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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Com tarifa zero, importação de equipamentos de energia solar pode impulsionar venda de seguros

 Nova medida entra em vigor dia 01º de agosto e vai até o fim de 2021

 

O governo federal anunciou que, a partir de 1º de agosto, a importação de equipamentos de energia solar também terão tarifa zero. A medida, já publicada no Diário Oficial da União, visa incentivar a adoção dessa fonte de energia pelos consumidores, que atualmente responde por apenas 2% da matriz energética do país.

Entre os equipamentos da lista de bens de capital que terão os impostos de importação zerados para diminuir os impactos da Covid-19 na economia, estão também o módulo fotovoltaico, inversores fotovoltaicos, rastreadores solares (que acompanham a posição do sol) e a motobomba.

 A principal vantagem de investir em equipamentos fotovoltaicos para geração da sua própria energia está na economia. Além de reduzir significativamente o custo da conta de energia, o excedente gerado (e não consumido) retorna em forma de créditos do governo. Calcula-se que o retorno sobre o investimento é de cinco anos, em média.

 Com o incentivo para a compra desses equipamentos, a indústria do seguro espera que a demanda por coberturas também cresça. Uma das empresas que espera ser indiretamente beneficiada é a  Argo Seguros, multinacional norte-americana que oferece alguns produtos nesse segmento. Com a mudança no regime de tributação, a seguradora espera incrementar suas vendas nos produtos de seguros para placas solares - também conhecido como fotovoltaicos - e também de Engenharia, no que tange a instalação das mesmas.

 “Nossos clientes são residências, comércios e pequenas indústrias que geram energia para o seu próprio consumo. Dessa forma, enxergamos nessa medida um incentivo para que outras pessoas e pequenos comerciantes também possam investir com mais tranquilidade em equipamentos fotovoltaicos, tendo um seguro que o deixará protegido”, afirma Vanessa Oliveira, Head de Consumer Lines.

 A principal vantagem de investir em equipamentos assim está na economia. Além de reduzir significativamente o custo da conta de energia, o excedente gerado (e não consumido) retorna em forma de créditos do governo. Calcula-se que o retorno sobre o investimento é de cinco anos, em média.

 Atualmente, a Argo Seguros oferece duas opções diferentes nesse segmento. O seguro de Riscos Diversos - Equipamentos Fotovoltaicos, que é voltado para o proprietário do equipamento; e o Riscos de Engenharia para Instalações Fotovoltaicas, que é direcionado para os instaladores. O principal diferencial é que ambos possuem cobertura exclusiva para proteção de equipamentos ao ar livre, como é o caso dos produtos fotovoltaicos, que ficam sempre expostos as intempéries.

 

 

Argo Seguros

www.argoseguros.com.br.

 

Reserva de emergência: é possível investir na pandemia?

Crise econômica ocasionada pelo novo coronavírus exige organização e criação de hábitos econômicos, aponta especialista


A pandemia do novo coronavírus trouxe consequências na renda de milhares de brasileiros. Com a instabilidade econômica no país, organizar as despesas e pensar em investimentos neste momento pode parecer complicado, mas não é impossível. É o que explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb (www.yubb.com.br), maior buscador de investimentos do Brasil.

“Uma solução para este momento que vivemos é a criação de uma reserva de emergência que, como o nome sugere, é um dinheiro a ser guardado e que deve ser usado apenas em casos emergenciais”, pondera Bernardo. Para saber o quanto uma pessoa precisa juntar, é necessário que ela tenha um controle dos seus gastos essenciais. 

“É importante anotar quais são os gastos em alimentação, moradia, água, luz, telefone, gasolina e outras despesas fixas. E a soma dessas valores indicará qual é o custo de vida mensal da pessoa. Na reserva de emergência, não podemos contar com o valor correspondente a apenas um mês. O mínimo é juntar o valor correspondente a seis meses, sendo 12 meses o ideal. Claro que não será simples guardar esse dinheiro, mas a pessoa pode fazer isso aos poucos, com disciplina”. 

O especialista aponta que bons investidores desenvolvem hábitos, e ressalta que a pessoa deve ficar sempre atenta à sua condição financeira atual. “O importante é entender que, assim que receber o salário, ela deve separar uma quantia para a reserva de emergência. Mas ela não deve se comprometer com o que não consegue arcar. Comece aos poucos, com R$ 30,00, R$ 50,00 ou R$ 100,00, e vá aumentando o valor”, complementa.

Após juntar o dinheiro, o desafio seguinte é escolher onde investi-lo. “A reserva de emergência precisa estar em investimentos de renda fixa com baixo risco e liquidez diária. Apesar de não serem os investimentos mais rentáveis do mercado, são os mais seguros”, pontua Bernardo. 

E mesmo sendo a forma de investimento mais popular no país, a poupança não é recomendada. “O problema da poupança é seu baixo rendimento. É importante buscar outras opções de investimento em renda fixa que tenham um melhor rendimento, mas com a mesma segurança que a poupança oferece, como como CDB, LCI, LCA e fundos de renda fixa”. 


É possível investir além da reserva de emergência

Para as pessoas que possuem renda além da reserva de emergência, Bernardo Pascowitch explica como é possível investir. “A pessoa precisa estar ciente que, com a volatilidade que vivemos hoje, só se deve investir na bolsa de valores aquele dinheiro que se pode perder, que não é essencial para a sobrevivência”, explica. 

O especialista ressalta que, mesmo que ninguém queira perder dinheiro, é importante considerar essa hipótese antes de investir. “Ninguém sabe quando o mercado vai se recuperar totalmente e, por ser um momento delicado, é preciso ter cautela”.

O passo seguinte, após definir a quantia, é pesquisar sobre os ativos em que a pessoa deseja investir seu dinheiro. “No caso de ações, é necessário saber o porquê se está investindo em determinada empresa, e não apenas acompanhar as dicas de especialistas do mercado.”.

Por fim, é importante  escolher uma corretora que não cobre taxas. Para isso, o Yubb criou um Guia de Melhores Empresas de Investimento, disponível gratuitamente em seu site oficial. “Como tudo está tão volátil e complicado, ninguém quer gastar dinheiro em taxas ou custos desnecessários. Escolha empresas em que você vai economizar o máximo possível”, conclui Bernardo.


Brasil libera entrada de turistas estrangeiros por via aérea

Pela primeira vez, governo exige seguro-saúde de estrangeiros para visitar o País, aponta especialista. Vias marítimas e terrestres continuam com restrições


A Portaria assinada em conjunto pelos Ministérios da Casa Civil, Infraestrutura, Justiça e Segurança Pública e Saúde e publicada em seção extra do Diário Oficial da União na noite desta quarta-feira (29/07) libera a entrada de turistas estrangeiros por via aérea. Na portaria anterior, apenas viagens de negócios estavam autorizadas.

A nova portaria tira a obrigatoriedade do teste de Covid, mas cria a exigência do seguro-saúde para a entrada. “Essa é uma forma de se precaver contra a lotação do sistema público de saúde, mas seria interessante manter o exame ou algum outro tipo de controle sanitário na entrada”, afirma Diana Quintas, diretora da Abemmi (Associação de Especialistas em Migração e Mobilidade Internacional) e sócia da Fragomen, maior e mais antiga empresa de migração do mundo. Diana lembra que é a primeira vez que o Brasil obriga a contratação de seguro-saúde para turistas estrangeiros.

Na portaria de trinta dias atrás, apenas aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília estavam liberados para vôos com visitantes estrangeiros. Agora, quase todos os estados podem receber turistas, com exceção da Paraíba, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins.

Em relação às vias marítimas e terrestres, os estrangeiros podem entrar para atividades de negócios e trabalho, mas as viagens turísticas continuam proibidas.


Violência doméstica contra criança e mulher aumentou na quarentena, diz estudo

O confinamento social faz com que casais passem mais tempo juntos, o que amplia os conflitos familiares.


Dados da ONU demonstram que houve um aumento nas denúncias formais de abuso desde que a pandemia começou. A Famivita, em seu mais recente estudo constatou que 4% das brasileiras já sofreram violência doméstica nos últimos meses. Considerando 40 milhões de mulheres vivendo em união, são 1,6 milhões de casos só na pandemia. E o mais triste é que conforme o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, da ONU, o lugar mais perigoso do mundo para uma mulher é a sua própria casa.

Além disso, o estudo também aponta que 3% dos filhos das entrevistadas já sofreram violência doméstica nos últimos meses. O fato de estarem sem sair de casa para ir a escola ou para atividades de recreação ajuda; tendo em vista que conforme dados do Ministério da Saúde, mais de 70% dos casos de abuso infantil acontecem dentro da própria residência da criança ou adolescente.

Percebe-se que um dos motivos é o aumento do tempo em que as famílias estão passando juntas durante o confinamento. Pelo menos 61% delas estão mais próximas desde que a pandemia começou. Com isso, as brigas e desentendimentos aumentaram para 27% das famílias.

Roraima é o estado campeão de brigas e desentendimentos entre casais, com 38% dos participantes. No Rio de Janeiro, 31% dos casais aumentaram o número de brigas, e um dos reflexos, é o percentual de violência doméstica no estado, que é de 4%. São Paulo também teve aumento de 27% nos desentendimentos, e registra 4% de mulheres que sofrem violência doméstica.


Restaurantes reabrem em todo o Brasil com restrições e movimento baixo

Comerciantes vão se adaptando à nova realidade com faturamento bem abaixo do normal na retomada

 

Especialista dá dicas de como retomar a confiança dos consumidores


 

Bares e restaurantes espalhados pelo Brasil retomaram suas atividades após flexibilização das quarentenas. Entretanto, o movimento destes estabelecimentos foi baixo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, onde o comércio já retomou as atividades com restrições.

 

Segundo o Sindicato dos Lojistas de São Paulo, o comércio paulista teve um fluxo de 10 a 20% do movimento normal nos primeiros dias. Já no Ceará, onde bares e restaurantes também foram liberados com restrições, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do estado (Abrasel) aponta que apenas 40% dos estabelecimentos conseguiram voltar logo nos primeiros dias da retomada. No Rio de Janeiro, O Sindicato de Bares e Restaurantes aponta que, apesar da reabertura permitida desde o início de julho, cinco em cada 10 bares acreditam que vão demitir funcionários após a pandemia.

 

Para Guilherme Satoru, chef e fundador da Satoru Food Service Consulting (https://www.satorufsc.com.br/), empresa que propõe aumentar a produtividade nas cozinhas e evitar desperdícios de alimentos, o momento agora é de retomada não só do comércio, mas também da confiança dos consumidores. “Momentos de baixíssimo faturamento como este exigem esforços ainda maiores para que o cliente se sinta seguro em sair de casa para consumir. Para isto, é fundamental o comerciante investir na higienização constante no estabelecimento e promover campanhas nas redes sociais para estreitar relações com seu público”, destaca Satoru. 

 

Satoru também destaca a importância de evitar desperdícios de alimentos para ajudar no meio ambiente e não prejudicar o faturamento do comerciante em tempos de crise. Confira:


 

Organizar trajeto casa-emprego-caso dos funcionários


Com o objetivo de evitar maior exposição dos colaborares ao vírus, todo o trajeto que será realizado entre os funcionários deverá ser bem organizado e administrado pelo comerciante. Portanto, é importante mapear os meios utilizados por eles para chegar na empresas e orientar quais os cuidados que devem tomar.

 

Entre as principais dicas, o comerciante deve orientar seu funcionário a não realizar o trajeto de uniforme, utilizá-lo somente dentro da área de trabalho, usar máscara de proteção durante o percurso e higienizar sempre que sair e voltar do estabelecimento.

 


Não desperdice alimentos e aumente produtividade da equip


Os restaurantes devem aproveitar ao máximo os alimentos que tem em seu estoque. Além de ser uma medida sustentável e sempre fundamental, evitar o desperdício também ajuda a evitar gastos desnecessários em tempos que o faturamento dos estabelecimentos está baixo.

 

Um processo usado na Satoru Consultoria que pode ajudar a cozinha dos estabelecimentos é a Lean Kitchen, que evita desperdícios de comida na cozinha e também a quebra de vitrine, que é a falta do produto anunciado. Esse sistema reduz em 80% o desperdício e reduz a mão de obra em até 15%.


 

Redobre os cuidados com higiene


Saber conduzir todo o processo de venda, preparo do alimento e a entrega - seguindo as recomendações sanitárias - sempre foram e continuarão sendo obrigatórios para as vendas e aumento da confiança do cliente. Entre as medidas, estão a correta higienização das mãos antes e depois da entrega e também da máquina e do cartão após o uso. Outra forma é permitir a entrada controlada de um cliente por vez, criar um cardápio online, oferecer porção individual de condimentos, como ketchup e maionese, e medir a temperatura dos consumidores antes da entrada.

 

Embora não haja evidências científicas de que o novo coronavírus possa ser transmitido por meio dos alimentos, é fundamental aumentar os cuidados para além da operação, como o salão e demais ambientes.


 

Promover mudanças na estrutura interna do estabelecimento


Os restaurantes terão que de adaptar à nova realidade e proporcionar maior espaçamento entre as pessoas e evitar aglomerações. É possível determinar limite máximo de 4 pessoas por mesa, contar com um divisor de acrílico no balcão de atendimento e manter as janelas sempre abertas.

 


Agendamento


Se for possível atender por meio de agendamento, procure oferecer horários que garantam que o restaurante consiga cumprir os procedimentos de segurança propostos. Além de proporcionar maior distanciamento entre os consumidores, o agendamento promove uma boa experiência ao cliente, que se sente mais seguro em ambiente com maior controle.


 

Estreitar relações pelas redes sociais e diversificar opções de entrega e venda


Mesmo com a reabertura, investir em delivery será fundamental para ampliar as opções de venda. Os estabelecimentos também podem estreitar as relações com os clientes pelas redes sociais, pelo Whatsapp e até mesmo por um aplicativo próprio do restaurante. Para os conteúdos que serão divulgados nas redes sociais, ser objetivo com o cliente e quanto menos texto melhor.

 

 

Satoru Food Service Consulting

https://www.satorufsc.com.br/

 


Dicas da Liquigás para a segurança no uso do gás em aquecedores de ambiente e de água

Com os dias mais frios, é preciso atenção ao uso correto de aquecedores a gás para evitar acidentes

 

         A Liquigás Distribuidora, comprometida com a segurança dos seus consumidores, traz dicas de segurança para o uso de aquecedores de ambiente e de água. São orientações importantes, principalmente nesse momento do ano em que os dias são mais frios e os equipamentos são utilizados com mais frequência.

         Cada vez mais presentes nas residências, eles aquecem a água que sai dos chuveiros e das torneiras e podem ser usados também nos sistemas de calefação de ambiente, trazendo conforto para toda a família. Como todos os equipamentos que utilizam combustíveis, os aquecedores a gás liquefeito de petróleo (GLP) são totalmente seguros, mas é preciso atenção na escolha do equipamento, na instalação correta e na manutenção adequada para evitar a ocorrência de acidentes.


Dica 1 – Cuidado na instalação

         Primeiro é preciso adquirir um equipamento que atenda às recomendações do Inmetro. A instalação deve ser realizada por uma empresa (ou profissional) que siga as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, impreterivelmente.

         O local da instalação deve ser bem ventilado e, exatamente por isso, o aquecedor deve ser colocado em um ambiente com boa passagem de ar. É fundamental que o equipamento conte com uma chaminé adequada para a vazão dos gases. Como regras gerais, devem existir aberturas fixas no ambiente, como as grelhas metálicas comuns em áreas de serviço de apartamentos. Essas aberturas são importantes para permitir a entrada de oxigênio no ambiente, uma vez que esse elemento é consumido na queima do gás.


Dica 2 - Atenção aos vazamentos

         Os cuidados com os aquecedores são os mesmos que temos com os botijões de gás. Dentre esses cuidados, está a atenção aos vazamentos.

         É preciso sempre verificar se o aparelho está funcionando de fato, ou se está apenas liberando gás sem que o sistema tenha sido acionado. Caso isso ocorra, há sérios riscos de explosão e incêndio.

         Se houver suspeita de vazamento, o morador não deve acender luzes ou acionar outros equipamentos elétricos para não correr o risco de gerar faíscas.

Ao perceber o vazamento, o morador deve desligar imediatamente o aquecedor, fechar o gás, desativar toda a energia e arejar bem o ambiente. Ele não deve utilizar fósforos ou isqueiros para detectar vazamentos nos equipamentos ou instalações.

Mas se não for possível identificar o vazamento ou se o cheiro persistir, o morador deve abandonar o local e chamar os bombeiros.

         No caso de se ausentar por períodos longos, é recomendável que mantenha os registros de gás fechados.


Dica 3 – Cuidado com o acúmulo de monóxido de carbono

         O acúmulo de monóxido de carbono também deve receber especial atenção por parte do consumidor. O GLP não é tóxico, mas, assim como outros gases, produz monóxido de carbono durante a sua queima e se o aparelho estiver com problemas, pode ocorrer o seu acúmulo no interior da moradia e causar envenenamento, pois ele substitui o oxigênio dentro do sistema respiratório, causando asfixia. A falta de oxigênio pode causar queda de pressão arterial, enrubescimento, moleza, sonolência e náuseas em pessoas ou animais que estejam no ambiente.

         Por isso, é imprescindível que os aquecedores estejam equipados com exaustores ou chaminés para que todo o produto da queima do GLP seja liberado ao ar livre. Se o imóvel não tiver aberturas fixas, é necessário sempre deixar uma fresta de janela aberta para renovar o ar.


Dica 4 – Atenção à cor da chama

         A cor da chama piloto pode dizer muito sobre o estado do aquecedor, por isso recomenda-se sempre fazer essa verificação. O ideal é que esteja sempre num tom azulado.

         Se na inspeção constatar que a chama está num tom mais alaranjado, o melhor a fazer é desligar o equipamento e contatar a inspeção de uma equipe técnica, pois pode significar problemas nos queimadores, como obstrução ou sujeira.


Dica 5 – Regulagem da temperatura

         Para garantir mais segurança para o usuário, o ideal é que o botão de regulagem da temperatura seja mantido sempre na posição intermediária no inverno e mais baixa no verão. Assim, não há queima desnecessária e o uso é mais econômico.


Dica 6 – Mantenha a manutenção do aparelho sempre em dia

         Como todo equipamento, os aquecedores carecem de manutenção periódica. Por isso, é imprescindível que seja mantido sempre limpo e regulado. Os especialistas indicam uma revisão anual para que seja avaliada a validade das mangueiras metálicas. Sim, elas têm prazo de validade de cinco anos e precisam ser substituídas para garantir o funcionamento seguro do aparelho. A validade está impressa na própria mangueira.

 


Liquigás

www.liquigas.com.br
facebook.com/liquigas


Ipem-SP alerta sobre cuidados na compra de roupas e aparelhos elétricos para o Dia dos Pais


A comemoração do Dia dos Pais se aproxima e o consumidor precisa ficar atento nas compras de produtos têxteis. As alergias são apenas alguns dos problemas ocasionados por produtos inadequados. Por este motivo, o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça, e órgão delegado do Inmetro, que tem como finalidade proteger o consumidor, alerta sobre os cuidados necessários na compra destes itens.    

As informações contidas na etiqueta são fundamentais e precisam seguir critérios específicos. Devem conter as informações em português sobre o fabricante ou importador, incluindo CNPJ e o país de origem. Além disso, também é necessário identificar a composição têxtil, o tamanho e os símbolos de cuidados com a conservação.     

Para a composição têxtil, vale a pena ressaltar que todos os tipos de filamentos utilizados para a produção da peça devem estar mencionados com a indicação percentual de cada um deles (70% algodão e 30% poliéster, por exemplo).   

A etiqueta também deve conter elementos de orientação para a conservação e tratamento do produto. E podem ser indicadas através de símbolos ou textos e devem seguir a sequência correta de utilização do produto, como lavagem, alvejamento, secagem, passadoria (ferro de passar) e limpeza profissional (limpeza a seco / limpeza a úmido).    

O tamanho das peças de vestuário pode ser indicado por numeração ou letras (38, 40, 42; P, M, G, Tamanho Único). Vale destacar que se os produtos forem embalados hermeticamente e isto dificultar a visualização das informações, a embalagem deve apresentar, pelo menos, a composição têxtil, pais de origem e tamanho, e quando apresentar mais de uma unidade deve ser informado o número de unidades e a impossibilidade de serem vendidos separadamente.   

No caso de barbeador elétrico, máquina de corte de cabelo, ferramentas elétricas (exceto aquelas operadas a motor) e carregador de baterias automotivas até 30A, necessitam constar tanto no produto quanto na embalagem o Selo do Inmetro. O selo é um indicativo que o produto possui aprovação em requisitos relacionados a funcionalidade e segurança e englobam por exemplo testes com relação a estabilidade do produto, validação da potência, choque elétrico, inflamabilidade, elevação de temperatura interna do produto, resistência mecânica, acesso das partes internas a água e poeira, resistência de parafusos e conexões e resistência do cordão de alimentação.  

Nesses produtos deve constar algumas informações obrigatórias como: tensão nominal ou faixa de tensão nominal em volts; símbolo da natureza da fonte, a menos que seja marcada a frequência nominal; potência nominal em watts ou corrente nominal em ampères; nome, marca comercial ou marca de identificação do fabricante ou do vendedor responsável; referência do modelo ou tipo; as instruções de utilização devem ser fornecidas com o aparelho de modo que ele possa ser utilizado com segurança e as instruções e outros textos exigidos devem ser redigidos no idioma oficial do país no qual o aparelho está sendo comercializado.    

Caso as equipes de fiscalização do Ipem-SP encontrem irregularidades nesses produtos, as empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa ao órgão. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.  

 


Ipem-SP 

O Ipem-SP é uma autarquia vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania do Governo do Estado de São Paulo e órgão delegado do Inmetro. Com uma equipe de fiscalização formada por especialistas e técnicos, realiza diariamente, em todo o Estado de São Paulo, operações de fiscalizações rotineiras em balanças, bombas de combustíveis, medidores de pressão arterial, taxímetros, radares, capacetes de motociclistas, preservativos, cadeiras de carro para crianças, peças de roupa, cama, mesa e banho, botijões de gás, entre outros materiais. É seu papel também proteger o consumidor para que este leve para casa a quantidade exata de produto pela qual pagou. Quem desconfiar ou encontrar irregularidades pode recorrer ao serviço da Ouvidoria, pelo telefone 0800 013 05 22, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou enviar e-mail para: ouvidoria@ipem.sp.gov.br


Como o uso das tecnologias permitem o retorno às atividades e evitam o contágio da Covid-19

 

Diversas cidades brasileiras estão voltando com atividades importantes para retomada da economia como volta às aulas, rotina dos escritórios e academias de ginásticas. Diante desse novo normal, causado pelo coronavírus, os estabelecimentos terão que seguir protocolos que os obrigam a reduzir a capacidade de atendimento para evitar aglomerações e controlar o fluxo de pessoas. Por ser tão complexa a situação, o uso da tecnologia se tornou fundamental para manter o distanciamento e evitar contatos físicos. Neste novo cenário, a DIMEP criou novas soluções para proteger todos desde a entrada no local até o seu retorno para casa. 

Entre as tecnologias oferecidas pela DIMEP estão o Temp Scan e o Detector de Metal com Medidor de Temperatura que são ideais para o controle em locais de grande circulação de pessoas como aeroportos e entrada de supermercados, para tentar localizar um possível novo foco da doença. Com essas tecnologias é possível realizar a medição da temperatura corporal de forma automática, rápida e segura (sem contato) e podem ser integradas a um sistema completo de controle de acesso (catracas) para permitir ou bloquear o acesso.  

Outros equipamentos desenvolvidos pela DIMEP que são voltados para maior segurança e praticidade no controle de acesso de pessoas são: Face Access II e Face Access S, que oferecem mais segurança no controle de acesso sem contato físico por reconhecimento facial; o Face Access MT, que é um leitor facial com detector de temperatura e máscara; a BAP Autônoma, uma catraca de acesso que limita o número máximo de pessoas dentro do estabelecimento; e as Catracas Smart Gate e Mini Gate, que também contam com reconhecimento facial e abertura automática, sem qualquer contato físico com o usuário.  

A DIMEP também lançou recentemente o Totem Sensor de Temperatura e Dispenser de Álcool Gel, uma tecnologia que garante mais segurança e higiene para clientes e colaboradores, pois não exige o contato com outras pessoas, garantindo praticidade no acesso e mais segurança aos estabelecimentos. O Sensor de Temperatura é um termômetro inteligente e uma forma de substituir o tradicional termômetro manual que é utilizado até os dias de hoje. Ele traz uma forma mais prática de se medir a temperatura humana sem precisar encostar nas pessoas, podendo também ser utilizado em diversos locais como shoppings, mercados, escritórios, hospitais, escolas, etc. 

 “As catracas com abertura automática e leitura facial são perfeitas para qualquer situação, mas com o avanço da pandemia covid-19 o controle de acesso sem contato físico se torna essencial não somente para hospitais, mas para todos os ambientes que precisam ter o controle do fluxo de pessoas e evitar aglomerações, pois não exige contato direto das mãos. Além disso, a tecnologia pode ser configurada de diversas maneiras, detectando a temperatura corporal e o uso de máscara, permitindo a entrada somente de quem for autorizado, com uma rápida liberação”, finaliza Rodrigo Pimenta, Vice-Presidente da DIMEP. 

 

Cuidando dos profissionais da saúde 

Visando a segurança de todos e dos profissionais da saúde que estão na linha de frente dessa luta, a DIMEP, líder no mercado em soluções completas para acesso e gestão de jornada de trabalho, doou catracas com a tecnologia de leitura QR Code para a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, que estão sendo usadas no Hospital de Campanha do Anhembi, em SP. 

As catracas são do modelo Bap Fancy, desenvolvida para atender às mais exigentes necessidades de controle de acesso e que faz parte de uma linha que possui diversos modelos de tecnologias de reconhecimento além do QR Code, como biometria facial, leitura de cartão de proximidade entre outros. Elas tem integração nativa com o software de acesso DIMEP, garantindo que somente pessoas autorizadas tenham acesso a ambientes restritos, e dentro do limite de pessoas pré-estabelecido. Atingido este limite, para que uma pessoa entre, outra deverá sair.  

No caso do Hospital de Campanha do Anhembi, a tecnologia usada é a de QR Code. Além da doação de catracas a DIMEP forneceu 1.250 cartões para controlar o acesso dos profissionais de saúde que lá atuam e onde estão enfrentando bravamente os desafios da pandemia. 


Notas sobre (e para) o planejamento do próximo ano nos tempos de “fique em casa”

Opinião

 

Sou estudante e professor há muitos anos. Assim, aprendi e ensinei que o planejamento de aulas é devido e conveniente a qualquer situação curricular. Pelas mesmas atuações, todavia, tenho (a)notado como o planejamento tem faltado ao processo de ensino e aprendizagem nesses tempos de “fique em casa".

Nossos interlocutores para estas notas são nossos professores e estudantes que, como nós, da noite para o dia, foram levados e mantidos em um ambiente pouco conhecido. A urgência da mudança e da manutenção na escola-casa e na casa-escola – sabemos - foi e é a pandemia causada pelo Covid-19.

Impactados pelo fato, fo(so)mos pressionados a produzir, como professores e estudantes, sem planejamento. “Que incoerência entre teoria e prática, não é, professor?". Tenho ouvido isto, em particular, como professor de Metodologia do Ensino de Línguas. Respondo aos nossos respectivos estudantes na forma de notas, do tipo: “planejamento demanda tempo".

A conversa que daí se desenvolve é sobre o tempo que não tivemos para planejar e o tempo que precisamos ter para tal ação. Por notas, desenvolvamos sobre este, pois aquele nos foi circunstancialmente tirado; desenvolvamos sobre este, pois ele nos precisa ser garantido e bem utilizado para o planejamento do próximo ano.

Sim, dizemos, já de plano, que não nos parece coerente tratar de planejamento devido sem a noção de que este tempo de “fique em casa" não foi planejado e que, portanto, não foi conveniente ao currículo. Tratemos, portanto, de planejar as nossas aulas em ambientes que nos sejam seguros e conhecidos.

As notas que podemos esta semana expandir são só sobre o conhecimento dos ambientes escola-casa e casa-escola e de nossas respectivas aulas híbridas, tendo como alvos a nós mesmos como estudantes e professores e, particularmente como instruções, aquelas reunidas em fóruns da George Lucas Educational Foundation.

Como estudantes, temos tido muita dificuldade com a tecnologia em geral e com a desejável aprendizagem remota, criticamente quando o ambiente é assíncrono. A partir desta constatação, a nossa preparação como alunos para aulas híbridas deve abranger os variados tipos de tecnologia de acordo com a nossa idade e a consequente navegação no sistema de gerenciamento de aprendizado.

Precisamos ter consideradas as nossas características pessoais, aquelas que comprovadamente se relacionam com o sucesso da aprendizagem on-line como: motivação, gerenciamento de tempo, cidadania digital, persistência, habilidades de autorregulação e busca de ajuda. Estas são características que se desdobram em habilidades de produtividade, igualmente relacionadas ao aprendizado on-line, a saber, estratégias para ler e escrever de maneira mais eficaz em meios digitais, elaborar e seguir um cronograma, habilidades de gerenciamento de informações, entre outras.

Nós podemos afirmar que os cursos síncronos oferecem mais oportunidades para uma interação significativa e constante com o conteúdo, entre nós, alunos, e, necessariamente, com o professor. De acordo com os colegas da George Lucas Educational Foundation, as pesquisas mostram que esses cursos estão intimamente associados à conclusão, à satisfação, ao melhor desempenho e a melhores resultados de aprendizagem dos cursos on-line.

Entendemos, tomando como base a nossa interlocução, que os ambientes síncronos, em que professores e colegas estudantes interagem, são mais próprios ao desenvolvimento da autorregulação, habilidade tão necessária ao ensino e à aprendizagem em geral.

Igualmente embasados, podemos afirmar que nós, professores, precisamos ser alvos de qualificação no âmbito do devido planejamento institucional. Embora tenhamos aprendido sobre novos recursos tecnológicos aplicados à educação, precisamos ser preparados a usar adequadamente cada um deles, em especial os de gerenciamento de estudantes remotamente e em sessões ao vivo.

Precisamos, (a)notadamente, como nos recomendam os colegas da George Lucas Educational Foundation, de um repertório de pedagogias on-line, que abranjam: instruções diretas, por palestras e apresentações, para transmissão de informações sobre conceitos, sobre procedimentos; modelos cognitivos de aprendizagem, por questionamentos abertos, estratégias metacognitivas e solução de problemas; e modelos sociais de aprendizagem, por métodos instrucionais colaborativos.

Comprovadamente, a satisfação do estudante e tudo que dela decorre para a sua aprendizagem guardam relação crescente com o lugar e o papel do professor nos ambientes. Particularmente, voltamos a enfatizar que é o professor que vai fomentar e desenvolver nos/com os estudantes as estratégias de autorregulação.

Tanto para a escola-casa quanto para a casa-escola, os professores precisam de planejamento, que demanda tempo. Defendemos coerentemente que o ano de 2020 deva ser utilizado para a (re)visão de concepções, conteúdos, objetivos, estratégias, recursos, avaliações e referências para o estabelecimento e a manutençao de um senso de presença emocional, cognitiva e instrucional para as nossas aulas híbridas a partir do próximo ano.

 

 


José Marcelo Freitas de Luna - doutor em Linguística e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) - mluna@univali.br

 

Kaspersky: proteção contra fraudes em benefícios sociais

Ajudas de custo para empresas e a população têm sido adotadas como estratégia por governos ao redor do mundo para mitigar os efeitos da pandemia. Porém, como os valores precisam ser repassados aos beneficiários por meio de aplicativos e sistemas online, a medida que deveria resolver um problema, acaba criando uma grande oportunidade para cibercriminosos. No Brasil, estima-se que 60 milhões de reais já foram desviados em fraudes.

Isso porque, com acesso a dados pessoais vazados ou roubados de vítimas, fraudadores são capazes de solicitar e roubar esses auxílios antes de qualquer ação do beneficiário. Pensando nisso, a Kaspersky separou algumas dicas para que os usuários se blindem contra esse golpe.


Auxílio emergencial:

Para impedir que fraudadores roubem o valor a ser recebido, o beneficiário que desconfiar ter sido vítima, pode baixar o aplicativo "Caixa Tem" e solicitar o reset da conta. O aplicativo mostrará qual e-mail está cadastrado e relacionado aos dados. Se não for o do usuário, os fraudadores já agiram e é necessário cancelar o benefício antes que seja depositado.

 

Além disso, para se proteger de golpes financeiros que visem o roubo de benefícios sociais é necessário estar atento à proteção de dados pessoais, por isso a Kaspersky recomenda:

• Solicite apoio do governo apenas em sites oficiais: não siga os links e nem abra anexos de e-mails desconhecidos. Para garantir que o site é verdadeiro, digite a URL do órgão em questão no navegador e só assim verifique se tem direito ao benefício;

• Cuidado com e-mails oferecendo benefícios: verifique o remetente e preste atenção na forma como a mensagem é escrita e na aparência do site. Se parecer suspeito, não insira seus dados;

• Nunca pague taxa para receber benefício: os departamentos do governo e os bancos não fazem esse tipo de exigência. Se houver alguma taxa a ser paga, o órgão verdadeiro deduzirá esse valor direto no que será pago ao beneficiário;

• Proteja-se contra e-mails de phishings: use uma solução confiável de segurança que consiga detectar e bloquear e-mails maliciosos e páginas de phishing;

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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Dia dos pais: quando o filho vira o professor

Pai de paciente do Boldrini encontra forças no filho na luta contra o câncer


Ederson e  o filho Gabriel sempre juntos no enfrentamento do câncer.


Há cerca de três anos, o operador de máquinas Ederson Buzatto viveu o que ele descreve como “o dia mais estranho de sua vida”. Seu filho, Gabriel, na época com seis anos, foi diagnosticado com câncer e começava uma batalha contra a doença, que segundo o pai, é uma lição de vida e de amor dada pelo filho.

“O Gabriel começou a ter dor na perna esquerda. Se queixava muito, levamos ele ao hospital e nada. A dor passou. Até que uma semana depois do início da dor, eu estava fazendo uma massagem na outra perna dele e descobri um caroço. Como ele tinha uma consulta já agendada com a endocrinologista, ela mesma pediu o ultrassom. Fomos a um ortopedista depois e ele pediu uma ressonância”, lembra.

O resultado do ultrassom ficou pronto e a partir daí a vida da família mudou, que ainda conta com a filha Julia, que na época tinha 2 anos. “Era uma sexta-feira, quando minha esposa, Ivonete, levou o resultado na médica. Ela me ligou no trabalho, em outra cidade, e me pediu para ir ao hospital. Ali eu já sabia que algo estava errado. Chorei muito”, conta emocionado.

A médica explicou que o ultrassom revelou um tumor e encaminhou Gabriel ao Centro Infantil Boldrini. Contudo, era sexta-feira e o encaminhamento aconteceria só segunda. “Me lembro de ter sido um final de semana muito triste e de muito choro. Me desestabilizou. O nascimento do Gabriel foi o dia mais feliz da minha vida, mas aquele, o dia do diagnóstico, foi o pior”.


A chegada ao Boldrini


Ederson e  o filho Gabriel em sua primeira internação.


Ederson lembra que foi com a esposa e Gabriel ao Boldrini e que logo o primeiro tratamento começou. “Sessões de quimioterapia, radioterapia e uma possível cirurgia, que hoje sabemos que seria a amputação. Na época a dor já estava nas duas pernas. Me lembro de estar chorando muito e uma mãe de paciente vir me consolar, me confortar. É isso que acontece no Boldrini”, recorda.

O pai sempre fez questão de estar ao lado do filho. Conta orgulhoso que antes da doença levou Gabriel para fazer karatê e ao acompanhar as aulas, decidiu se matricular também. “Somos muito parceiros. Sempre fiz questão de estar junto a ele no tratamento. Ficar com ele nas internações à noite para ir trabalhar em Nova Odessa durante o dia. Vejo que isso não é muito comum. Normalmente são mães e avós que acompanham os filhos. Estar ao lado dele me dava forças”, explica.

A cumplicidade entre pai e filho é explícita. “No começo, ele tinha medo da injeção, de tirar sangue para os exames e eu estava lá ao lado dele, muitas vezes tendo que segurá-lo. Quando o cabelo dele começou a cair, fizemos um trato. Ele raspou a minha cabeça e eu, a dele. Queria mostrar que estava tudo bem”, recorda.


Cúmplices, pai e filho rasparam a cabeça durante o tratamento de Gabriel .


E foi a luta de Gabriel que incentivou Ederson nos momentos mais difíceis. “A primeira rodada do tratamento foram seis meses de quimio. Depois descobrimos que a metástase havia se espalhado por outros órgãos. E ele mudou o protocolo de atendimento. Hoje, o Gabriel está no terceiro tratamento, sem interrupções. Mas não perdemos a fé. Quando tudo começa, você tem uma sensação de impotência muito grande. Você nunca imagina que isso pode ou vai acontecer com o seu filho. Mas o pedido de pai e mãe para Deus tem valor e gente se apega nisso”.

A rotina dos tratamentos no hospital Boldrini, segundo o pai, está sendo um ensinamento. “A gente desenvolve relação, amizade mesmo, com outros pais. Eu sempre me lembro daquela mãe que me confortou logo que chegamos ao Boldrini e busco fazer o mesmo com os novos pais. A gente conversa, dá força, faz amizade. O Gabriel também fez amigos. Um deles é o Arthur. Eles se encontram sempre. Até mesmo quando não é dia de um tomar quimio o outro pede para ir para estar junto. Com isso, nós, os pais, viramos amigos também. São histórias bonitas que se constroem lá”, conta.

Enfrentando a doença pela terceira vez, Gabriel não desanima e não deixa os pais desanimarem. "Foi um aprendizado para todos nós. Mas, com certeza, os papéis se inverteram e ele me ensina muito mais sobre a vida do que eu a ele. Eu sinto muito quando não posso estar fisicamente com ele todos os dias no hospital, mas sei que ele sabe que estou ao lado dele. Ele é um garoto muito mais forte do que eu. Ele me ensina todos os dias. O maior desejo de Dia dos Pais só pode ser um, ter ele bem conosco”, finaliza.


Família Buzatto, durante ida ao Boldrini. Clique na imagem para baixá-la em alta resolução.

 

 

Sobre o Centro Infantil Boldrini

Centro Infantil Boldrini − maior hospital especializado na América Latina, localizado em Campinas, que há 42 anos atua no cuidado a crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Atualmente, o Boldrini trata cerca de 10 mil pacientes de diversas cidades brasileiras e alguns de países da América Latina, a maioria (80%) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos centros mais avançados do país, o Boldrini reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento clínico especializado, comparáveis ao Primeiro Mundo, disponibilidade de leitos e atendimento humanitário às crianças portadoras dessas doenças. www.boldrini.org.br



Solidão infantil: um mercado lucrativo


Grande parte das crianças pequenas, antes mesmo de aprenderem a andar, são aprisionadas, algumas horas do dia, em frente aos televisores, tablets e smartphones, na maioria das vezes, afiveladas em cintos de segurança em cadeirões ou bebê conforto. Aos olhos desavisados, pode parecer uma ação inocente, mas, desde então, as crianças estão expostas a processos de identificação com personagens, músicas e produtos, cuidadosamente desenhados para que, dentro em breve, se tornem objetos de desejo para o consumo.

A indústria do consumo infantil, sem pudor nem piedade, constrói um exército de reféns mirins ávidos por ter ao alcance das mãos aquilo que tinha somente ao alcance dos olhos. Um imperativo nasce: Eu quero! Para compreender essa violência invisível, se faz necessário certo distanciamento, a fim de expandir o espectro da visão. Como a rentabilidade está diretamente relacionada à escala, logo, a diversidade no consumo não é interessante aos olhos capitalistas. Esse exército para o consumo é uniforme: todos devem querer a mesma coisa! Para isso, os peritos da publicidade se encarregam de criar uma linguagem universal para difundir o produto a ser desejado, na mesma velocidade que constrói o seu subsequente, fazendo girar o processo bulímico de consumo e descarte sem fim.

A explosão do desejo das crianças pelo consumo chega ao limite de favorecer a crença de que para viver é preciso consumir, reivindicando dos pais o direito ao desperdício. Esta civilização exige a velocidade para além do que a natureza é capaz de processar, em nome da necessidade 'criada' de consumir. Nas estufas, as flores, os ovos das galinhas, as frutas (...) são submetidas à luz contínua, para que cresçam ou se desenvolvam mais rápido. Em casa, os filhos, submetidos à luz dos eletrônicos, para que precocemente despertem o desejo de entrar nessa ciranda. E assim esse mundo gira, alimentado pela ausência dos pais, em virtude do trabalho, a cultura do consumo é perversa, fazendo da solidão infantil um lucrativo mercado. 

Nesse contexto, o mais aviltante para a formação humana e central para qualquer discussão pedagógica é o aniquilamento do livre arbítrio, ou seja, a capacidade de fazer escolhas. Não nascemos com essa capacidade, mas a desenvolvemos na relação com as pessoas que respondem pela nossa educação, na medida em que vamos assumindo as consequências por cada escolha que fazemos. E vamos nos aprimorando pelo resto da vida, pois bem sabemos que viver é fazer escolhas, desde o momento em que acordamos até a hora em que dormimos.

Dada a importância das escolhas qualificadas e suas consequências no processo de formação humana e do quanto a mediação na relação com as crianças é fundamental para esse êxito, é que esse assunto tão delicado ganha relevância e deve ser pauta de reuniões com os responsáveis pelas nossas crianças. Pois, qualquer que seja a omissão da escola em relação a esse tipo de discussão, pode gerar certa conivência, colocando-a como coadjuvante a serviço daqueles que boicotam a infância, roubam o tempo e a consciência de nossos meninos e meninas. Qualquer que seja a patologia, sempre há esperança de cura! O sucesso do tratamento está relacionado à antecedência com que os especialistas em educação - que somos nós - diagnosticamos e encaminhamos junto aos responsáveis, bem como exigimos das autoridades, leis que protejam as nossas crianças dessa violência.

 



Acedriana Vicente Vogel - diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino

 

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