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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Automedicação: saiba os riscos de tomar remédios por conta própria

Especialista fala sobre os malefícios a médio e longo prazo para a saúde de quem toma remédios sem prescrição


Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, constatou que a automedicação é um hábito comum entre 77% dos brasileiros. A mesma pesquisa apontou que 32% dos pacientes têm o hábito de aumentar as doses prescritas por médicos para potencializar os efeitos terapêuticos. Segundo a infectologista e professora da Estácio, Dra Karis Rodrigues, essa prática pode ter consequências inesperadas e graves.

De acordo com a especialista, durante o inverno, com o aumento das infecções respiratórias, além do surgimento da Covid 19, a procura pela automedicação sempre aumenta, principalmente com relação às infecções virais respiratórias mais brandas que são eventos que se repetem anualmente, com alguma frequência.

- É comum que as pessoas usem medicamentos que já utilizaram anteriormente. A propaganda de medicamentos para sintomas respiratórios, vinculadas nos meios de comunicação, também contribui para automedicação, bem como reforça a autonomia do paciente, dizendo que o médico deverá ser consultado apenas se os sintomas persistirem - comenta a infectologista.

A automedicação também pode ser uma forte aliada dos diagnósticos mais tardios, como pneumonias, otites, meningites, sinusites, entre outros, pois as pessoas insistem no uso de alguns remédios aguardando uma melhora, daí acabam não percebendo um quadro um pouco mais grave. Na visão da Dra Karis Rodrigues, essa situação se torna ainda mais preocupante, quando se incluem nesses medicamentos, os antimicrobianos. Porque além dos efeitos adversos que podem ocorrer, o impacto no aumento da circulação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos também é um dano relacionado à tal prática. Para ela, felizmente, o maior controle da compra destes remédios, realizado por meio da exigência das receitas médicas, diminui esse risco. A equação é bem simples: quanto mais se cumprir a norma, exigindo as receitas, menor deverá ser a automedicação.

Segundo alguns especialistas, o uso desenfreado por antibióticos e os tratamentos interrompidos por conta própria trouxe consequência drástica e contribuiu para que as bactérias criassem resistências aos antibióticos e hoje então temos as superbactérias.

- É importante ressaltar que o uso de antimicrobianos em si contribui para a seleção de bactérias mais resistentes a esses medicamentos. Dessa forma, devemos restringir ao máximo seu uso, para minimizar esse problema. Quanto mais antimicrobianos usarmos, maior será o impacto na seleção das bactérias e, portanto, maior a chance de surgimento das chamadas "superbactérias, que são microrganismos para os quais há pouca ou nenhuma opção para tratamento. O uso inadequado, exagerado, contribui para esse efeito, sem trazer absolutamente nenhum benefício - afirma a especialista da Estácio.

Outro alerta importante é evitar a compra, por conta própria, de anticoagulantes nas farmácias, acreditando que poderá tratar a Covid-19 sem nenhum acompanhamento médico. A Dra Karis Rodrigues enfatiza que os anticoagulantes são medicamentos usados em situações clínicas muito específicas, sob supervisão médica e que em nenhuma hipótese podem ser utilizados como automedicação. Hemorragias são efeitos adversos desses medicamentos, mesmo quando são indicados nas situações clínicas específicas.


Riscos iminentes à saúde

Os principais riscos da automedicação são a intoxicação, afetando principalmente o aparelho digestivo; a interação medicamentosa, cujo efeito se dá devido ao consumo simultâneo de medicamentos ou medicamento e alimento, causando a potencialização ou atenuação do mesmo; a criação de resistência de microrganismos aos antibióticos, e a dependência física e psíquica de remédios, levando a crises de abstinência e tolerância ao medicamento.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem ser atribuídas à automedicação, e 23% dos casos de intoxicação infantil estão ligados à ingestão acidental de medicamentos armazenados em casa de forma incorreta. Os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios estão entre os que mais intoxicam.


Automedicação em tempos de Covid-19

Em tempos de pandemia, há uma busca desenfreada por medicamentos contra a COVID-19, alimentada por uma avalanche de "fake news" nas redes sociais que geram no paciente um estímulo para a prática da automedicação e uso abusivo e irracional de medicamentos. Mesmo antes de sólidas comprovações científicas de drogas eficazes contra a doença, remédios como ivermectina e hidroxicloroquina desapareceram das prateleiras das farmácias, prejudicando pacientes com indicações precisas para tais medicamentos, como doenças reumáticas graves e verminoses.


MITOS E VERDADES SOBRE A PLACA BACTERIANA

Cirurgiã-dentista da GUM esclarece as principais dúvidas a respeito do tema


A importância de uma boa higiene bucal está associada a uma série de fatores que vão além da estética. Dentre esses fatores, o principal está na remoção da placa bacteriana, a principal causa da cárie e doenças periodontais, inflamação da gengiva ou gengivite.

"A placa bacteriana é um conjunto de micro-organismos e restos de alimentos que ficam aderidos na superfície do dente devido à falta de higienização, seja por uma escovação não adequada ou ao não uso do fio dental. Deste modo, a escovação ao mínimo duas vezes ao dia, somada ao uso do fio dental diariamente, é essencial para a remoção efetiva da placa e prevenção de seu acúmulo sobre o dente e na linha das gengivas", explica Dra. Brunna Bastos, cirurgiã-dentista da GUM, marca americana de cuidado bucal.

Para esclarecer todas as dúvidas, a especialista responde os principais questionamentos sobre o tema. Confira abaixo:


• Alimentos ricos em açúcar favorecem a proliferação de bactérias que podem causar cárie?

Sim. Após ingerir alimentos ricos em açúcar, como a sacarose, açúcar mais presente na dieta familiar, ocorre a proliferação de bactérias que produzem ácidos a partir da metabolização desses carboidratos ingeridos, provocando a desmineralização do dente que ocasionará as lesões de cárie. Uma dieta balanceada, assim como uma higiene bucal correta são fatores essenciais para a prevenção e controle da doença, aponta.


• A placa bacteriana pode também causar doenças gengivais?

Sim. A inflamação da gengiva (gengivite) também é resultado da presença da placa bacteriana devido a higiene bucal inadequada. Essa doença se caracteriza pela inflamação, vermelhidão e sangramento das gengivas por conta do NÃO uso do fio dental. Acredita-se, no senso comum, que o fio dental machuca a gengiva, causando esse sangramento, quando na verdade ele é responsável pela remoção da placa bacteriana, que quando acumulada pode causar a inflamação da gengiva e sangramento.

A placa bacteriana pode ainda se calcificar/endurecer e formar o cálculo dental, popularmente chamado de tártaro, que somente o dentista conseguirá remover. O cálculo é um fator que facilita o surgimento da periodontite, doença que provoca reabsorção óssea dos tecidos de sustentação e pode, em casos mais graves, levar a perda do dente. "Deste modo, atentar-se para uma adequada higienização bucal, em que além da escovação se utilize o fio dental diariamente é fundamental para a completa remoção da placa bacteriana e prevenção de doenças bucais, como a gengivite e periodontite. "


• Enxaguante bucal elimina a placa bacteriana?

Não. "O enxaguante bucal é um complemento da escovação, sem uma adequada escovação e uso do fio dental diariamente, a utilização do enxaguante não será efetiva na eliminação da placa bacteriana", explica.


• Usar uma grande quantidade de gel dental favorece uma maior higienização?

Não. O tempo e a técnica da escovação são mais importantes do que a quantidade de gel dental utilizado. "O dentista indicará a melhor técnica de escovação para cada caso. Geralmente, para adultos, recomenda-se a Técnica de Bass Modificada que promove a remoção efetiva da placa na margem da gengiva. Para realiza-la, deve-se posicionar a escova a um ângulo de 45 graus em relação à gengiva, realizar suaves movimentos curtos e vibratórios em cada dente, seguidos de movimento de vassoura em direção às pontas dos dentes, tanto nas faces externas, quanto internas. Na superfície de mastigação, deve-se fazer movimentos de vai e vem. ", explica.

"Além disso, é fundamental escovar a língua para remover restos de alimentos e bactérias que também se acumulam nessa região, e claro, utilizar o fio dental diariamente. Já existem no mercado, algumas escovas adequadas para a técnica de Bass, assim como fio dental com haste que facilitam o uso do fio. ", finaliza.

 


GUM

latam.gumbrand.com/


Já chegaram ao Brasil 400 ventiladores pulmonares doados pelos EUA


Segundo lote de 200 equipamentos chegou ontem (29) ao Brasil. Está prevista a chegada de 1 mil ventiladores pulmonares doados pelo governo norte-americano 

 

Desde ontem (29), já está no Brasil o segundo carregamento dos 1 mil ventiladores pulmonares doados pelos Estado Unidos. Nesse lote, que chegou no final da noite, em Guarulhos (SP), estão 200 equipamentos novos e de última geração para apoiar o Brasil na luta contra a Covid-19. Em junho, o Brasil recebeu o primeiro lote com 200 ventiladores. Agora, o país conta com 400 ventiladores pulmonares doados pelo governo norte-americano. A ajuda reflete a parceria estreita, sólida e mutuamente benéfica entre os dois países, que favorece a população brasileira neste momento em que o governo se empenha no combate à pandemia. A iniciativa contou com apoio da Agência Brasileira de Cooperação do Itamaraty.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, avaliou que a relação entre Estados Unidos e Brasil, nesse momento de pandemia, é um ativo estratégico para superar um desafio em comum, que é o combate à Covid-19. Franco destacou o trabalho integrado do Governo do Brasil como “um importante esforço institucional com foco em salvar vidas” para que a entrada dos ventiladores no país fosse facilitada.

Os ventiladores pulmonares doados pelos Estados Unidos são compactos e de fácil manuseio. Isso dá ao Brasil a flexibilidade necessária para tratar as pessoas afetadas pelo coronavírus, um recurso que pode ser vital para pacientes cujos pulmões não estejam funcionando adequadamente, apesar de receberem oxigenação adicional.

Após os trâmites aduaneiros, os equipamentos serão inseridos no plano logístico do Ministério da Saúde para a distribuição de acordo com as necessidades de estados e municípios e os critérios objetivos, conforme estabelecidos em Portaria nº 1.587, de 19 de junho de 2020. A distribuição dos ventiladores pulmonares para os municípios e unidades de saúde é de responsabilidade de cada estado, conforme planejamento do ministério.

Até o momento, o Governo do Brasil distribuiu 8.449 ventiladores pulmonares em todos os estados: Acre (170), Alagoas (185), Amapá (125), Amazonas (222), Bahia (491), Ceará (268), Distrito Federal (250), Espírito Santo (210), Goiás (413), Maranhão (281), Mato Grosso (216), Mato Grosso do Sul (155), Minas Gerais (561), Pará (409), Paraíba (285), Paraná (544), Pernambuco (205), Piauí (105), Rio de Janeiro (993), Rio Grande do Norte (274), Rio Grande do Sul (486), Rondônia (248), Roraima (162), Santa Catarina (98), São Paulo (838), Sergipe (140) e Tocantins (115).

A aquisição destes equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do cenário de emergência em saúde pública por conta da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra em apoio irrestrito aos gestores locais do SUS.

Saiba mais sobre coronavírus acessando nossa página especial

 

 

Silvia Pacheco

Agência Saúde

 

Especialistas explicam normas de reabertura do comércio em SP, RJ e MG e dão dicas para manter bar ou restaurante seguro para receber clientes

Com a retomada dos comércios após o período de quarentena, muitos comerciantes estão receosos com as novas normas de abertura que podem mudar dependendo do estado. Especialistas de duas empresas focadas em serviços para pequenos empreendedores de bares e restaurantes separaram uma lista de normas e dicas sobre reabertura dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 

A Donus (www.soudonus.com.br) é uma carteira digital que permite ao varejista receber pagamentos direto no aplicativo, por meio de uma integração com as maquininhas da empresa e usar o saldo disponível para pagar contas ou fazer transferências. Já a Menu  (www.menu.com.br) oferece um aplicativo para abastecimento de insumos com mais de 45 mil produtos com entregas em SP, RJ e MG. Ambas foram criadas dentro da Z-Tech, o hub de tecnologia e inovação da Ambev no Brasil e da AB InBev no mundo. Confira as dicas abaixo:

 

1. São Paulo 


Em São Paulo, a reabertura de alguns estabelecimentos teve início em 29 de junho, respeitando o decreto estadual. Já na capital, com o avanço da fase amarela, bares e restaurantes puderam abrir as portas no dia 06 de julho, funcionando por 6 horas diárias e com até 40% da ocupação. 

- Entre as ações para o protocolo de retomada dos estabelecimentos, o novo layout dos espaços, com maior distanciamento entre as mesas. Os bares terão de respeitar uma distância de ao menos 1,5 metro entre as mesas.

- Outras medidas adotadas são o controle de entrada de clientes, termômetros para medição de temperatura, uso de máscaras, álcool em gel por todo o salão e adaptação de cardápios. Funcionários terão de ter a temperatura aferida diariamente e terão de oferecer álcool em gel para clientes.

- Estabelecimentos que tenham ambientes arejados podem oferecer a opção de consumo no local.

- Para evitar prejuízos durante a retomada, Leonardo Almeida, CEO da Menu, alerta que o controle de estoque dos bares e restaurantes está ligada à gestão financeira do estabelecimento. “Embora pareça ser uma tarefa básica, é muito importante.Pequenos e médios comércios que não realizam um controle eficaz podem gerar impactos nas vendas e na produtividade do negócio. Devido ao isolamento social, essa organização se tornou ainda mais fundamental, evitando desperdícios e perda de dinheiro”, explica.


2. Rio de Janeiro 


Desde 02 de julho, bares e restaurantes do Rio de Janeiro já estão autorizados a reabrirem as portas. A capital está na terceira fase de reabertura. Entre as regras para o comércio estão:

- Priorizar os espaços externos, como varandas, por exemplo. Eles poderão ficar abertos até 23h, mas apresentações de música ao vivo estão proibidas. Funcionar com 1/3 da capacidade, manter portas abertas, cumprir o distanciamento e ter material para lavagem de mão no banheiro.

- Além das regras estabelecidas, o CPO da Donus, Alex Corciolli, sugere as empresas refaçam um plano financeiro para a realidade atual. “A carga horária reduzida pode trazer prejuízos, então é interessante que o gestor esteja preparado para contenção de gastos e renovação no plano financeiro. É possível migrar para bancos digitais que oferecem taxas e condições melhores para o pequeno negócio”, explica. 

 

3. Minas Gerais 


Na capital Belo Horizonte e região metropolitana, a reabertura não tem data para ocorrer - continuam funcionando apenas os serviços essenciais - e será realizada com observância aos indicadores epidemiológicos (ocupação de leitos de UTI e de enfermaria, número médio de transmissão do coronavírus por infectado, índice de isolamento social e projeção do número de casos). No entanto, novas regras já estão estabelecidas:


- Bares, restaurantes e lanchonetes terão que medir a temperatura dos clientes e funcionários antes da entrada no estabelecimento. A medição terá que ser realizada sem contato físico, utilizando-se termômetro digital infravermelho.

 

- Os proprietários deverão alocar os clientes preferencialmente em área externa ou em locais com maior ventilação, com uma mesa a cada 6,5 m², respeitado o distanciamento mínimo de 2,5 m entre elas, com no máximo duas pessoas por mesa. Será permitido o uso das calçadas, porém o espaço deverá ser isolado, para evitar aglomeração e circulação.


- O self-service fica proibido. A montagem de pratos poderá ser feita somente por funcionário do estabelecimento, que deverá usar equipamentos de proteção.



Decisões sobre políticas de saúde estão nas mãos do cidadão

Organização une a sociedade civil, o mercado e a administração pública em torno de um sistema de saúde mais amplo e eficiente para todos

 

O cenário da saúde brasileira pede atenção – e não é de hoje. A pandemia do novo coronavírus escancarou necessidades que há tempos já eram sentidas pelos pacientes do sistema público e privado. Dificuldade para ter acesso à exames, cirurgias e poucos medicamentos disponíveis são algumas das principais queixas.

Para fortalecer a sociedade civil na busca dos seus direitos, a Colabore Com o Futuro, primeiro negócio social de advocacy da América Latina, identifica as principais necessidades, mobiliza os principais envolvidos no processo e encabeça campanhas que visam ampliar as políticas de saúde do país. “Em apenas três anos de existência, já mudamos a vida de mais de 8 milhões de pessoas com o nosso trabalho. A Colabore é a força que une a sociedade, o mercado e os representantes da administração pública para que o acesso à saúde seja cada vez mais amplo e eficiente”, pontua a cofundadora Carolina Cohen.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a Anvisa registra, em média, 800 medicamentos por ano, dos quais menos de 10% deles são incorporados pelos sistemas de saúde aos pacientes. De acordo com dados publicados pelo Conselho Federal de Medicina, o governo gasta, em média, apenas R$1.272 com a saúde de cada brasileiro por ano – investimento dez vezes menor do que é realizado em países desenvolvidos.

A escassez de recursos é um dos principais desafios enfrentados pela gestão da Saúde Pública. “De um lado, é preciso garantir assistência universal e gratuita aos mais de 70% de brasileiros que dependem do sistema público, ao mesmo tempo em que medicamentos mais inovadores, eficientes e muitas vezes mais caros estão sendo lançados e demandados pelos pacientes ao governo”, detalha a especialista.

O que a sociedade civil precisa saber é que muitas das decisões sobre quais tratamentos e tecnologias farão parte do rol de procedimentos dos planos de saúde e do SUS, apenas para citar alguns exemplos, é uma decisão coletiva, da qual todos podemos participar. “O nosso trabalho é engajar a sociedade em pautas que visam a melhoria nos serviços de saúde. A nossa voz é importante em todas as decisões e muitas vezes a sociedade não sabe como se posicionar e sequer toma conhecimento dessas políticas”, ressalta.

A Colabore Com o Futuro atua em quatro pilares: engajando a sociedade a participar dos processos de decisões em saúde e financiamento; incentivando a sociedade civil a mudar hábitos para prevenção de doenças; mobilizando o governo para ações de incorporação de medicamentos; e propondo projetos de lei junto a políticos.

A próxima campanha prevista no calendário da organização é chamada Estamos de Olho ANS, que visa informar e orientar a sociedade civil sobre as consultas públicas que serão realizadas para a atualização do rol dos planos de saúde. “Um quarto da população brasileira investe em saúde complementar, mas nem sempre consegue ser atendida da forma como necessita. Esse é o momento de fazer valer a nossa voz e os nossos direitos”, finaliza.

Ainda vale destacar que Carolina Cohen, cofundadora da Colabore com o Futuro, foi eleita como uma das seis empreendedoras e inovadoras mais admiradas em saúde por meio de votação popular promovida pelo Health Innova Hub.


Sobre a Colabore Com o Futuro

A Colabore com o Futuro é o primeiro negócio social de advocacy da América Latina e convoca a sociedade a participar das decisões de saúde junto ao governo, criando de maneira transparente e sustentável políticas públicas mais democráticas, justas e efetivas. A organização é a força que une a população, o mercado e os representantes da administração pública em torno de um sistema que garanta o acesso à saúde para todos.


MP vai permitir saque do FGTS para complementação de salário reduzido devido à pandemia

Emenda à Medida Provisória 946 é de autoria do deputado federal, Geninho Zuliani, do DEM/SP

 

Uma emenda protocolada pelo deputado federal Geninho Zuliani, do DEM/SP, à Medida Provisória 946, que permite ao trabalhador sacar até um salário mínimo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), também possibilitará às pessoas que tiveram redução salarial, por conta da pandemia, que efetuem saques mensais do fundo para complementação do salário.

A votação da proposta ocorreu nesta quarta-feira, dia 29/07, em regime de urgência na Câmara dos Deputados e agora o texto segue para deliberação do Senado.

"Com essa emenda, vai funcionar assim - para os trabalhadores que estejam com seu contrato de trabalho suspenso ou com redução de salário e carga horária, conforme regras da Lei 14.020/20, será permitido o saque mensal de valores do FGTS até o montante suficiente para recompor o último salário que recebia antes da redução salarial ou suspensão do contrato", explica Geninho.

A lei prevê o pagamento, pelo governo federal, de uma parte do valor do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. O saque do FGTS poderá ocorrer mesmo que o trabalhador receba complementação da empresa, porém somente durante o período de suspensão ou redução do salário.

A MP foi aprovada na forma do projeto de lei de conversão, mediante proposta do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).


Cancelamentos e adiamento de grandes eventos impactam economia paulistana

Segundo a FecomercioSP, o cancelamento da Fórmula 1 é o que registrará mais perdas para o turismo da capital, em torno de R$ 185 milhões

 

A cidade de São Paulo, que estava acostumada a enviar turistas para outras regiões do Brasil, nos últimos anos, vivenciou um movimento inverso, recebendo mais visitantes – não apenas para negócios, mas também para lazer.
 
Com a crise causada pela disseminação do covid-19, as principais atrações que costumam trazer turistas para a capital foram canceladas ou adiadas. A etapa nacional da Fórmula 1 e o Réveillon na Avenida Paulista não vão acontecer no ano de 2020. Já o Carnaval 2021 foi adiado, com a possibilidade de a festa ser realizada em uma nova data, após a provável aplicação da vacina contra o coronavírus. Para a FecomercioSP, a decisão é a mais coerente, pois, embora já tenham sido implantados protocolos sanitários que preveem higienização e distanciamento social, essas práticas são muito difíceis de serem controladas em eventos desse porte.
 
De acordo com o Conselho de Turismo da Federação, o cancelamento da Fórmula 1 é o que deve ter mais impacto, pois aproximadamente 115 mil visitantes costumam se deslocar para acompanhar os treinos e a corrida, com movimentação financeira em torno de R$ 185 milhões, entre sexta-feira e domingo. São gastos com hospedagem, transporte, alimentação, entre outros. Por outro lado, o cancelamento do Réveillon na Paulista não deve abalar tanto o setor de turismo, pois é frequentado por moradores. O evento movimentou cerca de R$ 650 milhões em 2020, segundo dados do Observatório do Turismo. Para a FecomercioSP, o valor deve ser realocado para outros tipos de festas particulares, sem perdas relevantes.
 
Já o Carnaval paulistano, que tem crescido sistematicamente nos últimos anos – podendo ser considerado o segundo maior do Brasil –, chega a movimentar cerca de R$ 900 milhões. Com o adiamento da festa, ainda não é possível prever se esse montante sofrerá impactos consideráveis.
 
A Entidade recomenda que os empresários se preparem para oferecer serviços e produtos para pequenos encontros, criando oportunidades para segmentos como decoração, vestuário, comidas e bebidas, entre outros.


Gestão em farmácias: saiba como melhorar desempenho nos negócios

Tecnologia oferece ferramentas que facilitam os processos e integram soluções digitais


Não basta empreender, é preciso saber administrar – e muito bem. A capacidade de gerenciamento de uma empresa impacta diretamente no desempenho dos negócios. No ramo de farmácias, gerenciar com eficácia se torna uma tarefa desafiadora, demandando desde o planejamento até a inserção do negócio nos meios digitais. O diretor comercial e cofundador da startup MyPharma, Nicholas Marchesan Dias, destaca que a “palavra mágica” para ter êxito na gestão é organização.  

“Organizar é tudo! Você ter conhecimento e manter um bom controle de estoque de produtos, preços das mercadorias, custos de aquisição de clientes, investimentos com os colaboradores e gerir o contábil e fiscal da farmácia, são premissas básicas que o gestor necessita saber e controlar com maestria”, opina Nicholas. 

Parece complicado ter o domínio de todas as tarefas com a correria do dia a dia. Para isso, vale buscar por ferramentas específicas que poderão auxiliar no andamento dos processos de gestão, como por exemplo, o sistema ERP – software que integra as soluções digitais em uma única plataforma. 

“Dentro do ERP, o gestor de farmácia, tem concentrado, por exemplo, a tabela de preços dos produtos, controle das vendas, estoque, campo para inserção das notas fiscais e até o cálculo dos impostos, permitindo extrair ao máximo os itens que o sistema fornece”, explica o diretor comercial. 

Embora o sistema traga inúmeras funcionalidades, há quem naturalmente não consiga “dar conta” de todas as operações. Neste momento, é importante pedir ajuda de um profissional qualificado. 

“Busque soluções para às suas necessidades, seja de uma consultoria ou cursos específicos na área de gestão de farmácia. Reaja e acredite no potencial da sua empresa”, provoca Nicholas Marchesan Dias.

Ainda falando sobre gestão de farmácias, confira algumas das principais falhas cometidas que podem comprometer o andamento do seu negócio.

• Não dominar por completo o negócio: é preciso ter um diagnóstico da sua farmácia, entender quais os pontos fortes e fracos, qual o público alvo, etc. Isso lhe ajudará a definir por exemplo, qual é o campo de atuação, qual o mercado e quais serão as estratégias para venda;

• Não organizar a farmácia para um bom gerenciamento: organização é primordial. Sem ela não há fluidez nas tarefas e, consequentemente, os rendimentos despencarão. Foque em direcionar os melhores recursos, otimizar custos, planejar estratégias de marketing e atrair novos clientes;

• Não fazer a gestão tributária: a gestão tributária assegura uma boa administração do negócio, interpretação e cumprimento exato das leis, bem como, o pagamento correto dos impostos e a redução de cargas tributárias. Busque seguir um bom planejamento financeiro e compreender todas as exigências fiscais para não ter contratempos. E lembre-se, se precisar, procure um profissional capacitado; 

• Não utilizar tecnologia apropriada para o negócio: a tecnologia é uma grande aliada. Explore-a da melhor maneira possível. Utilize um sistema específico, como exemplo o ERP, para lhe ajudar na organização e controle das tarefas. Quanto mais metodologia de trabalho, maiores as chances de alcançar sucesso no empreendimento.


Quais os caminhos para o combate ao Comércio ilegal?

Representantes do setor de destilados e especialistas no combate ao Mercado Ilegal debatem efeitos e desdobramentos da crise em todo o ecossistema


Os efeitos e desdobramentos da crise no setor de destilados, além dos riscos do mercado ilegal e as restrições ao consumo e comercialização. Esses foram os temas debatidos no webinar “Pandemia, crise econômica e mercado ilegal de bebidas alcoólicas”. Promovido pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e pelo Núcleo pela Responsabilidade no Comércio e Consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil, o encontro virtual contou com a participação de representantes do Ministério da Economia, Ministério da Agricultura e da  Aliança Internacional de Combate ao Comércio Ilegal (TRACIT).

De acordo com um Estudo da Euromonitor, apresentado pelo IBRAC durante a discussão, 14,6% do volume do mercado geral de bebidas é ilegal. No setor de destilados, com volume de 398 milhões de litros de álcool puro, e um valor de mercado de R$ 34 bilhões, os ilegais chegam a 28,8% do volume total. “Fiscalização, parceria com o Governo, conscientização do consumidor, redução da tributação para os destilados e um modelo isonômico de tributação para bebidas alcoólicas. Esse é o caminho para combatermos o mercado ilegal, que acarreta uma perda de arrecação de R$ 10,2 bilhões no setor de bebidas alcóolicas em geral e de R$ 5,5 bilhões no segmento de bebidas destiladas”, reforça Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC.

Segundo José Silvino Filho, presidente executivo do Núcleo, o mercado ilegal traz o fortalecimento do crime organizado e perda de arrecadação, já que não há pagamento de impostos. “Além disso, traz riscos potenciais à saúde dos consumidores, que ingerem bebidas sem qualquer controle sanitário. Álcool é álcool!,  por isso, defendemos isonomia tributária como um pleito importante em relação ao seu combate”, completa.


Crise e reflexos internacionais

Outro convidado para o evento, Esteban Giudici, consultor sênior de políticas da Aliança Internacional de Combate ao Comércio Ilegal (TRACIT), explicou que o mercado ilegal é um problema que acontece pela alta carga fiscal, corrupção e ação do crime organizado. “É um fenômeno internacional e a pandemia acelerou as tendências que já existiam”, afirmou. Para ele, é necessário maior conscientização, políticas coordenadas e estratégias ficais para controlar o problema. “Precisamos da cooperação entre o setor público e privado. Quando falamos do comércio ilegal de bebidas, estamos falando também de financiamento ao crime organizado”, ressaltou.

De acordo com Carlos Vitor Müller, coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para que o Ministério da Agricultura tenha melhores condições de ampliar o controle do comércio ilegal, se faz necessário que os recursos sejam crescentes. “Sabemos do extenso problema que o mercado ilegal causa ao setor de bebidas alcoólicas. Estamos em busca de iniciativas para ampliar nossas ações, como o Plano Nacional de Combate a Fraudes e a promoção da integração com outros órgãos de controle, que vem sendo construído pelo MAPA”, antecipou.

Já Jorge Luiz de Lima, CEO do Projeto Custo Brasil do Ministério da Economia, destacou que: “Com a redução da participação do Estado, temos que pensar em outro tipo de fiscalização física. Precisamos investir na conscientização da sociedade em geral e muitas ações que podem ser adotadas para que, haja o aumento da conscientização e da penalidade. É necessária a massificação da conscientização da população em relação ao consumo de mercadoria ilegal. Além disso, uma análise da eficiência das leis e uma aproximação com a Polícia Federal”,  defende.

Ainda de acordo com Andreia de Oliveira Gerk, Diretora Substituta do Departamento de Inspeção do produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),  o aumento da informalidade se deve à penalidades brandas, informações incorretas em relação à formalização, facilidade de comercialização e à alta tributação. “Nossa legislação para quem pratica ilícitos  é branda, ainda mais se considerarmos que a ilegalidade é crime contra a saúde pública. Muitas vezes a pessoa retorna ao comércio ilegal, mesmo já tendo sido autuada e tendo os produtos destruídos. Só a ação do MAPA não é suficiente”, explica.




Sobre o IBRAC

O Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC é a entidade representativa do segmento produtivo da Cachaça. Com abrangência nacional possui entre os seus associados as principais empresas (micro, pequenas, médias e grandes) do segmento produtivo da Cachaça, sejam elas produtoras, estandardizadoras ou engarrafadoras, que correspondem a mais de 80% do volume de Cachaça comercializado formalmente no Brasil. No Instituto também estão presentes 17 entidades de classe (estaduias/regionais/nacionais) do segmento produtivo.

Com essa composição o IBRAC é a mais ampla representação de uma categoria de bebidas no Brasil.



Sobre o Núcleo

O Núcleo pela Responsabilidade no Comércio e Consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil é a união de um grupo de empresas do setor, com o objetivo de unificar as vozes e fortalecer as iniciativas individuais que contribuem para que a relação da sociedade com bebidas alcoólicas seja transparente e responsável.

Este grupo considera imprescindível o enfrentamento do comércio e produção ilegal de bebidas alcoólicas em território nacional, assim como promover um ambiente concorrencial equilibrado e coerente, no qual as bebidas alcoólicas sejam tratadas de maneira simétrica tanto do ponto de vista regulatório como tributário.

Outro compromisso do Núcleo é a manutenção, em nível local, das diretrizes globais da International Alliance for Responsable Drinking (IARD), que em tradução livre seria a Aliança Internacional para o Consumo Responsável de Bebidas. O objetivo do IARD, fundado em 2012, é estabelecer um compromisso de trabalho conjunto para combate ao uso prejudicial de álcool e estabelecer novos padrões de responsabilidade para o setor como um todo, de acordo com a iniciativa das Organização Mundial da Saúde (OMS).


Entidades cobram ANS para incluir exames sorológico de Covid-19 na cobertura dos planos de saúde

Agência suspendeu a cobertura mesmo com prescrição médica no último dia 17 de julho

 

Na manhã desta quinta-feira (30), o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e outras três entidades de defesa do consumidor oficiaram a ANS (Agência Nacional de Saúde) solicitando que os planos de saúde incluam na lista de cobertura os exames sorológicos para diagnóstico da Covid-19. Além do Instituto, assinam a carta a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Associação Brasileira de Procons e o Fórum Nacional de Entidades de Defesa do Consumidor. 

No último dia 17 de julho, após recorrer à Justiça, a ANS suspendeu a eficácia de uma normativa que incluía os exames sorológicos para diagnóstico do coronavírus, sob o argumento de que precisa de mais subsídios para tomar essa decisão. Contudo, o primeiro registro de exames para detecção de anticorpo (chamados também de sorológicos) na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) datam de março deste ano, sendo que se passaram ao menos três meses para que a ANS se posicionasse sobre eles. 

O teste sorológico ficou na lista de rol de procedimento dos planos apenas entre os dias 29 de junho e 17 de julho, período em que a medida judicial que determinava a realização do exame teve validade. 

"Com menos de 20 dias tivemos duas diretrizes com sinais opostos, o que gerou intensa sensação de insegurança e dúvidas sobre o período em que a medida valeu, se há reembolsos ou não, se a cobertura temporária será contada da liberação do exame ou sua realização", explicou a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete.  

A situação fica ainda mais grave frente à inquestionável dificuldade que os consumidores de planos de saúde têm enfrentado diante da negativa de cobertura pelas operadoras, mesmo quando munidos de prescrição médica.

Após a decisão de suspender a cobertura do exame sorológico, o diretor-presidente em exercício na ANS Rogério Sacarabel Barbosa foi chamado ao Congresso para explicar a medida. Três dias depois, a Agência realizou uma audiência pública sobre o tema. A coordenadora do programa de Saúde Idec participou dos dois eventos. 

Ana Carolina defendeu a necessidade de cobertura do teste sorológico, pois ele é usado para complementar o diagnóstico de Covid-19, especialmente quando não é possível fazer o teste RT-PCR – que  é feito a partir da coleta de mucosa do nariz e da garganta. O PCR só detecta o vírus nos primeiros dias da doença, já o sorológico permite saber se a pessoa teve contato com o vírus mesmo depois de passadas as primeiras semanas das infecção.

 

Pesquisa revela como a pandemia impactou profissionais de beleza de São Paulo

Com os salões de portas fechadas,
 cabeleireiros recorreram ao auxílio emergencial
e outras formas de gerar renda
(foto: Denis Jung/Unsplash)

Estudo da Beauty Fair e da Radar Pesquisas mostra a vontade de retomada dos serviços, a criatividade de reinvenção e como o desemprego e a suspensão das atividades afetaram o segmento


Profissionais de beleza estão entre os trabalhadores mais impactados pela pandemia da COVID-19. Por todo o país, salões de beleza foram obrigados a fechar suas portas por mais de 100 dias e os profissionais viram suas fontes de renda sumirem de um dia para o outro. A Beauty Fair, empresa que atua no desenvolvimento do varejo, indústria e salões de beleza do Brasil, realizou uma pesquisa online com sua base visitantes cabeleireiros para identificar quais foram as consequências do fechamento dos salões em suas carreiras. 


Foram analisados itens como: o perfil dos profissionais, a forma de trabalho antes, durante e após a quarentena, os impactos da pandemia no atendimento e na renda dos trabalhadores, a interação com marcas profissionais no ambiente digital, como estão os parâmetros atuais de serviços e aquisição de produtos e a situação do novo normal nos salões com as medidas de segurança obrigatórias. Entre as constatações, nota-se, por exemplo, que 84% dos cabeleireiros solicitaram o auxílio emergencial, mas que apenas 39% tiveram acesso ao benefício de R$ 600. Ainda, 11% responderam que os salões onde trabalhavam fecharam em definitivo e 47% afirmaram que se sentem seguros para realizar os atendimentos seguindo os protocolos exigidos para o segmento. A pesquisa foi realizada com base de visitantes da Beauty Fair, residentes em São Paulo e Região Metropolitana, entre os dias 14 e 17 de julho, em parceria com a Radar Pesquisas, empresa de pesquisa de mercado consolidada no setor há 30 anos.

"Este levantamento traz resultados importantes sobre os impactos da pandemia para os cabeleireiros. Com a suspensão das atividades por mais de três meses, vimos que muitos negócios infelizmente não resistiram a esta crise e que milhares de profissionais precisaram se reinventar com urgência. Esta é a hora de nos unirmos e nos apoiarmos no caminho da recuperação", diz Cesar Tsukuda, diretor-geral da Beauty Fair. "O setor de serviços representa 70% do PIB e foi um dos que mais sofreu com as medidas de isolamento social. Os salões de beleza são motores desse setor, por isso é tão significativo entender como estes profissionais lidaram com o confinamento e como estão retomando suas atividades. O desempenho da economia também será afetado pela resiliência e criatividade deles", completa Joana Belo, sócia-diretora da Radar Pesquisas.

Perfil
Do total de pessoas que responderam ao questionário, 90% eram cabeleireiros, 4% gerentes, 4% assistentes e 2% barbeiros. Profissionais baseados na cidade de São Paulo representam 70% das respostas, enquanto 30% estão na Região Metropolitana. A média de idade destes profissionais é de 41 anos.

Trabalho
Quanto ao regime de trabalho, 54% atuam como Microempreendedores Individuais (MEI) e apenas 13% são contratados em regime CLT. Profissionais autônomos representam 51% dos respondentes, 23% trabalham em salões de terceiros e 22% são sócios ou proprietários. As respostas também indicaram que 4% ficaram desempregados durante o fechamento dos salões.

No período em que a pesquisa foi aplicada, terceira semana de julho, 55% já haviam retomado as atividades no salão. O atendimento em domicílio também passou a ser uma realidade para 31% dos cabeleireiros, que ainda atendiam em suas casas ou na dos clientes. Antes da quarentena, 29% já atendiam em domicílio e, durante, o modo de atendimento foi aderido por 37%. O atendimento na casa do próprio profissional já funcionava para 30% deste público antes da pandemia e, agora, 36% indicaram que pretendem manter o tipo de serviço.

Na ocasião, 14% dos profissionais ainda não estavam trabalhando.

Impactos da quarentena
No momento em que responderam à pesquisa, 11% dos profissionais disseram que os salões em que trabalhavam fecharam permanentemente e outros 22% registraram que os salões estavam sem funcionar e não sabiam se voltariam a abrir. Para 22% dos respondentes, o período da quarentena foi utilizado para fazer reformas e adaptações no espaço.

O medo de se expor ao novo coronavírus é uma preocupação de 40% dos profissionais no cenário de retomada ao trabalho; já 47% afirmaram que se sentem seguros seguindo os protocolos de segurança. A ansiedade de retomar as atividades no salão de beleza foi percebida por 82% dos profissionais consultados.

Atendimento e renda
A média de atendimento semanal para os cabeleireiros caiu em um terço, se comparada ao aos índices anteriores à pandemia. Para 52% dos profissionais que estão atendendo, o volume de clientes está entre 25% e 49%, comparando com antes da quarentena.

Durante o período de fechamento dos salões, 84% solicitaram o auxílio emergencial do Governo Federal, no entanto, apenas 39% receberam o benefício. A pesquisa ainda aponta que 34% ficaram sem renda durante a quarentena.

Os profissionais de beleza viram a necessidade de se reinventar para garantir alguma fonte de renda. No período, 13% venderam produtos profissionais, 8% ofereceram a venda antecipada de vouchers para serem utilizados no momento de retomada dos salões e 4% venderam kits de coloração de cabelos.

A venda de produtos profissionais já era uma prática para 50% dos cabeleireiros, mesmo antes da pandemia e, durante o período, 4% também passaram a vender. Em média, os profissionais comercializam 3,7 marcas. Entre os respondentes, 46% alegaram que não vendem, nem passaram a vender marcas profissionais.

Interação online
O período de fechamento dos salões foi importante para mostrar a relevância da presença de marcas no ambiente digital e 92% dos cabeleireiros que responderam à pesquisa da Beauty Fair interagiram com marcas, seja por redes sociais, acompanhando lives ou fazendo cursos online. A fidelização do profissional também se manteve forte e 35% responderam que interagiram com apenas uma marca, enquanto 26% interagiram com cinco marcas ou mais.

"A Beauty Fair acredita que este formato de interação online com as marcas veio para ficar e, inclusive, será elemento essencial de valorização dos eventos presenciais", diz Cesar.

Produtos e serviços
Por algum tempo, canais de venda online foram a única opção para adquirir produtos e 55% dos profissionais disseram que já compravam por e-commerce; 13% passaram a comprar durante a quarentena e 32% informaram que nunca compraram por meios digitais.

Quando perguntados sobre a quantidade de cadeiras disponíveis para atendimento nos salões, 39% responderam que os estabelecimentos contam com uma ou duas estações de trabalho, já 22% disseram que os salões possuem três ou mais. Ainda, 16% dos trabalhadores indicaram que atendem em suas próprias casas.

O preço cobrado pela coloração dos cabelos também apresenta diferenças importantes. A maioria, 34%, respondeu que cobra entre R$ 70 e R$ 99 pelo serviço. O valor abaixo de R$ 70 foi apontado por 31% dos cabeleireiros; entre R$ 100 e 150 foi a resposta de 21% e acima de R$ 150, de 13%.

Neste momento, 48% dos cabeleireiros vão manter o preço dos serviços. Já 10% disseram que pretendem reduzir os valores e, para 7%, há a tendência de aumentar. A dúvida ou indecisão sobre o reajuste de preços foi apontada por 35%.

Salão seguro
Medidas de segurança como uso de máscaras, disponibilização de álcool em gel e limpeza do ambiente entre um atendimento e outro foram unanimidade na pesquisa. A limitação de clientes no local foi apontada por 96% das respostas e o distanciamento de um metro e meio entre as cadeiras, por 93%. O layout dos salões também sofreu alterações, com 76% indicando que removeram móveis para facilitar a circulação.

Com o atendimento exclusivo com hora marcada para evitar aglomerações, 20% passaram a cobrar o valor do serviço do cliente que faltou ao agendamento. Além disso, 65% dos locais passaram a medir a temperatura de profissionais e clientes na entrada.



Beauty Fair

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Abertura comercial não é o mesmo que inserção nas cadeias globais


Atualmente não tem sentido uma nação querer atuar autonomamente no mundo, minimizando seus relacionamentos comerciais com outros países por meio de barreiras protecionistas que acabam inibindo o desenvolvimento.

Por conta disso, as visões mais liberais defendem a abertura comercial ampla e irrestrita ao comércio internacional, como forma de desenvolver o país e inseri-lo nas chamadas cadeias globais de valor.

Entretanto, embora os objetivos desejados sejam válidos, os resultados de uma simples abertura comercial podem ser nefastos, haja vista que tal procedimento pode anular a oportunidade de uso de nossas potencialidades e promover a exacerbação de nossas deficiências como país.

Para que um produto qualquer seja lançado no mercado internacional existem vários aspectos que devem ser levados em conta, ponderados e, na medida do possível, adequados de modo a viabilizar sua entrada e aceitação.  Isso vale nos dois sentidos da abertura comercial, tanto para exportação como para importação. Ao liberar a entrada de forma ampla, um país pode perder a oportunidade de possuir localmente toda uma cadeia de valor importante na geração de emprego e renda, além de comprometer seu poder de decisão.

Como exemplo, se tirarmos uma foto da situação atual do Brasil em termos de relacionamento comercial com outros países, o que vemos é uma pauta de importação composta majoritariamente por itens com alto valor agregado e uma pauta de exportação onde os maiores valores se encontram em produtos primários e em produtos semimanufaturados.

Uma abertura ampla, geral e irrestrita tende a aprofundar a situação atual, privilegiando ainda mais a saída de produtos primários e a entrada de produtos de alto valor agregado, reduzindo cada vez mais a oportunidade de agregar valor localmente.

Assim, fica patente que para obter a real inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, é necessário que haja atuação em diversas variáveis e não simplesmente na ponta da alfândega, como, por exemplo, por meio de reduções de impostos.

O Brasil possui, entre suas riquezas, um bem de que poucos países dispõem que é o seu mercado consumidor dos diversos níveis de produto: bens de capital, bens de consumo durável e bens de consumo em geral, além de serviços e, para adequar o processo de inserção no mercado internacional, o primeiro ponto seria o uso inteligente desse mercado interno.                                                                           

O poder de compra da população de um país é um patrimônio do Estado e, esse “poder de compra” deve ser usado como moeda de troca.

Cabe acrescentar que o termo “abertura comercial” não é adequado, pois, de um modo geral, as pessoas associam a abertura comercial à facilitação das importações, fato que se baseia em práticas que não deram certo no passado e que permanecem vivas na memória até de quem não viveu àquela época: o importado é melhor ou o importado é mais barato.

Por esse motivo, o termo abertura deve ser substituído por algo como aperfeiçoamento do modelo de comércio internacional, de modo a promover a inclusão desde as matérias primas mais simples aos bens de capital mais sofisticados incluindo, de forma escalonada, os bens semimanufaturados, partes, peças, componentes, os bens de consumo, os bens de consumo duráveis e por fim aqueles itens de alto valor agregado e elevado conteúdo tecnológico.

Adicionalmente, quando se trata da inserção no mercado internacional, o pensamento tem que estar voltado para uma via de mão dupla, onde o potencial de compra de nosso mercado para os itens importados deve ser “oferecido” em troca de oportunidades de exportação dos itens aqui fabricados. Agindo assim, decisões unilaterais devem ser substituídas por acordos bilaterais ou multilaterais. A implantação deve ser gradual e planejada, com a adoção concomitante de ações que permitam explorar melhor os pontos fortes e reduzir ou suprimir os pontos fracos. Investimentos para produção no Brasil devem ser estimulados ou incluídos nas moedas de troca.

Para tanto, todos os fatores de produção e de comercialização devem ser ponderados e não apenas as condições comerciais momentâneas e ou possíveis compensações tarifárias. É necessário que sejam planejadas as necessárias salvaguardas para resguardar os interesses nacionais, assegurando o suprimento futuro e garantindo a autonomia de decisão, principalmente nos aspectos ligados à capacitação tecnológica, à engenharia, à capacidade fabril e a continuidade operacional dos processos envolvidos.

Cabe assim, identificar nichos para o estabelecimento de prioridades por meio da análise de uma matriz que considere potencial x criticidade x valor envolvido, para que as medidas possam ser dimensionadas e distribuídas no tempo para que sejam aplicadas e produzam os resultados esperados.

Concluindo, é importante ter em mente que, qualquer que seja a ação a ser adotada, toda a análise envolvida deve considerar a envoltória país, de modo a obter a melhor solução global para cada caso. Somente assim será possível obter a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor como protagonista e não a participação como simples coadjuvante. A abertura sem critério pode ser o golpe de misericórdia no desenvolvimento tecnológico e industrial do Brasil.

 


Alberto Machado Neto - Professor e Coordenador Acadêmico da FGV e Diretor de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia e Petroquímica da ABIMAQ.


Brasil, o país do podcast


Já sabemos que podcasts estão em alta. São arquivos em áudio, disponibilizados em plataformas de streaming e em sites. Funciona de forma bem parecida com um rádio, mas com a possibilidade de ouvir na hora que quiser, e usando a internet ao invés das ondas do rádio. Além disso, podcasts são mais segmentados sobre um tema. É fato de que é o queridinho do momento. O próprio Spotify considera o Brasil como "o país do podcast", já que somos o segundo que mais consome o conteúdo em áudio, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a pesquisa Podcast Stats Soubdbites. 

A grande novidade é que o Spotify, um dos streams líderes no ramo, agora está adicionando uma nova funcionalidade a seu serviço: os podcasts em vídeo, garantindo assim uma maior conexão entre o produtor e o consumidor de conteúdo. A funcionalidade ainda não está liberada para todos, apenas para produtores selecionados, mas em breve deve chegar para todos os assinantes.

É claro que, teoricamente, já existe podcast em vídeo, através do YouTube. Produtores de conteúdo gravam a produção do podcast e disponibilizam no YouTube. Mas a ferramenta Google tem alguns pontos negativos para os usuários comuns, e o principal é não poder ver o vídeo em segundo plano (quando você pode alternar entre os apps, minimizar a tela, bloquear a tela e mesmo assim continuar ouvindo e vendo a imagem mesmo que em miniatura), funcionalidade que o Spotify contemplará. No YouTube, a visualização em segundo plano só é disponibilizada para assinantes Premium.

Para os produtores de conteúdo em podcasts, fica a dica: com os vídeos, não se esqueça de respeitar a característica de podcasts, que é fornecer um conteúdo mais despojado e espontâneo. Então, nada de vídeos superproduzidos, faça com que seu ouvinte se sinta próximo de você através de seus conteúdos. 

Para gravar podcast, não é preciso muita estrutura, e com vídeos não é diferente. Mas, é claro, é preciso gravar em um ambiente sem ruídos externos, com boa iluminação, bom enquadramento de câmera, além de usar microfone e câmera de boa qualidade. 

 


Maria Carolina Avis - professora do curso de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter


Achiles Batista Ferreira Junior - coordenador dos cursos de Marketing e Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter


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