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sexta-feira, 31 de julho de 2020

100 mil famílias enfrentam pandemia de Covid-19 e epidemia de dengue sem água potável em comunidades do Rio de Janeiro e São Paulo

Milhares de adultos, idosos e crianças lutam em busca de saúde em meio ao crescimento dos números de infectados pelas doenças, sem higiene e saneamento básico



Já imaginou ter de passar pela pandemia do novo coronavírus sem nem ao menos poder lavar as mãos em casa? Pois essa é a realidade de muitas famílias de comunidades carentes do Rio de Janeiro e de São Paulo, que têm enfrentado um cenário onde convivem com a crescente ameaça da Covid-19 e da Dengue, cujos casos também vêm aumentando exponencialmente em 2020, além da dificuldade no acesso à água potável e saneamento básico.

Segundo o Ministério da Saúde, entre os meses de janeiro e maio de 2020, foram notificados mais de 800 mil casos de dengue no Brasil, ultrapassando o número de casos registrado no mesmo período em 2019. Já em relação à pandemia de Covid-19, o Brasil registrou, no dia 29 de julho, mais de 88 mil mortes e mais de 2 milhões de casos, sendo o segundo país mais impactado pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

De acordo com o Instituto Trata Brasil, locais sem acesso à água tratada são mais vulneráveis à incidência de diversas doenças, incluindo a dengue e a Covid-19, o que coloca em risco a saúde da população. Ainda segundo o Instituto, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e é imprescindível que ações emergenciais sejam tomadas em locais sem acesso à água para que mais pessoas estejam seguras. "Levamos mais de dois dias para conseguir um pouco de água em recipientes. A gente deixa guardada, ferve para poder dar um banho. A gente lava a mão com a água do balde e, nesse processo de pandemia, está muito difícil não ter água da torneira", conta Jessica Regina da Silva Lima, 28 anos, moradora da Capadócia, na região da Brasilândia (zona norte de São Paulo), uma das mais atingidas pelo novo coronavírus em todo o país.

"As crianças ficam doentes pela falta de saneamento básico, ficam com diarreia e dor de barriga por conta da água, porque é uma água improvisada. A gente usa fossa e aqui tem muitos insetos, muita picada de mosquito. Quem tem repelente se cuida, mas e quem não consegue comprar?", questiona Jessica. "Quando vem um pouco de água, a gente já pega os baldes, vai enchendo, aproveita para dar banho nas crianças. Porque, se tiver seis, três tomam banho de canequinha, é bem assim que funciona. Tem que ficar alerta. Tem vezes que a água chega aqui quatro horas da manhã, quando dá seis horas da manhã já não tem mais. É difícil!", confessa Adriana Rodrigues da Rocha, 40 anos, mãe de cinco filhos que também vive na Brasilândia.

De acordo com um levantamento do IBGE, quase metade da população brasileira não tem acesso ao saneamento básico (49,2% da população). "Queremos ajudar a conter o avanço dessas doenças e evitar que aconteçam duas epidemias ao mesmo tempo", comenta Paolo D’Orso, vice-presidente da RB Hygiene Comercial para a América Latina.

Para auxiliar essas famílias, as marcas SBP e Harpic, da RB Hygiene Comercial, se uniram para realizar doações incluindo 450 toneladas de água potável e 75 mil máscaras. A ação conjunta das duas marcas está também alinhada aos seus propósitos: SBP tem como missão erradicar doenças transmitidas por mosquitos, enquanto Harpic endossa a importância de garantir acesso à higiene e a banheiros limpos para a saúde e a prosperidade das famílias.

As doações de kits de saúde e higiene foram realizadas em julho com apoio da Cruz Vermelha Brasileira para moradores da Rocinha (Rio de Janeiro) e da Brasilândia (São Paulo), comunidades duramente atingidas pelas duas doenças. Cada kit beneficiou uma família com três galões de água potável (o equivalente a 18 litros), três máscaras, um frasco de Harpic Líquido Desinfetante, um SBP aerossol e um SBP repelente, além de guias informativos com dicas para a prevenção de dengue e Covid-19. Foram beneficiadas 25 mil famílias nessas comunidades. William de Oliveira, morador da Rocinha de 49 anos, conta que, no meio dessa pandemia, sua comunidade já perdeu quase 70 famílias. "Tivemos uma grande quantidade de pessoas que foram contaminadas pelo vírus. Essas doações trazem mais qualidade de vida para as pessoas", afirma.

Além das doações em parceria com Harpic, SBP, que já tem anos de trabalho educativo em comunidades carentes de todo o país para combater o mosquito causador da dengue, também esteve presente em São Gonçalo, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, com a doação de kits contendo um SBP aerossol e um SBP repelente, mais um guia educativo de como se prevenir da dengue e como fazer sua parte no combate à doença, para mais 75 mil famílias. Em todas as comunidades, as marcas ainda promoveram a circulação de mensagens educativas para a prevenção de dengue e Covid-19 em carros de som e rádios comunitárias locais, atingindo mais de 500 mil pessoas.

"O objetivo de SBP e Harpic é fomentar esse assunto para melhorar e transformar a realidade de milhares de famílias nas comunidades, no que diz respeito ao saneamento básico e higiene. A dignidade dessas pessoas deve ser um direito garantido. Queremos não só doar os produtos que podem auxiliá-los nesse momento delicado de crescimento dos casos de Covid-19 e dengue, mas também chamar atenção para importantes medidas que precisam ser tomadas para garantir esses direitos", completa Paolo.

 



RB*

http://www.rb.com/br

 

Pesquisa aponta que 83% das mulheres A+ devem enviar rapidamente os filhos para as aulas presenciais

Conduzida pela SKS CX Customer Experience - com 660 mulheres das classes A+, A e B, em São Paulo e no Rio de Janeiro -, a pesquisa online "Mulheres A+: a volta ao consumo e à rotina pós-pandemia" revela os planos femininos em um cenário de reabertura do comércio e escolas.

 

Quando as autoridades dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro decidirem sobre o retorno às aulas, para 83% das mulheres de classe A+, A e B pretendem levar os filhos para as escolas em até 10 dias.  Essa é uma das conclusões do mapeamento Mulheres A+: a volta ao consumo e à rotina pós-pandemia. Realizada com 660 mulheres das classes A+, A e B, o levantamento foi conduzido pela SKS CX Customer Experience.

Segundo Stella Kochen Susskind, coordenadora da pesquisa e presidente da SKS CX Customer Experience, o levantamento buscou entender e antecipar comportamentos dessas consumidoras em um cenário de consumo pós-pandemia – sem vacina e medicamentos, mas com máscara e regras sanitárias. “Um dos resultados interessantes é que embora o medo deve limitar o retorno rápido a restaurantes, o mesmo não acontecerá com a frequência à salões de beleza e academias. Um dos pontos cruciais desse retorno será a volta às aulas. Quando as instituições de ensino garantirem o cumprimento das normas sanitárias, 83% das mães de alta renda pretendem liberar os filhos para frequentar as aulas presenciais em até 10 dias; 10% não vão liberar os filhos tão cedo; e 7% ainda não sabem qual será a decisão.

 



SKS CX Customer Experience

https://skscx.com.br


Saúde: um mercado imperfeito

Opinião


Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é “o estado de completo bem estar físico, mental e social, e não a simples ausência de doença ou enfermidade” e nossa Constituição Federal dispõe, no artigo 196, que a “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

Essas definições de saúde são, na verdade, objetivos amplos a serem perseguidos, enquanto a manutenção e recuperação (ou não) da saúde pessoal é uma consequência da assistência à qual todos têm direito. Para os economistas existe uma “economia da saúde”, um mercado composto dos bens materiais (hospitais, unidades de saúde, máquinas, equipamentos, aparelhos, medicamentos etc.) e dos serviços prestados por médicos e os demais profissionais da área da saúde.

Um dos principais desafios enfrentados pelo SUS, cuja lei completa 30 anos em setembro próximo, é o de ser único e universal. Um sistema público nacional e único de saúde é chamado de universalismo, isto é, um serviço público pago pelo orçamento fiscal, à disposição de toda a população. Embora sujeito aos males inerentes às estruturais governamentais, como ineficiência e corrupção, um sistema público é conceitualmente meritório, humanitário e defendido por muitos, inclusive vários economistas liberais, sob certos argumentos.

O primeiro argumento é o do interesse público, defensável sempre que seja necessária uma superestrutura pública capaz de prover segurança e proteção contra ameaças e fontes de sofrimento que superam a capacidade individual de solução, como agressões externas, catástrofes naturais, pandemias, colapsos de abastecimento etc. Nesses casos, a sociedade consente em abrir mão de uma parcela de sua liberdade para submeter-se a um poder instituído destinado a atender às necessidades decorrentes do flagelo coletivo.

O segundo argumento é a repercussão coletiva. Neste caso específico, é a existência dos elementos que tornam o capital humano eficiente, produtivo e capaz de aumentar o produto/hora de trabalho ao ponto de construir uma nação economicamente rica, socialmente desenvolvida, sem pobreza e sem miséria. Os dois principais elementos já identificados pelos estudos econômicos nos últimos 300 anos, com expressiva repercussão coletiva, são a educação e o padrão de saúde da população.

Então, temos aqui considerações econômicas a favor da implantação de um sistema nacional de saúde capaz de manter bom padrão de saúde para todos, além das considerações humanitárias e as vinculadas à solidariedade humana. Quando o interesse econômico casa com o amor ao próximo, temos o casamento perfeito. Ou seja, um sistema de saúde pública de qualidade tem a capacidade de atender ao interesse econômico e, simultaneamente, cumprir o imperativo de solidariedade social e amor ao próximo.

O terceiro argumento a favor de um sistema universal de saúde vem das falhas de mercado. Em todo mercado há pelo menos quatro atores: o produtor, o consumidor, o produto e o preço. Nas economias livres, é no embate de interesses antagônicos entre comprador e vendedor (quando há muitos produtores e muitos consumidores, de forma a não haver dependência um do outro), que aparecem as vantagens da livre concorrência e as transações satisfazem os dois lados.

Sem esses atributos, o mercado apresenta falhas que prejudicam a competição e a soberania do consumidor, resultando em transações menos eficientes e distorções na formação de preços. Nesses casos, justificam-se intervenções governamentais e alguma regulação. O setor da saúde é um mercado que apresenta certas falhas, no sentido econômico da palavra, algumas das quais estão a seguir.

  • Necessidade não mercantil. A assistência médica, uma cirurgia, um procedimento terapêutico e os serviços médicos de modo geral não são opcionais, porquanto o consumidor não é totalmente autônomo. Em geral, a necessidade de atendimento é uma imposição das doenças, acidentes e anomalias físicas ou mentais, em grande parte fora do controle individual. Eu tenho escolha entre comprar ou não comprar um sapato ou um carro. Mas, se sofro um acidente ou problema qualquer em meu organismo, não tenho escolha: necessito de um atendimento médico ou pereço.
  • Os Produtos não são comparáveis. Se quero comprar um camisa, tenho centenas de opções, modelos, preços e fornecedores. Minha liberdade de escolha é ampla. Mas se sofro um infarto e somente uma ponte de safena me salva, não tenho tempo nem opção de modelos. Minha liberdade de escolha é quase nenhuma, nem deve haver uma ponte de safena para pobre e outra para rico. Como produto, as cirurgias são padronizadas (ou pelo menos deveriam ser).
  • Reduzida autonomia do consumidor. Para comprar um carro, pesquiso, visito lojas, pergunto, avalio e decido com autonomia. Agora imagine que você esteja em viagem e sofre um acidente. Alguém chama uma ambulância e você é entregue ao primeiro hospital que há, nas mãos do médico de plantão. Não há escolha. Essa é uma das razões pelas quais os cursos de Medicina devem ser regulados e fiscalizados com rigor. Você somente descobre quem o atendeu quando sair da anestesia pós-operatória (se sair).
  • Concorrência imperfeita ou inexistente. O Brasil tem 5.570 municípios, somente 1.427 têm acima de 25 mil habitantes. Portanto, são 4.143 cidades com menos de 25 mil, sendo que 1.200 têm menos de 5.000 habitantes. Isto é, na maior parte do país, as opções de escolha são poucas ou quase nulas. O consumidor (chamado apropriadamente de paciente) não tem saída. Não se pode julgar o mercado da saúde de toda uma nação pela lógica das cidades grande.
  • Consumo do serviço simultâneo à produção. O serviço de saúde é produzido no exato momento em que é consumido. Não há cirurgias de safena em estoque para você comprar quando seu coração falhar. Não é você que decide quando seu coração vai entrar em colapso. Claro, seus hábitos podem indicar para onde você está indo com sua saúde, como também há cirurgias e procedimentos de emergência, urgência e os meramente eletivos.
  • Formação de preço deficiente. Pelas características citadas, e outras mais, a formação de preço nos serviços de saúde é deficiente. Não é um mercado competitivo nos moldes dos bens e serviços de consumo opcional. Nem nos planos de saúde a formação de preço é simples. Há o médico, o paciente, o serviço e o preço. Só há um problema: o pagador não é o cliente (paciente), é a operadora do plano. Então, surge aqui um quinto ator nesse mercado, o que dispensa o embate entre cliente e fornecedor, permite abusos e desperdícios, obrigando as operadoras a terem enormes equipes de auditoria.

O Brasil está longe de ter somente o SUS como sistema único e universal e poder dispensar outras soluções de mercado, como os planos individuais ou empresariais. Mas algo tem que mudar. O coronavírus teve a virtude de mostrar as virtudes e os vícios do sistema.

 



José Pio Martins - economista e reitor da Universidade Positivo

 

Reabertura de escolas e equidade na educação

Opinião

 

Tenho defendido que o ano de 2020 seja utilizado para a (re)visão de concepções, conteúdos, objetivos, estratégias, recursos, avaliações e referências para o estabelecimento e a manutenção de um senso de presença emocional, cognitiva e instrucional, para as nossas aulas híbridas, a partir do ano de 2021. 

Defendi também a distância física, de alunos e professores, dos espaços comprovada e potencialmente inseguros. Tenho defendido, assim, o cuidado com a nossa saúde em geral e com a vida escolar de cada um dos estudantes particular e indistintamente. É o que continuo a fazer, mais responsável e justificadamente ainda. Minha responsabilidade é com a equidade na educação. A justificativa para tratar de reabertura da escola aqui é defender que ela não é segura, tampouco justa. 

“Escolas particulares defendem antecipar retomada de aulas presenciais". Notícias como esta tornaram-se frequentes e crescentes no Brasil, incluindo as que dão conta da reabertura já efetuada. 

O tom dos entrevistados - os gestores das escolas privadas - é de que os seus espaços estão devidamente delimitados, as suas superfícies encontram-se permanentemente higienizadas, os seus recursos materiais e humanos são à prova de contágios. 

Trata-se de uma retórica de superioridade relativamente à escola que nunca teve espaço, limpeza, equipamento, nem profissionais. Trata-se de vender e comprar um produto, não importa o custo para o Outro, para os outros estudantes, para os outros professores, para a nossa saúde. 

Sabe-se, com base em resultados de pesquisas confiáveis, que, mesmo que as crianças e os adolescentes conseguissem se manter distantes uns dos outros na escola, as máscaras - mesmo as de grife - não impediriam a infecção; o vírus ainda estará no ar. 

Há outros achados científicos que precisam também ser considerados, a saber, a tentativa de adestrar crianças, quando elas já há meses,  sabem que as consequências do seu mau comportamento podem ser mortais para elas, seus amigos ou sua família redunda na piora de transtornos de ansiedade.

Sabe-se, também, que limpar superfícies não é suficiente. A Covid-19 é capaz de pairar no ar. Há pelos menos dois meses, aprendemos, com a OMS, sobre os aerossóis: “pequenas gotículas são suficientemente pequenas para permanecer no ar por horas e podem viajar no ar transportando seu conteúdo viral até dezenas de metros de onde se originaram". 

Esse achado pode ser traduzido pela afirmação de que a limpeza de carteiras, do chão, das maçanetas e de outras superfícies da escola não trará segurança absoluta como propagandeia o gestor afoito em reabrir. 

Sabe-se que reabrir escolas é cavar, é aprofundar ainda mais o fosso social. Isso porque não são todas a reabrir, tampouco abrirão para todos. Quem nos dá, como professores e alunos de todo o país, a certeza de que haverá equipamentos de proteção - mesmo que não total - para cada um de nós. 

Não os temos para os profissionais da saúde, na chamada linha de frente! Como não fazer, neste momento, uma relação com o fato de milhões de brasileiros não terem, historicamente, recursos para o caderno e o lápis?! Há que relacionar, necessariamente, a reabertura com a condição financeira de cada aluno. 

Caso as instituições mais frequentadas pela população economicamente carente reabram, mesmo dando a opção para que os alunos estudem remotamente, pais e mães poderão ter que deixá-los na escola. 

Essas são tipicamente famílias que nunca puderam deixar de tomar os transportes públicos superlotados, e que, como se já não fosse injusto o suficiente, têm que se enfileirar acotoveladamente para receber o parco recurso financeiro. 

Da escola para casa ou vice-versa, os alunos poderão transmitir o vírus. Sim, crianças e adolescentes infectam-se e transmitem a COVID-19, podendo morrer em sua consequência também. 

Sabe-se que todos os espaços que foram reabertos têm sido ocupados por pessoas que se contaminam mutuamente; a disseminação do vírus está acelerada por esse comportamento em todo o mundo.

A volta às aulas presenciais causará mais interação entre os membros de toda a sociedade: as crianças agirão como crianças; os professores terão que usar os tais transportes, por exemplo; e tudo isso se multiplicará perigosamente, como nos mostram os estudos científicos.

É fato que o vírus pode espalhar-se escola adentro e afora, provavelmente fazendo de vítimas primeiras seus alunos e professores. O que dirão os gestores, os da escola que se diz melhor? Respondo modestamente, para que me ouçam: não há, para a reabertura, segurança emocional, tão fundamental que é para o aprendizado de conteúdos e para o desenvolvimento intelectual. Acrescento: enquanto fechados, foquem na equidade na educação.

 



José Marcelo Freitas de Luna - doutor em Linguística e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) - mluna@univali.br


Fatecs divulgam lista dos cursos mais concorridos do Vestibular do 2º semestre


Mais de 96 mil candidatos disputam cerca de 15 mil vagas no 
Vestibular das Fatecs para o segundo semestre de 2020

Divulgação


 
Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) é novamente o curso superior tecnológico mais procurado no processo seletivo das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs). No Vestibular para o segundo semestre de 2020, a graduação atinge os maiores índices de candidatos por vaga nas Fatecs Zona Leste (37,33), São Paulo (35,36, à noite, e 24,53, de manhã), Carapicuíba (31,23) e Zona Sul (24,43); e na Fatec Sorocaba (24,38 c/v).

Quatro cursos do eixo tecnológico de Gestão e Negócios integram a relação: Marketing (32,51) e Gestão de Negócios e Inovação (27,34), ambos na Fatec Sebrae; Gestão Financeira, na Fatec Osasco (29,15); e Gestão de Recursos Humanos (26,40), na Fatec Ipiranga.

Numa demonstração de interesse dos estudantes, o curso inédito da Fatec Jundiaí, Sistemas Embarcados, elaborado em parceria com a Siemens, teve uma procura de 5,05 candidatos por vaga.

No total, o número de inscritos para concorrer às mais de 15 mil vagas oferecidas neste Vestibular ultrapassa 96 mil. É possível consultar a demanda por curso e unidade no site vestibularfatec.com.br. A lista de classificação geral também 

estará disponível apenas no site oficial do Vestibular no dia 10 de agosto.

 

Seleção

Neste segundo semestre de 2020, o Vestibular para os 81 cursos superiores tecnológicos gratuitos foi estruturado por análise de histórico escolar, sem prova presencial ou online.

Serão avaliadas as notas de Língua Portuguesa e Matemática da terceira série do Ensino Médio. Candidatos que estão cursando o Ensino Médio por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou modalidade semelhante podem apresentar 

notas referentes ao segundo termo deste ciclo, desde que no ato da matrícula comprovem a conclusão do Ensino Médio.

A mudança do critério de seleção se fez necessária para atender ao distanciamento social, recomendado pelo Governo do Estado de São Paulo e autoridades sanitárias, visando preservar a saúde dos candidatos, e observando as notas atribuídas aos estudantes antes da pandemia. A previsão é de que as aulas comecem de forma remota (online), até que as regras do isolamento social sejam flexibilizadas a ponto de tornar possível o retorno das atividades resenciais.

 Veja abaixo e no site do Centro Paula Souza a lista dos cursos com maior índice de candidatos por vaga:

 

Faculdade

Curso

Período

Vagas

Inscritos

Candidatos por vaga

Fatec Zona Leste (Capital)

ADS

Noite

40

1.493

37,33

Fatec São Paulo (Capital)

ADS

Noite

80

2.829

35,36

Fatec Sebrae (Capital)

Marketing

Noite

35

1.138

32,51

Fatec Carapicuíba

ADS

Noite

40

1.249

31,23

Fatec Osasco

Gestão de Financeira

Noite

40

1.166

29,15

Fatec Sebrae (Capital)

Gestão de Negócios e Inovação

Noite

35

957

27,34

Fatec Ipiranga (Capital)

Gestão de. Recursos Humanos

Noite

40

1.056

26,40

Fatec São Paulo (Capital)

ADS

Manhã

40

981

24,53

Fatec Zona Sul (Capital)

ADS

Noite

40

977

24,43

Fatec Sorocaba

ADS

Noite

40

975

24,38

Outras informações pelos telefones (11) 3471-4103 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-596 9696 (demais localidades) ou em www.vestibularfatec.com.br

 



Sobre o Centro Paula SouzaAutarquia do Governo do Estado de São Paulo
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza
(CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas
(Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam
com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 300 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 224 mil estudantes nos Ensinos Técnico,
Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 85 mil alunos


Após o colapso econômico, vem aí o caos social

Foz do Iguaçu - Foto Marcos Labanca
Três meses atrás, o Sindhotéis divulgou um artigo a respeito da crise econômica provocada pela inércia dos governos diante da pandemia, intitulado “Turismo de Foz do Iguaçu à beira do colapso”. Infelizmente todas as nossas previsões, feitas em 23 de abril, foram concretizadas. Para ser exato, foram superadas negativamente.

À época, concluímos o alerta afirmando: “O turismo reivindica soluções para hoje a fim de evitar o caos logo ali adiante. Do contrário, levaremos ainda mais tempo para sairmos dessa crise sem precedentes na Terra das Cataratas”. O pior aconteceu. O caos econômico que atinge empresas e trabalhadores hoje é uma realidade em nossa cidade. A próxima cena é sabida: caos social!

Sim, distúrbios tais como os enfrentados por nossos vizinhos. Estamos acompanhando, tristemente, uma multidão de trabalhadores ocuparem ruas e avenidas de Ciudad del Este para protestar contra as medidas dos governos de restrição ao funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Boa parte, mães e pais em desespero pela falta de renda para comprar comida e pagar contas básicas de água, luz e moradia.

Pela falta de ação concreta, o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, empurram deliberadamente ao precipício milhares de profissionais do turismo – principal indústria motriz da nossa economia. Hoje, ambos os gestores estão ali, à beira do abismo, olhando inertes as pessoas agonizando ao falir sem dignidade alguma.

Para refrescar a memória dos dois governantes: entre as 60 cidades com mais emprego formal no Paraná, Foz do Iguaçu foi a mais impactada pela perda de vagas com carteira assinada, nos primeiros seis meses deste ano, como mostram os números divulgados pelo novo Caged. O saldo negativo de 5.691 postos de trabalho (maioria do turismo) representa 9,49% dos quase 60 mil empregos formais que existiam no início do ano.

E mais: dos atuais 54 mil trabalhadores com carteira assinada, 18 mil tiveram redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do contrato. Considerando o movimento praticamente zero do turismo, as fronteiras fechadas e o comércio desaquecido, qual será o destino dessa legião laboral após o período temporário de proteção de emprego? Falidas, as empresas não terão outra alternativa a não ser demitir em massa.

Dessa forma, caminhamos para fechar o ano com o pior saldo na balança de empregos. Em 2002, registramos saldo negativo de 1.147 vagas. Portanto o saldo negativo parcial de 5,6 mil postos de trabalhos a menos já é cinco vezes pior que o registrado nas duas últimas décadas. Ao mesmo tempo, temos vários municípios vizinhos e do estado com saldo positivo na geração de emprego. Por que Foz, mesmo sendo terrivelmente castigada, não tem tratamento diferenciado dos governantes?

Além dos funcionários do turismo com carteira assinada, o turismo tem um universo de trabalhadores como autônomos, profissionais liberais e MEIs, como guias de turismo, transportadores e motoristas, além daqueles que vivem de freelas para hotelaria e gastronomia. Com os atrativos turísticos fechados e sem movimento de turistas na cidade, essa é outra categoria diretamente afetada pela pandemia.

Mesmo diante desse cenário, as reivindicações em defesa da hotelaria e gastronomia ao prefeito Chico Brasileiro e ao governador Ratinho Junior são ignoradas em sua maioria. Sequer foram atendidos os pedidos de ampliação do horário de atendimento de gastronomia, extensão do transporte coletivo para a locomoção dos profissionais ou suspensão das faturas da Copel e Sanepar cobradas na forma de valor fixo.

Como alertamos em abril, o turismo foi o primeiro setor a sofrer com a covid-19. Na ocasião, escrevemos que seria o último a sair da crise. Hoje podemos dizer, com dor, que muitos não sobreviveram à crise. Faliram ou caminham para a falência. Na melhor das hipóteses fecham as portas agora para reabrir no próximo ano. Tudo sem uma resposta à altura dos governantes para ao menos amenizar o caos econômico e social.

 



Neuso Rafagnin - presidente do Sindhotéis (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu e Região).


Como trabalhar home office?

 A modalidade pode ser desafiadora para profissionais


Mudar de ambiente de trabalho ou de emprego, pode ser realmente estressante e de difícil adaptação. Infelizmente, no momento que estamos presenciando, vivendo em quarentena para evitar a propagação da Covid-19, é preciso se adequar, ou deixará de ter ótimas oportunidades.

“Para quem começou a trabalhar em casa agora, é muito importante pesquisar sobre o assunto e começar a mudar seu pensamento, afinal, trabalho em casa ainda é trabalho, mas tem diferenças e dificuldades que enfrentamos no começo”, afirma Madalena Feliciano, CEO da Outliers Careers e IPCoaching.

O Home Office é uma modalidade para quem tem disciplina – ou aprende a ter, que pode ser extremamente produtiva àqueles que conseguem tirar o melhor de si num ambiente mais flexível. Madalena conta algumas dicas sobre como conseguir se adaptar e ser produtivo ao trabalhar home office:

Faça um horário fixo: Com um pouco de autoconhecimento, é possível saber qual horário você se sente mais produtivo, então use a seu favor. Se o trabalho possibilita você trabalhar às 5h da manhã ou até 23h da noite, use sua maior energia para trabalhar!

Determine o local de trabalho: Um cômodo ou espaço determinado para ser seu escritório é muito importante, para que você se acostume que, ali, é o local de trabalhar, apesar de ser a sua casa.

Não deixe questões pessoais interferirem: Seja o seu filho, bichinho de estimação ou família, muitas vezes é preciso deixar claro que você não está de férias por estar em casa. É muito fácil se distrair, foque no que precisa fazer e não se disperse facilmente.

Lembre-se de sair do trabalho: Os maiores problemas para quem trabalha dessa forma são o isolamento e a dificuldade de deixar o trabalho de lado nos momentos dedicados a lazer. Com um horário fixo, se dedique totalmente e depois saia, afinal, se trabalhasse em uma empresa, não estaria trabalhando 24 horas por dia.

“Eu posso afirmar que o profissional que trabalha bem em home office consegue trabalhar também em qualquer lugar, como cafés ou coworkings, além de ter sua disciplina e foco provadas por experiência, se tornando mais interessantes para outras vagas”, finaliza a especialista.

 

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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Sistema usa inteligência artificial para prever ocorrências de crimes em áreas urbanas

 Pesquisadores do CeMEAI estão desenvolvendo ferramentas baseadas em ciências de dados que permitem identificar padrões de criminalidade em São Paulo e outras cidades do país (imagem: CeMEAI)

 

Na região central da cidade de São Paulo há 1.522 esquinas com maior probabilidade de ocorrência de assalto a transeuntes, além de outros pontos com alto risco de furtos e roubo de veículos ou de carga. Juntos, esses locais são responsáveis por quase metade dos registros desses tipos de crimes no centro da capital paulista.

A identificação dessas regiões na cidade, que devem merecer maior atenção dos agentes de segurança pública, tem sido feita por meio de ferramentas baseadas em ciências de dados e inteligência artificial, desenvolvidas nos últimos anos por pesquisadores vinculados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.

As ferramentas computacionais despertaram o interesse de órgãos e secretarias de segurança pública de cidades como São Carlos, no interior paulista, afirma Luis Gustavo Nonato, pesquisador responsável pelo projeto.

“O objetivo é que essas ferramentas possam ajudar esses órgãos a predizer regiões das cidades com maior probabilidade de ocorrência de crimes, visando a implementação de ações preventivas”, diz Nonato.

Uma das linhas de pesquisa do CeMEAI, sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), campus de São Carlos, é a aplicação de técnicas de ciência de dados para compreender o impacto de fatores como a infraestrutura urbana, o fluxo de pessoas e até mesmo o clima em problemas como, por exemplo, o da criminalidade.

Para realizar os estudos, são empregadas ferramentas da área de computação, matemática e estatística, mesclando técnicas de ciência de dados e de inteligência artificial, em especial, de aprendizado de máquina.

Os resultados dessas análises complexas são apresentados por meio de plataformas de visualização computacional, de modo a facilitar a interação dos gestores públicos com os dados disponibilizados.

“A ideia é ajudar os gestores a entender como esses fatores se correlacionam com ocorrências criminais, por exemplo, para auxiliar na criação de políticas públicas de baixo custo e com grande impacto econômico e social nas cidades”, diz Nonato.


Criminalidade no entorno de escolas

O projeto foi iniciado em 2015 por meio de uma colaboração com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV), outro CEPID financiado pela FAPESP.

No âmbito dessa parceria, os pesquisadores do CeMEAI puderam ter acesso a uma grande quantidade de dados sobres crimes na cidade de São Paulo reunidos pelo NEV e empregar ferramentas de ciência de dados e inteligência artificial para identificar padrões de criminalidade e suas relações com variáveis externas associadas à infraestrutura urbana.

A primeira ferramenta desenvolvida por meio da parceria foi o CrimAnalyzer – uma plataforma que possibilita identificar padrões de criminalidade ao longo do tempo em regiões da cidade e, dessa forma, verificar quais são os mais prevalentes em termos quantitativos, por exemplo.

Por meio da plataforma, os pesquisadores realizaram estudo para avaliar a relação entre a criminalidade e a infraestrutura no entorno de escolas públicas na cidade de São Paulo. Reuniram dados de indicadores socioeconômicos, informações sobre a infraestrutura urbana, como pontos de ônibus e bares, além do fluxo de pessoas e histórico de crimes, como assalto a pedestres, de estabelecimentos comerciais e roubo de carros, durante o dia, à tarde, à noite e de madrugada, em um raio de 200 metros no entorno de 6 mil escolas públicas em São Paulo.

Constataram que as escolas localizadas em regiões da cidade com melhores indicadores socioeconômicos e cercadas por um grande número de pontos de ônibus tendem a apresentar um maior número de crimes, principalmente roubo de carros e assalto a transeuntes – este último concentrado no período da tarde.

O intenso fluxo de pessoas devido ao grande número de pontos de ônibus pode ser o fator a explicar o volume de assaltos de pedestres, diz Nonato. “Existe uma forte correlação entre pontos de ônibus e crimes no entorno dessas escolas”, afirma o pesquisador. “Isso mostra a efetividade dessa metodologia de ciências de dados para revelar padrões”, avalia Nonato.

Resultado de uma colaboração, além do NEV-USP, com a Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as universidades federais do Espírito Santo (UFES) e de Alagoas (UFAL) e a New York University, dos Estados Unidos, o projeto está sendo implementado em São Carlos por meio de convênio da Secretaria de Segurança Pública da Prefeitura Municipal com o ICMC/USP para utilizar as ferramentas.

“A prefeitura de São Carlos tem viabilizado o acesso a diversos dados, possibilitando um grande avanço no projeto”, diz Nonato.


Séries temporais

Uma das limitações do CrimAnalyzer é que os dados dos crimes estavam agregados por setor censitário – unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral, formada por área contínua e situada em um único quadro urbano ou rural. Essa forma de apresentação de dados prejudicava a captura de padrões de criminalidade.

Em razão dos resultados alcançados com o projeto, os pesquisadores começaram a ter acesso a dados georreferenciados sobre crimes na cidade de São Paulo e desenvolveram uma nova ferramenta, batizada de Mirante.

“O acesso aos dados georreferenciados fez uma diferença enorme no poder de análise e também na forma como passamos a apresentar e obter os padrões de criminalidade”, afirma Nonato.

Por meio de tratamentos estatísticos, a plataforma faz o geoprocessamento em mapas de rua e, dessa forma, permite avaliar mudanças no padrão de criminalidade em locais da cidade ao longo do tempo.

Ao analisar uma esquina em São Paulo que em 2010 não registrava roubos de veículos e que, a partir de 2017, começou a registrar, os pesquisadores observaram que um dos fatores que contribuíram para essa mudança foi a alteração no lado da via liberada para estacionamento..

Antes de 2010 era proibido estacionar no lado da via de mão dupla que dá acesso a uma avenida principal com ligação a uma via marginal. Com a liberação para estacionamento, aumentou o roubo de carros na região.

“Isso pode ter facilitado aos criminosos roubar carros e sair rapidamente para a marginal, enquanto anteriormente eles teriam que dar uma volta dentro do bairro para poder ter acesso à marginal”, explica Nonato.


Padrões de criminalidade

Ao começar a aplicar a ferramenta, perceberam que ela não permitia identificar regiões da cidade com padrões semelhantes de criminalidade.

Desenvolveram então uma metodologia que permite comparar séries temporais de crimes em diferentes regiões da cidade. O modelo matemático e estatístico indicou que em um conjunto de 20 mil esquinas com maior registro de assaltos a pedestres no centro de São Paulo, 1.535 (7,65%) concentram quase a metade dessas ocorrências.

Utilizando técnicas de deep learning – tecnologia de aprendizado de máquina que propicia o reconhecimento de padrões –, eles também criaram uma ferramenta que permite agrupar regiões da cidade que apresentam séries temporais de crimes semelhantes e, dessa forma, identificar padrões e eventuais mudanças.

Essa ferramenta permitiu observar que, entre as esquinas na cidade de São Paulo onde não havia registros de crimes até 2012, uma delas começou a ter ocorrências a partir de 2017. As análises indicaram que, até 2012, a infraestrutura urbana dessa região era bem preservada e que, a partir de 2017, o local ficou completamente abandonado.

Noutro conjunto de esquinas com alta criminalidade, foi identificada uma que começou a ter redução de crimes a partir de 2017, quando seu entorno ganhou a filial de uma rede de drogarias. “Isso pode ter sido uma das causas para a redução de crimes”, diz Nonato.

A meta, agora, é desenvolver ferramentas que possibilitem predizer a probabilidade de ocorrências de crimes em regiões da cidade com base na identificação e análise de padrões espaço-temporais.
 

 


Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/sistema-usa-inteligencia-artificial-para-prever-ocorrencias-de-crimes-em-areas-urbanas/33768/



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