quase metade de todos os vínculos rompidos no período.

Cechin explica que o comportamento do mercado de planos de saúde médico-hospitalares está intimamente ligado ao saldo de empregos formais no País. O executivo destaca que isso se deve ao fato de a maior parte ser de planos coletivos empresariais, ou seja, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores. Além do vínculo rompido, a redução da massa de rendimento das famílias também acaba por influenciar sua capacidade de manter planos individuais e familiares ou mesmo coletivos por adesão.

O pequeno saldo de crescimento em julho aponta para a atenuação do aprofundamento da crise econômica. "Vale lembrar, no entanto, que a economia brasileira fechou 1,19 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Julho já mostrou certo alívio, com o crescimento do emprego, mas a retomada intensa da atividade econômica só virá após sanada a crise sanitária. Esperamos ter entrado em um momento de estabilidade para que o setor volte a crescer no futuro", conclui José Cechin.

A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.


Acesse o boletim na íntegra - http://bit.ly/NAB_IESS


Planos exclusivamente odontológicos 


Entre 2016 e início de 2020, o setor de exclusivamente odontológicos sempre se manteve à parte da instabilidade nacional, com elevado ritmo de crescimento, ao contrário dos médico-hospitalares. No entanto, esse segmento também sente os impactos do atual momento.

Apesar de continuar em alta no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7% (675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais a partir de março. Só entre abril e julho, o segmento perdeu aproximadamente 320 mil vínculos, ou seja, baixa de 1,2%.

No período de três meses, a maior queda foi registrada entre os planos coletivos. Essa categoria registrou diminuição de 1,3%, o que equivale a 275 mil beneficiários.

 


Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)

 

Não perca tempo com a LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados…

Para muitas corporações, a vigência da LGPD pode incomodar em variáveis graus, que podem ser comparáveis no mínimo a um pedrisco no sapato, e no limite até a uma nevralgia. Em qualquer desses graus, é um problema que precisa de ação  urgente por várias razões. 

A primeira delas é porque de fato a lei é benéfica e muito importante, tanto para a nossa proteção como cidadãos, quanto para melhorar a conduta das nossas empresas. Por isso mesmo, não devemos perder tempo e rapidamente devemos nos adequar. Contudo, dependendo do trajeto escolhido, alcançar esse objetivo pode consumir muito tempo. 

Repetindo: pode consumir muito tempo. Ou não. 


A ocorrência de qualquer das hipóteses dependerá tanto da experiência do time que guiará a empresa nesse trajeto quanto dos métodos que esse time utilizará. Quem está no mercado sabe que nos projetos de adequação à LGPD as abordagens mais utilizadas estão baseadas em diagnósticos longos, com o envio de questionários frios e em geral ineficientes. Na verdade, eles fazem parte de uma sequência de ações que não deflagram o processo mais fundamental para a adequação da empresa à lei, que é a transformação cultural dos colaboradores.


Engana-se quem acha que essa transformação da cultura dos colaboradores, assim como dos processos e sistemas da empresa para adequação às exigências da lei, seja de responsabilidade do jurídico ou da área de TI. O que elas devem fazer é dar apoio às áreas de negócios, as verdadeiras responsáveis por essas transformações. 


A primeira das transformações, e que traz benefícios a todas as áreas, é de fato não se perder tempo, adotando, para começar, uma postura ágil. Neste caso, essa postura significa o “fatiamento” da empresa em áreas organizacionais e elaboração de todo o ciclo, do diagnóstico à recomendação, em “sprints” com a duração de uma, até no máximo duas semanas, ao contrário das abordagens tradicionais, que consomem de dois a três meses (e transformam o projeto de adequação à LGPD no transporte de um piano de cauda). Essa nova dinâmica integra ao projeto os profissionais da área de negócios, aproxima e sensibiliza os usuários,  e também antecipa as ações de correção.


É uma prática que tem se mostrado muito efetiva na gestão da mudança, já que os colaboradores aprendem sobre a LGPD em reuniões de trabalho e nas discussões sobre a aplicação da lei à sua realidade de negócios – e não em treinamentos ‘passivos’ e monstruosamente ineficientes sobre os conceitos da lei.


Para favorecer esse aprendizado e ganhar tempo, é preciso fugir tanto do “juridiquês” quanto dos jargões de TI, já que as conversas entre as áreas serão povoadas de expressões e termos do dia-a-dia da empresa. O melhor será manter um vocabulário acessível e de negócios, traduzindo as leis e suas demandas para situações do cotidiano.


Outra estratégia vitoriosa da nossa abordagem é identificar todas as “personas” que têm dados transitando pelas áreas de negócios. Explicando melhor: por meio de entrevistas, identifica-se todos os tipos de pessoas físicas cujos dados de alguma forma são capturados pela empresa. Ao agrupá-los, damos a eles o nome de “personas”. Por exemplo: colaborador, prestador de serviços de transportes, freelancer, cliente, prospect, contato de empresa cliente, contato de fornecedor e assim por diante.


Mapeadas as “personas”, fica muito mais fácil também entender e mapear quais os dados capturados pela empresa, a base legal de apoio para essa captura, onde eles estão armazenados e sua jornada nos processos dentro da empresa. Só então se pode começar a falar de sistemas e de tecnologia.


Toda essa compreensão é que permitirá a elaboração de recomendações. Nesse intervalo, provavelmente a equipe ainda estará com os conceitos bem nítidos na memória e com alto nível de energia para trabalhar no projeto – o que não é esperado em soluções que demoram muito na fase de diagnóstico.


Claro que é importante abordar segurança da informação e cibersegurança. Embora esses temas não possam ser negligenciados, essa análise deve ser feita por uma frente de trabalho separada e focada nos executivos de TI. Não existe compliance com a LGPD sem uma proteção de perímetro, isto é, sem segurança da informação, proteção a servidores, dispositivos móveis e sistemas contra ameaças que põem em risco as informações processadas, armazenadas e transportadas por esses sistemas, ou seja, cibersegurança.


Como a lei determina que os sistemas devem estar “de acordo com as boas práticas” de tecnologia da informação, o diagnóstico durante os sprints poderá apontar a necessidade de outros  projetos, eventualmente maiores, como a substituição completa de sistemas, que demandarão mais investimentos e outros prazos de implantação. Antes disso, porém, é provável que a grande maioria das  oportunidades de mitigação de problemas seja obtida com pequenas mudanças de procedimentos ou revisões de contratos e políticas simples, e que poderão ser implementadas logo nas semanas seguintes ao sprint, permitindo que a empresa dê um salto em direção à adequação e evitando autuações.

 

 



Arlete Nascimento - consultora sênior da TGT Consult e DPO, e Omar Tabach, sócio da TGT Consult


Transparência, segurança e UX: os pilares do sucesso dos leilões on-line

Usar a internet para encontrar boas ofertas e fazer compras já é um hábito comum à maioria dos brasileiros graças ao avanço da tecnologia. No caso dos leilões, foi uma das principais ferramentas que contribuíram na popularização dessa modalidade de negócio. Um leilão nada mais é do que uma negociação envolvendo órgãos públicos, empresas privadas e até pessoas físicas, em que o produto é comprado por quem oferecer o maior valor. Com o ambiente digital, a participação se tornou mais simples, e os descontos realmente vantajosos são atrativos para quem busca ótimas oportunidades. Entretanto, três questões formam os pilares do sucesso e explicam o crescimento dos leilões on-line de imóveis:  


1 – Transparência na negociação  

A transparência é característica fundamental de um leilão. Praticamente tudo é feito de forma clara, com os participantes sendo informados de todos os passos necessários. Dessa forma, a pessoa não precisa se envolver em longas negociações com o proprietário do imóvel ou com o corretor para chegar um preço considerado justo. Tampouco ele corre o risco de perder o bem com negociações paralelas, uma vez que os lances feitos pelos interessados ficam disponíveis na plataforma para todos acompanharem o processo em tempo real. 

 

2 – Segurança em todos os processos  

Com transparência total em todas as etapas do negócio, o usuário tem mais confiança de que suas informações pessoais estão protegidas na plataforma. A página, as informações e os documentos dos clientes são criptografados por meio do protocolo SSL; além disso, as melhores empresas do setor dispõem de toda a tecnologia para proteção de dados.  

A segurança, contudo, vai além da tecnologia e engloba também a própria negociação. Todos os detalhes do bem e condições de pagamento são fáceis de acessar no edital, principal documento em um leilão sempre disponibilizado na página específica daquele lote. Além disso, a pessoa pode contar com canais de atendimento para sanar todas as dúvidas.  


3 – Experiência do usuário  

Em um leilão on-line, todo o processo para arrematação é realizado por meio da internet, incluindo a escolha da opção de pagamento, envio de documentos e comprovantes e assinatura digital da ata. Assim, é extremamente importante ter uma plataforma de interface amigável e intuitiva, assim como rápido processamento de dados a fim de que a pessoa tenha todas as informações necessárias ao seu alcance para participar da melhor forma possível.  

Desse modo, o cliente pode participar de uma negociação em qualquer lugar; basta estar conectado a um dispositivo com internet. Assim, a experiência do usuário também passa pela necessidade de manter relacionamento próximo com ele, oferecendo não só diversos canais de relacionamento, como telefone, chat, e-mail e WhatsApp, como conteúdos informativos com dicas e particularidades desse universo. Tudo para que ele se sinta confortável em se habilitar e dar lances.  

Com esses três pilares em perfeita sintonia, a tendência dos leilões on-line é aumentar ainda mais sua popularidade no Brasil. Cada vez mais a modalidade está se transformando em uma opção viável para o público. Há crescente interesse de diversos grupos e classes sociais que buscam alternativas ao mercado tradicional por conta da facilidade ao acesso das ofertas, os valores abaixo da avaliação e a flexibilidade do pagamento. Quando todas essas características se juntam em uma negociação, todos saem ganhando.  

 



André Zukerman CEO da Zukerman Leilões, empresa referência em leilões imobiliários – zukerman@nbpress.com  

 

A potencialidade dos serviços in box


O setor terciário, conhecido por abranger as atividades de comércio de bens e prestação de serviços, demonstra expressiva relevância na economia brasileira. A representatividade do setor chegou a 73% em 2018, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento (2020). Ainda para compreender a dimensão do setor de serviços, basta olhar para a sua participação no PIB brasileiro, que manteve o patamar de contribuição em torno de 60%, desde 1997 até o ano de 2018. 

Bem verdade que com todos os condicionantes da crise gerada pela pandemia da Covid-19, a retração expressiva no setor exigiu uma resposta rápida e conciliadora. Tendo como recurso a revolução por meio das plataformas tecnológicas, a aproximação de alguns serviços com o público, se deu por meio de clubes de assinatura e serviços in box.  Uma estratégia presente no mercado, mas que ganhou notoriedade e destaque como alternativa para o setor de serviços durante a crise.

É fácil perceber que cada vez mais, empresas estão trabalhando no formato de entrega de conteúdos e mercadorias por demanda, atendendo a interesses específicos do público – uma forma de fortalecer o vínculo com o consumidor, além de potencializar a fidelidade de compra e o potencial do serviço.

Os clubes de assinaturas são serviços antigos, porém ganharam destaque a partir de 2011 com as exigências do público por serviços específicos que contavam com a seleção e curadoria de especialistas – a proposta central estava em proporcionar facilidade, tanto no processo de escolha mais assertiva, quanto na diminuição de tempo trazendo maior comodidade e conforto para as pessoas com interesse específico.

Olhando pelo caminhar histórico, de fato, os clubes de assinaturas não são exatamente uma novidade, pois revistas e jornais já efetuavam esse tipo de negócio há muito tempo. A inovação foi percebida pela diversificação dos serviços e produtos entregues, como diferentes tipos de alimentos (saudável, fit, pré-preparados), bebidas (vinhos, cafés, cervejas, whiskey, cachaças), livros (infantil, juvenil, adulto, por área de interesse ou temática de preferência), entre outros.

Atualmente, os clubes de assinatura estão mais versáteis e se utilizam do varejo digital e das ferramentas de marketing digital, para ganhar expressividade e se destacar no mercado.  Segundo a TrayCorp (2020), somente nos Estados Unidos, estima-se que esse mercado movimente cerca de US$ 10 bilhões de dólares por ano. O Jornal Correio Braziliense publicou em 2018 que os clubes de assinatura movimentaram aproximadamente 1 bilhão de reais, demonstrando uma larga oportunidade de crescimento, dada a situação atual da sociedade.

Além disso, pode ser um negócio bem rentável, pois exige baixo investimento, proporciona um bom controle de estoques e pedidos e pode efetuar boa parte da sua operação no formato online, reduzindo os custos com mão de obra e estrutura física, além de estar alinhado com as preferencias e especificidades do público. Olhando pela perspectiva do cliente, ele tem a possibilidade de receber seus produtos preferidos em casa, com preços atrativos, exclusividade e regularidade, sem falar no conforto e comodidade.

Diante disso, os clubes de assinatura e os serviços e produtos in box estão conquistando o mercado, uma tendência potencializada pelos avanços tecnológicos e pelas características da situação atual.

 

 


Karen Sturzenegger - tutora do curso de Gestão de Turismo e de Gestão Empreendedora de Serviços da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Mundo pós-pandemia: futurologista prevê como o Coronavírus vai mudar a vida da população mundial

Estudo aborda como a residência, a saúde, a mobilidade e as viagens podem evoluir em 2021

 

Com o fim da pandemia global - previsto para dezembro de 2020¹ -, surgirá uma nova maneira de viver e o mundo, com certeza, será muito diferente. Tendo em vista antecipar algumas mudanças que moldarão essa nova realidade, a Allianz Partners, líder em assistência 24 horas e seguro viagem, produziu, em parceria com o Futurologista Ray Hammond, o relatório “Life after COVID-19”. 

Dividido em quatro categorias – casa, saúde, mobilidade pessoal e viagens -, o conteúdo exclusivo traz os seguintes destaques: 

  • Casa: as residências não serão mais um lugar para passar apenas noites e fins de semana, elas se tornarão uma fortaleza digital multifuncional;
  • Saúde: a tecnologia digital para a saúde será a norma, incluindo a telemedicina e incentivando a rápida adoção de tecnologias vestíveis, que são dispositivos inteligentes utilizados como um acessório (relógios, pulseiras ou até mesmo óculos de realidade virtual);
  • Mobilidade pessoal: as viagens rodoviárias voltarão aos níveis normais e as principais cidades do mundo continuarão reorganizando a infraestrutura para estimular o uso da micromobilidade;
  • Viagens: medidas rigorosas de saneamento serão adotadas em todo o setor de lazer e turismo e as viagens aéreas de lazer provavelmente voltarão aos níveis pré-COVID-19 somente após alguns anos. 

Que são melhor detalhados abaixo: 

  1. A casa assume uma dimensão completamente nova

A Covid-19 acelerou o futuro das casas e deu a elas um novo papel. Embora o trabalho em casa tenha sido uma exceção antes da pandemia, ela se tornará cada vez mais normal para os empregos que a permitem. O lar, portanto, se tornará mais do que apenas um local de lazer, será um centro de trabalho. Isso incluirá seu uso crescente para profissões como personal trainer, locutores de rádio e psicoterapeutas. Além disso, a residência se tornará um centro de aprendizado, pois os universitários terão cada vez mais probabilidade de passar um semestre ou dois na casa dos pais.  A casa do futuro também será transformada em uma fortaleza digital com sensores inteligentes, e até mesmo monitoramento integrado de saúde, como equipamentos e aplicativos de diagnóstico eletrônico, que permitirão a segurança e a independência dos moradores. 

No futuro, será um local em que poderemos obter atendimento médico e acomodar equipamentos e serviços para idosos. A longo prazo, algumas famílias poderão escolher criar espaço em casa para cuidar de um membro da família que necessite de cuidados específicos. Além disso, será possível realizar conexões de vídeo para permitir que as pessoas vulneráveis sejam tratadas remotamente pelos profissionais de saúde, no conforto de sua própria casa. 


  1. Os cuidados de saúde terão que responder a novas expectativas 

As sociedades reformadas que emergirão da pandemia de 2020 estarão mais sábias e muito mais preparadas para lidar com qualquer novo risco à saúde pública. A opinião pública exigirá mais gastos com saúde por parte dos governos, e os países localizarão cada vez mais cadeias de suprimentos médicos para garantir acesso rápido a medicamentos e equipamentos. 

Médicos e pacientes continuarão, na medida do possível, a realizar consultas de rotina remotas e online, pois a entrega digital de serviços e informações médicas tem o potencial de aliviar as imensas filas dos sistemas de saúde. Durante a crise da Covid-19, além de permitir consultoria e apoio aos pacientes, a telemedicina também ajudou a impedir a propagação do vírus, reduzindo o número de pessoas que visitam clínicas e hospitais. A tecnologia se tornará habitual com a rápida adoção de tecnologias vestíveis. 

Com a chegada da pandemia e o subsequente isolamento social, o número de pacientes que relataram problemas de saúde mental, como tristeza, aumento da ansiedade e depressão, aumentou drasticamente. Os profissionais de saúde mental também têm feito uso considerável de aconselhamento remoto, o que permite um melhor acompanhamento médico a longo prazo para aqueles que mais sofrem. 

Prevê-se que as consequências da saúde mental durem mais que a própria pandemia; é muito provável que os profissionais continuem a usar as consultas por vídeo em sua combinação de métodos de tratamento no futuro. 


  1. Uma mudança em direção no compartilhamento e mobilidade flexível 

Embora o uso de “máscaras inteligentes²” permita identificar as pessoas doentes, o volume de passageiros nos trens será reduzido e muitas pessoas vão repensar suas viagens. Durante os lockdowns, as pessoas descobriram que podiam pedir suas compras ou outros itens de compras online com facilidade e rapidez. Muitos trabalhavam em casa e agora se perguntam se faz sentido possuir um carro. É provável que isso acelere a tendência de aluguel de carros a curto prazo, e não a posse de carros, e provavelmente aumente o número de pessoas que utilizarão o modelo de compartilhamento de carros. 

Nos últimos meses, milhares de quilômetros de ciclovias foram construídas em cidades que estão sendo fechadas ao trânsito. Viajantes de todo o mundo adotaram massivamente a bicicleta à medida que emergem dos meses de isolamento social. Isso terá um impacto positivo no uso de novos modos de micromobilidade, como bicicletas, bicicletas elétricas, patinetes e scooters (compartilhadas e próprias) que podem levar as pessoas para diversos lugares e ainda evitar o uso de transporte público, ajudando a reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa e melhorando a qualidade do ar. 

Ao mesmo tempo, as autoridades precisarão fornecer pontos de carregamento, criar mais ciclovias e regular o uso para garantir que os motociclistas estejam seguro, respeitem os limites de velocidade, usem capacete e tenham responsabilidade pelos itens de mobilidade compartilhada. Com o aumento do uso e por ser um equipamento compartilhado, os fornecedores precisarão garantir a segurança de todos e fornecer regras de higiene e dicas de seguranças básicas. 


  1. A experiência de viagem nunca mais será a mesma 

A Covid-19 tem sido um verdadeiro ponto de virada para a indústria de viagens: aviões permanecem aterrados, serviços de trem reduzidos, navios de cruzeiro não puderam atracar por causa de passageiros infectados e restaurantes e hotéis tiveram que fechar por causa de medidas sanitárias. O período pós-pandemia abrirá uma nova era de precaução com menos espontaneidade e mais proteção contra o vírus. 

Prevê-se que o transporte aéreo de curta distância e as viagens aéreas domésticas se recuperem primeiro, mas os viajantes mudarão de comportamento, incluindo máscaras durante toda a jornada e os abraços e beijos de despedidas dos familiares serão fora do aeroporto. Em alguns casos, pontes de embarque, ou ponte telescópica para aviões serão usadas como um “túnel desinfetante”. As companhias reduzirão as malas da cabine para acelerar o embarque e reduzir o risco de contaminação, além de diminuir os serviços de bordo. 

Os mais afetados certamente serão a indústria de cruzeiros, pois ninguém tem uma visão clara de como eles podem ser organizados, respeitando o distanciamento social e, acima de tudo, a quarentena de viajantes doentes para evitar a contaminação. 

A hospitalidade será impactada por medidas aprimoradas de saneamento. É provável que os restaurantes reabram com menos horas, por menos dias, com muito menos mesas e menus bastante simplificados. Enquanto isso, os pedidos de entrega e retirada de aplicativos para smartphones continuarão em alta. Os pacotes all inclusive de hotel provavelmente serão redesenhados para remover a entrega de comida e bebida em estilo buffet, e assim garantir que os hóspedes recebam serviço em suas mesas individuais e distanciadas. As excursões locais deverão ser fornecidas para festas individuais e, inevitavelmente, serão mais caras. 

Finalmente, as viagens de negócios serão reconsideradas, pois a pandemia mostrou que o gerenciamento global de projetos pode ser feito por videoconferência, permitindo reduções de custos financeiros e de emissões de Gases de Efeito Estufa. Provavelmente, apenas reuniões comerciais, exposições e eventos esportivos internacionais voltarão aos níveis normais no futuro próximo. 

Sirma Boshnakova, CEO da Allianz Partners, comenta: “A crise do Coronavírus tem nos levado a muitas mudanças na maneira como vivemos nossa vida cotidiana e, com isso, as expectativas e os comportamentos dos consumidores evoluíram. Encomendamos este relatório para poder antecipar e desenvolver as soluções mais inovadoras e eficazes para nossos clientes, oferecendo a eles tranquilidade agora e no futuro. Como líder em serviços de assistência 24 horas e seguro viagem, estamos prontos para apoiar as transformações nos negócios mais importantes para o nosso grupo: residencial, saúde, auto e viagens”. 

O relatório completo está disponível para leitura aqui: https://www.allianz-partners.com/en_US/press-and-media/reports/life-after-covid.html 

 





Ray Hammond - tem quase 40 anos de experiência escrevendo e falando sobre as tendências que moldarão o futuro. Ele foi premiado com a Medalha de Ouro das Nações Unidas em Serviços para Futurologia em 2010. O longo histórico de previsão precisa de Hammond é único na Europa e ele agora vive no futuro que descreveu há quase 40 anos. O futurologista oferece discursos, palestras e workshops para empresas, governos e universidades em todo o mundo. Ele ministrou palestras na Oxford-Martin School da Universidade de Oxford, na CASS Business School e na Lund University. Hammond também é membro eleito da Royal Society of Arts (FRSA).

 

Allianz Partners

https://www.allianz-partners.com.br/

 

 

¹ Cientistas de dados da Universidade de Tecnologia e Design de Singapura utilizaram inteligência artificial para criar previsões baseadas em dados das trajetórias da Covid-19 em diferentes países, prevendo finalmente quando o surto atual terminará. O relatório pressupõe que uma vacina provavelmente será encontrada e administrada a granel no terceiro trimestre de 2021.

² Uma nova geração de máscaras que mostra se uma pessoa com sintomas de Covid-19 espirra nas proximidades. Essas máscaras estão agora em desenvolvimento no MIT e na Universidade de Harvard nos EUA.

 

Entenda o que são tecnologias exponenciais e quais as principais tendências dos negócios

Tecnologias exponenciais são soluções com enorme potencial de impactar as pessoas e o modo como elas vivem. São produtos ou serviços mais eficientes que as alternativas já em funcionamento e permitem a evolução de todo o contexto em que estão inseridas em longo prazo.

Essa evolução é explicada pela Lei de Moore, cujo nome foi recebido pelo cofundador da Intel, Gordon Moore, que observou a tendência história de duplicação do poder computacional a cada dois anos.

As tecnologias exponenciais são aplicáveis em qualquer área, em âmbito corporativo ou social, no setor público ou privado, para melhorar aspectos relacionados à saúde, mobilidade, educação e segurança, por exemplo. Neste artigo, apresentamos alguns exemplos de tecnologias exponenciais que impulsionam a transformação digital nas empresas. Confira!


Blockchain

O blockchain foi usado primeiramente em transações financeiras com criptomoedas. A tendência para os próximos anos será o uso dessa tecnologia exponencial em processos estratégicos da cadeia de suprimentos, gestão eletrônica de documentos, serviços de manufatura, segurança digital e procedimentos financeiros.

Isso, porque o blockchain garante total confidencialidade aos dados e reduz os esforços despendidos em atividades de rotina, o que reforça a confiança dos usuários em procedimentos digitalizados.


Internet das Coisas

Embora o conceito da Internet das Coisas já tenha alcançado alguns setores do varejo e os processos na gestão da cadeia de suprimentos de algumas gigantes do segmento, onde os ganhos são significativos e justificam o alto investimento em tecnologia e recursos de rede (5G), muitas empresas ainda não compreendem a disrupção desse advento.

Dispositivos de hardware e softwares habilitados a atuarem por meio da IOT poderão atingir um nível máximo de eficiência, suportado pela automatização total dos processos e integração entre sistemas operacionais e gerenciais.

A infraestrutura será formada por sensores, dispositivos vestíveis, assistentes inteligentes, máquinas e equipamentos completamente inovadoras que, por meio do alto processamento de dados, Inteligência Artificial e machine learning, exercerão atividades rotineiras e repetitivas com muito mais eficácia que os humanos e a infraestrutura que conhecemos.


Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial, é um avanço tecnológico que permite a simulação da mente humana. Ela vai além da programação convencional e consegue com a análise de enormes bancos de dados tomar decisões de forma autônoma, decidindo qual caminhos seguir de forma racional.

A AI (Inteligencia Artificial) já está implantada por todos os lugares, mesmo que não seja percebido, como por exemplo: no carro autônomo, em sistemas de diversas empresas, em hospitais, e principalmente na rede social, nos anti-virus e nos buscadores da internet.


Biotecnologia

O envelhecimento da população e a descoberta da cura de doenças que interferem na evolução humana — pelo menos a que planejamos, impulsionam pesquisas dedicadas em biotecnologia. O setor também é movimentado pela possibilidade de desenvolvimento de partes do corpo humano que substituem órgãos e tecidos com problemas, possa curar e prevenir doenças genéticas.


Impressão 3D

A impressão 3D é uma tecnologia exponencial com potencial de disrupção muito além do que as pessoas supõem. Além de transformar a maneira como todos os produtos são projetados, testados prototipados e consumidos, a impressão 3D também pode reinventar processos produtivos e da cadeia de suprimentos.

Uma combinação de infraestrutura formada por tecnologias exponenciais baseadas em nuvem, adaptabilidade social, mobilidade e uma de tomada de decisão orientada a dados provocará as transformações que permitirão a revolução 4.0 e a evolução total do contexto em que estamos inseridos.




Georgia Roncon - Empresária e empreendedora com mais de 13 anos de experiência em gerenciamento comercial, marketing, desenvolvimento de equipes, criação de produtos e implementação de cultura organizacional e inovação, atualmente é Co- Founder do ECQ Lifelong Learning. É formada em Letras Inglês e possui MBA em Gestão Empresarial e Marketing pela FGV. Apaixonada por educação, marketing e tecnologias é  co- fundadora da AGE GROUP, que atua em seguimentos como:  Turismo, Investimentos e com Educação em Inovação e Tecnologia com o ECQ Lifelong Learning, que opera tanto no Brasil e nos EUA.

 


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Novas Competências: Conheça as inteligências profissionais que farão a diferença

Especialista aponta a importância de se desenvolver as 4 inteligências no pós-pandemia


Há exatamente um semestre desde o primeiro caso de COVID-19 registrado no Brasil, a pandemia trouxe inúmeros significados, diferentes perdas e aprendizados para cada brasileiro, pois foi a partir da crise onde os profissionais tiveram a chance de revisar sua capacidade de transformação pessoal e profissional. A especialista em estratégia de carreira Rebeca Toyama mostra como aprimorar as 4 inteligências dentro do conceito da quarta revolução industrial de forma prática e objetiva a fim de se adaptar ao novo momento.

Segundo o livro ‘A Quarta Revolução Industrial’ de Klaus Schwab, o autor mostra que a quarta revolução está trazendo rupturas no modo em que vivemos, onde será um desafio se adaptar ao novo ambiente proposto, mas não impossível, precisará somente mobilizar a sabedoria coletiva de nossas mentes, corações e almas. Com isso, vem o conceito sobre os quatro tipos de inteligências: contextual (a mente), emocional (o coração), inspirada (a alma) e a física (o corpo) que será preciso se desenvolver e adaptar para assim conseguir aproveitar o potencial das rupturas.

As quatro inteligências citadas pelo autor Klaus Schwab vem mostrar algumas mudanças que estão interligadas e podem auxiliar nesta evolução profissional e pessoal, como a maneira que compreendemos e aplicamos os conhecimentos que adquirimos; a forma como nos relacionamos e processamos pensamentos e sentimentos; como usamos nos relacionamos na individualidade e no propósito compartilhado a fim de agir  para o bem comum, e como cultivamos e mantemos nossa saúde e bem-estar pessoais e daqueles que estão ao nosso entorno.

Portanto, para que o cenário seja positivo, é necessário ter a consciência da importância do aprimoramento pessoal, sendo assim, se faz fundamental o fortalecimento das nossas inteligências. “Já estávamos enfrentando uma série de crises pessoais e profissionais, antes mesmo do COVID, mas é importante ressaltar que precisamos extrair o máximo de aprendizado deste momento e fazer dessa uma oportunidade de revisar nossa capacidade de realizar e transformar o contexto pessoal e social. ”, aponta, Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.

Em um mundo de mudanças rápidas, como essa que vivenciamos hoje, requer agilidade intelectual e flexibilidade, e não foco fixo e pensamento restrito. Como precisamos trabalhar também nossa forma de se relacionar com os sentimentos, a inteligência emocional neste aspecto permite que os profissionais estejam preparados a estabelecer vínculos mais colaborativos com colegas de trabalho, clientes e parceiros de negócio.

Por outro lado, é necessário também buscar um significado e propósito junto com a confiança de cada indivíduo, pois só conseguimos chegar a algo quando se tem um propósito maior. Além disso, um dos fatores que precisam ser trabalhados é a força vital, é essencial se manter em forma, saudável e ter calma em momentos de pressão.

E o ponto-chave das inteligências é aprimorar e desenvolver novas competências, para assim reconhecer os valores, talentos e a autoestima, aperfeiçoando a relação com o mundo e com os outros. Além de encontrar potenciais inexplorados e descobrir recursos internos.

“Dentro de nossas competências precisamos encontrar lacunas onde precisam ser lapidadas, assim existirá uma forma de complementar nossas habilidades profissionais e pessoais. O mundo está em constante mudança, cada vez mais complexo e fragmentado, mas nós ainda podemos moldar o nosso futuro de uma forma que beneficie a todos. ”, finaliza, Rebeca Toyama.

A especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama traz dicas sobre para desenvolvermos as 4 habilidades.

1- Inteligência Contextual: Aprenda entender o contexto e o propor soluções, deixe as autocobranças de lado, abra mão do perfeccionismo e foque no resultado;

2- Inteligência Emocional: Escutar suas emoções, se relacionar melhor consigo mesmo e com os outros, colaboração é uma habilidade preciosa nesse momento;

3- Inteligência Espiritual: Liberte-se das crenças limitantes, escute o convite da vida, caminhe em direção ao que dá sentido à sua existência;

4- Inteligência Física: As três 3 inteligências acima precisam do corpo saudável para se manifestarem, portanto, cuide do sono, organize seu tempo para que as tarefas importantes não sejam deixadas de lado.

 


Rebeca Toyama - fundadora da RTDHO e ACI empresa com foco em bem-estar e educação corporativa. Especialista em estratégia de carreira e educação organizacional. Formada em administração, psicologia, marketing e tecnologia.  Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora e atualmente é mestranda em psicologia clínica.Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave.


Mudanças emergentes no comportamento do consumidor

Seis maneiras pelas quais a inovação em alimentos e bebidas
está evoluindo em face do COVID-19


Pesquisa ADM OutsideVoice mostra como a pandemia da COVID-19
está impactando as atitudes, as prioridades e o comportamento do consumidor, e como influencia a indústria alimentícia


A ADM, líder global em nutrição, identificou seis mudanças comportamentais emergentes que impulsionarão a inovação de produtos pela indústria alimentícia e que tendem a crescer nos próximos meses.

"As atitudes, prioridades e comportamentos dos consumidores estão mudando significativamente", afirma Ana Ferrell, vice-presidente de Marketing da ADM. "Esta evolução oferece uma oportunidade única para empresas de alimentos e bebidas que buscam o futuro, trazendo um conjunto de novos produtos pioneiros ao mercado."

Dados da pesquisa ADM OutsideVoice mostram que 77% dos consumidores têm a intenção de manterem-se saudáveis no futuro. Por isso, os fabricantes de alimentos e bebidas que conseguirem equilibrar os aspectos relativos à saúde e ao bem-estar conjugados com a acessibilidade desses produtos têm maior probabilidade de conquistar os consumidores.

A ADM identificou seis mudanças comportamentais que criarão oportunidades para os fabricantes de alimentos e bebidas ganharem participação de mercado em um ambiente de negócios cada vez mais incerto.


Foco crescente na saúde intestinal e na conexão da função imunológica

Globalmente, 57% dos consumidores relatam estarem mais preocupados com sua imunidade como resultado da COVID-19(1). Conforme os consumidores esforçam-se para aumentar sua imunidade, eles estão se tornando mais informados sobre o papel do microbioma humano no suporte à função imunológica e no bem-estar geral das pessoas. Produtos que contêm probióticos e pós-bióticos podem beneficiar o microbioma e já estão ganhando força no mercado.


Alimentos à base de plantas torna-se mainstream

A pesquisa ADM OutsideVoice mostra que, nos EUA, 18% dos consumidores de proteínas alternativas compraram sua primeira proteína vegetal durante a pandemia, e quase todos (92%) relatam que, provavelmente, continuarão comprando produtos alternativos à carne(2). Na Alemanha, no Reino Unido e na Holanda, 80% dos consumidores afirmam que, provavelmente, continuarão consumindo carne vegetal depois da COVID-19(2), de acordo com a pesquisa ADM OutsideVoice. Saúde, segurança e conveniência são citados como os principais motivadores de compra, e os produtos que oferecem nutrição excepcional e uma experiência sensorial de alta qualidade estarão preparados para o sucesso.


Uma nova perspectiva sobre controle de peso e saúde metabólica

As consequências da pandemia para indivíduos com hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares estão levando os consumidores a olharem para o controle de peso e para a saúde metabólica sob um novo ponto de vista. A pesquisa ADM OutsideVoice descobriu que 51% dos consumidores estão preocupados em estarem menos ativos ou terem ganhado peso durante a pandemia. Essa preocupação provavelmente aumentará a demanda por soluções funcionais que apoiem o bem-estar metabólico e o controle de peso saudável.


Equilíbrio entre autocuidado, bem-estar emocional e nutrição

As circunstâncias difíceis decorrentes da COVID-19 aumentaram os sentimentos de ansiedade e estresse. A pesquisa ADM OutsideVoice descobriu que 35% dos consumidores estão preocupados com a saúde mental(2). As pessoas estão procurando novas maneiras de melhorar seu bem-estar mental durante esses períodos estressantes, incluindo permissão para consumir alimentos e bebidas indulgentes e reconfortantes. Mas precisam moderar esse desejo com a necessidade de controle de peso e, por isso, buscam um equilíbrio geral cuidadoso entre indulgência e boa nutrição.

Alimentos e bebidas concebidos para elevar o humor, manter a energia e reduzir o estresse crescerão em popularidade nos próximos meses e anos. A ADM também projeta novas oportunidades para alimentos reconfortantes, petiscos e assados que ofereçam ingredientes ricos em nutrientes e benefícios funcionais à saúde.


Nutrição é pessoal

À medida que a COVID-19 aumenta a conscientização do consumidor sobre os fatores de risco para a saúde individual, a demanda por produtos que oferecem soluções de saúde e bem-estar sob medida, e altamente personalizadas, vai decolar. Segundo a pesquisa ADM OutsideVoice, 49% dos consumidores acham que cada indivíduo é único e exige uma abordagem personalizada para dieta e exercícios, enquanto 31% deles já estão comprando mais itens personalizados para saúde e nutrição. Produtos com foco na prevenção de doenças, autocuidado e bem-estar geral atrairão cada vez mais a atenção dos consumidores(2).


Uma mudança nos valores de compra

Um maior foco na saúde está levando a um aumento inesperado nos gastos do consumidor com saúde e bem-estar. De acordo com a pesquisa ADM OutsideVoice, 48% dos consumidores planejam comprar mais itens relacionados à saúde e bem-estar(2). Ao mesmo tempo, as preocupações manifestas em torno do declínio econômico generalizado levaram a uma mudança nos valores de compra, incluindo a crescente demanda por alimentos básicos, estimulando a redução de preços para marcas próprias e aumentando o tráfego para varejistas de baixo custo.

"Essas mudanças comportamentais provavelmente persistirão bem após o pico da crise pandêmica. Nós, da ADM, respondemos a elas com o desenvolvimento de soluções personalizadas, com o objetivo de dar à indústria de alimentos e bebidas uma vantagem competitiva em um mercado em constante mudança", completa Ana Ferrell, vice-presidente de Marketing da ADM.

 



ADM

 http://www.adm.com

 


(1) FMCG GURUS: Twelve Step Guide for Addressing COVID-19 in 2020 and Beyond, April 2020

(2) ADM OutsideVoiceSM

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